GTD: o caminho da energia verde

As vezes a rotina diária nos leva a normalizar alguns serviços e, por isso, não paramos para refletir sobre o como eles funcionam. Esse é o caso da nossa energia elétrica,  que percorre um longo caminho (geração, transmissão e distribuição – GTD) antes de chegar a nossa casa ou empresa. 

A energia elétrica percorre três etapas: produção, transporte e distribuição. Em todas elas, é possível adotar práticas que garantem uma operação mais sustentável, inclusive do ponto de vista financeiro. A CPFL Energia, corporação verticalizada com mais de 110 anos atuando em infraestrutura elétrica no Brasil, participa de todas as fases, conferindo maior segurança e eficiência.

O caminho da energia verde começa na escolha do tipo de fornecimento. Com o mercado livre, os consumidores com mais de 500 kV de demanda podem tomar decisões mais adequadas às necessidades de acordo com o perfil de consumo. No futuro, todos os consumidores de baixa tensão também terão esse poder de escolha. 

Uma decisão sustentável é comprar energia de usinas hidrelétricas, eólicas, solar fotovoltaica e térmicas a biomassa. A CPFL é o terceiro maior gerador de energia elétrica e está entre os líderes em energia renovável. Através da nossa comercializadora, fornecemos opções customizadas para todos os perfis de consumo, incluindo autoprodução.

A energia verde, porém, não é apenas aquela proveniente de tecnologias renováveis, mas aquela que confere eficiência e segurança desde a geração até o consumo. Dessa forma, não basta comprar energia limpa: é preciso cuidar dos ativos para que não haja desperdícios ou falhas no fornecimento. Com mais de 30 anos de experiência no setor elétrico, Eduardo Soares, diretor-presidente da CPFL Serviços, dá dicas para garantir o máximo de eficiência operacional. “Não olhe para manutenção como um custo, ela é uma parte importante, dá segurança ao processo produtivo e vida mais longa aos ativos”.

De acordo Cyro Vicente Boccuzzi, sócio-diretor da ECOEE, a utilização de sensores e inteligência artificial ajudam a prevenir problemas que são imperceptíveis ao olhar humano. “Atue com prevenção e segurança, pois a ocorrência mais cara é a corretiva, normalmente é a que estraga mais o equipamento.” 

Em todas as fases, é importante contar com equipes especializadas e times treinados para operar essas tecnologias. “Cada vez mais a gestão dos ativos de energia elétrica vão demandar conhecimento especializado. Não dá pra deixar um sistema digital na mão do eletricista de antigamente”, alertou Boccuzi, que participou como convidado do podcast C-Liga, cujo tema foi “como garantir a segurança energética nas empresas”. 

Soares também destaca o papel do planejamento, seja para garantir a correta manutenção dos ativos, seja para preparar o negócio para o crescimento. “Durante o período mais crítico da pandemia, algumas manutenções foram colocadas de lado. Hoje a economia tem uma boa oportunidade de retomada. Por isso, chequem seus equipamentos, veja se sua  infraestrutura energética está em condições de atender os pedidos que estão chegando.”

Mercado livre tem novos critérios de entrada, manutenção e saída.

O mercado livre terá novos critérios de entrada e manutenção para comercializadores  e novos critérios de saída para consumidores. As novas regras estão dispostas na Resolução Normativa 1014, publicada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) em 25 de abril. O objetivo é aumentar a segurança das operações de compra e venda de energia elétrica, em um contexto de expansão do Ambiente de Contratação Livre (ACL).

As comercializadoras de energia serão organizadas em dois grupos: tipo 1 serão empresas que poderão negociar sem limitação de volume de energia, desde que comprovem patrimônio líquido mínimo de R$ 10 milhões, e Tipo 2, que ficarão limitadas a negociação de até 30 MW médios por mês. Outra mudança, os  agentes serão desligados caso fiquem inadimplentes na liquidação financeira do Mecanismos de Venda de Excedentes (MVE). 

Outra mudança importante foi o aumento de R$ 1 milhão, para R$ 2 milhões do valor de capital social necessário a ser apresentado à CCEE quando do requerimento de um novo agente, para comercializar energia.

Os consumidores também precisam ficar atentos às mudanças. Agora, o processo de desligamento na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) começa sempre que houver ajuste nos volumes associados a contratos de venda por parte do comprador ou cessionário. 

A CCEE terá 60 dias para concluir o procedimento de desligamento, que poderá ser suspenso caso o agente não possua outros descumprimentos e aporte garantias financeiras (caução).

Lembrando que a caução não isenta o agente do pagamento integral dos encargos moratórios correspondentes, na liquidação financeira subsequente.

O agente poderá ser desligado por três motivos: de forma compulsória, por solicitação do agente ou inadimplência. Neste último caso, a CCEE deve instaurar procedimento administrativo, notificar o consumidor e oferecer tempestividade a sua defesa e pedir o aporte do principal de seus débitos na liquidação financeira ou comprove adimplemento na data prevista no calendário financeiro.

O prazo oferecido para manifestação é de dez dias, contados a partir da notificação. Quando o valor da inadimplência for inferior a R$ 3 mil, não havendo conduta reincidente ou contumaz, a CCE pode impor restrições.   

A CCEE também poderá determinar ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ou às distribuidoras a desconexão de geradores com débitos no Mercado de Curto Prazo (MCP). O ONS e a CCEE terão até 30 de abril de 2023 para adequar seus procedimentos de acordo com a REN 1014/22. 

Ainda consta na agenda de segurança do mercado os aprimoramentos dos processos de monitoramento dos agentes e salvaguardas financeiras. As consultas públicas 10/2022 e 11/2022 receberão contribuições até 23 de maio.

Capitalização da Eletrobrás aguarda avaliação final do TCU para avançar

A processo de capitalização da Eletrobrás aguarda avaliação final do Tribunal de Contas da União (TCU). Em sessão no dia 20 de abril, o ministro Vital do Rêgo solicitou vistas do processo, justificando que as informações sobre o impacto na conta de luz da população eram insuficientes, com tal solicitação, a sessão foi suspensa por 20 dias. A expectativa é que o processo retorne à pauta no dia 18 de maio. Essa é a segunda etapa de apreciação do processo pelo TCU. Em fevereiro, a autarquia aprovou, durante sessão extraordinária, a modelagem econômico-financeira.

A capitalização da Eletrobrás consiste em reduzir a participação da União no controle acionário da maior companhia de energia elétrica da América Latina. A previsão do Governo Federal é que a oferta dessas ações no mercado financeiro resulte em uma arrecadação de aproximadamente R$ 67 bilhões. 

Parte desse valor (R$ 32 bilhões) será utilizado para amortizar os encargos do setor elétrico, com aporte ainda em 2022 no valor de R$5 bilhões. Uma segunda parte (R$ 25,3 bilhões) será utilizada para pagar a renovação da concessão de 22 hidrelétricas e R$ 9,7 bilhões serviriam para custear as obrigações de investimento em recuperação de bacias hidrográficas e  a dedução dos créditos relativos ao reembolso pelas despesas comprovadas com aquisição de combustível, para concessionárias pertencentes ao sistema isolado. 

Uma ação popular encabeçada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) pede a nulidade do processo, alegando subavaliação na precificação de valor da Eletrobrás em R$ 46 bilhões. Em fevereiro, esse também foi o argumento trazido pelo ministro revisor Vital do Rêgo. O magistrado disse que os valores estariam subavaliados em R$ 63 bilhões, o que elevaria o valor da capitalização da Eletrobrás para R$ 130 bilhões, o dobro do previsto inicialmente. 

Segundo o presidente da companhia, Rodrigo Limp, desde 2014 o valor de mercado da empresa saltou de R$ 9 bilhões para os atuais R$ 60 bilhões. Só nos últimos três anos, a companhia acumulou R$ 22 bilhões de lucro. 

Com a capitalização, a Eletrobrás pretende ganhar musculatura financeira para voltar a investir em novas usinas de geração de energia e linhas de transmissão. Até 2026, a Eletrobrás tem um plano de investimento de R$ 39 bilhões, ou seja, uma média de R$ 8 bilhões por ano, porém a falta de capacidade financeira faz com que a empresa consiga investir apenas metade disso. 

O processo de capitalização começou em fevereiro do ano passado, com a publicação da Medida Provisória n° 1.031. A MP foi aprovada na Câmara dos Deputados em maio do mesmo ano, e em junho no Senado Federal. A MP foi convertida na Lei 14.182 de 13 de julho de 2021. 

Como ser digital, seguro e humanizado no processo de sucesso do cliente?

O setor elétrico está passando por grandes transformações e o motor de toda essa mudança está na própria sociedade. Agora, já não basta só produzir e entregar a energia. O cliente quer uma energia renovável, limpa, entregue de forma customizada e com o máximo de eficiência

O Grupo CPFL prevê investir R$ 1,8 bilhão (2020-24) para oferecer energia sustentável e soluções inteligentes que criem valor compartilhado com a sociedade.  

Entre os nossos desafios estão atingir 90% dos atendimentos pelos canais digitais, implementar telemedição para todos os clientes de alta tensão, investir R$ 350 milhões em automação das redes de distribuição, e mais R$ 45 milhões no desenvolvimento de tecnologias de mobilidade elétrica.

Para atingir todos esses objetivos, contamos com o comprometimento de nossos 13 mil colaboradores, um bom planejamento estratégico e constante melhoria dos processos internos, trazendo cada vez mais, o cliente ao centro de nossas metas.

Segundo Gustavo Estrela, CEO do Grupo CPFL Energia, durante a pandemia 87,5% das empresas no Brasil aceleraram projetos de transformação digital. E o grupo CPFL Energia faz parte desse movimento. 

Recentemente, lançamos uma nova área de Customer Sucess (CS). Através desse canal, nossos clientes podem enviar sugestões de melhoria de processos, produtos, serviços e canais de atendimento. O time também  é responsável pela frente de BPM (Business Process Model), o qual garante a excelência dos processos internos. No entanto,  é comum pensarmos em tecnologia e inovação como interações frias e impessoais com clientes, então, neste cenário, a nossa preocupação como grupo é ser digital, seguro e humanizado, ao buscar o seu sucesso como cliente. 

Essa questão foi o cerne do nosso último episódio do C-Liga, que juntou Gustavo Estrela, CEO do Grupo CPFL Energia e Dennis Wang, especialista em tecnologia, que foi vice-presidente de Operações do Nubank e responsável pela área de atendimento desde 2017. 

C-Liga nesse papo de alta tensão! 

No Dia Mundial da Energia lembramos que todos devemos fazer a nossa parte

Em 29 de maio é comemorado o Dia Mundial da Energia. Com surgimento em 1981, em Portugal, a data tem por  objetivo conscientizar a sociedade sobre a importância de economizar energia e incentivar o desenvolvimento de novas tecnologias de produção de eletricidade que utilizem recursos naturais renováveis e limpos – como água, vento e sol. 

Nesta data são organizadas diversas atividades como forma de evitar o desperdício de energia. Cada pessoa, porém, pode fazer a sua parte. Basta adotar pequenas mudanças de hábitos, como desligar aparelhos eletrônicos quando não estiverem em uso, desligar lâmpadas, tomar banhos curtos, reduzir o ar condicionado em ambientes vazios e aproveitar bem as lavagens de roupas, concentrando o máximo de peças possíveis. 

Segundo o Gerente de regulação da CPFL Energia, Jairo Barros, somos uma sociedade dependente de energia elétrica. É um item essencial para todos, garante dignidade e uma forma mais confortável de viver. Por isso a importância de evitar desperdícios.

Não por acaso, a empresa prevê investir em instituições que impactam diretamente a comunidade baixa renda e a sociedade como um todo, de forma a colocar R$ 350 milhões em ações de eficiência energética. Além disso, temos como meta integrar aspectos de sustentabilidade no processo dos fornecedores críticos. Tudo isso até 2024.  

Hoje 99,98% das residências do país tem luz. Entretanto, pouco refletimos sobre como a energia – que alimenta nossos lares, empresas e ruas – é produzida e transportada. Um bom caminho é compreender como funciona o setor elétrico no Brasil. Para jogar luz sobre esse tema, o podcast C-Liga entrevistou Newton Duarte, presidente executivo da COGEN – Associação da Indústria de Cogeração de Energia, que contou sobre a construção do setor elétrico no Brasil, o qual começou em 1895, em Juiz de Fora (MG), onde foi erguida a primeira hidrelétrica do país. De lá para cá, muito investimento foi feito na diversificação das fontes de energia. Hoje o país pode contar com um leque de fontes renováveis  como hidrelétrica, biomassa, solar, eólica,  e fósseis, como carvão, óleo, gás natural, nuclear. 

Que tal aproveitar o dia da Energia e saber mais sobre como funciona o setor elétrico? C-Liga!

Diversificação da matriz energética: popularização de soluções de fontes de energia renovável

Energia é um insumo valioso para qualquer sociedade. Sem ela seríamos incapazes de produzir alimentos, produtos, serviços, nos deslocar com velocidade e gerar desenvolvimento econômico e social. Historicamente, o carvão e o petróleo foram os principais combustíveis do mundo. Mas isso está mudando por uma necessidade de redução de custos, segurança do abastecimento e, principalmente, garantir a sobrevivência da vida na Terra. 

O que se chama de “transição energética” consiste em um esforço global para reduzir o uso de energéticos com base em combustíveis fósseis (caros e poluentes) e aumentar os investimentos em tecnologias renováveis. Segundo Elbia Gannoum, diretora presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica),  a energia renovável é aquela que utiliza recursos da natureza que são inesgotáveis para produção de eletricidade, como rios (hidrelétrica e PCH), vento (eólica) e o sol (fotovoltaica). 

“Estamos passando por um momento importante de mudanças climáticas e temos que atuar para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE)”, afirma Elbia, durante a participação do nosso podcast C-Liga, para um papo sobre o cenário da energia no Brasil. 

Há basicamente uma fonte atualmente considerada limpa e não-renovável, que é a energia nuclear. Em casos específicos, a decomposição de matéria orgânica em reservatórios hidrelétricos emite gases de efeito estufa; nestes casos, são fontes renováveis, porém não limpas.

O Brasil possui uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, pois cerca de 50% de nossa energia provém de fontes renováveis, em contraste com 16% da média mundial. 

Em termos de capacidade instalada elétrica, o país conta com 87% de participação de fontes renováveis. Essa taxa cai para 29% quando desconsideramos as grandes hidrelétricas. Estima-se (PDE 2031) que a participação das renováveis na matriz elétrica subirá para 94% nos próximos 10 anos, sendo 43% sem considerar as hidrelétricas. 

Com metas de zerar emissões de carbono (até 2050), pode-se observar um crescimento global de fontes renováveis em substituição a fontes fósseis. Este crescimento foi recorde em 2020 (+358 TWh), muito impulsionado pelas fontes eólica (+173 TWh) e solar (+148 TWh). 

O Brasil também é um dos países que mais cresce em produção de energia renovável no mundo. Em 2019 foi superior a 25 TWh, marco atingido apenas pelos países líderes no consumo de energia renovável: China, EUA, Alemanha, Índia, Reino Unido e Japão.

Para Karin Luchesi, vice-presidente de Operações da CPFL Energia, as empresas têm um papel relevante nesse processo de transição energética, pois estão colocando em prática os compromissos ambientais e sociais. “De 3 anos para cá a gente vê o grande cliente aderindo à energia renovável. Ainda que por um valor um pouco mais alto, esse custo se reverte em imagem e benefícios para a sociedade como um todo”, destaca a executiva. 

 “O papel da indústria de energia é conseguir ofertar energia limpa a um custo cada vez mais competitivo”, completa Karin, durante o episódio do C-Liga, conduzido por Márcia Mantovani, Gerente de Marketing e Inteligência de Mercado da CPFL Soluções.

Há duas formas possíveis de comprar energia renovável, seja direto do gerador/comercializador no mercado livre, seja tornando-se um autoprodutor de energia. Temos um portfólio completo de soluções que podem ser customizadas para atender exatamente às necessidades dos nossos clientes.

Sua empresa precisa de abertura e fechamento de jumper para realizar a manutenção das instalações elétricas?

Entenda o que é esse trabalho e de que forma podemos ajudar a sua empresa a ter benefícios com tal ação.

A busca por eficiência é um processo contínuo em todas as empresas. Mas o que isso tem a ver com a abertura de jumper? O procedimento feito para bloquear a energia na linha, é uma etapa do trabalho de manutenção de uma Subestação.

Esse processo visa garantir a segurança e bom funcionamento de todos os equipamentos e itens de segurança da entrada de energia de uma Subestação. O processo nem sempre é necessário para realizar manutenção, mas quando sim, é preciso contar com uma empresa homologada pela distribuidora local, e que tenha um time de especialistas que possam realizar esse trabalho com o menor impacto de produtividade para sua empresa e com segurança garantida, tanto para os equipamentos elétricos, quanto para as pessoas envolvidas.

Recentemente, nosso time realizou um projeto de modernização e manutenção em instalações elétricas, no qual fomos contratados para construir um novo ramal de linha de transmissão entre as duas unidades do complexo industrial. Havia ainda a necessidade de não interromper a produção do complexo e não deixa-lo sem energia.

Nosso desafio, então, era realizar todo processo com o sistema energizado. Utilizamos a técnica de abertura e fechamento de jumper, realizando a manutenção apenas desviando parte do fluxo elétrico, a partir da manobra de ramal, trabalho bastante comum nas nossas soluções, possível quando o cliente possui duas entradas de energia, e com isso, passamos a trabalhar de um lado da linha, e o outro, continua energizado, garantindo a produtividade e lucratividade da sua empresa.

Isso é, com a abertura de jumper e manobra de ramal combinadas em uma só solução, a sua empresa poderá continuar em produção ainda em momento de serviço de O&M.

Sua empresa precisa de apoio para instalações elétricas? Entre agora mesmo em contato com nosso time de especialistas, eles ajudarão a sua empresa a encontrar soluções personalizadas para seus objetivos. 

Consumidor Livre ou Especial? Saiba a diferença.

Com certeza, você já se deparou com os termos consumidores livres e consumidores especiais, mas qual é exatamente a definição desses tipos de consumidores? Se você tem essa dúvida, este texto vai te ajudar! O Mercado Livre de Energia, é um ambiente de contratação energética, onde os consumidores e vendedores negociam com empresas fornecedoras de energia, preços e flexibilidades. Hoje podem fazer parte do mercado livre de energia dois perfis de consumidores: livres e especiais.

O consumidor Livre tem como característica empresas eletroenergéticas, , com alto consumo de eletricidade (indústrias de cimento, extrativista, siderúrgicas, montadoras de veículos, etc.) Conforme regra atual, se faz necessário ter demanda acima de 1 megawatt (MW). Já os consumidores Especiais devem ter carga entre 0,5 MW e 1 MW. Esse grupo é formado por comércios, pequenas indústrias, shopping centers, padarias, farmácias, entre outros. 

Atenção: é possível realizar união de cargas para atingir o mínimo de demanda para entrada no mercado livre. Esse processo é conhecido como comunhão de cargas e é uma opção para quem deseja migrar para o mercado livre. Com isso, empresas de pequeno porte com mais de uma unidade consumidora na mesma localidade ou grupo empresarial podem unir as cargas, e juntas, atingirem o valor mínimo. 

Energia convencional e incentivada. A divisão entre os tipos de consumidores também impacta no tipo de energia que o cliente poderá comprar no mercado livre. A energia convencional tem como origem grandes hidrelétricas e termelétricas a gás natural, carvão e óleo combustível. Já a energia incentivada tem como origem tecnologias renováveis, como solar fotovoltaica, eólica, biomassa. 

No mercado livre, a energia convencional e incentivada costuma ter preços diferentes. A energia incentivada apresenta um spread em relação a energia convencional, e condiciona ao consumidor desconto % na TUSD. Trata-se de uma política pública para fomentar o desenvolvimento de novas tecnologias de produção de energia. 

Outro ponto que vale mencionar é que, a partir de 1º de janeiro de 2023, consumidores livres e especiais terão como limite mínimo a mesma faixa de carga. Isso significa que todos os consumidores com cargas acima de 0,5 MW poderão escolher entre energia convencional e incentivada. 

Estamos vivendo um cenário de constantes mudanças regulatórias, e isso pode impactar nas regras de tipos de consumidores. Então, convidamos você a ficar ligado em nossos artigos e em caso de dúvidas, consulta nosso time da CPFL Soluções, para saber qual é a melhor estratégia para o seu negócio.

Você também pode acompanhar nosso conteúdo completo e explicativo do Podcast, C-liga:

Abertura do Mercado Livre

Como começar no Mercado Livre de Energia


Como o mercado de energia no Brasil está sendo afetado pela guerra entre Ucrânia e Rússia?

Ao analisar o conflito entre Rússia e Ucrânia, fica mais claro perceber os impactos no setor energético e macroeconômicos, bem como o cenário esperado para os próximos meses no Brasil. 

A Rússia é um importante produtor mundial de petróleo e gás, responsável por fornecer 25% e 40%, respectivamente, das necessidades desses energéticos na Europa. As medidas de sanções econômicas impostas por Estados Unidos e bloco europeu afetam a oferta desses energéticos, fazendo o preço subir. 

O barril de petróleo tipo Brent atingiu o pico de US$ 132,00 no início de março e o Brasil sentiu o impacto do aumento. O primeiro impacto foi a elevação expressiva no custo dos combustíveis e do gás. 

O aumento nos combustíveis é mais um fator de pressão na inflação do país, que já está acima de 10% no acumulado dos últimos 12 meses, segundo o IBGE.

Outra consequência foi o aumento nos juros e o consequente encarecimento do custo de capital.  A Selic está em 11,75% ao ano. A previsão é chegar a 13% ao final de 2022, segundo a corretora BCG Liquidez.

Esse cenário afeta a demanda interna, comprometendo o processo de recuperação da economia no Brasil. 

Para minimizar a inflação sobre os energéticos, o Congresso Nacional aprovou o Projeto de Lei 11/2020, com objetivo de reduzir o preço dos combustíveis para o consumidor final. O PL, convertido da Lei Complementar nº 192/22, estabelece a cobrança do ICMS em apenas uma fase da cadeia produtiva. 

Já o PL 1472/2021, cujo objetivo é a criação de um Fundo de Estabilização de preços combustíveis subsidiado por royalties, dividendos e participações da Petrobrás – bem como instituir o imposto de exportação sobre o petróleo bruto -, foi aprovado no Senado Federal e aguarda manifestação da Câmara dos Deputados. 

