Por que 2024 pode ser um “divisor de águas” para energia elétrica

O setor elétrico vem passando por muitas transformações que impactam positivamente os negócios. A novidade é que a partir de janeiro de 2024 empresários e gestores de empresas de pequeno e médio porte que possuem uma conta de energia a partir de R$ 5 mil por mês poderão escolher de quem comprar energia elétrica, o que resulta em uma economia de até 30% nos gastos com energia.

Apesar dessa mudança começar a valer apenas em 2024, estamos observando aqui na CPFL Soluções que o mercado já está se movimentando e as empresas já estão se estruturando para aproveitar essa economia no momento que a virada de chave acontecer.

Com isso, a relação do cliente com as empresas de energia passa a ser diferente. Cria-se maior proximidade. Entender as necessidades desse cliente torna ainda mais relevante para oferecer soluções sob medida e até regionalizadas. Grupos com solidez e abrangência nacional passam a ter ainda mais opções para oferecer aos clientes, além de ajudar na migração para o ambiente de livre comercialização e oferecer um amplo pacote de serviços que aliem eficiência e sustentabilidade.

Economia na contratação de energia

O custo com energia é expressivo no Brasil. Segundo estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), os gastos do setor industrial com energia elétrica podem representar mais de 40% de seus custos de produção. Liberdade no fornecimento pode representar economia.

Em 20 anos, o mercado livre de energia já propiciou ganhos acumulados de R$ 339 bilhões aos consumidores que têm autorização de participar desse ambiente de contratação, onde os preços para aquisição de energia elétrica foram, em média, 49% menores no ano passado em relação ao preço médio praticado no mercado cativo, de acordo com dados da Associação Brasileira de Comercializadores de Energia Elétrica (ABRACEEL).

Liberdade de escolha

Abrem-se ainda diversas oportunidades de oferta de um amplo pacote de soluções para os clientes: escolha de fontes renováveis para seu processo produtivo e serviços de eficiência energética, como por exemplo a substituição de motores ou melhorias em câmaras frias e sistemas de refrigeração.

Também é aberta a possibilidade de adoção de sistemas de Geração Distribuída Solar compartilhada em que o cliente pode reduzir ainda mais sua conta de luz produzindo sua própria energia com a gestão e investimento sendo feitos por nós da CPFL Soluções. Uma instalação fotovoltaica também é uma importante medida de eficiência energética, pois reduz a necessidade do consumo de energia elétrica da rede.

Case: Pacaembu

Exemplo dessas soluções está sendo implementado num dos símbolos da cidade de São Paulo, o antigo estádio do Pacaembu, que passa por uma modernização e terá investimento de quase R$ 70 milhões em solução de energia sustentável. Parceria entre a concessionária Allegra Pacaembu e CPFL Soluções prevê a instalação de painéis solares, cogeração, geradores de emergência e baterias – tecnologias aplicadas para a redução do consumo, geração própria e equipamentos preventivos para os casos de interrupção do fornecimento de energia e/ou picos de consumo.

Case: Cadeg

Outro exemplo é o Mercado Municipal do Rio de Janeiro (CADEG), que estava perdendo lojistas por conta de problemas no suprimento de energia. A subestação local estava no limite de carga e a luz faltava sempre que havia um consumo maior. Nós desenvolvemos uma solução que combinou autoprodução com geradores a gás natural e uma usina fotovoltaica. Juntas, as soluções vão promover a redução mensal de R$ 150 mil na conta de luz, bem como trazer mais conforto e segurança para os mais de seis mil trabalhadores do local.

A ampliação do mercado livre para toda a alta tensão a partir de janeiro de 2024 cria um novo paradigma para o setor elétrico, que terá de se adaptar aos anseios desses novos consumidores. Também irá pressionar as distribuidoras, que atendem o mercado cativo, a melhorar seus serviços, o que se configurará em uma relação de ganhos para toda a cadeia. Todos vão se beneficiar de mais liberdade.

Escrito por: Eduardo dos Santos Soares
Diretor Presidente de Serviços e Infraestrutura