Devido a situação atual dos reservatórios hidrelétricos, acredita-se que a tarifa de energia elétrica no Brasil deverá ser pouco afetada pela guerra. Além disso, houve um aumento da participação de fontes renováveis como eólica e solar fotovoltaica na matriz energética. Confira aqui.

Por sua vez, as termelétricas a gás natural e GNL (líquido) são apenas 8,8% da matriz elétrica. O Brasil importa cerca de 50% da demanda por esses energéticos. Portanto, o impacto sobre o custo das termelétricas deverá ser marginal. 

Acompanhe aqui nossa última atualização sobre este tema, e entenda mais!

Entenda os efeitos do conflito entre Rússia e Ucrânia no Brasil

Os conflitos entre a Rússia e Ucrânia trazem consigo uma série de incertezas para o setor de petróleo e gás, pois a Rússia detém uma parcela significativa do petróleo importado pela União Europeia, além de ser o maior produtor global de Gás Natural Liquefeito (GNL).
Diante do cenário de conflito entre os dois países, as sanções deferidas pela União Europeia e Estados Unidos podem ocasionar uma elevação desenfreada de preços, e por consequência, podem resultar em uma restrição de suprimento de GNL a mercados não europeus, além de impactos sobre a inflação, juros e câmbio, cujos efeitos abarcam inclusive o Brasil.
O efetivo aumento do preço do barril do petróleo, impulsionado por estes confrontos, influencia diretamente no preço dos combustíveis no Brasil, criando-se uma grande pressão para que o governo brasileiro adote políticas públicas para reduzir os efeitos do aumento de preço.
Relacionado ao tema, atualmente existem iniciativas no Senado que ganharam força nos últimos dias, a primeira vem através do PL 11/2020, que busca a desoneração na tributação federal e no ICMS sobre os combustíveis, e a segunda, oriunda do PL 1472/2021 cujo objetivo é a criação de uma conta de estabilização de preços subsidiada por royalties, dividendos e participações da Petrobrás. Ambos os projetos de Lei possuem previsão de pauta no Senado ainda em março.
Instaura-se então, um movimento de instabilidade de preços no mercado mundial em várias commodities, onde percebe-se notório que as implicações econômicas e energéticas, que os confrontos entre a Rússia e a Ucrânia podem ocasionar, caso se estendam, também podem trazer impactos ao Brasil em setores diversos, consequentemente.
A exemplo disso, além da elevação do preço do gás e combustíveis, temos a elevação do custo da produção agrícola, dado ao fato de que a Rússia é o principal fornecedor de adubo ao Brasil, somada a recente suspensão Russa de exportação de insumos para fertilizantes.
Com a alta de custos, é possível haver um declínio na produção agrícola, ocasionando um impacto na demanda energética de toda a cadeia de suprimento de energia que este setor viabiliza, tais como a sua própria produção, transporte, industrialização, comércio e serviços.
A partir deste cenário de incerteza no mercado mundial, a transição energética de países com matriz predominantemente fóssil, torna intrínseca a necessidade de investimentos em outras fontes de energia buscando, por exemplo, uma menor dependência de Gás Natural Liquefeito.

I-REC: novo conceito ou uma nova prioridade do mercado?

Imagine se o seu negócio pudesse compensar 100% das emissões de carbono ou pudesse consumir e comprovar que a sua empresa só utiliza energia renovável e limpa? Agora imagine se os clientes topassem pagar um valor maior pelo seu produto e que investidores estão direcionando recursos para corporações com impacto ambiental positivo? Imaginou? Pois tudo isso é possível com o certificado de energia renovável (I-REC).

O I-REC é um sistema global de rastreamento de atributos ambientais de energia, presente no Brasil desde 2016. Através dele, empresas podem certificar a origem da energia elétrica que utilizam. Podem emitir I-REC empresas homologadas e que gerem energia de fontes hidrelétrica, eólica, solar fotovoltaica e biomassa.

Por aqui, o Instituto Totum é responsável tanto por certificar  as usinas como por emitir os certificados. Em 2021, foram emitidos 9,2 milhões de I-RECs no país, um crescimento de 268% em relação a 2019. Para 2022, a expectativa do instituto é chegar a 15 milhões, o que corresponderá a um crescimento de 60% em relação ao ano passado. 

A procura por I-REC tem aumentado por vários motivos. Cada vez mais geradores de energia, como nós, procuram habilitar usinas para emitir os certificados. A oferta também cresce junto com a demanda, com empresas de diversos portes buscando reduzir e até neutralizar as suas emissões de carbono. Cada I-REC equivale a 1 megawatt-hora (MWh) de energia renovável. 

Inicialmente, apenas consumidores eletrointensivos buscavam esse tipo de produto. Porém, por força de mercado, fornecedores e empresas de menor porte estão buscando o I-REC. 

Para falar mais sobre esse assunto, o sétimo episódio do nosso podcast C-Liga convidou Luciano Figueredo, gerente de projetos do Instituto Totum de Desenvolvimento e Gestão Empresarial, e Rodolfo Sirol, Diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CPFL Energia.

Neste episódio, nossos convidados explicam o que é I-REC, quem pode comprar, quais os benefícios, além de como funciona o processo de rastreabilidade. “A gente costuma dizer que o mercado se direciona para onde o dinheiro está. Esse apoio do mercado financeiro tem sido decisivo para manter a agenda de baixas emissões”, afirmou Sirol. Segundo Figueredo, há mais de 300 usinas certificadas pelo instituto. Quer saber mais? Então C-Liga!

Fornecer informações verdadeiras e confiáveis é uma maneira de colocar a segurança em prática

Os serviços digitais são fundamentais para oferecer praticidade e agilidade à tomada de decisão. No entanto, é preciso conhecer os riscos a que estamos expostos. Os hackers usam das mais variadas estratégias para conseguirem o que desejam, desde o sequestro de dados até confundir a sociedade promovendo a divulgação de informações que não correspondem com a verdade.

Em 2020, segundo estudo da consultoria alemã Roland Berger, o Brasil foi o 5º país que mais sofreu crimes cibernéticos. A pesquisa da Check Point Research indicou que, no ano passado, as organizações experimentaram 50% mais ataques semanais do que em 2020.

Isso explica porque a segurança no mundo digital está na agenda de todas as empresas.

Em geral, as elétricas operam com altos níveis de segurança, pois estão sob constante ameaça hacker. Uma invasão pode comprometer o funcionamento de uma infraestrutura elétrica ou expor dados de milhões de brasileiros, causando enormes prejuízos financeiros e reputacionais para todos os envolvidos.

Para proteger os nossos clientes, investimos milhões em segurança de dados e criamos plataformas próprias de comunicação para garantir o compartilhamento de informações verdadeiras e confiáveis. Utilizamos Podcast, Newsletter, Blogs e Relatórios de Gestão.

Recentemente, lançamos uma nova área de Customer Success (CS). Através deste canal, nossos clientes podem enviar sugestões de melhoria dos nossos processos, produtos, serviços e canais de atendimento. Também é possível enviar reclamações e elogios. O objetivo é aprimorar a experiência dos nossos clientes através de canais de contato seguros e transparentes. Afinal, a informação é uma grande arma para se proteger de fraudes digitais.

Você sabe o que é mercado de curto prazo?

O mercado livre oferece diferentes oportunidades para grandes, médios e pequenos consumidores de energia elétrica no Brasil (com demanda mínima de 500kW). Os consumidores livres (indústrias, shoppings, supermercados, comércios, serviços) contam com a vantagem de negociar preço, volume, prazo e outras condições customizadas que aumentam a eficiência do seu negócio.

O Mercado de Curto Prazo (MCP) é uma ferramenta fundamental para conferir segurança e liquidez ao Ambiente de Contratação Livre (ACL). Recomenda-se que todos os agentes com contratos registrados e validados na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) conheçam o funcionamento do MCP. Isso inclui geradores, comercializadores, distribuidores e, principalmente, os consumidores livres de energia elétrica no Brasil.

O MCP é um processo de apuração das diferenças financeiras apuradas nos contratos de energia elétrica. As informações técnicas sobre o MCP estão na Resolução Normativa nº 622/2014 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

Um consumidor livre que consumiu mais energia do que estava previsto no contrato poderá negociar essa diferença entre o contratado e o consumido no MCP.

Imagine que a sua empresa fechou um contrato de 100 megawatt-hora (MWh), ao preço de R$ 250,00/MWh, por um período de 24 meses. No entanto, você precisou aumentar a produção em um mês específico para atender a uma demanda imprevista dos seus clientes. Com isso, a sua empresa consumiu um volume de energia superior ao previsto nos limites contrato que você fechou com a Comercializadora.

Um ponto importante de destacar é que mesmo obtendo um contrato menor do que o seu consumo o fornecimento da energia é realizado normalmente. Contudo, para lastrear este consumo e evitar eventuais penalidades, recomenda-se que seja feita uma negociação via um contrato complementar no Mercado de Curto Prazo.

A energia deste contrato complementar, será precificada com base no Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), mais um spread cobrado pelas Comercializadoras. Suponhamos que o PLD foi calculado em R$ 200,00/MWh e a Comercializadora escolhida estava cobrando R$45,00/MWh de spread, totalizando assim R$245,00/MWh.

Nesse exemplo, sua empresa aumentou a produção, faturou mais e ainda pagou um preço inferior ao do contrato original, o que aumentou o resultado final do seu negócio. Mas é importante destacar que o PLD é muito volátil e pode variar de R$55,70/MWh à R$640,50/MWh. Desta forma, é sempre recomendado que a contratação com a comercializadora escolhida seja bem adequada ao seu consumo projetado, evitando assim riscos. Essa operação do MCP deve ser realizada de forma esporádica para demandas não planejadas.

Quer entender os detalhes de funcionamento dessa ferramenta? Nosso time de gestão pode ajudar. Entre em contato conosco agora mesmo!

Como garantimos eficiência e segurança energética em hospitais

No próximo dia 7 de abril comemora-se o Dia Mundial da Saúde. Sabemos que o mundo atravessa uma das maiores crises de saúde da história recente. Após dois anos, a pandemia de covid-19 vitimou mais de 6,05 milhões de vidas no mundo, com o Brasil na triste terceira posição com 656 mil mortes de pais, mães, filhos, amigos e colegas de trabalho que se partiram. A nossa sincera homenagem.

Médicos, cirurgiões, enfermeiros e todos os profissionais da saúde atuaram e continuam atuando na linha de frente com a missão de salvar vidas. O sistema de saúde nunca foi tão exigido, logo, o hospital é uma entidade que não pode parar em meio a uma crise global, ainda mais por conta da qualidade energética. É de conhecimento que as redes hospitalares demandam uma infraestrutura elétrica robusta, segura e com qualidade em eficiência.. 

No Programa CPFL e RGE nos Hospitais, apresentado na COP-26, investimos R$ 155 milhões em ações de eficiência energética. Foram beneficiados 325 hospitais na nossa área de concessão. Instalamos painéis fotovoltaicos, trocamos lâmpadas, sistemas de refrigeração e usinas de oxigênio, com 240 unidades concluídas

Parte do consumo passou a ser atendido pela energia solar, que é limpa e não emite ruídos. A substituição das lâmpadas e dos sistemas de refrigeração tornaram o consumo mais eficiente. A previsão é de uma economia da ordem de 14 GWh por ano, o mesmo que apagar a luz de 72 mil residências, contribuindo para mitigar a emissão de CO2. 

A eficiência energética para o setor hospitalar faz parte do nosso DNA como Grupo, e por isso o assunto também foi abordado no evento CPFL Soluções Insights, realizado  em parceria com a Saúde Business, no qual abordamos o falso dilema “sustentabilidade x redução de custos”. Mostramos que um não precisa ser excludente do outro. Não se trata de desligar equipamentos, mas planejar a gestão de energia no ambiente hospitalar para que o consumo seja o mais eficiente possível, evitando desperdícios com equipamentos de baixa eficiência. 

“Sabe que estamos em meio a crise de saúde global e o hospital é uma entidade que não pode parar nunca”, afirmou o Flávio Souza, Diretor Comercial da CPFL Soluções, participante do webinar.  

O investimento em eficiência energética é visto como uma boa prática ESG para os hospitais. Principalmente porque a sociedade e o mercado financeiro preferem empresas que, além de bem geridas, utilizam com racionalidade os recursos energéticos. 

“ESG no Grupo Notredame Intermédica está na nossa missão, que é tornar a saúde de qualidade acessível às gerações de brasileiros”, disse o vice-presidente Anderlei Buzelli, responsável por uma carteira de 7 milhões de vidas, com a rede de hospitais em expansão para 37 unidades, de 8.  

Confira 5 cinco destaques dessa conversa

1 – Como é possível reduzir o consumo de energia em hospitais e como acontece essa redução? E como funciona o I-REC olhando para este setor?

Segundo Souza, o mercado livre oferece várias oportunidades para redução do custo a partir da negociação da compra de energia direto com o fornecedor, com condições e prazos pré acordadas.

O Especialista em Energia do Projeto Hospitais Sustentáveis (PHS), Erick Pelegia, falou sobre os quatro desafios das instituições de saúde, abrangendo os temas de energia, clima, compras sustentáveis e resíduos. A energia está entre os principais custos dos hospitais, porém o consumo costuma ser estável. Essa previsibilidade reduz riscos, portanto, contratos mais competitivos.

A praticidade e o benefício ambiental da energia solar fotovoltaica tornou a tecnologia uma forte aliada dos hospitais, garantindo energia limpa e renovável em um país com a melhor irradiação solar do mundo. Souza aconselha a escolha de empresas profissionais para garantir as melhores práticas de instalações fotovoltaicas, como determina as NR 10 (instalações elétricas) e NR 35 (segurança). 

Olhando para a infraestrutura, a modernização de instalações de água fria, iluminação e equipamentos de ar condicionado podem promover uma economia importante. Pelegia disse que os estudos apontam que a atividade de manutenção é a ação com o menor payback, ou seja, com menor prazo para recuperar o investimento. “Aquelas pequenas coisas silenciosas, porém fundamentais”, disse o doutorando em Energia. 

O I-REC é um certificado de energia renovável. Ele permite a rastreabilidade segura da fonte de geração de eletricidade. Com isso, o consumidor também assegura o selo de sustentabilidade. Também é possível comprar I-RECs para mitigar o balanço de emissões. 

2 – Como energias sustentáveis colaboram na redução de custos no longo prazo?

 As novas tecnologias renováveis não só contribuem para o meio ambiente, como reduz custos de energia elétrica. Buzelli disse que o Grupo Notredame Intermédica é testemunha dos benefícios de migrar para o mercado livre. Com 4 mil leitos de UTIs e um laboratório com centenas de equipamentos com alto consumo de energia, o mercado livre gerou um resultado positivo para a instituição. 

A economia chegou aos 20%. O dinheiro poupado foi direcionado para outras ações de ESG. “Somos testemunhas de que essa é uma medida que faz sentido para todas empresas”, disse Buzelli. “Temos uma gestão rigorosa de custos, pois sabemos que para conseguir prestar um serviço de qualidade a um custo acessível, cada centavo conta”, completou.

3 – Além da troca de equipamento a CPFL tem algum processo de automação dos hospitais para controlar melhor o ar condicionado?

Em alguns projetos, contou Souza, entramos com automação. Desde instalar sensores para tornar a operação do ar condicionado mais eficiente, como automações mais simples com sensores de presença e iluminação. Conectamos todos os sistemas de um hospital, trazendo dados e informação para a tomada de decisão dos gestores. 

4 – Quais são as formas de aquisição de energia: redes distribuição local, Mercado Livre de energia e geração própria?

Hoje o mercado de energia é dividido entre cativo (60%) e livre (40%). No mercado cativo uma boa opção é a geração solar distribuída energia. 

Para migrar para o mercado livre, a unidade consumidora, no caso o hospital ou uma clínica, precisa atingir uma faixa de potência mínima. A partir de 500 KW é possível comprar energia incentivada, como eólica e solar com desconto de 50% na tarifa de uso da rede de distribuição  (TUSD). Também há a energia incentivada 100% – mais cara porém com um benefício ambiental maior. 

Para comprar energia convencional, ou seja, não renováveis incluindo hidrelétricas de grande porte, o cliente precisa ter uma demanda acima de 1000 kW. 

Essas barreiras estão se reduzindo gradualmente e o setor discute neste momento como tornar o mercado livre acessível para todos os tipos de consumidores, inclusive residencial. 

Para fazer esse estudo de carga é preciso contratar uma gestora. A CPFL realiza todo esse serviços, que envolve também abrir conta em banco, cadastrar o cliente na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e fazer a compra da energia. 

Por último, tem a possibilidade de firmar um PPA de longo prazo, onde o consumidor se torna um autoprodutor. Essa estratégia funciona bem para hospitais que têm um consumo estável e continuarão necessários daqui a 30 anos. 

– Pensando na construção de hospitais novos, o uso de energia solar é recomendada para toda unidade?

Segundo Souza, plantas fotovoltaicas são aplicadas em qualquer circunstância. O custo da tecnologia reduziu muito. Nos últimos 10 anos  houve uma redução de custo de mais de 1.000% no custo dos inversores, que representam 50 a 70% do custo da instalação. Qualquer empresa, casa, comércio, indústria pode fazer o uso da energia solar desde que tenha um telhado ou um terreno. 

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Um bom plano de manutenção pode ser o caminho para sua empresa colocar o ESG em prática

Muito se fala em ESG e pouco se sabe como colocar em prática os conceitos corporativos embutidos nessas três siglas que estão transformando o mundo dos negócios. Aqui falaremos sobre como incorporar um bom plano de manutenção dos equipamentos elétricos na sua empresa e como esse processo pode ser considerado uma estratégia ESG.

Há uma máxima no mundo dos negócios que diz que “custo é igual a unha, sempre tem que cortar”. No entanto, essa busca por eficiência econômica e financeira pode ser alcançada de várias formas. Uma delas é evitar desperdícios energéticos.

Instalações, equipamentos e motores elétricos necessitam de manutenção periódica. Essa prática evita desperdícios de energia elétrica e recursos financeiros.  O uso eficiente de recursos limitados como energia elétrica é visto como uma boa prática ESG. 

As manutenções podem ser preventivas, preditivas e corretivas. Normalmente são atividades complementares e cada uma cobre uma camada do plano de manutenção. 

A manutenção preventiva busca se antecipar a falhas que são imperceptíveis. Uma fuga de calor pode comprometer o processo produtivo de uma indústria de transformação. Identificar e propor uma correção é o que fazemos na CPFL Soluções. 

Há também a manutenção preditiva ou recorrente, que é a prática de colocar sensores para monitorar o funcionamento dos equipamentos e instalações elétricas. O objetivo é compreender o funcionamento da máquina e propor soluções para aumentar a produtividade. 

Por fim, situações inesperadas são parte do negócio. Para isso, realizamos manutenções corretivas sempre que um equipamento apresentar falha ou necessitar de um reparo urgente.

Portanto, investir em um plano de manutenção periódico é uma boa opção para que seu negócio possa garantir a segurança, eficiência e ainda economizar. Quer saber mais como nós, da CPFL Soluções, podemos ajudar a sua empresa a colocar o ESG em prática? Entre em contato com um dos nossos consultores.

ANEEL aprova contratação de empréstimo para aliviar impacto da crise hídrica

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou, através da Resolução Normativa nº 1008/2022, a contratação de empréstimo no valor de até R$ 10,5 bilhões para aliviar o impacto financeiro da crise hídrica para as distribuidoras. A ANEEL também publicou em 1° de abril a Resolução Normativa n° 1010/2022 em complemento, com o objetivo aumentar em R$ 25.300.622,46 o teto do empréstimo.

A REN 1008 atende ao Decreto 10.939/2021, fruto da Medida Provisória 1078/21, que trouxe como ação emergencial a contratação de empréstimo com bancos públicos e privados para amortizar os efeitos econômicos da pior crise hídrica que se tem notícia desde 1931.

A contratação do empréstimo e o repasse dos recursos devem ser realizados neste ano, conforme determina a regulação. O montante foi dividido em duas parcelas: a primeira de R$ 5,3 bilhões e a segunda de R$ 5,2 bilhões.  

A primeira parcela inclui a cobertura de custos do bônus tarifário, dos clientes que reduziram o consumo entre setembro e dezembro de 2021; a energia importada da Argentina e do Uruguai entre julho e agosto do ano passado; os custos do déficit de arrecadação das bandeiras tarifárias, além dos diferimentos tarifários realizados no período de 2021. 

A segunda parcela visa cobrir os custos advindos da contratação do Procedimento Competitivo Simplificado para os meses de abril a dezembro de 2022.

A boa notícia é que mesmo antes do repasse dos recursos, distribuidoras e consumidores do mercado cativo já podem sentir os efeitos positivos do empréstimo nas revisões e reajustes tarifários de 2022.  

As concessionárias precisam, no entanto, pedir à ANEEL a antecipação da primeira parcela e a respectiva inclusão do componente financeiro negativo no cálculo tarifário. Algumas distribuidoras já fizeram essa solicitação e tiveram seus pleitos atendidos pelo regulador. 

Os consumidores terão até 5 anos para quitar o empréstimo. A cobrança será feita por meio da inclusão de encargo na conta de luz, e ocorrerá nos processos tarifários a partir de 2023. 

“Os consumidores que migraram para o mercado livre, após 13 de dezembro de 2021, também participarão do pagamento integral do encargo Escassez Hídrica. Ou seja, os consumidores vão levar a parcela do empréstimo”, destacou o time de Regulação Estratégia de Mercado da CPFL Soluções via comunicado.

Responsabilidades financeiras do consumidor livre e a relação com a CCEE

O benefício econômico do mercado livre de energia elétrica é resultado de uma estratégia customizada e bem planejada. A jornada do consumidor livre inicia-se pela busca de informação. É nesse momento que o consumidor começa a compreender as vantagens competitivas de comprar energia negociada a preço de mercado e direto do comercializador e/ou do gerador. 

No caso de uma migração do ambiente regulado para o livre, também é necessário conhecer as condições para o encerramento contratual com a Distribuidora local que atualmente efetua a entrega de energia à sua unidade de consumo.

O passo seguinte é conhecer as responsabilidades desse tipo de negociação, como funcionam os compromissos financeiros e regulatórios, as penalidades aplicadas em caso de transgressão, e a relação com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). 

O papel da CCEE é gerenciar o setor elétrico, à medida que também zela pelo fluxo de pagamentos do mercado de energia elétrica. A entidade registra e monitora o cumprimento dos contratos de compra e venda. É a Câmara que mede as diferenças contratuais (encontro de contas), recolhe os encargos e executa as liquidações financeiras dos devedores. 

Todos os agentes precisam cumprir suas obrigações junto à CCEE. Em caso de transgressões, a entidade é autorizada a aplicar sanções e multas previstas pela regulação. 

 A primeira obrigação do candidato a agente é o pagamento do boleto de adesão à CCEE, para que se inicie o processo de adesão.

O candidato a agente também necessita realizar a abertura de uma conta bancária no Bradesco agênciaTrianon/Masp, a obrigatoriedade se dá a todos os agentes, visto que todos os pagamentos e recebimentos para a CCEE são realizados através dessa instituição. 

Uma vez agente da CCEE, o consumidor tem a obrigaçdão de pagar a contribuição associativa. Essa taxa representa o rateio do custo da operação anual da CCEE entre os membros. A cobrança é feita mensalmente, sendo a única obrigação cobrada com boleto (ou débito). 

A liquidação financeira é o momento em que é feito o encontro de contas. Ou seja, é a avaliação entre o que foi contratado e consumido no mercado livre de energia, além da contabilização dos encargos e inadimplência do mercado.

Para exemplificar, imagine que um laboratório farmacêutico no mercado livre contratou 90 MWh, porém consumiu 100 MWh. Os 10 MWh de diferença serão fornecidos ao cliente, porém a precificação dessa energia extra ocorrerá pelo Preço de Liquidação das Diferenças (PLD).

Nesse exemplo, o laboratório está em uma posição devedora na liquidação financeira daquele mês. Por regra, precisa – antecipadamente – aportar garantias no valor da diferença, acrescido dos encargos setoriais, que entenderemos mais a seguir, e qualquer outro ajuste decorrente de inadimplência.

Encargos de Serviços do Sistema (ESS) abarcam diferentes necessidades do funcionamento do setor elétrico. Por vezes, o sistema precisa acionar um recurso adicional para atender a demanda ou os requisitos de rede. Isso pode gerar um custo de operação que precisa ser pago via ESS.

O valor da garantia apontado pela CCEE precisa ser depositado integralmente no banco de custódia até a data efetiva da liquidação do Mercado de Curto Prazo (MCP), que ocorre todos os meses. O aporte de garantias, como o nome sugere, fortalece a segurança da operação no mercado livre.

O consumidor também arca com o Encargo de Energia de Reserva (EER) que é uma conta que custeia a energia produzida pelas usinas que dão segurança ao sistema elétrico brasileiro. A produção dessas usinas também é valorada pelo PLD. Em momentos em que a arrecadação é inferior aos custos (por exemplo quando o PLD está baixo), a CCEE utiliza o EER para fechar a conta, rateando os valores entre todos os agentes proporcionalmente ao consumo. 

Caso reste alguma dúvida sobre as obrigações financeiras, os clientes podem contar com a assessoria especializada da CPFL Soluções.

Entenda a suspensão de Liminar movida pela Âmbar Uruguaiana Energia S.A

Provavelmente você deve ter acompanhado nas grandes mídias sobre a suspensão de Liminar movida pela Âmbar Uruguaiana Energia S.A, afinal, esse fato tem impacto financeiro notável entre os consumidores de energia.

Pensando nisso, nossa equipe de especialistas preparou um material completo e detalhado para ajudar a entender o cenário e anterior e o que mudará com o cancelamento do contrato da termelétrica. Acompanhe abaixo:

Em meio ao período de escassez hídrica, referente ao ano de 2021, o governo adotou medidas, excepcionais e temporárias, para reforçar o fornecimento de energia elétrica, entre tais medidas, através da Portaria Normativa MME nº 17/2021, foi aberto processo de contratação de energia de Usinas Térmicas sem CVU (Custo Variável Unitário).

No processo de Chamada Pública, a termelétrica de Uruguaiana (Âmbar) encaminhou proposta, com compromisso de entrega de energia nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2021, a contratação foi aceita, no valor de R$ 2.518,44 por MWh.

No primeiro mês de entrega da energia, a térmica não entregou o mínimo de 50% do valor contratado, conforme estabelecido pela Portaria ministerial. Desse modo, com base nos procedimentos estabelecidos na própria Portaria, o ONS realizou o descredenciamento da usina.

Com o cancelamento do contrato, a Âmbar Uruguaiana entrou com ação judicial pleiteando o direito de entrega dos volumes acordados para os meses de novembro e dezembro, alegando que o descumprimento de outubro, teria sido causado por fatores externos.

Em primeira instância, foi determinado que a usina teria o direito de realizar a entrega de energia referente aos meses de novembro e dezembro. Porém, o ONS recorreu da decisão, alegando que no momento que a térmica começou a gerar, iniciou-se o período de chuvas, não sendo interesse a utilização dessa energia mais cara.

Em cumprimento a decisão em primeira instância, a CCEE realizou a cobrança, via ESS, no valor de R$ 739.753.868,51 no processo de aporte de garantias de janeiro/22, realizado em 21/02.

No início de março foi proferido a decisão do recurso interposto pelo ONS, tendo a CCEE recebido o Parecer de Força Executória nº 00007/2022/CGAEST1R/PRU1R/PGU/AGU, pelo qual foi suspenso o pagamento dos valores para a Âmbar Uruguaiana.

Em comunicado n° 180/22, a CCEE informou que suspendeu o repasse que seria realizado para a termelétrica e realizará a restituição dos valores aportados na contabilização de fevereiro/22.

Se você quiser saber outros detalhes sobre os reflexos dessa decisão, ou até mesmo entender melhor os detalhes desta, entre em contato conosco clicando aqui.

C-Liga, ESG significa fazer a coisa certa!

Como estabelecer processos empresariais pensando em ESG

Por que só se fala em ESG? ESG está para o mundo corporativo assim como DNA está para a ciência. São três conceitos que estão transformando os negócios e a forma como nós consumimos produtos e serviços. Então C-Liga porque o nosso podcast trouxe um bate-papo imperdível com duas grandes personalidades dos mercados de tecnologia, telecomunicações e energias renováveis. 

O Presidente da HP do Brasil, Cláudio Raupp, e Rodolfo Sirol, Diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CPFL Energia, conversaram com Márcia Mantovani, Gerente de Marketing e Inteligência de mercado da CPFL Soluções, e host do C-Liga, sobre como estabelecer processos empresariais pensando em ESG e como é importante gerar resultados alinhados às demandas da sociedade. 

Durante essa conversa eletrizante, os dois executivos contaram como as duas empresas têm atuado e se planejado para fortalecer a cultura organizacional com ações e práticas de ESG. 

Segundo os especialistas, para colocar as iniciativas em ESG no DNA da sua empresa, primeiro, é preciso sair do discurso e ir para a prática. Isso significa entender e incorporar os conceitos de Environmental, Social e Corporate Governance (na sigla em inglês) nas reuniões e decisões do Conselho de Administração, no planejamento e nas metas empresariais, nos posicionamentos de patrocínios e parcerias de mercado e, claro, criar processos para medir os resultados de todas essas ações.

Segundo Raupp, a corrente do ESG, que se fortaleceu após a pandemia de Covid-19, é um imperativo de mercado que coloca as responsabilidades corporativa, ambiental e social como fundamentais para a sobrevivência de grandes, médias e pequenas empresas. 

“ESG está no topo da agenda de negócios. É uma demanda que a gente tem do cliente, do parceiro, dos funcionários, dos investidores, dos acionistas e da sociedade”, contou o presidente da HP do Brasil.

Sirol explicou porque essa nova tendência está longe de ser uma jogada de marketing. “São temas extremamente relevantes porque a sociedade, de forma geral, está muito mais complexa, muito mais conectada, muito mais variável e as variações acontecem muito rápido”, disse.

Como esses processos afetam a tomada de decisão das empresas?  Quais são os desafios futuros? Ficou curioso, então ouça o #6 episódio do Podcast C-Liga: ESG na prática.

Elétricas investem em tecnologia e segurança para atender à LGPD

O setor elétrico brasileiro coleta, armazena e manuseia um gigantesco volume de dados públicos e privados, pessoais e corporativos. Por conta da criticidade das informações, as elétricas investem milhões em tecnologia e melhorias de processos para aumentar a segurança das infraestruturas elétricas e sistemas de CRM, para garantir o sigilo de dados de clientes, parceiros e colaboradores.

Digitalização. O processo de modernização e digitalização do setor elétrico gerou um aumento dos  ataques cibernéticos contra as elétricas.  Em geral, as elétricas atuam em alerta máximo, pois estão sob constante ameaça de hackers. 

Uma invasão pode comprometer o funcionamento de uma infraestrutura elétrica ou expor dados de milhões de brasileiros, causando enormes prejuízos financeiros e reputacionais para todos os envolvidos. 

Em 18 de setembro de 2020 entrou em vigor a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Porém, as penalidades por descumprimento das normas passaram a valer apenas em agosto do ano passado. Com inspiração europeia,  a lei regulamenta os processos de coleta, armazenamento e de manuseio de dados privados de pessoas. O objetivo é proteger os direitos de liberdade e privacidade dos cidadãos. 

Pensando nisso, nós, como empresa robusta do setor elétrico, estamos investindo em comunicação, inteligência de mercado e contamos com a participação dos nossos colaboradores e parceiros de negócio. Temos um Comitê de Segurança da Informação dedicado a tornar os processos mais seguros, bem como assegurar a segurança das informações de nossos clientes de forma completa, instruindo todos os colaboradores sobre como agir e tratar das informações coletadas, tanto em contas (CNPJ), quanto contatos (CPF)..

Quer ficar seguro, contar com um trabalho eficiente e receber soluções energéticas que se encaixam ao seu negócio? Entre em contato com nosso time.

Entenda as vantagens e desvantagens das redes de distribuição aérea, compacta e subterrânea

Quando o assunto é rede de distribuição de energia, a primeira imagem que vem à nossa mente são postes de concreto ou madeira, um emaranhado de fios ligados às penduradas caixas de metal (transformadores) e etc… 

Mais comum no Brasil, a rede de distribuição área é uma tecnologia do século passado e apresenta um nível mais baixo de confiabilidade devido a sua vulnerabilidade. No entanto, é economicamente acessível, o que torna sua utilização oportuna em regiões complexas ou distantes dos grandes centros urbanos. Em áreas rurais, como fazendas, ainda é uma solução funcional.

Entretanto, devido à vulnerabilidade das redes aéreas, houve a necessidade de uma atualização tecnológica para tornar os equipamentos mais compactos, resilientes e seguros. Surgiu, então, as redes compactas. Embora mais eficientes, o nível de exposição ainda é superior aos das redes subterrâneas, perdendo também em atributos como interrupções/ paradas inesperadas, segurança e custo benefício. 

Apesar das redes subterrâneas terem um custo maior de implantação, trata-se de uma tecnologia com menor custo de manutenção, o que produz uma segurança e aparência organizada aos espaços. 

Centros comerciais e habitacionais em grandes metrópoles do mundo, como Londres (Inglaterra), Barcelona (Espanha), Paris (França) e Washington (EUA), estão adotando as redes subterrâneas para proporcionar uma experiência superior de convivência e trabalho à sociedade. Hoje a tendência são ambientes que oferecem, em um só lugar, trabalho, moradia, lazer e entretenimento, tudo isso com conforto e segurança. 

Olhando pelo aspecto técnico, as redes subterrâneas também atendem melhor os consumidores industriais, conferindo mais confiabilidade e eficiência para o fornecimento de energia elétrica, uma vez que não estão expostas a fenômenos naturais e animais e acidentes de atrito.

E olha só, os produtores de energia renováveis como solar fotovoltaica e eólica também utilizam as redes subterrâneas para proporcionar mais segurança ao escoamento de energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

3 passos para maior durabilidade de seus equipamentos, instalação e motores elétricos

Uma falha em um equipamento crítico – como geradores, transformadores e máquinas elétricas – pode causar prejuízos enormes para uma empresa. A paralisação inesperada compromete a operação e pode levar a transtornos com fornecedores e clientes que poderiam ser evitados com a execução de um bom plano de manutenção. A seguir, confira 3 passos para garantir a máxima eficiência de seus equipamentos, nas instalações e motores elétricos.

1. Manutenções preventivas, preditivas e corretivas 

A manutenção preventiva é indicada para evitar surpresas indesejadas. Aqui vale a máxima: “É melhor prevenir do que remediar.”  Através desse tipo de manutenção é possível identificar defeitos que até então eram imperceptíveis. 

Já a manutenção preditiva (recorrente) é utilizada para monitorar os equipamentos elétricos com o objetivo de compreender o funcionamento do maquinário. Através dos dados coletados, a equipe de manutenção consegue prever e propor soluções para aumentar a eficiência, gerando ganho de produtividade e redução de custos. 

A manutenção corretiva, por sua vez, ocorre nas situações em que a instalação elétrica/equipamentos está apresentando algum tipo de falha e necessita de reparo urgente.

Hoje, grandes empresas já perceberam as vantagens de colocar a manutenção no planejamento de sua empresa, uma vez que, quando suas instalações elétricas/ equipamentos funcionam em segurança com excelência, a produção de sua empresa só tende a crescer e ser mais eficiente. O nosso time de Operação & Manutenção (O&M) trabalha com diferentes soluções e planejamentos, personalizados para a necessidade da sua empresa.

2. Segurança

Para além de questões técnicas, toda empresa deve prezar pela segurança dos colaboradores ao manusear as instalações elétricas, tanto em processos de trabalho, quanto em momentos de manutenção. A segurança é o principal valor da CPFL como Grupo, e com isso, além de garantir a funcionalidade do seu equipamento, para sua maior eficiência, você poderá contar com nossos serviços de forma a reduzir   riscos de acidentes, com o objetivo de prover o funcionamento seguro dos equipamentos elétricos para seus colaboradores.

3. Contar com uma empresa robusta e com expertise para trabalhar em seus equipamentos

Não adianta muito criar planos completos de manutenção e o serviço ser realizado por equipes com limitações técnicas para a execução. Neste cenário, além de riscos financeiros para sua empresa, seus equipamentos elétricos estariam sempre predispostos a falhas ou interrupções de produção. É importante lembrar que os equipamentos elétricos, quando apresentam consecutivas falhas, tendem a perecer, e nem precisamos entrar nas “dores de cabeça” que isso decorre para os negócios, não é mesmo?

Somos uma empresa robusta, que trabalha com equipamento próprio, colaboradores especialistas no assunto, e excelência em soluções e segurança de uma rede de mais de 100 anos no setor elétrico. 

Que tal garantir maior vida útil aos seus equipamentos elétricos conosco? Entre em contato agora mesmo com nosso time de especialistas.

Distribuidoras aguardam parecer da ANEEL para avanço do empréstimo que ajudará abater impactos financeiros decorrentes da crise hídrica

Terminou em 14 de fevereiro o prazo para o envio de contribuições à Consulta Pública nº 02/2022 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

A consulta atende ao Decreto 10.939/2022, fruto da Medida Provisória 1.078/2021, que trouxe como ação emergencial a contratação de empréstimo com bancos públicos e privados para mitigar os efeitos econômicos causados pela crise hídrica, a pior já registrada desde 1931, quando se iniciou o monitoramento das bacias hidrográficas do país. 

A ANEEL apresentou em sua proposta uma primeira tranche no valor de R$ 5,6 bilhões referente ao saldo da conta bandeira, e despesas com importação de energia nos meses de julho e agosto de 2021, além de diferimentos aplicados nos processos tarifários de 2021. Apresentou ainda, possibilidade de inclusão de uma segunda tranche no valor de R$ 5,2 bilhões referente ao Procedimento Competitivo Simplificado (PCS), totalizando um montante de R$ 10,8 Bilhões. 

A solução do empréstimo é conhecida pelo setor elétrico, pois foi usada pela primeira vez durante a crise hídrica de 2014/2015 (Conta-ACR) e depois na pandemia (Conta-Covid/2020). O novo empréstimo terá o nome de Conta Escassez Hídrica, na qual serão concentrados os recursos para cobrir os custos assumidos pelas concessionárias de distribuição em 2021.

A Conta Escassez Hídrica será gerida pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que confere uma gestão ética e transparente com os recursos arrecadados e utilizados para o pagamento das parcelas do empréstimo.  

As concessionárias farão o recolhimento dos recursos em nome da CDE, e os custos do empréstimo serão pagos pelo consumidor final mediante encargo tarifário. Os consumidores que deixaram o ACR a partir de 13/12/2021, permanecerão obrigados a pagar os custos das operações financeiras, a ser cobrado na proporção do seu consumo de energia.

ANEEL estuda medidas regulatórias para que todos os consumidores com carga inferior a 500 KW possam acessar o mercado livre de energia

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) apresentou ao Ministério de Minas e Energia (MME), em atendimento à Portaria MME n°456/2019, estudo sobre as medidas regulatórias necessárias para a abertura do mercado livre de energia. Esse tema está em debate no país há quase 10 anos.

A agência identificou 14 itens para regulamentação ou aprimoramento. Eles estão reunidos na Nota Técnica nº 10/2022-SRM/ANEEL, com embasamento pautado na Tomada de Subsídios n°10/2021, que teve como objetivo obter aporte do setor e da sociedade sobre o processo de abertura de mercado.

Na prática, o objetivo é modernizar as regras e introduzir inovações para que consumidores residenciais, comerciais e pequenas indústrias possam escolher o seu fornecedor de energia elétrica, ou seja, tenham liberdade e opções para comprar energia fora de suas distribuidoras locais. 

Confira as 14 medidas listadas pela ANEEL

  1. Implementação de campanhas para informar os consumidores sobre o processo para acessar o mercado livre.
  2. Padronização de produtos divulgados na internet, de modo a permitir a comparação segura dos custos, benefícios e riscos envolvidos.
  3. Medidas para evitar abuso de poder de mercado e acesso a informações de consumidores, no caso de grupos econômicos que atuem de forma verticalizada.
  4. Comercializadores de energia que vierem a atender ao público residencial, deverão estabelecer canais de atendimento acessíveis e atuar como disseminadores de informação.
  5. Condições, prazos e requisitos para realizar a migração para o mercado livre.
  6. Definir prazos para o atendimento e a ligações de novos consumidores por parte das comercializadoras.
  7. Criar uma nova forma de apresentação das faturas de elétrica para os consumidores com carga inferior a 500 kV no mercado livre.
  8. Permitir a migração com o medidor eletromecânico e procedimento para tratar o descasamento entre dados de medição e contabilização na CCEE.
  9. Fortalecer a figura do comercializador varejista de energia elétrica.
  10. Definir regras para o desligamento de integrantes da CCEE.
  11. Regras para suspensão do fornecimento.
  12. Regras para o encerramento da representação de consumidores pelo gerador varejista ou comercializador varejista.
  13. Procedimento de corte de consumidores inadimplentes.
  14. Estabelecer procedimento de suprimento pela distribuidora para os consumidores desligados do mercado livre por motivo de desligamento do supridor da CCEE.

A secretária executiva do MME, Marisete Pereira, disse em evento público que a abertura do mercado de energia é prioridade na pauta de 2022. A representante do governo sinalizou que o próximo passo é avaliar as contribuições da ANEEL e da CCEE e realizar a abertura de consulta pública para que a sociedade possa contribuir mais uma vez com o processo. A expectativa é que a consulta pública seja aberta ainda no primeiro trimestre deste ano.

Vale salientar, que estão em tramitação no Congresso os Projetos de Lei n°1917/2015 e 414/2021, ambos que tratam da portabilidade da conta de luz.

Se você ficou com alguma dúvida, nosso time de especialistas está disponível para te ajudar, entre em contato conosco, clicando aqui.

Sua empresa quer produzir a própria energia elétrica, mas não sabe qual é a melhor solução entre autoprodução ou GD?

Entenda a diferença entre autoprodução e a geração distribuída

Diversas razões podem levar uma empresa a querer produzir a própria energia elétrica. Por exemplo, pode ser por uma necessidade de reduzir custos dos negócios, aumentar a segurança energética ou até certificar-se de que a sua rede de farmácias, padarias ou qualquer outro negócio está consumindo energia renovável e limpa

Muitos clientes, no entanto, nos procuram com uma solução pronta que nem sempre é a melhor para aquele perfil de consumo. Por isso, a importância de consultar um especialista para escolher a melhor estratégia para o seu negócio. Temos diversas soluções para diferentes perfis de clientes, sendo que duas delas são a autoprodução e a geração distribuída (GD)

O autoprodutor é o consumidor que também produz parte ou a totalidade do consumo de energia elétrica. Não há restrição de tecnologia empregada (renováveis ou fósseis) e a usina não precisa estar no mesmo lugar de consumo. O excedente de energia poderá ser comercializado para outros consumidores. No entanto, a empresa autoprodutora terá que se adequar às regras do mercado livre. 

Mercado Livre de Energia ou Geração Distribuída?

A GD é a modalidade em que empresas, residências ou indústrias podem produzir parte ou a totalidade do consumo de energia elétrica, utilizando áreas disponíveis como telhados, fachadas de edifícios, terrenos e pequenos cursos d’água, restrito ao uso das tecnologias renováveis (pequenas hidrelétricas, solar fotovoltaica, eólica e biomassa). Também podemos usar combustível fóssil, se for o caso de uma usina de cogeração qualificada cuja fonte primária seja o gás natural, mas vamos deixar esse ponto para outro post. 

Na geração distribuída, a energia excedente (não consumida) é injetada na rede das concessionárias de distribuição de energia e se transforma em créditos (excedente energético) para ser utilizado em até 60 meses. Diferente de outros modelos, o processo de instalação da usina é simplificado, porque não precisa de concessões ou autorizações governamentais. 

Vamos pensar em um exemplo prático? O gerente geral de uma rede de farmácias (mas poderia ser um outro tipo de negócio), nos consultou para construir usinas fotovoltaicas em cada uma das 50 lojas espalhadas no Brasil. 

Porém, descobrimos que várias unidades estavam em diferentes áreas de concessão (o que tornaria o processo mais complexo) e que algumas lojas não tinham espaço suficiente para receber placas fotovoltaicas no telhado, por exemplo.

Nossos especialistas entenderam que era mais vantajoso agregar as cargas de energia das 50 lojas, optando por um modelo de autoprodução, ao invés de geração distribuída. Com isso, partiram para a construção de uma única usina solar de médio porte capaz de suprir a demanda de todas as lojas e, em caso de sobras de energia, vender esse excedente no Mercado Livre para gerar receita não recorrente para o negócio

Tem interesse em soluções de geração de energia limpa? Fale agora mesmo com nossos especialistas.

Entenda o aporte de garantias financeiras

Acompanhe aqui a explicação de nossos especialistas sobre o aporte de garantias financeiras, e como essas diretrizes refletem na organização da sua empresa.

Em função da Crise Hídrica ocorrida em 2021, o Governo Federal adotou medidas para mitigação dos efeitos decorrentes dela, dentre eles, o Programa de Incentivo à Redução Voluntária do Consumo de Energia Elétrica no ambiente de contratação regulado, cujo objetivo foi incentivar a redução do consumo de energia pelos brasileiros.

O programa proposto visava a redução do acionamento de térmicas, que estavam operando na base e fora da ordem de mérito, acarretando no aumento do custo operativo do sistema.

Segundo as diretrizes do programa, aqueles consumidores que reduzissem seu consumo de energia em montante igual ou superior a 10%, apurado de forma cumulativa entre os meses de setembro a dezembro de 2021, teriam bônus em sua fatura de janeiro de 2022. O valor estabelecido foi de R$50,00 a cada 100 KWh efetivamente reduzido.

A previsão de custeio desta bonificação ficou a cargo do Encargo de Serviço de Sistema – ESS (encargo pago por todas os agentes com perfil de consumo perante à CCEE), em decorrência do benefício sistêmico que a economia de energia gerou ao Sistema Interligado Nacional – SIN como um todo em um momento de contingência da geração de energia no país.

Sendo assim, em janeiro de 2022, a CCEE realizou a apuração do montante a ser arcado pelo Ambiente de Contratação Livre, chegando ao valor de R$ 2.244.755.388,23 (dois bilhões, duzentos e quarenta e quatro milhões, setecentos e cinquenta e cinco mil, trezentos e oitenta e oito reais e vinte e três centavos). Vale ressaltar que as distribuidoras – agentes de consumo que representam todos os consumidores do Ambiente de Contratação Regulada – ACR igualmente receberão o montante apurado do encargo para pagamento. Segundo a CCEE, o valor está incluso no Aporte de Garantiras Financeiras de janeiro de 2022 por meio de ajustes financeiros.

Atenção: A data limite para realização do aporte de garantia será dia 21.02 (MS+15).

Ficou com alguma dúvida? Entre em contato agora mesmo com nosso time de experts.

A tecnologia e os novos parâmetros da manutenção de instalações elétricas

José Roberto Fabre, Gerente Comercial de Soluções Energéticas da CPFL Soluções

Demorou um pouco, mas o setor elétrico descobriu que compensa investir em tecnologias digitais para a manutenção de seus ativos, a fim de se obter o máximo rendimento e evitar problemas capazes de causar a interrupção do fornecimento. Pode-se dizer que estamos passando hoje por um processo de transição e modernização, que se desenvolve rapidamente e não tem possibilidade de volta.

A digitalização e outros recursos de inteligência aplicada já são utilizados em todas as etapas da manutenção, da preventiva à corretiva. Essas soluções, no entanto, têm um papel particularmente importante na manutenção preditiva, que envolve estudos, análises e técnicas de engenharia mais avançadas para estratificar um relatório capaz de prever algo que poderia ocorrer no futuro. Dessa maneira, torna-se possível intervir antecipadamente em determinado equipamento, evitando os transtornos e os prejuízos de uma parada inesperada.

A técnica de oscilografia, por exemplo, permite observar eventos transitórios que, se estiverem em determinada condição, podem requerer uma nova parametrização dos sistemas de proteção. No transformador, que é o coração da subestação, é possível fazer uma análise de óleo para observar alguns efeitos que estão ocorrendo e, de maneira antecipada, promover a intervenção adequada, fruto de uma preditiva.

Algumas geradoras já estão instalando equipamentos digitais que permitem a operação e a manutenção remota das subestações, por meio de inteligência aplicada, mas ainda com a intervenção humana. Em pouco tempo, porém, com o avanço da inteligência artificial e com machine learning, o sistema está coletando informações comportamentais das variantes do equipamento e automaticamente criando algoritmos que “aprendem” para se auto parametrizar ou indicar que o equipamento deve ser submetido a manutenção, contribuindo assim para a definição de planos para a tomada de decisão.

Investimento que se comprova

Esse momento de transição é empolgante, na medida em que delineia um cenário de mais eficiência, menos manutenção corretiva e redução de custos. Sim, redução de custos. Embora, à primeira vista, a adaptação dos ativos exija gastos em atualização tecnológica, esse investimento se mostra compensador para a empresa – isso pode ser facilmente comprovado quando se avaliam os prejuízos financeiros e de imagem provocados pelas paradas que ocorrem ao longo de determinado período de forma inadvertida.

Além dos danos provocados pela vegetação, animais e outros fatores externos, as instalações elétricas podem ser comprometidas todos os dias por problemas como mau contato, oxidação e pontos quentes – quando a energia se dissipa termicamente e, mesmo sem ser convertida em trabalho, passa pelo medidor e é cobrada na conta. A boa manutenção está diretamente relacionada à eficiência energética, à confiabilidade operacional, à produção e aos resultados financeiros do negócio.

E não é preciso que a empresa crie equipes próprias para fazer manutenção preventiva e preditiva de alto desempenho. A terceirização desses serviços permite que profissionais especializados realizem o planejamento customizado da operação e cuidem de todas as vertentes da manutenção, desde a repintura de estruturas e o reaperto de conexões até o planejamento inicial, a elaboração do projeto e a aplicação de recursos como digitalização, monitoramento aéreo por drones, oscilografia, inspeções termográficas para direcionar manutenções aperiódicas e outras ferramentas.

O que esperar para o futuro

Em pouco tempo, a manutenção das instalações elétricas estará ainda mais apoiada em sistemas digitais de controle distribuídos, em inteligência aplicada e em recursos como a termografia infravermelha, que permite o sensoriamento remoto de pontos ou superfícies aquecidas por meio da radiação infravermelha.

Entre os colegas do setor, costumamos dizer que a eletricidade não tem cheiro nem cor, mas não aceita desaforo. Se algo não está como se esperava, há uma reação que, às vezes, ocorre em cadeia, com as consequências que conhecemos.

O remédio, evidentemente, é a manutenção bem planejada, que produz uma efetiva vantagem competitiva e cujos benefícios se tornam inegáveis quando há resultados medidos – um argumento incontestável para quem planeja os investimentos.

O que se busca é o estado da arte na manutenção preventiva e preditiva por meio da mudança da atitude passiva – quando apenas há o reparo do dano – para uma ação efetivamente proativa, a fim de evitar que o problema aconteça. E se grandes players do mercado já estão se movimentando nessa direção, é sinal de que esse é mesmo um caminho certo e sem volta.

Novas práticas em projetos de infraestrutura e manutenção

Investir em novas práticas de infraestrutura e manutenção em projetos de energia significa apostar em técnicas inovadoras, ágeis e eficazes. Essa estratégia busca não só trazer mais economia financeira e redução de tempo, mas também considera a sustentabilidade como parte fundamental das iniciativas.

Texto publicado na Revista Eletricidade Moderna em 22/10/2021.

Adotar novos métodos, no entanto, é uma tarefa mais complexa do que imaginamos. E, se não houver planejamento por especialistas da área, pode ocorrer o efeito reverso do que se espera, como atrasos, riscos de acidentes e até mesmo o cancelamento do projeto.

Com a expertise de nossos profissionais, nós, da CPFL Soluções estamos aptos a responder a qualquer tipo de dúvida e problema de infraestrutura em energia e manutenção. Há anos conduzimos grandes projetos nessa área, ajudando clientes de todos os segmentos com soluções energéticas mais modernas e sustentáveis.

Tecnologia em projetos de distribuição e transmissão de energia

Quando falamos em implementação de redes modernas de transmissão ou distribuição de energia, logo pensamos na construção de redes subterrâneas com sistemas interligados e estruturas aterradas. Contudo, essa não é a única alternativa.

Cada vez mais, soluções pensadas para projetos de redes aéreas trazem agilidade, precisão e economia. Um exemplo já praticado por nossos times, da CPFL Soluções é o uso da tecnologia Digger em projetos que exigem rapidez e eficiência de custo.

O equipamento é um caminhão utilizado para instalar as redes de distribuição de energia de maneira rápida e eficaz. Além de ser uma perfuratriz, que promove a instalação de até 6 postes em um só dia, o Digger conta com um cesto aéreo acoplado em sua estrutura, permitindo que o profissional execute múltiplas tarefas com o mesmo equipamento de forma segura.

Serviços – Manutenção

Também é possível utilizar práticas mais inovadoras no que se refere à manutenção da infraestrutura energética de uma empresa. E a chave para isso está na mudança da mentalidade sobre o assunto.

Empresas com maior maturidade energética já adotam um pensamento preventivo e preditivo em suas manutenções. Com esse planejamento, podem entender como a infraestrutura está sendo usada, além de calcular potenciais riscos e monitorar possíveis problemas.

Esse gerenciamento permite um maior controle de todo o ciclo de vida dos equipamentos do sistema elétrico, evitando paradas emergenciais que causam perdas financeiras e podem representar riscos para os funcionários.

Foco na sustentabilidade

A demanda por iniciativas mais sustentáveis tem ganhado protagonismo nos projetos de infraestrutura de energia. Nesse contexto, a diminuição das emissões de carbono compõe um elemento fundamental para projetos que já nascem com esse DNA sustentável.

No setor de Telecomunicações, os data centers, quando não utiliza de energia proveniente de fontes renováveis, são frequentemente vistos como um dos vilões das emissões de carbono, por consumirem elevada quantidade de energia em suas operações, com um impacto ambiental que tende a aumentar cada vez mais,

Pensando nisso, nossos projetos como CPFL Soluções, para esse segmento desenvolvem, desde a primeira conversa, iniciativas energeticamente eficientes e ambientalmente responsáveis, que garantem performance e sustentabilidade sem prejudicar as operações e o crescimento dos clientes.

Esses projetos são feitos de forma integrada e reúnem especialistas de diversas áreas para entender os desafios e objetivos de cada cliente, criando soluções customizadas para as suas necessidades.

Se você tem grandes metas de crescimento e busca mais eficiência na gestão da energia, este pode ser o momento de investir em um projeto de infraestrutura.

Converse com um dos nossos especialistas para conhecer as melhores soluções e calcular o retorno do seu investimento.  

Tudo sobre soluções de infraestrutura em energia

Existem muitos desafios em relação às principais soluções de infraestrutura energética, ponto fundamental de todo projeto de energia. Desse modo, contar com um planejamento e uma execução de excelência é essencial para um trabalho seguro e confiável.

Texto publicado na Revista Eletricidade Moderna em 24/09/2021.

Quando falamos em projetos de infraestrutura energética, estamos nos referindo a ativos de energia, como as linhas de transmissão, subestações e redes de distribuição – aéreas ou subterrâneas. Mas qual a função de cada um desses elementos e de que maneira eles podem fazer parte do seu projeto?

Com anos de experiência no mercado de energia, nós, da CPFL Soluções, já auxiliamos centenas de clientes a projetar, implementar e manter os seus projetos de infraestrutura energética, garantindo melhores resultados e mais eficiência. Agora, vamos ajudar você a entender como esse investimento pode contribuir para o crescimento dos seus negócios.

Sistemas de transmissão

Os sistemas de transmissão permitem a interligação da sua fonte geradora ao consumidor final ou do consumidor ao sistema elétrico, assegurando que a energia seja transmitida ou chegue de forma segura e com máxima eficiência.

Um sistema de transmissão de energia possui quatro componentes fundamentais: torres, cabos, isoladores e subestações rebaixadoras ou elevadoras. A função principal das torres é sustentar as linhas de transmissão até uma altura segura, fazendo com que qualquer tipo de contato com veículos, pessoas, animais e vegetações seja evitado. Os cabos têm como função a condução da corrente elétrica e contam com o Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) e de aterramento.

Os isoladores, por sua vez, evitam o contato da parte energizada com as estruturas, suportando o peso dos cabos que estão transmitindo a energia. Por fim, as subestações são os locais onde a energia é adequada e retransmitida, reduzindo ou elevando a tensão até que se atinja o padrão necessário, eficiente e seguro para o uso final.

Grandes consumidores de energia podem se beneficiar muito ao investir na construção de uma linha de transmissão, garantindo fornecimento de eletricidade com menor número de piscas ou interrupções e menos impactos externos. Centros comerciais, condomínios industriais, indústrias ou até mesmo grandes obras de geração de energia são alguns exemplos de clientes que podem se favorecer com esse tipo de estrutura energética.

Cabines de distribuição

Trata-se de instalações elétricas para entrada de energia ligadas ao sistema de distribuição de energia do empreendimento. As cabines permitem que a eletricidade seja transportada e transformada no seu local de destino, contemplando a medição e a proteção das instalações e das pessoas. Dessa forma, devem ser projetadas para garantir mais eficiência e confiabilidade, além de melhores condições de segurança.

Empreendimentos com demanda superior a 75 kW podem ser muito beneficiados pela instalação de uma cabine de distribuição: elas promovem a condição de uma demanda mais barata quando comparadas a sistemas de baixa tensão, além de proporcionar mais estabilidade no fornecimento de energia, evitando paradas desnecessárias (muito comuns nas redes secundárias).

Redes de distribuição

As redes de distribuição são essenciais para fazer com que a energia chegue a todos os pontos do sistema – por exemplo, um bairro, um empreendimento imobiliário, um parque industrial de geração de energia ou até uma fazenda. Construir uma rede de distribuição dá mais confiabilidade para o seu negócio, garantindo mais estabilidade e eficiência no consumo de energia, sobretudo quando comparada às redes secundárias.

Existem dois tipos principais de redes de distribuição: subterrâneas e aéreas. Ambas funcionam de forma parecida, mas trazem vantagens diferentes para os projetos.

Por ficar enterrada, em galerias ou encaminhamentos subterrâneos, uma rede de distribuição subterrânea sofre menos contato com fatores naturais externos e, portanto, é mais segura, demandando também menos intervenções para manutenção. Há um risco menor de quedas e falhas de energia pelo fato de a sua fiação estar protegida de atuadores externos, tais como pássaros, árvores etc. Sem fios expostos, a rede subterrânea deixa o ambiente visualmente limpo. Por isso, são aliadas e ótimas opções para empreendimentos imobiliários em geral, tanto residenciais quanto corporativos.

Já as redes aéreas são estruturas que possuem um custo muito menor de instalação, fazendo com que os gastos do projeto sejam otimizados. Outra vantagem é o fato de ser uma estrutura de rápida instalação, garantindo a implementação de um projeto com mais agilidade. As redes aéreas são recomendadas para clientes que dispõem de espaços com baixa probabilidade de interferências externas nos cabos elétricos e em seus componentes energizados; além disso, aconselha-se que sejam áreas com pouca vegetação alta ou edificações próximas às instalações elétricas.

Se você tem grandes desafios de crescimento e busca mais eficiência na gestão da energia, este pode ser o momento de investir em um projeto de infraestrutura. Converse com um dos nossos especialistas para conhecer as melhores soluções e calcular o retorno do seu investimento.

Redes subterrâneas de energia são mais seguras e confiáveis

A fiação aérea ainda predomina no Brasil, mas vários empreendimentos já perceberam as vantagens dos sistemas de distribuição de energia abaixo da superfície.

Quem passa pela primeira vez no trecho revitalizado da avenida Francisco Glicério, no centro de Campinas (SP), sente que há algo diferente no cenário. Logo percebe que é a ausência de postes com cabos e fios, o que deixa tudo mais limpo, com aparência mais desobstruída e um visual bem mais agradável. Esse foi o resultado de um projeto de urbanização que incluiu a instalação de uma rede subterrânea de 1.440 metros que, além dos ganhos estéticos, proporcionou outros benefícios importantes, como mais segurança, maior vida útil e menor risco de interrupção no fornecimento de energia.

Mas, a Nova Glicério é um caso pouco comum num país em que as redes aéreas predominam amplamente nas áreas urbanas, diferentemente do que acontece em cidades como Paris, Londres e Amsterdã, que há muitos anos investem na instalação de redes subterrâneas. Por aqui já houve algumas dessas iniciativas em regiões da capital de São Paulo, em Porto Alegre, no Rio de Janeiro e em outras localidades, mas sempre em áreas restritas, sem impacto significativo no sistema como um todo. Entre os obstáculos para que isso ocorra em grande escala destacam-se a carência de planejamento urbano e o custo dessa conversão.

Contudo, se enterrar os fios elétricos das cidades brasileiras ainda é um projeto de longo prazo, o mesmo não ocorre em fábricas, grandes centros comerciais, condomínios residenciais e outros empreendimentos que, na ponta do lápis, avaliaram as vantagens do sistema subterrâneo e concluíram que vale a pena investir nessa melhoria. Para o cliente, a decisão de implantar a rede subterrânea deve levar em conta as demandas específicas do projeto, com destaque para a confiabilidade e a segurança.

O sistema subterrâneo é imune a algumas das principais causas de interrupção de energia em redes aéreas, como queda de árvores, interferência de animais e da vegetação, tempestades com raios, incêndios por curto-circuito, acidentes de trânsito, veículos altos que derrubam a fiação, pipas e mais uma série de eventos que fogem do controle das equipes de manutenção preventiva. Numa indústria que trabalha em turnos ininterruptos, por exemplo, um corte de energia, por menor que seja, pode causar prejuízos significativos, e o mesmo ocorre em um centro comercial, em um condomínio ou em instalações de grande porte como hospitais, estádios e parques de exposição.

Portanto, quando a segurança e a confiabilidade são prioritárias, a rede subterrânea passa a ser um investimento compensador, considerando o custo-benefício, e a partir dessa decisão resta selecionar a empresa mais apta a desenvolver esse tipo de projeto. E, de acordo com os especialistas, a capacidade de execução está diretamente relacionada a três fatores principais: a expertise, a qualificação dos profissionais e o nível dos equipamentos e ferramentas disponíveis.

Do ponto de vista do cliente, esses requisitos são essenciais para garantir que o projeto se desenvolva da melhor maneira possível, no prazo previsto e com os resultados programados, sem surpresas desagradáveis. Nesse sentido, nós, da CPFL Soluções somos a primeira empresa do setor elétrico a oferecer a implantação de redes subterrâneas de ponta a ponta, do planejamento à energização. Possuímos um quadro próprio de profissionais qualificados, com formação específica para cada tarefa, além de equipamentos de última geração e um portfólio robusto de serviços entregues – como a rede subterrânea da avenida Francisco Glicério, em Campinas, entre vários outros projetos em áreas públicas e particulares.

Depois de construir mais de 550 km de redes, entendemos como agregar valor aos empreendimentos, reduzir perdas e garantir mais segurança e durabilidade à rede elétrica subterrânea. Conte conosco para desenvolver, planejar, executar e estabelecer padrões de qualidade e confiabilidade aos sistemas, incorporando funções de automação e monitoramento, para atender à exata demanda do nosso cliente.

Cuidados no planejamento de Sistemas de Transmissão e Distribuição em projetos fotovoltaicos

A expertise de profissionais capacitados é fundamental para o sucesso do investimento em médias e grandes usinas.

Texto publicado na Revista Fotovolt em 25/06/2021.

Para atingir todo o seu potencial, projetos de médio e grande porte de geração de energia demandam a implementação de sistemas de transmissão ou distribuição, fundamentais para garantir a exportação, qualidade e estabilidade da energia gerada.

A implementação desses sistemas, no entanto, pode ser mais complexa do que se imagina ― causando atrasos, problemas com a legislação vigente ou mesmo a inviabilidade do projeto. Portanto, o planejamento correto e o apoio de especialistas com capacidade técnica para indicar as melhores alternativas são essenciais.

Nós, da CPFL Soluções, contamos com a expertise de profissionais que há anos conduzem projetos em larga escala, auxiliando clientes na construção de sistemas energéticos mais eficientes e modernos.

Entendendo o planejamento

Para que haja a aprovação de um projeto de Transmissão ou Distribuição, há um primeiro pacote de responsabilidade que envolve diretamente o cliente. Ou seja, quem deseja ser o gerador de energia, deve solicitar à concessionária local essa permissão – que fará as devidas análises para aprovação.

Para que esse primeiro passo seja dado, é importante a contratação de uma empresa com um engenheiro especializado, para, posteriormente, haver o prosseguimento do projeto. Em posse de toda documentação necessária, o engenheiro terá que abrir um processo de aprovação junto à concessionária para que seja possível receber o Parecer de Acesso, documento que formaliza a relação entre os agentes, gerador e distribuidora de energia ou transmissora.

O que acontece depois do Parecer de Acesso?

O Parecer de Acesso, emitido após a aprovação do projeto, vai lhe informar que já é possível fazer as devidas conexões para a ligação do seu sistema gerador. E é nesse momento que seu empreendimento terá as maiores interações com a distribuidora de energia.

Neste momento, é fundamental entender que há importantes ritos legais, regulatórios e técnicos a serem cumpridos. Isso porque a implementação vai invariavelmente interferir na distribuidora de energia do local do seu empreendimento que, por sua vez, é obrigada por lei a manter os níveis de qualidade de energia de acordo com a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Para que haja essa conexão de forma que não interfira no fornecimento de energia aos moradores da região, serão solicitadas obras nos ativos da concessionária, além das obras que já estão sendo executadas no projeto do cliente, de forma a atender as exigências das normas e padrões, para garantir além a qualidade do fornecimento, a segurança das pessoas.

Chamadas de “obras de interesse restrito”, essas melhorias são solicitadas para garantir que haja estrutura suficiente para que a nova geração de energia (do cliente) não gere impactos para a rede de distribuição da região. Como a distribuidora tem obrigação legal de atender à sociedade, é preciso essa via de mão dupla para que ambos os lados não sintam impacto ao final do projeto.

Todo esse relacionamento é regulamentado pela ANEEL e, vale ressaltar, precisa ser realizado dentro de um prazo e fluxos determinados no Módulo 3 do PRODIST (Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional). Caso a empresa que deseja ser a geradora não cumprir esses prazos, ele é considerado inválido e o processo precisa ser repetido desde o início, impactando o projeto como um todo.

Como criar projetos fotovoltaicos com menos impactos

O diferencial para criar projetos eficientes está na presença de profissionais com expertise na relação com as distribuidoras desde o momento do planejamento. Na CPFL Soluções, temos especialistas em energia renovável preparados para liderar projetos de alta complexidade garantindo responsabilidades junto aos ativos da concessionária, sem que ocorram transtornos regulatórios.

Um exemplo é a UFV Americana, projeto que gera energia suficiente para abastecer cerca de 738 residências por meio de fontes renováveis. O empreendimento foi construído com 3.320 módulos de captação da luz do sol e tem potência instalada de 1,12 MW, com previsão de evitar a emissão de 131 toneladas de CO² na atmosfera.

Outro projeto é a UFV Capim Branco, que fornece energia para mais de 260 estações rádio base (ERBs) da Algar Telecom em Minas Gerais, gerando uma economia para a empresa estimada em cerca de 20% na conta de energia.

Consulte um de nossos especialistas no desenvolvimento do seu projeto fotovoltaico e atinja todo o seu potencial.

Desafios para a execução de projetos de transmissão e distribuição em usinas fotovoltaicas

Especialistas com amplo conhecimento técnico e de mercado são fundamentais para o sucesso da conexão das usinas aos sistemas de T&D.

Texto publicado na Revista Fotovolt em 22/07/2021.

Grandes projetos de geração de energia fotovoltaica frequentemente demandam a estruturação de sistemas de transmissão e redes de distribuição que, à primeira vista, podem parecer simples, mas, na verdade, exigem ações específicas e planejamento.

É essencial que a geradora tenha conhecimento sobre as responsabilidades das concessionárias junto à ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) no que diz respeito a questões capazes de impactar ou mesmo inviabilizar o projeto como um todo caso os requisitos não forem atendidos.

O momento mais desafiador de todo o processo está na conexão da usina com a rede elétrica, fase em que – além dos pontos técnicos – é preciso entender as questões relacionadas à legislação e às responsabilidades com a sociedade. Esses temas são intermediados pela distribuidora de energia elétrica da região onde a usina se encontra, adicionando uma camada extra de complexidade ao projeto.

A ANEEL vem trabalhando há anos no desenvolvimento de novas resoluções normativas e tratativas de relacionamento entre a geradora e a distribuidora, o que proporciona novos avanços. No entanto, vale ressaltar que o caminhar dessa relação é lento; então, o aconselhamento e o apoio de especialistas ainda são fundamentais para a criação de projetos bem-sucedidos.

Aqui, na CPFL Soluções, esse trabalho conta com a expertise de profissionais que, há anos, executam projetos de transmissão e distribuição em usinas fotovoltaicas, do planejamento à implementação. Além disso, por atuarmos de forma consistente no mercado energético nacional, temos um amplo relacionamento com os vários atores desse setor, incluindo as distribuidoras em todo o País.

Geradoras possuem responsabilidades

Na emissão do Parecer de Acesso, momento-chave para os projetos de transmissão ou distribuição, as distribuidoras indicam obras e melhorias que são de responsabilidade das geradoras durante a execução do projeto. Essa é uma forma de mitigar possíveis interferências no serviço de energia da região no momento da conexão da usina fotovoltaica com a rede.

Conhecidas por “obras de interesse restrito”, essas melhorias devem ser executadas pelas geradoras dentro de um prazo específico, sob pena de ter o projeto totalmente inviabilizado caso as requisições não sejam atendidas.

Especialista em projetos fotovoltaicos

Nós, da CPFL Soluções trabalhamos há anos no planejamento e na execução de projetos fotovoltaicos eficientes e modernos, garantindo eficácia e segurança para os clientes. Os nossos experts atuam na consultoria de ponta a ponta, assegurando o compromisso com a qualidade da entrega e o cumprimento de prazos, além de auxiliar na resolução de possíveis imprevistos ou dúvidas.

Converse com um dos nossos especialistas para entender como um projeto de distribuição ou transmissão pode potencializar a sua geração de energia, abrindo oportunidades e ampliando a sua atuação.

O impacto da inovação nos sistemas de transmissão de energia

Conceitos como digitalização, inteligência artificial e automação já fazem parte do dia a dia das melhores empresas do setor elétrico e resultam em eficiência e economia

Por Ricardo Pavan, Gerente de Serviços de Transmissão – SET

Assim como ocorreu nas demais áreas produtivas, o setor elétrico também tem incorporado o efeito dos avanços tecnológicos ocorridos nos últimos anos. Hoje, nas empresas que acompanham de perto essa evolução, alguns conceitos passaram a ser comuns no dia a dia de trabalho: digitalização, inteligência artificial, automação, big data, medidores controlados remotamente, sensores, drones, equipamentos de última geração, novos recursos e procedimentos e assim por diante.

Nem tudo pode ser absorvido de uma só vez por todas as empresas do setor, mas, em conjunto, as novas tecnologias resultam em economia de trabalho e de tempo, mais controle, redução de gastos e, sobretudo, em melhores resultados em todas as etapas do processo de geração e distribuição de energia. Esses recursos deixam as redes elétricas mais seguras e confiáveis, o que, no fim da linha, se traduz em eficiência em todos os sentidos.

Aqui, na CPFL Soluções, a inovação está presente em todas as áreas, desde o planejamento de um projeto até a entrega de uma rede completa, e os resultados são notáveis. E, no fim da linha, a inovação produz benefícios para os clientes, para a empresa e até mesmo para o sistema elétrico como um todo, na medida em que mitiga possíveis falhas capazes de interromper o fornecimento.

Na implantação de um sistema de distribuição de energia, por exemplo, os profissionais no campo encontram vários obstáculos pelo caminho. A simples travessia de um rio impõe muitas dificuldades, quando se imagina que será necessário levar de uma a outra margem um grande volume de cabos de alta tensão. Essa operação, que antes envolvia apenas força humana e trabalho, hoje pode ser feita por nosso time, com a utilização de drones que levam um cabo guia até a outra margem do rio, com muito mais facilidade e economia de tempo, mão de obra e dinheiro.

O mesmo ocorre com o lançamento de cabos, uma etapa essencial no processo de construção de linhas de transmissão, que pelos métodos convencionais mobiliza um grande número de profissionais e equipamentos manuais que podem oferecer risco aos operadores. Hoje, nossos profissionais da CPFL Soluções, contam com recursos tecnológicos avançados, como pullers hidráulicos de última geração, que desenrolam o cabo da bobina e lançam nas estruturas, acionados por um joystick, reduzindo os riscos para o operador e aumentando substancialmente a produtividade dos times.

Nas áreas urbanas, a frota própria de caminhões com equipamentos como Digger e cestos aéreos, com facilidades hidráulicas e digitais, reduzem o número de operadores e o tempo necessário para a realização do trabalho, ao mesmo tempo em que aumentam a segurança e melhoram o resultado final.

Recursos como esses fortalecem a nossa posição como uma referência em inovação e confiabilidade. E não se trata simplesmente de se manter em dia com os avanços tecnológicos, já que por trás das máquinas sempre prevalece a atuação do profissional, das pessoas, que precisam ser devidamente qualificadas.

A partir da base, mantemos uma escola que oferece o Curso de Formação de Eletricistas de Construção de Redes de Distribuição Elétrica – CPFL Soluções, um programa gratuito com aulas presenciais diurnas e noturnas, com o objetivo de preparar mão de obra para o setor. Muitos dos alunos são contratados por nós, que valorizamos, também, a especialização dos profissionais que compõe o time Soluções.

A combinação de mão de obra qualificada, recursos tecnológicos e equipamentos de última geração permitem o planejamento e execução de projetos dos mais diferentes portes, para atender às mais diferentes demandas. Em última análise, trata-se de oferecer um modelo diferente, com uma solução completa, de ponta a ponta, com o que há de mais atualizado no mercado.

Entenda o Decreto que disponibiliza recursos para enfrentamento dos impactos financeiros gerados pela crise hídrica.

Com o intuito de enfrentar os efeitos financeiros causados pela crise hídrica no setor elétrico, em 14 de janeiro, foi instaurado o Decreto nº 10.939 que autoriza a criação da Conta Escassez Hídrica. O decreto visa regulamentar as disposições prevista na Medida Provisória nº 1.078, de 13 de dezembro de 2021.

A Conta Escassez Hídrica, ficará sob a responsabilidade da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCAA e deverá cobrir os custos adicionais gerados pela crise hídrica às concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição de energia elétrica. Esses custos serão repassados aos consumidores cativos por meio de encargos que compõe as tarifas das concessionárias.

Vale salientar ainda, que os consumidores que deixarem o Ambiente de Contratação Regulado – ACR, permanecerão obrigados a pagar os custos das operações financeiras, referentes ao seu consumo de energia.

Atenção: O TCU apresentou ao Ministério de Minas e Energia, à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), um relatório, no qual é apontado diversas falhas na condução das medidas para enfrentamento da crise hídrica. O mesmo relatório solicita que o MME elabore um plano estratégico para enfrentamento de situações de crise energética.

Clique aqui para acessar o conteúdo completo do Decreto 10.939

Confira como estava o cenário da tarifa de energia durante a Crise Hídrica

Conheça os 3 setores do Mercado Energético que passaram por grande revolução

O consumo de energia deve crescer, em média, 3,7% ao ano no Brasil até 2025. As usinas hidrelétricas, principais fontes geradoras, não conseguirão aumentar a produção nesse ritmo. Daí a importância de alternativas como biomassa e, sobretudo, energia eólica e fotovoltaica, cuja utilização é crescente no país.

Para o futuro, no entanto, novidades tecnológicas poderão tornar nosso sistema ainda mais seguro e robusto do que já é atualmente, com impactos positivos também nos custos. “Temos três grandes frentes, que já experimentam revoluções em outros países, e que podem ser desenvolvidas no curto e médio prazo também por aqui”, afirma o economista, Tiago Barros, da REGE Consultoria, durante edição do podcast C-LIGA no qual o tema central a crise hídrica.

 Durante o bate-papo, o especialista que atuou por mais de 14 anos em diversos órgãos da administração pública, inclusive na ANEEL, detalhou quais são essas revoluções: 

Resposta da Demanda

A partir de medição inteligente e de redes elétricas mais automatizadas, o consumidor pode participar ativamente de uma gestão mais efetiva da demanda por energia. Um exemplo é o consumidor receber sinais de preço – o que hoje não acontece –, e podendo vender energia excedente, ou seja, ser remunerado por sua redução no consumo.

Barros explica, que esta alternativa pode ser feita mesmo para pequenos consumidores, como residenciais e micro negócios. A condição para isso é ter um investimento em medição inteligente, que se pagará por meio dos ganhos que ajudarão a elevar a eficiência do sistema.

Armazenamento

As baterias estão no centro da segunda revolução que vem acontecendo, de acordo com o CEO da REGE Consultoria. Ele explica que a evolução das baterias que fazem funcionar nossos celulares, notebooks e os veículos elétricos, tem gerado uma redução de custos tão grande que, por consequência, outras tecnologias de bateria começaram a ser investigadas para utilização na rede elétrica. “Podemos ter outra forma de armazenar energia que não seja somente água em lago e combustível em tanque”, afirma. Na prática, isso significará guardar energia elétrica produzida em fontes como a eólica e a solar, em forma de potencial químico, numa bateria ou em outras tecnologias de armazenamento que têm sido alvo de pesquisas.

Aproveitamento do Lixo

Sim, o lixo. Um recurso energético muito desperdiçado no mundo inteiro, agora começa a ter um aproveitamento melhor. “Utilizar o lixo para produzir energia elétrica é a última fonte energética com grande potencial no Brasil que ainda não tem viabilidade econômica e financeira. Mas está chegando”, analisa Tiago Barros. Lixos como o urbano dos aterros e das estações de tratamento de esgoto, ou rejeitos da pecuária e da agricultura, podem ser jogados em tanques e colocados em contato com bactérias capazes de digerir a matéria orgânica. Nesse processo é gerado metano, um gás que, misturado ao oxigênio, se torna uma boa fonte de geração de energia.

Clique aqui, e ouça na íntegra o episódio do C LIGA – Seu Podcast na Potência Máxima, que abordou a crise hídrica e os caminhos para o sistema energético brasileiro. Neste episódio, além da participação do economista Tiago Barros, também agregou com insights e explicações, o Diretor-Presidente de Comercialização da CPFL Soluções, Ricardo Motoyama. Essa discussão interessante e dinâmica, foi mediado pela Gerente de Marketing e Inteligência de Mercado da CPFL Soluções, Márcia Mantovani.

Acesse também todas as novidades pelo site.

Usinas Híbridas devem gerar redução no preço da energia, por otimizar geração energética

Usinas híbridas são geradoras que combinam energia de diferentes fontes renováveis, e já existem há alguns anos no Brasil, porém voltaram ao centro dos debates pelo papel desempenhado no combate aos efeitos da crise hídrica de 2021 e também pelo alinhamento com o conceito de ESG.

A sigla que, em inglês significa “environmental, social, governance“, refere-se ao conjunto de práticas ambientais, sociais e de governança adotadas pelas empresas e cada vez mais exigidas por consumidores, acionistas e investidores.

Mas, em que momento as Usinas Híbridas se encontram com o ESG?

Na verdade, essa relação é bem próxima. Afinal, as usinas híbridas permitem ganhos em competitividade na produção de energia de fontes limpas e renováveis como a eólica e a solar, uma vez que ambas são complementares e para cada megawatt (MW) instalado de energia eólica é possível alocar até 35% de capacidade solar, conforme o cálculo de analistas especializados. A utilização mais recorrente dessas usinas representa, portanto, uma ótima notícia no aspecto ambiental.

Em relação à governança, também há vantagens bem claras, uma vez que ajudam a solucionar situações que demandam respostas rápidas. À exemplo disso, é possível citar a crise hídrica enfrentada pelo Brasil em 2021, em que as usinas garantiram produção energética em grande parte do cenário.

Por fim, o benefício social: além do maior acesso a um recurso fundamental que é a energia elétrica, as usinas híbridas aparecem também na geração de empregos nas regiões em que são instaladas, além da redução do preço da energia repassado aos consumidores, uma vez que este tipo de geração otimiza a eficiência energética.

Nas últimas semanas de 2021, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) regulamentou o funcionamento das usinas híbridas “A regulamentação constitui uma alternativa para o uso eficiente dos recursos disponíveis. A inserção desses empreendimentos no sistema elétrico pode reduzir custos e postergar novos investimentos em expansão, especialmente nos pontos de conexão com a Rede Básica”, declarou Elisa Bastos, Diretora da ANEEL.

Quer saber mais sobre medidas relacionadas ao ESG?
Seguem nossas sugestões abaixo:

Cenário da Energia Solar é promissor no Brasil, mas adesão deve seguir critérios técnicos

Mais de um milhão de consumidores brasileiros já produzem sua própria energia de fonte solar, a partir da captação por meio de painéis fotovoltaicos. A marca foi atingida em meados de janeiro, conforme dados da ABSOLAR – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica.

O número se refere a consumidores residenciais e também empresariais, cuja captação solar totaliza 8,6 gigawatts (GW) de potência, algo equivalente a cerca de dois terços da potência da usina hidrelétrica de Itaipu.

Essa modalidade deve continuar sendo tendência do mercado energético, inclusive da indústria e do comércio. Estudo da consultoria IHS Markit, aponta que a demanda global deve crescer em torno de 20% em 2022.

Além da geração solar por placas fotovoltaicas, há outras formas de reduzir custos garantindo abastecimento energético e previsibilidade. O Mercado Livre, por exemplo, é uma das opções com grandes vantagens financeiras e possibilidade de compra de energia produzida a partir de fontes renováveis.

A decisão de qual melhor fonte de geração de energia se encaixa à sua organização, deve considerar aspectos como valor pago atualmente, potência energética necessária, perfil e tensão de consumo, e por isso, é indicado contar com empresas de serviço de gestão.

Neste texto, você pode conhecer melhor outras alternativas e condições de Geração Distribuída e da adesão ao Mercado Livre, soluções bastante comuns para clientes que buscam economia em energia.

Seus colaboradores têm liberdade para criar?

Toda empresa inovadora é admirada pelo público, possui clientes fiéis e vê aumentar seu valor de mercado exponencialmente. Conquistar esse reconhecimento, no entanto, depende de uma lição de casa que precisa ser bem-feita.

Esse trabalho é interno, com foco no clima organizacional. Profissionais de todos os escalões precisam se sentir seguros para exercer sua criatividade sem receio de represálias nem medo de errar. E isso só é possível em um ambiente saudável, em que os gestores lideram pelo exemplo e não por meio de imposições autoritárias.

Importância da Diversidade

Lucro das empresas cresce 35% quando há diversidade racial e 21% com ampliação da diversidade de gênero
Fonte: Consultoria Mckinsey

Outro ponto fundamental é a diversidade nas equipes. Corporações que contam com profissionais de diferentes perfis, raças, crenças, orientação sexual e nível socioeconômico tendem a ser mais ágeis na antecipação de tendências e na resposta a problemas. Em mercados de alta concorrência, empresas com força de trabalho diversa estão à frente dos competidores por refletirem, em seu quadro de funcionários, a realidade da sociedade brasileira.

A CPFL sabe que cada ser humano é único e valoriza a diversidade, a equidade e a inclusão em sua cultura organizacional. À exemplo disso, desde 2020, o programa CPFL + Diversa tem sido eficiente na criação de uma rede colaborativa e, sobretudo, um ambiente de trabalho livre de preconceito e discriminação, em que cada pessoa pode, de fato, ser quem realmente é. De forma contínua, diversas ações são implantadas para que a organização se torne, a cada dia, mais inclusiva e acolhedora, garantindo oportunidades iguais para todos.  

Cinco passos para reduzir custos com energia na indústria

O setor industrial requer abastecimento contínuo de energia para produzir sem interrupções que causariam prejuízos instantâneos aos negócios. Mesmo com tamanha exigência de eficiência energética, existem oportunidades para as empresas reduzirem o valor da conta de energia elétrica.

Confira 5 possibilidades para economizar:

Geração de energia híbrida

Combinar diferentes fontes de energia é uma estratégia viável para otimizar gastos e evitar problemas de abastecimento. Entre as opções aparecem energia solar, eólica, a partir de biogás e mesmo por gerador a diesel em períodos de menor consumo.

Com a combinação de diferentes fontes de energia foi a solução para recorrentes problemas de apagões por sobrecarga no sistema. Você pode combinar além de diversas fontes de geração de energia, autoprodução e O&M, incluir Gestão de Energia, Mercado Livre e Telemetria.

Apostar em tecnologia

Quanto tempo faz que sua indústria não analisa criteriosamente os equipamentos e a infraestrutura a fim de checar como anda a eficiência no consumo de energia?

Máquinas antigas podem gerar um gasto energético tão grande que o investimento em equipamentos mais modernos se paga em pouco tempo, tamanha a diferença no consumo. Em certos casos, ajustes simples e trocas de peças também podem ser uma solução.

Algumas tecnologias evitam utilização de energia elétrica além do necessário, por exemplo o modo stand by em momentos ociosos e outras situações em que não faz sentido dispor de carga total.

O importante é usar a tecnologia existente mais coerente com a necessidade da sua organização, para assim, ampliar a eficiência das linhas de produção e demais espaços da empresa.

Mercado Livre

Entrar no ambiente de contratação de energia, significa você pode escolher o seu fornecedor de energia elétrica e ter liberdade para negociar preços, quantidades, fontes de energia, condições comerciais e escolher quem melhor irá atender as suas necessidades.

Além da liberdade de escolha, esse ambiente também traz muita economia. No Mercado Livre de Energia, as empresas conseguem reduzir até 30% seus custos com energia elétrica. E com a ampliação da abertura desse mercado para todo grupo ligado em alta tensão, a entrada no Mercado Livre de energia fica ainda mais acessível.

Contar com gestão da energia

Certamente sua empresa tem gestores encarregados de cuidar da área comercial, da produção, da logística e de diversos outros departamentos críticos. Mas já pensou em ter um especialista para se responsabilizar pela gestão de energia?

Nós, da CPFL Soluções, oferecemos esse tipo de praticidade, você pode contar com a parceria de uma empresa especializada, que o manterá atualizado quanto às regulamentações de mercado e buscará formas de reduzir os gastos sem comprometer a capacidade energética.

Autoprodução

Outra maneira de garantir previsibilidade nos gastos e evitar surpresas desagradáveis no abastecimento energético é a autoprodução, ou seja, a geração de energia pela própria indústria para consumo nas suas instalações, suprindo ao menos parte da demanda.

Muitas indústrias já optam por gerar energia a diesel ou gás natural para utilização nos horários de pico, por exemplo.

Também é possível fazer isso com fontes limpas e renováveis, como a solar. Avalie qual alternativa é viável na sua empresa.

Além dessas ações, outro aspecto precisa estar no radar de todas as indústrias é a importância da manutenção elétrica. Esta precisa fazer parte do planejamento energético da companhia, de modo que tenha constância. Assim, sua empresa também terá economia e garantirá uma operação eficiente do ponto de vista energético, pois dessa forma, reduzirá paradas inesperadas. Fale conosco, nós podemos ajudar!

Somos especialistas na energia que transforma negócios.

O&M é destaque em tendências para 2022

Monitoramento dos ativos para controle das manutenções com foco em antecipação, é uma grande tendência que deve despontar neste ano em tecnologia e serviços de O&M.

Além de se destacar como produto em avanço em 2022, o trabalho de Operação e Manutenção é capaz de agregar a tecnologia na prática, uma vez que o foco se torna gerir a funcionalidade e capacidade da infraestrutura.

Tendências em Avanços Tecnológicos

Algumas novas tecnologias se destacam na mídia como promissoras para o mercado de infraestrutura e serviços em energia elétrica. Alguns exemplos são:

Microrredes: funcionam integradas ou não à rede de distribuição, e podem ser acionadas nos momentos em que ocorre falta de energia.

Blockchain e IoT (internet das coisas): também são úteis no setor energético, por exemplo reduzindo intermediários no fornecimento, e tornando viável aos consumidores a comercialização da própria energia.

Tecnologias em armazenamento de energia: Merecem destaque, as baterias e outras formas crescentes de armazenamento de energia, que são associadas ao benefício de custos competitivos.

Períodos críticos, como a crise hídrica de 2021, refletem em avanços de digitalização do setor energético no Brasil. À exemplo desta tecnologia, a CPFL Soluções está em grande movimentação para a digitalização de processos e serviços oferecidos aos clientes.

Na prática

Nos casos da frente de O&M, o Coordenador de Oferta e Aplicação na CPFL Soluções, Rafael Garcia, aponta que a principal preocupação dos clientes ainda está voltada para a indisponibilidade da planta e manutenção preventiva dos ativos.

A fim de atender tais demandas de acordo com os avanços tecnológicos, o time de aplicações avalia as especificidades de cada caso, e apresenta a melhor solução, com a preocupação de coerência ao conceito de ESG. Isso é, em todo o processo de planejamento, os especialistas analisam as soluções de menor impacto ambiental possível, assim como os impactos sociais, principalmente em relação à planta, em que exige um cuidado extra para a interação com um ambiente físico. Em relação à governança, o time precisa analisar os impactos destas soluções para o sucesso e planejamento do cliente.

Com isso, fica claro a importância de considerar as manutenções de infraestrutura elétrica, já no planejamento energético da sua empresa, e contar sempre com um serviço especializado e robusto, a fim de garantir a efetividade do serviço com sustentabilidade e competitividade.

Saiba agora mesmo: Sua empresa precisa de uma subestação de energia?

O caminho da energia elétrica é feito por um sistema de transmissão que começa nas usinas e chega até os transformadores que regulam a tensão, abaixando ou aumentando as tensões e correntes elétricas dos circuitos. Nas empresas, uma subestação pode ser aliada importante nesse processo, uma vez que atua para que a energia chegue na tensão adequada, conforme a demanda e a necessidade energética dos equipamentos utilizados naquela atividade.

Com essa infraestrutura, indústrias e outras corporações ganham eficiência energética, segurança e, de quebra, há facilidade de expansão para um aumento de demanda futuro.

Entre os benefícios relatados por empresas que já contam com subestação, destacam-se a melhoria da qualidade de energia, tarifas de energia reduzidas, bem como a redução considerável de quedas de energia. Outro ponto positivo é a facilidade de manutenção, uma vez que os componentes das subestações são desenvolvidos para conter falhas e garantir o isolamento dos trechos onde um eventual problema ocorreu, o que significa mais agilidade na solução de qualquer falha, permitindo rápida retomada das atividades produtivas.

Para ter a resposta se sua empresa precisa de uma subestação de energia, a recomendação é contratar uma consultoria especializada, com ampla experiência em avaliações técnicas dos sistemas energéticos. Caso a solução seja, de fato, a implantação da infraestrutura, essa consultoria poderá ser parceira no planejamento, apoiando no dimensionamento de fatores como o local escolhido, a capacidade energética necessária, as possibilidades de expansão e o plano de manutenção na infraestrutura energética completa.

Tudo deve ser feito observando criteriosamente as normas e legislações específicas do setor elétrico, pois antes do início das obras, o projeto precisa receber autorização da concessionária de energia.

Quer saber mais? A CPFL Soluções conta com um time de especialistas pronto para trabalhar em conjunto com a sua empresa, entre em contato agora mesmo!

Conheça o dia-a-dia de um gestor de energia da CPFL Soluções

Ter como apoio a consultoria de profissionais especializados em gestão de energia faz com que empresas de diversos setores tomem as decisões certas em relação à eficiência energética e ao equilíbrio nos gastos com energia, um dos mais relevantes em toda planilha de custos.

A CPFL Soluções conta com gestores de energia experientes e com todo know-how para auxiliar os clientes na otimização de seus investimentos, e assim garantir abastecimento contínuo de energia pelo menor valor possível.

Agora, vamos mostrar na prática as vantagens de contar com este profissional no seu planejamento energético:

Quais as funções de um gestor de energia?

Um gestor de energia qualificado consegue analisar o cenário energético, as regras do setor e demais especificidades do Mercado Livre de Energia, de modo a contribuir para que sua empresa alcance o melhor desempenho energético, com a otimização de operações, redução de custos e do consumo de energia elétrica. Tudo isso, claro, garantindo que todas as obrigações legais sejam devidamente cumpridas, evitando penalidades.

O que o trabalho de um gestor de energia agrega aos clientes?

Esse profissional mantém sua empresa atualizada quanto às práticas de mercado, traz novas oportunidades focadas na redução de custos, e busca alternativas de eficiência energética e, até mesmo, de redução de consumo. Previsibilidade de custos relacionado a energia é outro benefício proporcionado pelo trabalho do gestor, assim como a garantia das melhores condições possíveis a contratação de energia. Além, é claro, do pronto atendimento em caso de dúvidas ou atualizações sobre regras de mercado.

Organizações que já estão no Mercado Livre também terão benefícios ao contar com apoio de um gestor de energia?

Sem dúvida. O serviço de gestão no Mercado Livre irá auxiliar o cliente na redução de custos e na otimização de processos, aumentado a competitividade da empresa perante outros players do mesmo segmento de atuação. Dada a complexidade da dinâmica de mercado, se faz oportuna a contratação de uma empresa especializada para esse direcionamento.

Em resumo, a contratação de um gestor de energia pode trazer diretamente ao menos seis benefícios para sua organização

Redução de Custos

Então já sabe, se sua empresa tem interesse em ganhar competitividade e eficiência energética, com menor custo, a gestão de energia é para você! Entre em contato com nossa equipe agora mesmo, e saiba mais sobre como podemos ajudar no seu sucesso.

Desafios e importância dos modelos de contratações e projetos na modernização do setor elétrico

Texto publicado na Revista Manutenção em 29/11/2021.

O País vem, de maneira geral, demandando cada vez mais energia dos sistemas de transmissão e distribuição. Com isso surge a necessidade de aumentar a capacidade e a disponibilidade dos sistemas de baixa, média e alta tensão, subestações e das linhas de transmissão e de distribuição. Além disso, o agente regulador (ANEEL) traça metas gradativamente mais desafiadoras às distribuidoras, no que diz respeito aos indicadores de quantidade e duração da interrupção de energia.

Assim, para elevar a agilidade, segurança e sucesso do processo de restabelecimento e das operações é necessário investimento em modernização das subestações. Esse processo conta com diversos desafios, principalmente, no âmbito do projeto e execução da obra.

O processo de modernização, devido à sua complexidade, como já explorado no artigo Automação de Subestações: uma nova história da distribuição de energia ,exige acompanhamento e supervisão. Muitas concessionárias não possuem MDO disponível para acompanhar todo o processo de contratação, gestão de fornecedores, montagens eletromecânicas e demais fases de um processo de automação.

Para isso, existem modelos de contratações que favorecem o cliente, permitindo que todo o processo que envolva o projeto e execução seja realizado por apenas uma empresa. No modelo tunrkey de contratação, o cliente só se preocupa com o contrato e em receber a “chave na mão”.

O Projeto no modelo turnkey – Soluções customizadas para os clientes

Turn Key é um conceito norte-americano que significa “Entrega de Chave”. É um tipo de contrato no qual o contratado entrega todo o empreendimento pronto, isto é, uma única empresa é contratada para realizar integralmente a empreitada, desde a análise do projeto até o startup.

O modelo turnkey exige grande know-how do negócio por parte do contratado, uma vez que ele deverá conduzir o processo, desde as especificações técnicas, elaboração de propostas técnicas e comerciais, visando atender às demandas solicitadas, alocação de recursos, planejamento de todo o projeto, engenharia, direcionamento da produção, inspeções e testes, logística até a fase final de comissionamento e entrega.

No modelo turnkey, temos duas formas de contrato, portanto é de extrema importância que se atente para as suas definições e especificidades. São elas:

EPC – Engenharia, aquisição e construção – (Engineering, Procurement and Construction)

Nessa modalidade de contrato, uma única empresa de construção é responsável não apenas pelo projeto, mas também pela montagem, compra de equipamentos, materiais e execução de toda a obra. Nela é preciso definir tudo antes da assinatura: preço, prazos, serviço, condições. É fundamental ter todas as demandas “amarradas” e calculadas.

A outra modalidade de contratação é o tipo EPCM: EPCM – Engenharia, compra, construção, gestão (Engineering, Purchase, Construction Management)

Nessa modalidade de contrato Turn Key, a empresa da construção é contratada para fazer o projeto, assim como as compras e a gestão da construção. De fato, a principal diferença em relação à modalidade anterior é que, nesse caso, existe a responsabilidade da gestão da construção, mas não da execução em si. Ou seja, a empresa fará a gestão de uma outra empreitada que executará a obra. Da mesma forma que na modalidade EPC, há a obrigação de entregar desde o projeto, com as compras de materiais, prazos e custos já previstos, assim como a gestão da construção, até a entrega das chaves.

Portanto, no modelo EPCM, também existem etapas para o desenvolvimento do projeto e compra de materiais, mas apenas a execução do projeto é responsabilidade do fornecedor, a realização da obra não é.

Atualmente, o modelo EPC é o mais praticado no setor elétrico. A CPFL Soluções tem o compromisso com o sistema elétrico do Brasil de desenvolver os melhores projetos em subestações, a fim de tornar o processo o mais eficiente e enxuto possível, com qualidade e segurança. Pioneira no assunto, a CPFL Soluções destaca vantagens para a contratação modelo turnkey.

Principais atribuições e desafios do PM no processo de construção e automação do setor elétrico

No que diz respeito à execução de uma obra, envolvendo distribuição de energia, entende-se que o sucesso está condicionado a duas questões importantes: Segurança e Qualidade. Quando uma empresa é contratada para tal serviço, ela se responsabiliza por compor a estrutura do projeto e administração/condução necessárias para a realização da obra.

Uma figura importante na condução do projeto é o PM (Gerente do contrato), que é o profissional responsável por fazer com que tudo, de fato, aconteça. Além das atividades administrativas e reports aos clientes, algumas atribuições do PM são:

Para o sucesso dessas etapas, é necessário que o profissional conheça os desafios, principalmente os de campo. Isso vai permitir que ele se antecipe aos principais problemas que possam surgir. O Grupo CPFL, com mais de 100 anos no mercado de distribuição de energia, dispõe de profissionais extremamente qualificados, que conduzem processos de obras na CPFL Soluções, e são comprometidos com a satisfação do cliente.

Assim, alguns dos grandes desafios de uma empresa que oferece o serviço estão atribuídos às seguintes condições:

Enfrentando de frente os principais desafios de um contrato

Possuir know-how no tema é essencial para garantir a segurança e produtividade dos profissionais em campo. No quesito segurança, ter o acompanhamento de um profissional, que entenda os processos e cada etapa da execução, facilita a previsão de situações de risco e exposição em campo. Os prazos, em sua maioria, são desafiadores e promovem um ambiente de alta produção e altos riscos.

Além do acompanhamento, para estimular um ambiente seguro e colaborativo, deve-se partir de uma simples ação de autoinspeção: inspeções de segurança no time, diálogos diários de segurança, conferência da presença de procedimentos e demais ações em campo. É impossível desassociar produtividade de segurança. Um ambiente produtivo é sobretudo um ambiente seguro. 

A qualidade do serviço está condicionada também ao desempenho dos profissionais em campo e ao domínio de todos os processos e etapas: projeto, montagem, ligações elétricas, controle e supervisão, comissionamento e startup. A qualidade na execução do serviço evita retrabalho, necessidade de correções, desligamentos indevidos e contratempos, favorecendo e desonerando a pós-venda, uma vez que a obra é entregue sem pendências. Não há segredo para o seu sucesso, apenas ter profissionais qualificados acompanhando e conduzindo, durante todo o tempo, cada etapa da obra.

É fundamental para a experiência do cliente na contratação modelo turnkey o cumprimento de todas as etapas do cronograma acordado. Muitas das vezes, a data prevista para energização de uma subestação está atribuída à demanda reprimida do conjunto, ou seja, a necessidade de energia para a região. Para a CPFL Soluções, o compromisso com a segurança em todas as suas operações é um valor inegociável, por isso, são adotados todos os protocolos de saúde e segurança, resultando em maior confiabilidade para os serviços oferecidos. Acompanhamento on-time das atividades em campo com mecanismos de monitoramento e gestão ágil.

engenharia do proprietario
Imagem 1: Gestão ágil.

Quando a obra e o processo de automação são acompanhados por um especialista, a chance de problemas serem detectados antecipadamente aumenta, isso representa redução do risco de atraso e do risco de desarmes indevidos. Problemas como, erro de ligação, defeitos nas lógicas digitais (ajustes e sistemas), divergências em projetos esquemáticos e erros de montagem são muito comuns durante um processo de automação.

Um fator bastante crítico e que precisa ser mitigado ao máximo é o risco de desarmes acidentais. Em muitos casos, a automação é realizada com a subestação energizada em carga, ou seja, alimentando normalmente as linhas de distribuição. Isto é possível devido aos recursos internos da própria subestação (quando trabalha em regime n-1) ou aos recursos externos, como a utilização de uma subestação móvel. Quando um desligamento indevido acontece, além do risco ao profissional envolvido, ocasiona ainda a interrupção no fornecimento de energia, que, dependendo do caso, pode colocar a concessionária em estado de crise (grande número de clientes por tempo elevado) e paralisar a obra paralisada. Pode haver, também, consequências judiciais, caso o desligamento seja comprovadamente por parte da contratada.

Garantir serviço de qualidade e avanços expressivos na condução de um processo de automação de subestações é reduzir os riscos do investimento. Para isso, a CPFL Soluções conta com procedimentos para todas as etapas do comissionamento e startup das obras de automação de subestações. Com uma equipe robusta e com grande know-how no assunto, desenvolveram-se metodologias de produção que garantem o sucesso do negócio. Assim, com acompanhamento de especialistas e consultores assegura-se o equilíbrio físico-financeiro do investimento.

Aspectos importantes para avaliar na contratação do serviço

O investimento na solução turnkey precisa inicialmente de uma avaliação prévia do retorno sobre o investimento. Sugere-se que alguns quesitos sejam avaliados na contratação do serviço:

Know-how no segmento:

Recursos da contratante:

Principais entregas e feedbacks:

Capacidade de inovação:

Proposta comercial e aderência ao negócio:

O termo turnkey já sugere que o contratado tenha total autonomia para conduzir um processo em campo, assumindo assim grande responsabilidade sobre a instalação do cliente. Portanto, tão importante quanto a proposta comercial atrativa é a garantia de uma entrega de sucesso, ou seja, assegurar zero acidentes e atender todos os requisitos do contratante, sempre dentro dos prazos acordados. Por isso, é muito importante a contratação de uma equipe qualificada e especializada no assunto como a da CPFL Soluções. Para CPFL Soluções o cliente está no centro do negócio.

Manutenção 4.0: Principais desafios e tendências de inovação da manutenção dos sistemas elétricos de alta e média tensão

Texto publicado na Revista Manutenção em 04/10/2021.

Assim como os demais nichos do mercado, a área de distribuição de energia enfrenta cenários desafiadores no que tange à manutenção e operação dos ativos. Com a evolução da demanda de carga e as incertezas climáticas diante do aquecimento global, o modelo tradicional de manutenção nessas instalações tem sofrido grandes transformações.
Frente a esses novos cenários, manter-se inerte é assumir o risco de aumentar as falhas e consequentemente comprometer a qualidade do fornecimento de energia do seu empreendimento. É necessário inovar não só nos sistemas de gestão da manutenção e automação de processos, mas também na forma de realizar a manutenção.
Todo o sistema elétrico de potência mudou com o decorrer dos anos. Equipamentos de pátio, sistemas de proteção e controle, sistema de supervisão e telecontrole, protocolos de comunicação e demais sistemas foram modificados. Essa evolução obriga a pensar em novas maneiras de gerir a manutenção do sistema. Diante do cenário atual, permanecer com modelos convencionais de manutenção significa não se adaptar à nova realidade do sistema, que traz como desafios:

● Elevações e variações relevantes de temperatura e elevação do consumo de energia elétrica no Brasil;
● Impacto do aumento da demanda de energia e diversidade nos perfis do controle de tensão. Necessidade da implementação de novas tecnologias no sistema.

No cenário com elevações e variações relevantes de temperatura, o dia pode conter até 25º de variação de temperatura (∆T). Com altas temperaturas e tempo seco, além de fatores externos que agridem a rede elétrica, como as queimadas, o consumo de energia eleva-se exponencialmente, exigindo cada vez mais das instalações elétricas de alta e média tensão.
A CPFL Soluções oferece experiência e eficiência no cuidado com os ativos dos clientes. Com técnicas customizadas, está preparada para apoiar o cliente nos momentos mais adversos e com maiores desafios para a manutenção e operação. Como especialistas no assunto, utiliza técnicas específicas, como por exemplo a termografia, uma técnica muito utilizada no setor elétrico.
Importância e aplicações da termografia frente às elevações e variações relevantes de temperatura e aumento do consumo de energia elétrica no Brasil.
Com as altas concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera, o calor emitido pelo Sol é bloqueado, ficando preso na superfície terrestre, aumentando a temperatura média da Terra. O aquecimento global é uma realidade que se agrava anualmente, provocando alterações no clima e, consequentemente, no comportamento dos ativos, principalmente nos períodos de maior temperatura.
Contribuem para o aquecimento, a queima de combustíveis fósseis (derivados do petróleo, carvão mineral e gás natural) para geração de energia, atividades industriais e transportes, a conversão do uso do solo, entre outras aplicações. Por isso, é importante que toda a indústria entenda a importância da descarbonização, estimulando a utilização de equipamentos e veículos elétricos e, sobretudo, a utilização de energias renováveis.
Enquanto ainda possuímos a presença significativa desses combustíveis e convivemos com variações expressivas de temperatura, essa elevação contribui diretamente para o aumento do consumo de energia elétrica no Brasil.

Figura 1 – Previsão de carga de energia para o cenário 2020-2025. Fonte: ONS.

O Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS) compartilha, no documento, “Previsão de Carga para o Planejamento Anual da Operação Energética ciclo 2021 (2021-2025)”, a previsão de carga de energia, superando 70.000 MWmédios, a partir de 2022, conforme apresentado no gráfico.
Diante deste cenário, é necessário traçar as melhores estratégias para atravessar períodos de demandas máximas de energia e grande exigência dos equipamentos. Técnicas preditivas de monitoramento de temperaturas, por exemplo, fazem-se necessárias nesses momentos.
Uma ferramenta importante para detecção das anomalias térmicas no sistema é a inspeção termográfica. A termografia é uma técnica preditiva, não invasiva e não destrutiva, de medição de temperatura e formação de imagem térmica de uma determinada instalação, que, por meio de representação gráfica, direciona as regiões que apresentam desequilíbrios e variações térmicas.

Figura 2 – Exemplo de inspeção termográfica.

As diferentes condições operativas de cada subestação tornam necessária uma visão sistêmica sobre as periodicidades, com base em variáveis que coloquem o sistema e o cliente no centro do negócio.
Portanto, para traçar a estratégia ideal é necessário alcançar o ponto ótimo das priorizações e periodicidades das inspeções nas instalações de alta e média tensão. Algumas das variáveis que são consideradas pela CPFL Soluções são:

● Número de unidades consumidoras atendidas;
● Potência instalada;
● Nível de curto-circuito;
● Taxa de falhas;
● Agentes externos – maresia, nível de poeira e poluição local;
● Características e tempo de operação dos pontos de conexões externos – tipos de conectores, materiais e reações.

Essa técnica preditiva tem evoluído e inovado as aplicações no setor elétrico. Já existe, por exemplo, para algumas aplicações, o monitoramento local fixo, integrado ao sistema de supervisão, gerando alarmes remotos para os valores de temperatura e variação ajustados.
Outro grande avanço, também já aplicado nas redes de distribuição de energia da China – Rede do Noroeste, Rede do Nordeste, Rede do Norte da China, Rede do Centro da China, Rede do Leste da China e Rede do Sul –, é o Robô Inteligente de Inspeção de Componentes Elétricos da Launch, que realiza inspeções com frequências definidas e em grande escala, reduzindo, ao máximo, os erros humanos. O robô usa uma câmera termográfica e realiza a inspeção completa em subestações de alta tensão e é capaz, inclusive, de emitir alarmes.
A plataforma é conectada ao computador de controle do robô via Ethernet, enquanto a unidade de controle principal controla o gerador de imagens térmicas de alta definição e o movimento da plataforma pela rede. A câmera termográfica produz vídeo analógico CVBS e a câmera de alta definição produz vídeo de H265.
Os dados de medição de temperatura são enviados à unidade de controle principal via Ethernet e via quadro de compressão de vídeo, proporcionando dados e informações de medição de temperatura com vários quadros em tela cheia, referentes às temperaturas mais altas e mais baixas.
O certo é que, precisa-se avançar com o modelo de inspeção, podendo ser aplicado, até mesmo, em circuitos de baixa tensão e circuitos de corrente. A CPFL Soluções, inclusive, tem, como experiência, situações em que, a partir de algumas ocorrências no sistema, houve elevação de temperatura em circuitos de corrente, com a detecção de folga na conexão do circuito com as novas chaves de correntes (bloco de testes). Um plano de ação de termografias e reaperto dos circuitos, que apresentavam variações de temperatura e de corrente, permitiu reduzir 90% das falhas no ano seguinte.

Figura 3 – Elevação de temperatura em circuitos de corrente.

Nota-se que a técnica é aplicada, em grande parte dos processos, em uma subestação. Trata-se de uma importante ferramenta para detectar potenciais falhas no sistema e agir preventivamente. Tão importante quanto realizar a inspeção termográfica é saber tratar os dados, montar um plano de ação e priorizar os atendimentos com senso de urgência.
Destaca-se, ainda, a importância de se detectar a causa raiz do problema para que as ações previstas sejam aderentes à redução do que está provocando os problemas. Dentre alguns modos de falhas dessas anomalias temos:

● Reação do material, como exemplo: barramentos de alumínio com cordoalhas de cobre e conexões não bimetálicas;
● Conexões mal feitas – torque indevido nas conexões;
● Limalhas nas conexões;
● Baixo isolamento;
● Desgaste do material;
● Passagem de correntes de curto circuito elevados na conexão.

Identificar o modo de falha é essencial para a criação das ações e assertividade na resolução do problema.
Outro novo modelo de inspeções visuais e termográficas possível é a utilização de drones, técnica já empregada por concessionárias, especialmente, em linhas de distribuição de média e alta tensão.

Figura 4 – Inspeções em redes elétricas

O drone é um excelente recurso para áreas remotas e áreas que apresentem terrenos instáveis, como brejos e ambientes muito úmidos. Em parques com linhas extensas, esse tipo de aplicação pode reduzir custos e substituir métodos mais onerosos, como inspeções heliportadas.
Portanto, podemos observar avanços significativos nos modelos de inspeções termográficas nas redes de alta e média tensão. A termografia é uma das técnicas mais efetivas na detecção de anomalias e exige que os profissionais explorem, cada vez mais, as suas diversas aplicações no sistema. Seu cenário, aplicação e tecnologia inserida têm evoluído expressivamente.
Existem aplicações em estruturas fixas com mobilidade, que permitem conexão via GPRS com a rede e já geram alarmes a partir de temperaturas ajustadas. O monitoramento remoto, associado à supervisão e aos registros e armazenagem em nuvem (disponíveis em plataforma web), já representa o avanço significativo e destaca a aplicação em indústrias 4.0.
Com grande experiência no assunto, a CPFL oferece soluções customizadas para diversas aplicações da técnica no sistema elétrico. A aplicação abrange não só as ações em campo, mas a emissão e análise dos relatórios termográficos, que, além da formalização, são ferramentas importantes, inclusive, para fins de auditorias.
Impacto do aumento da demanda de energia e diversidade de perfis no controle de tensão. Necessidade da implementação de novas tecnologias no sistema.
A chegada dos diferentes níveis de tensão e aumento da potência do sistema interligado trouxe consigo a elevação dos níveis de curto-circuito e a necessidade de modelos inteligentes de proteção, controle e automação.
Com a crescente evolução da demanda energética no Brasil, um grande desafio das distribuidoras é controlar a tensão diante do elevado consumo de carga no sistema. Como sabemos, à medida que o consumo aumenta, a tendência é que os níveis de tensão sofram queda, pois são grandezas inversamente proporcionais. Além disso, a diversidade do perfil dos consumidores, torna diferente o consumo por conjunto, não permitindo à concessionária ter uma forma uniforme para tratar os equipamentos que são responsáveis pelo controle de tensão, principalmente em níveis de alta tensão, como os comutadores sobre carga (OLTC).
O comutador em carga, também conhecido como comutador, comutador de derivação em carga (CDC) ou OLTC (on load tap changer), é um equipamento utilizado em conjunto com transformadores de tensão para variar a relação de sua transformação, sem que seja necessário o seu desligamento.
Tradicionalmente, a periodicidade da manutenção desse equipamento baseia-se em tempo ou número de operações. Independente das condições às quais são submetidos, eles são tratados, em sua maioria, da mesma forma. Uma ocorrência num ativo desses, fatalmente, compromete a operação de um transformador de potência, tornando assim, grande, a responsabilidade em manter o ativo sem falhas.
Recentemente foi lançado, em um lote pioneiro, o projeto da CGTI (Centro de Gestão de Tecnologia e Inovação), em parceria com algumas concessionárias, o SMC, sistema de monitoramento de comutadores.

Sistema Monitoramento Comutadores (SMC)

Esse equipamento cria uma “assinatura elétrica”, ativada a partir do acionamento do motor, criando um diagnóstico por meio de formas de onda do comportamento elétrico do equipamento, sendo capaz de antecipar grande parte dos problemas relacionados à comutação (momento em que o transformador altera o tap automaticamente em carga).
Assim, tem capacidade de antecipar falhas, gerar alarmes remotos, criar registros em memória, comunicar com o centro de operações por meio de diversos protocolos de comunicação, monitoramento remoto e online das grandezas elétricas e comportamento do equipamento, permitindo evolução no modelo de manutenção desses equipamentos, deixando de ser por tempo e operação para condição.
A CGTI cita algumas vantagens na utilização do equipamento, como:

● Assertividade na programação e data da intervenção da manutenção;
● Evita paradas desnecessárias ou não programadas em comutadores;
● Maior eficiência operacional dos transformadores de potência;
● Monitoramento remoto e online do funcionamento dos comutadores;
● Reduz custos de manutenção;
● Ganho de eficiência na definição de investimentos no ativo;
● Redução das manutenções corretivas e falhas;

Pensar diferente tem sido uma necessidade para quem atua na área de manutenção de sistemas de distribuição. Para estimular novas técnicas de manutenção, é importante a busca de parcerias com players que detêm know-how no assunto. A CPFL Soluções pode apoiar a indústria com uma revolução na manutenção, com a aplicação de técnicas e modelos inovadores.
Não há atividade de manutenção tão tradicional que não possa ser repensada. Técnicas eficientes e conhecidas têm sido principais alvos das revoluções na manutenção do setor elétrico.

Referência:
Site da Flir Systems
Site da CGTI

Automação de subestações: Uma nova história na distribuição de energia

Texto publicado na Revista Manutenção em 25/08/2021.

A automação industrial

Por definição, a automação é caracterizada por sistemas que integram máquinas mecânicas, pneumáticas, hidráulicas, elétricas ou eletrônicas, que permitem o controle de seu próprio funcionamento, sem a necessidade da utilização de trabalho humano, proporcionando, assim, segurança às pessoas, maior qualidade aos produtos, rapidez no processo de produção e redução de custos.

O objetivo central da automação é criar instrumentos e sistemas que possibilitem um melhor desempenho em relação ao tempo, agregado a um baixo custo e a uma elevada qualidade de produção.

Melhorar as condições de trabalho dos envolvidos no processo, evitando o acesso em situações de risco, e realizar operações que seriam impossíveis de serem realizadas pelas pessoas também são objetivos da automação industrial. Esses processos acabam simplificando as atividades e a necessidade de operadores.

Automação no sistema elétrico de potência

Assim como vários segmentos do mercado, com o avanço das tecnologias e das possibilidades, a distribuição de energia em média e alta tensão também passou por transformações. A possibilidade dos equipamentos de uma subestação comunicarem-se trouxe ganhos significativos ao sistema.

Em sua maioria, as subestações eletromecânicas, que contam com equipamentos mais antigos, compostos por tecnologias descontinuadas, além de grande limitação de supervisão e comando remoto, oneram muito o processo de manutenção e operação do sistema.

Para a operação isso representa:

Para a manutenção:

Para se ter ideia, existem fabricantes que sugerem manutenções preventivas anuais, independente de quantas vezes o equipamento foi submetido à interrupção em carga e/ou manobras e de sua carga de operação. Além disso, os equipamentos antigos oferecem maior periculosidade na sua operação, submetendo o operador à exposição, no caso de retirada e inserção na barra, em caso de conjuntos blindados, por exemplo.

A capacidade dos equipamentos se comunicarem permitiu que as subestações sofressem processos de digitalização e automação. Embora se assemelhem as definições, uma subestação digitalizada não conta com os mesmos recursos para a automatização.

Desde a pré-história, o homem já tentava mecanizar as suas atividades. Não é por acaso que, ao longo da história, inventaram a roda, os moinhos movidos por vento ou força animal e as rodas d’água. Essas invenções representam as principais tentativas do homem de poupar esforço para realização de seus trabalhos. Hoje os computadores podem ser considerados a principal base da automação industrial contemporânea. Podemos começar a considerar que o desenvolvimento da tecnologia da automação industrial está diretamente ligado com a evolução dos computadores de um modo geral. Além disso, as redes industriais surgiram quando houve a necessidade de comunicação entre equipamentos e sistemas distintos (OLIVEIRA, 2012, p. 01).

Subestações automatizadas: uma revolução para o sistema e para sociedade

Resumidamente falando, as subestações digitalizadas apresentam dispositivos digitais em proteção, mas não contam com a comunicação desses dispositivos, limitando-se à aquisição de informações remotas.

Já as subestações automatizadas, contam com protocolos e normas de comunicação que permitam não só a comunicação entre si, mas também a leitura e supervisão de todos os valores analógicos e digitais que constam no projeto de automação de uma subestação.

Em ambos os casos, é importante que o processo seja conduzido ou implementado por empresas com know-how, não somente, em prestação de serviços, mas também no desenvolvimento de soluções em distribuição de energia em média e alta tensão, como a CPFL Soluções, conforme evidenciaremos ao longo deste artigo.

Portanto, a automação do sistema distribuição de energia representa um grande avanço tanto para o processo, como para a sociedade.

Uma das normas mais utilizadas no processo de automação de subestações é a norma IEC 61850. Por definição, a norma é um Padrão de Comunicação entre dispositivos de um Sistema Elétrico, que suportam diversos protocolos e podem ser executados em redes TCP/IP (Ethernet), trabalham com mapeamentos padrões MMS (Manufacturing Message Specification), GOOSE (Generic Object Oriented Substation Event), SV (Sampled Variables) e WebSevices.

A norma permite que os relés de proteção da subestação se comuniquem com os sistemas supervisórios que, por sua vez, comunicam-se com os centros de operações ou de monitoramento, estabelecendo a possibilidade de supervisão e contato remoto.

A norma IEC 61850 distingue as aplicações em três níveis hierárquicos:

Nível de estação: definido pelo capítulo 8-1 da norma, com o mapeamento das camadas de comunicação (TCP/IP), mensagens goose (evento genérico de subestação orientado a objeto – mensagens ágeis ópticas) e sincronização de tempo SNTP (protocolo de tempo de rede simples – GPS).

Nível de vão: definido pelo modelo de dados e aplicações das funções do sistema, concordante com o capítulo 7 da norma.

Nível de processo: é definido no capítulo 9 da norma, com os valores analógicos de tensão e corrente amostrados, trafegando pela rede. Essa separação em níveis é somente hierárquica. Na subestação tem-se apenas um enlace físico, onde as informações são trafegadas.

A arquitetura de uma subestação compatível com a norma IEC61850 é composta por:

Equipamentos de painel:

Equipamentos de pátio:

Para ilustrar, trazemos a arquitetura de uma subestação compatível com a norma IEC61850, onde os barramentos de processo estão representados e os de estação estão destacados em vermelho e azul respectivamente:

Arquitetura de uma subestação compatível com a norma IEC61850

Como citado, a automação traz grandes benefícios para o processo de produção e para a sociedade. No mercado de distribuição de energia, tratando-se de benefícios para o processo, podemos destacar:

Eficiência operacional: A partir dos prognósticos que se fazem praticáveis com a automação, é possível elaborar planos de manutenção voltados aos equipamentos que apresentam comportamentos indevidos nos registros de operação.

Com os registros é possível identificar defeitos que ainda não geraram uma falha, sendo possível, assim, direcionar a manutenção. A automação de subestação permite que o processo se aproxime, cada vez mais, da manutenção centrada em confiabilidade, atuando da forma certa, no equipamento certo, no momento necessário.

Segurança: A automação garante novos pontos de monitoramento para o sistema, permitindo assim, além da supervisão de grandezas elétricas, monitorar a saúde dos ativos de proteção, a partir de entradas digitais que sinalizam falhas internas, defeitos em sistemas de proteção e controle. A recusa de uma proteção por falha interna pode ser antecipada a partir de sinais de monitoramento no sistema supervisório, preservando a integridade dos equipamentos, sistema e instalações (clientes ou cargas).

Supervisão e telecomando: Esse é o fator primordial para a automação em subestações. Promover a supervisão remota em subestações para múltiplos pontos significa conhecer, em tempo real, toda condição operativa dos equipamentos, medição de grandezas elétricas, registros de eventos, videomonitoramento (permitindo ver condições físicas). Isso significa permitir uma resposta rápida para qualquer evento, sobretudo os que resultam em interrupções.

Isso é tão importante que a supervisão é o telecomando (Para alinhamento de conceito, o Telecomando não seria uma ação remota de comando ou controle após um evento e uma decisão em função da/s variável ou variáveis supervisionadas?). Para que as manobras remotas sejam possíveis é preciso que o sistema de tele controle esteja íntegro. Isso passa pela comunicação do centro de operações com a unidade supervisória da subestação, da unidade supervisória com os dispositivos de proteção e controle

Prognósticos: A possibilidade de análises prévias em eventos no sistema permite maior agilidade na pesquisa do problema, no atendimento e, consequentemente, no tempo médio de reparo no circuito defeituoso (MTBF).

Na prática, a capacidade de analisar eventos no sistema, a partir de seus valores analógicos e digitais, contribui diretamente para a agilidade no atendimento, consequentemente maior disponibilidade no fornecimento.

Características como, proteção atuada, valores medidos, magnitude da corrente de defeito, fase do defeito, comportamento do circuito no momento do problema são informações que podem ser exploradas, em subestações automatizadas, e permitem um melhor direcionamento para a pesquisa e menor tempo de reparo.

Não podemos deixar de abordar os benefícios que uma automação de subestações traz para a sociedade, uma vez que os equipamentos estão sendo supervisionados e telecomandados.

Confiabilidade no fornecimento de energia: A possibilidade do restabelecimento de energia remoto permite que todos os desarmes, oriundos de defeitos transitórios, sejam restabelecidos. Isso representa, em algumas regiões, mais de 70% dos desarmes.          

Além disso, a capacidade de saber exatamente as condições do sistema permite à concessionária se preparar melhor para os atendimentos aos clientes críticos, como: Hospitais, Postos de saúde, Postos de vacinação, clientes que utilizam aparelhos médicos em casa e demais casos.

Segurança nas instalações: As instalações elétricas, por sua natureza, oferecem risco à população, uma vez que são expostas e conduzem energia em baixa, média e alta tensão. Os dispositivos de proteção, alocados nas subestações, garantem que os circuitos, uma vez submetidos a um defeito externo, sejam desligados no tempo correto.

Na prática, eles atuam desligando circuitos defeituosos, como por exemplo: um cabo partido tocando o solo na calçada.

Os circuitos de proteção e controle das subestações automatizadas contam com relés de proteção digital, mais sofisticados e eficazes, quando comparados aos antigos relés eletromecânicos.

Soluções para melhor atender o sistema

Para que haja sucesso na automação de uma subestação, é essencial que as atividades ocorram com qualidade e segurança. Ter qualidade no serviço passa por:

Entender a demanda do cliente para oferecer a solução mais bem customizada para a sua necessidade.

A transparência para com o cliente é essencial, por isso a CPFL Soluções oferece um serviço de estudo qualitativo da viabilidade técnica, buscando oferecer a solução mais eficaz, atender a saúde financeira do projeto e trazer benefícios ao cliente final.

Processo essencial para o sucesso do projeto, onde o know-how na área de manutenção da contratada faz toda a diferença para o cliente. Conhecer como o equipamento será mantido depois é imprescindível para projetar a modernização.

Por isso, para quem contrata, é uma grande vantagem competitiva trazer soluções customizadas, por uma empresa com 108 anos no mercado. A CPFL Soluções conta com profissionais com anos de experiência em manutenção.

“Um grande diferencial do serviço oferecido é que a mesma empresa que projeta também faz manutenção e é referência no setor elétrico”

Entender para melhor atender. Saber não só o nível de curto-circuito para elaborar ajustes, mas também a capacidade e as principais características dos equipamentos e sistemas para projetar um esquema de proteção ágil, seletivo e robusto, de forma a desligar o menor trecho defeituoso possível e permitir a reenergização rápida do sistema. Com foco em segurança e qualidade, a CPFL Soluções é referência no assunto.

A execução da obra é um dos momentos mais complexos de um processo de automação. É nesse momento que se apresentam os riscos de segurança e qualidade envolvidos no processo. Nessa fase, a experiência no negócio é primordial para que não haja nenhum tipo de evento envolvendo segurança do trabalho e desligamentos indevidos nos sistemas distribuição.

Tratando-se de segurança, dispor de profissionais experientes na área e dedicados na supervisão das atividades contribui diretamente para o sucesso.

No que diz respeito à qualidade, é inadmissível que em qualquer processo de melhoria do cliente haja prejuízo para a sua produção. Nos comissionamentos, a transposição de circuitos de disparos e novas ligações de proteção e controle oferecem grande potencial de desligamentos indevidos, para isso a CPFL Soluções, além de contar com avaliação periódica do time, conta com treinamentos e acompanhamentos dos profissionais e dos tempos e movimentos do comissionamento. (Entendo não ser necessário)

Os testes finais são os momentos mais críticos do processo de automação, uma vez que todo o circuito, alterações e sistemas são testados em tempo real. Momento em que são identificados e tratados os principais defeitos dos circuitos.

Tanto para os testes quanto para o treinamento, a CPFL Soluções dispõe da mais qualificada mão de obra, com profissionais de proteção e controle de referência, no setor elétrico brasileiro, e modelos intensivos de treinamento e prática em campo. (Entendo não ser necessário)

Databook é o agrupamento de informações documentais relacionadas à fabricação, inspeção e testes de equipamentos e processos. Em um processo de automação, onde toda a configuração da instalação é alterada, ter diagramas atualizados e bem elaborados é essencial para o cliente. A CPFL Soluções conta com uma equipe de projetos, focada no cliente, que busca, além de atender os requisitos, oferecer cadernos customizados, facilitando toda atuação pós-automação. (Entendo não ser necessário)

A CPFL Soluções sabe da importância de um pós-venda acessível e disponível e, por isso, disponibiliza canais diretos com profissionais que, inclusive, participam ativamente dos serviços.

Para CPFL Soluções a maior conquista de um negócio é a satisfação do cliente. Por isso busca entender as reais necessidades para desenvolver as soluções customizadas que agreguem valor e tragam mais economia,  eficiência e segurança energética para os negócios..

O processo industrial que é submetido a um processo de automação está exposto a problemas relacionados à produção. Na distribuição de energia, por exemplo, assim como em outros processos produtivos, não é possível parar o processo para realizar a automação da instalação, sendo necessário que a obra seja executada com a cadeia produtiva em funcionamento. Isso aumenta, ainda mais, a responsabilidade de quem oferece os serviços, exigindo grande expertise no assunto.

Uma falha no processo de automação de uma subestação pode acarretar milhares de clientes sem energia ou parada de produção por muitas horas. Ter procedimentos claros, profissionais de ponta, acompanhamento e report on time e ferramentas preliminares de prevenção de desarmes são alguns dos recursos fundamentais. com os quais a CPFL Soluções conta para garantir o sucesso no serviço prestado. (Entendo não ser necessário)

Por isso, o grande compromisso da CPFL Soluções é a qualidade e a segurança no planejamento e execução de um processo, focando sempre no maior bem, a Segurança e o Cliente.

Manutenção Preventiva em instalações elétricas industriais

Texto publicado na Revista Manutenção em 26/07/2021.

Para garantir a confiabilidade e continuidade no fornecimento de energia, é necessário entender a necessidade da manutenção nos ativos do sistema elétrico.
Há muito tempo, ouvimos dizer que manutenção é custo para o processo. No caso de instalações elétricas, para que as manutenções sejam viabilizadas, é necessário que se entenda que a manutenção não é custo, mas sim investimento.
Investir em manutenção no sistema elétrico é vital para o crescimento e desenvolvimento do país. Uma vez que garantimos bons indicadores de continuidade, permitimos e trazemos investimentos, movimentamos a economia, garantimos, inclusive, a vida das pessoas, uma vez que o sistema alimenta hospitais, clínicas e outras missões críticas. Tão importante quanto expandir o sistema e viabilizar o acesso à energia para a população, é manter o sistema íntegro e operacional.
Sabemos que ainda temos muitas regiões carentes de energia e sistemas radiais inseridos no Sistema Elétrico de Potência, isso significa que grande parte dos consumidores são atendidos por circuitos que não possuem recurso, e, no caso de um evento (ocorrência), não há suplência, tornando ainda mais necessária a qualidade e gestão na manutenção de ativos do setor.
Quando falamos em redes de distribuição em alta (SDAT) e média tensão (SDMT), os maiores impactos nos indicadores de continuidade no fornecimento de energia são provocados por ocorrências que, em sua maioria, são ocasionadas por uma falha em equipamento ou circuito elétrico.
No contexto corporativo, a manutenção preventiva se torna essencial para a produção, sendo o cenário ideal para esses negócios sempre obter a maximização das atividades preventivas para a redução das manutenções corretivas (reparos), que são consideradas reativas, ou seja, realizadas apenas quando uma falha ocorre, e impactam diretamente na qualidade dos serviços prestados, assim como, elevam o custo operacional com peças e mão de obra.
Pinto e Xavier (2001 apud RODRIGUES, 2003) definem a manutenção corretiva como: “Manutenção corretiva é a atuação para a correção da falha ou do desempenho menor que esperado.”, já para (BRANCO FILHO, 2008), “Manutenção corretiva é todo trabalho de manutenção realizado em máquinas e equipamentos que estejam em falha para sanar essa falha.”
Quando a manutenção é tratada como investimento, é possível, inclusive, estabelecer projeções de continuidade e funcionamento dos ativos (indicadores de tempo médio de falhas e tempo médio de reparo).
Fora a redução de falhas, a manutenção tem um papel estratégico em investimentos. Em uma área regulada, tal como a de distribuição de energia, os investimentos realizados são tarifados pelo órgão regulador, ou seja, é possível receber, novamente, o investimento na rede, desde que seja para melhorar o fornecimento de energia para os clientes. Isso torna ainda maior a responsabilidade da manutenção em analisar qual manutenção, de fato, pode agregar valor à companhia, ou qual pode ser convertida em investimento, a partir da renovação do ativo. Para isso, ferramentas que identifiquem o risco operacional do ativo podem contribuir para a tomada de decisões.
Investir em soluções é essencial para o negócio da distribuição de energia, neste contexto a CPFL Soluções dispõe de portifólio completo de serviços para manutenções preventivas e instalações elétricas industriais. Com grande know-how adquirido ao longo de mais de cento e oito (108) anos de companhia, a empresa oferece desde o estudo do melhor modelo de manutenção a ser aplicado, até a instalação e manutenção do ativo, ou seja, soluções completas para o negócio.
Para permitir uma manutenção otimizada e com custos atrativos, a CPFL Soluções realiza a análise do melhor modelo de manutenção para o negócio, considerando também a probabilidade de investimento na renovação do ativo, uma vez que alguns sistemas de distribuição possuem ativos depreciados e com alto custo de manutenção.
A CPFL Soluções também oferece serviços customizados para o negócio, tendo a possibilidade de contratar somente a elaboração de projetos, e caso o cliente possua o projeto, e necessite apenas da execução com qualidade, a CPFL também oferece.
Cabe ressaltar que é sim papel da manutenção participar ativamente da sugestão e execução na renovação de ativos, afinal, é o órgão que possui maior conhecimento de como manter o ativo. A contribuição da manutenção pode ser dada através de trabalhos que relacionam o risco operacional de um ativo, a partir de parâmetros de confiabilidade gerados com informações de relatório de ensaios e até mesmo diagnósticos das possíveis falhas, balizando da melhor forma, quais os principais ativos que precisam de investimento.
Para entender melhor as necessidades e alguns modelos de manutenção, é essencial explorar os conceitos de manutenção preventiva e abordar modelos focados em produtividade e confiabilidade.

A Manutenção Preventiva

No segmento de energia, onde a “produção” diz respeito à qualidade no fornecimento de energia, ou seja, disponibilidade total dos ativos, se faz necessário, não apenas a realização das manutenções, mas, também, a criação de modelos estratégicos para a priorização e construção de um plano de manutenção.
Por definição de Pinto e Xavier (2001):
“A Manutenção Preventiva (MP) consiste em exercer o controle sobre o equipamento, de modo a reduzir a probabilidade de falhas ou a queda no desempenho, baseado em intervalos regulares de manutenção, ou seja, obedecendo a um plano previamente elaborado.”
Tanto os ativos críticos ou não, todos devem adotar a MP, de modo a antecipar-se as possíveis falhas, o que determina é o critério de priorização do planejamento das manutenções. Os planos de revisão seguem recomendações do fabricante e consideram aspectos relevantes, como histórico de ocorrências em equipamentos similares. Outra característica refere-se à sua execução, que deve seguir frequências específicas (semanal, mensal etc.) ou determinado número de horas trabalhadas. “Sua principal desvantagem é o gasto com substituição de componente, o que ocorre, geralmente, bem antes da ocorrência do defeito” (SANTOS, 2010).
No sistema elétrico, alguns fatores são primordiais para a construção de um plano estratégico de manutenção. Podemos citar, por exemplo:

● Número de operações;
● Idade do ativo;
● Quantidades de clientes atendidos;
● Criticidade do conjunto de unidades consumidoras regulatório (ANEEL)
● Tempo;
● Periodicidade indicada pelo fabricante;
● Estações do ano;
● Possibilidade de recurso (remanejamento das cargas);
● Severidade do ambiente

A partir dessas variáveis, é possível modelar um plano adequado à realidade da concessionária. Um fator primordial é que o plano de manutenção previsto seja dinâmico, respeitando, assim, os períodos mais críticos do ano, no que se refere à temperatura, demandas e consumo (variação das cargas) e contingências.

A Manutenção Preventiva Periódica

Tratando-se da periodicidade das manutenções, há dois modelos de manutenções preventivas a serem aplicados ao sistema. O modelo periódico conta com manutenções programadas em períodos definidos.
É muito comum atribuir a manutenção periódica a planos de manutenção. Certo, uma vez que existe uma periodicidade definida para as manutenções programadas, podemos, sim, elaborar um plano de manutenção com base em variáveis sistemáticas, mas ele não será o único ator das manutenções programadas.
Sobre os equipamentos inseridos no plano de manutenção periódico, Santos (2010) elenca algumas características que devem ser estudadas no equipamento onde se pretende praticar a MP:

Tabela Distribuição das Manutenções
Tabela 1: Distribuição das manutenções

A escala de cor representa, em média, o fator periodicidade, sendo as cores mais “quentes” representativas de uma periodicidade maior.
No geral, para a manutenção ser vista como investimento, o ideal é que se pratique um número de manutenções, predominantemente preventivas e preferencialmente periódicas, uma vez que as manutenções aperiódicas, muitas das vezes, são condicionais.

A Manutenção Preventiva Aperiódica

Outro grupo de manutenção preventiva são aquelas que não respeitam uma periodicidade definida. Isso acontece devido às características do sistema e às oportunidades que a manutenção encontra no decorrer do tempo.
Ao se tratar de prevenção e redução das falhas, é muito importante que sejam praticadas manutenções condicionais e planos de ação que foquem no que realmente está dando problema.
Podemos tomar, como exemplo, a manutenção de um TC, nas manutenções preventivas periódicas, geralmente realiza-se ensaios como: relação de transformação, resistência de isolamento, resistência de contato, limpeza e lubrificação, o equipamento estava com todos os ensaios dentro dos valores recomendados. Em uma intervenção aperiódica o profissional, notou ao abrir novamente o secundário do TC um vazamento de óleo dentro da caixa do secundário, foi verificado que devido a vibração do parafuso de terminal de enrolamento, ocorreu centelhamento, danificando a isolação e ocorrendo o vazamento de óleo. O que poderia ocorrer se tivéssemos que esperar o ciclo para realizar novamente a preventiva periódica?
Esse é um exemplo real, que pode gerar significativas reflexões aos times de manutenção. Será que aquilo no que estamos investindo tempo, planejamento e mão de obra é, de fato, o que tem gerado mais problemas?
Nos bastidores do resultado, a manutenção aperiódica do sistema elétrico trabalha estratégias de manutenção, baseadas, principalmente, em dois fatores:

● Condição operativa identificada a partir de técnicas preditivas
● Causa raiz de um defeito e planos de ação

Manutenção Preditiva

Só para não passar despercebida no artigo, lembramos que a manutenção preditiva também é um modelo muito aplicado no setor elétrico de potência. Ela, inclusive, é objeto para a definição das manutenções preventivas aperiódicas.
Por definição de Pintoe e Xavier (2001):
“A manutenção preditiva é a atuação realizada com base em modificação de parâmetro de condição ou desempenho, cujo acompanhamento obedece a uma sistemática.”
Segundo Lima e Salles (2005):
“O conceito de manutenção preditiva está inserido na modalidade de manutenção há, aproximadamente, oito décadas; porém, como outras modalidades de manutenção, efetivou-se como importante ferramenta de produtividade a partir de 1970, sendo que a sua evolução se evidencia, de fato, nas duas décadas mais recentes.”
Dentro do conceito de manutenção preditiva, não se encontra um programa completo de manutenção; no entanto, esta modalidade adiciona uma valiosa colaboração, que é imprescindível em qualquer programa de gestão de manutenção, visto que a proposta da manutenção preditiva é fazer o monitoramento regular das condições mecânicas, eletroeletrônicas e elétricas dos equipamentos e instalações e, ainda, monitorar o rendimento operacional de equipamentos e instalações, quanto aos seus processos. Como resultado desse monitoramento, aplica-se uma análise crítica dos resultados para obtenção da maximização dos intervalos entre reparos por quebras (manutenção corretiva) e reparos programados (manutenção preventiva), bem como maximização de rendimento no processo produtivo, visto que equipamentos e instalações estarão disponíveis, o maior tempo possível, para operação.
De acordo com Santos (2010):
“Esse tipo de manutenção consiste em programar a parada no momento necessário, tanto para a máquina ou equipamento, como para o processo produtivo. Isso é possível através do acompanhamento das condições da máquina e do modo como essas condições variam com o tempo. Este tipo de manutenção não visa a eliminação dos dois métodos anteriores (corretiva e preventiva), mas, sim, minimizá-los, de forma prática, técnica e objetiva, através de acompanhamento e monitoração de parâmetros, com uso de equipamentos, instrumentação adequada e inteligência aplicada.”
Reafirmando, a monitoração é contínua e a medição e interpretação das informações coletadas, durante a operação da máquina, é regular. Isto nos informa a ocorrência de variações nas condições da máquina, equipamentos e seus componentes, tornando a operação mais segura e econômica.
“A monitoração pode alterar a ocorrência das falhas, quando elas começam a se manifestar. A determinação do tempo antes da quebra é a maior vantagem, resultando em um sistema confiável, que pode até dispensar o uso de alarmes ou de sistemas de desligamento automático”
SANTOS, 2010
Tratando-se de condições operativas, é muito importante conhecer a forma como o ativo está operando no sistema. Esse diagnóstico pode ser realizado por uma simples inspeção visual, acompanhada de um checklist, onde seja possível registrar e identificar.

● Exposição a fatores externos (maresia, impurezas, poeira)
● Carregamento do equipamento
● Temperatura de operação
● Ruído
● Anomalias

A inspeção termográfica também é uma ótima ferramenta para direcionar manutenções preventivas aperiódicas, uma vez que sinaliza anomalias térmicas no sistema de distribuição, direcionando a manutenção.
A carteira de anomalias deve ser priorizada de acordo com algumas variáveis, tais como: temperatura, equipamento, número de clientes envolvidos, entre outras.
Outro excelente input para a composição da carteira de manutenções aperiódicas são as ocorrências no sistema. A análise detalhada de uma ocorrência pode compor planos de ação em curto, médio e longo prazo. O 5W2H que é uma ferramenta metodológica utilizada para compor planos de ação de maneira ágil, é uma boa alternativa para o caso.
Uma nova técnica preditiva aplicada ao sistema elétrico é a análise proativa de registros de perturbações (oscilografias). Todos os eventos em média tensão geram registros oscilográficos, que relacionam o comportamento elétrico do circuito, ou seja, registros de entradas analógicas (corrente / tensão) e entradas digitais (estado do equipamento, supervisões).
Isso quer dizer que podemos dar um passo à frente na manutenção, uma vez que analisamos antes os registros, para, então, direcionar as manutenções de forma planejada e mais assertiva possível.
Para ilustrar, um registro de oscilografia:

Registro de oscilografia
Registro de oscilografia

Em um mesmo registro, conseguimos analisar:

Uma vez analisados cada um dos itens, tem-se a oportunidade de direcionar, de maneira assertiva, a manutenção nos equipamentos, que já apresentam algum comportamento indevido.
Portanto, no que se refere à manutenção do setor elétrico, é imprescindível, para a boa condução da programação, o diagnóstico das atividades preventivas, para que se possa traçar a estratégia de execução, com base em periodicidade e priorização.
Existem muitas ferramentas preditivas a serem exploradas, no setor, para composição de planos preventivos, cada vez mais dinâmicos e eficazes.
O papel da manutenção se torna cada vez mais imprescindível para o desenvolvimento do país e da sociedade. O Brasil tem recebido grandes investimentos na área elétrica, exigindo uma resiliência cada vez maior na concessão dos ativos já existentes e na análise da viabilidade de manutenções condicionadas a renovação de ativos.
Para isso, o país precisa contar com empresas de alto know-how de manutenção elétrica, que promovam soluções ágeis e inovadoras para o sistema elétrico de potência. Pensando nisso, a CPFL Soluções se dispõe sempre à apoiar a indústria no geral, oferecendo aplicações otimizadas de estudo, implantação e manutenção, contribuindo para o desenvolvimento sociedade à partir da melhoria da qualidade no fornecimento de energia e produção das indústrias.
Determinadas atividades exigem a contratação de especialistas com know-how e expertise específicos. Este é o caso de sistemas e ativos elétricos, cuja manutenção demanda profissionais extremamente qualificados e habilitados com treinamentos e conhecimentos sobre normas específicas como por exemplo a NR10, NR33 e NR35.

Manutenções Elétricas

Para manutenções elétricas e parceria estratégica, existem no mercado empresas, como por exemplo, a CPFL Soluções, subsidiária da CPFL Energia, que possui soluções completas para manutenção preventiva, preditiva e corretiva de infraestruturas de fornecimento e distribuição de energia elétrica, assim como de subestações de média e alta tensão e de sistemas, equipamentos e ativos elétricos. Para saber mais detalhes, acesse o site da empresa e confira as modalidades de serviços.

Novas diretrizes de recolhimento do ICMS-SP têm data de vigência alterada

As mudanças antes previstas para janeiro de 2022, são postergadas para abril de 2022

A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo publicou o Decreto nº 66.373/2021, em 23 de dezembro de 2021, o qual trouxe novas diretrizes para o recolhimento do ICMS SP, que entrarão em vigor em 1º de abril de 2022.

As novas regras para o recolhimento do imposto por meio do Decreto 65.823/2021 (revogado com a nova publicação), estavam previstas para entrar em vigor no primeiro dia do ano de 2022. Estas, tinham por objetivo adaptar a legislação, após o Supremo Tribunal Federal declarar inconstitucionais os dispositivos do Regulamento de ICMS de São Paulo. Relembre aqui os detalhes deste Decreto.

O novo Decreto será regulamentado através de uma Portaria que, segundo informações de representantes da SEFAZ/SP será publicada no mês de fevereiro de 2022.

Com a publicação do novo Decreto, a responsabilidade do recolhimento do ICMS é:

Já em casos de clientes conectados à rede básica de transmissão, ou em casos de venda de energia feita por alienante de fora do estado, o recolhimento do ICMS-SP passa a ser de responsabilidade do consumidor paulista.

Nossa equipe de especialistas está à disposição, pronta para tirar qualquer dúvida, mas nossa última dica é prestar atenção nessas mudanças desde já, pois a opção de não declaração do ICMS, disponível pela SEFAZ em todo o começo de ano (até o dia 10 de janeiro), será destituída com a vigência do novo Decreto, a partir de 1º de abril de 2022.

Entenda as últimas atualizações da Abertura de Mercado em 2021.

Abertura total do Mercado Livre de Energia segue prevista para 2024. Acompanhe as últimas novidades de 2021 e quais as previsões para início de 2022.

Até o próximo dia 31 de janeiro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) deverão apresentar estudo sobre as medidas regulatórias necessárias para permitir a abertura do Mercado Livre para os consumidores com carga inferior a 500 kW, incluindo o comercializador regulado de energia. Pelo cronograma que consta da Portaria MME nº 465/2019, essa abertura total se dará a partir de 1º de janeiro de 2024.

Algumas mudanças na legislação serão necessárias para que, dentro de 2 anos, os consumidores com demanda inferior a 500 kW atendidos em qualquer tensão, possam comprar energia de todas as fontes por meio do Ambiente de Contratação Livre, no qual há liberdade para escolher o distribuidor, negociar os preços e as condições do contrato. O Ministério de Minas e Energia (MME) está confiante de que isso será feito a tempo, conforme revelou Agnes da Costa, Chefe da Assessoria Especial em Assuntos Regulatórios da pasta, em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada no último trimestre de 2021.

No dia 23 de novembro de 2021, a CCEE publicou a primeira parte do estudo acerca da abertura do ambiente de contratação livre, por meio da Nota Técnica intitulada “Proposta conceitual para Abertura de Mercado”, que, em resumo, apresentou quatro propostas, as quais você pode acompanhar clicando aqui.

 A segunda parte deste estudo, com divulgação prevista para 31/01/2022, deverá conter proposta de um cronograma para a abertura total do mercado abaixo de 500kW, incluindo as medidas regulatórias necessárias para sua realização.

Abaixo, listamos algumas sugestões de leitura para relembrar os conceitos e condições da abertura do mercado de energia no Brasil.

Você sabe como é calculada a tarifa de energia?

No valor da conta de luz que pagamos a cada mês estão contidos os custos de geração, transmissão e distribuição da energia elétrica, além de tributos federais, estaduais e municipais, como PIS/PASEP, COFINS, ICMS e a contribuição conhecida como CIP ou COSIP.

O valor final, também considera encargos setoriais previstos em lei. “Um deles é a Conta de Desenvolvimento Energético – CDE, que tem como principal objetivo custear os subsídios concedidos a determinados consumidores por força de Lei, como por exemplo os consumidores das classes rural, residencial de baixa renda, dentre outros”, explicou Márcio Roberto, Gerente de Regulação Econômica da CPFL Energia, durante o episódio 2 do podcast CPFL Soluções: C LIGA.

A tarifa de energia, ou seja, o preço cobrado (em R$) por unidade de energia (kWh), considera os custos envolvidos desde a geração até a disponibilização aos consumidores. No mercado cativo, seu valor é definido pela ANEEL. Por se tratar de um bem essencial, não pagamos somente pelo consumo da energia elétrica, mas também por sua disponibilidade 24 horas diárias, todos os dias do ano.

Considerando todos esses fatores, o valor é calculado pela diferença entre a leitura do mês atual e a registrada no mês anterior, em um conta na qual o KWh é a base de medida.

Somente 20% a 25% do valor total da conta fica com a distribuidora. O restante é repassado aos demais agentes da cadeia, aos órgãos administradores dos encargos setoriais e aos Governos Federal, Estadual e Municipal. Impostos e tributos representam a maior fatia, em torno de 40% a 45% do preço final pago pelo consumidor.

Variação de preço

Embora a matriz energética brasileira seja predominantemente hídrica – uma das fontes energéticas de menor custo em relação às demais – estamos sujeitos a variações climáticas que podem elevar o custo de geração, conforme explica Márcio Roberto, Gerente de Regulação Econômica da CPFL Energia. “Num cenário de escassez hídrica, de pouca chuva, a geração hidrelétrica é reduzida – a água é ‘estocada’ nos reservatórios das usinas para a geração de energia num momento mais crítico – ao passo que a geração termoelétrica é ampliada, ocasionando custos muito maiores por utilizar carvão ou óleo combustível como insumos”, detalha o especialista.

Desde 2015 existe no Brasil o mecanismo de bandeiras tarifárias, cuja função é sinalizar ao consumidor a variação de preço observada na geração de energia, de acordo com fatores como o período do ano, a disponibilidade hídrica de momento e a incidência de chuvas. O valor sofre acréscimos sempre que a bandeira sai do verde, indicando que as condições não são as mais favoráveis para geração de energia.

Quer saber outras informações sobre as tarifas de energia? Ouça agora mesmo o episódio 2 do C LIGA – O SEU PODCAST SOBRE ENERGIA NA POTÊNCIA MÁXIMA

Além de Márcio Roberto, Gerente de Regulação Econômica da CPFL Energia, a conversa reuniu também Helder Sousa, diretor de Regulação da TR Soluções, empresa de tecnologia especializada em tarifas de energia.  O bate-papo repleto de informações importantes foi comandado por Marcia Mantovani, Gerente de Marketing e Inteligência de Mercado da CPFL Energia. C liga!

Riscos da Crise Hídrica ficaram mais distantes, mas situação ainda exige cuidados

O período chuvoso chegou há alguns meses com volumes dentro das expectativas, o que amenizou o cenário hídrico no país. Embora não haja risco de desabastecimento energético neste momento, todos devemos continuar atentos pois a instabilidade climática pode fazer com que a crise se agrave novamente em um curto intervalo de tempo.

Como cerca de três quartos da matriz  elétrica brasileira provêm de usinas hidrelétricas, nos períodos em que a quantidade de chuva é insuficiente para abastecer os reservatórios, algumas consequências são sentidas por todos os consumidores.

À exemplo disso, podemos pensar no acionamento de usinas termelétricas, que reflete na sinalização da bandeira tarifária, apontando que está mais caro para o SIN (Sistema Integrado Nacional) gerar a energia que abastece residências, comércios e indústrias.

Empresas aptas a comprar energia no Mercado Livre ficam menos suscetíveis a essas variações, pois possuem liberdade para negociar valores e condições com diferentes fornecedores. Estabelecer contratos de longo prazo também é alternativa para se precaver de aumentos pontuais nos custos de energia.

Outra iniciativa cuja adesão cresce no meio empresarial é a Geração Distribuída (GD), modalidade em que é possível gerar a própria energia no local de consumo ou em sua proximidade. Bons exemplos são as placas fotovoltaicas que garantem economia na conta, com sustentabilidade, já que se trata de energia de fonte limpa e renovável.

Seja qual for a estratégia adotada pela sua empresa, o ponto fundamental é estabelecer um planejamento energético capaz de garantir abastecimento pelo menor custo possível. Afinal, energia elétrica representa um dos principais custos mensais e equalizá-lo garante competitividade às companhias de todos os ramos de atuação.

Para entender mais sobre os impactos da crise hídrica e as formas de amenizá-lo, confira o bate-papo que rolou no episódio 3 do C LIGA – O SEU PODCAST SOBRE ENERGIA NA POTÊNCIA MÁXIMA.

Marcia Mantovani, Gerente de Marketing e Inteligência de Mercado da CPFL Energia recebeu Tiago Barros, economista da REGE Consultoria, e Ricardo Motoyama, Head de Comercialização da CPFL Soluções. Clique aqui e ouça agora.

Montamos também algumas sugestões de leitura, para que você possa acompanhar todo o cenário de enfrentamento da crise hídrica durante o ano de 2021:

CPFL Soluções terá mais de R$ 2 bilhões investidos em obras neste ano

Eduardo dos Santos Soares, Diretor-Presidente da CPFL Serviços, é um otimista por convicção. E ao analisar as perspectivas para este ano de 2022, tem motivos concretos para vislumbrar um cenário positivo. “O processo de vacinação tem avançado e nossa economia deve e precisa voltar a crescer, gerar empregos, recuperar o poder econômico das famílias e das empresas”, destaca. “E não há crescimento sem energia! Sabemos do nosso papel relevante para sociedade, e estamos preparados para cumpri-lo”, ressalta o executivo.

Eduardo revela que a CPFL Serviços já tem em mãos um volume de obras para os próximos 12 meses ainda maior do que o realizado ao longo de 2021. “Estimamos mais de R$ 2 bilhões em obras a serem realizadas por nosso time em 2022. Geraremos mais de 400 novos empregos diretos e outros 400 empregos indiretos”, afirma. Os investimentos incluem ações importantes em tecnologia, saúde e segurança dos colaboradores e parceiros, máquinas e equipamentos além de inovação em sistemas e processos.

No ano passado, os desafios impostos pela pandemia não foram poucos. Em determinados momentos, a CPFL Serviços chegou a ter 10% de seu quadro de colaboradores em observação por sintomas da COVID-19, e muitos profissionais ficaram até 14 dias fora do trabalho, devido aos rígidos protocolos de saúde e segurança adotados, o que gerou sensação de acolhimento entre os colaboradores.

Apesar do cenário desafiador, inúmeros objetivos foram alcançados. “Entregamos muitas obras relevantes, mais de 90 delas de subestações e linhas de transmissão, e mais de 10 mil obras de redes de distribuição, além de muitos hospitais atendidos por nosso programa CPFL nos Hospitais, com a instalação de soluções em GD Solar”, exemplifica o Diretor-Presidente da CPFL Serviços.

Projetos relevantes foram entregues respeitando prazos e expectativas de clientes, colaboradores e acionistas. “A empresa está mais forte que nunca, financeiramente, tecnicamente e na relação de confiança com parceiros, colaboradores e clientes. Mérito do trabalho duro de um time muito competente e dedicado do qual tenho orgulho em fazer parte”, comemora Eduardo Soares.

Com um trabalho robusto e de excelência, a CPFL Serviços está sempre em busca de melhorias e crescimento, de modo que beneficia diretamente todos os clientes atendidos, dos quais a empresa estará ainda mais próxima agora em 2022. “Que este novo ano seja um marco de retomada de nossa economia e de um novo ciclo de grandes realizações e muita saúde para todos”, deseja Eduardo dos Santos Soares, Diretor-Presidente da CPFL Serviços.

Como sua empresa preza pela segurança da saúde dos colaboradores na volta das atividades?

Início de ano é sinônimo de planos renovados, novas metas e, claro, muito trabalho. Passada a pausa para as Festas, é nessa época que os projetos começam a sair do papel. Com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, manter-se focado e produtivo é um desafio para todos os colaboradores, sobretudo neste momento em que muitas empresas deixam um pouco de lado o home office, para retomar o trabalho presencial ou uma jornada híbrida.

Na retomada das atividades, a segurança dos colaboradores deve ser tratada como prioridade. Não se pode, de maneira alguma, fechar os olhos para a saúde de quem atua na sua empresa, desde as funções operacionais até os cargos executivos. Além de garantir normas de segurança para preservar a integridade física, um ponto essencial é primar também pela saúde mental de todos.

“O momento de início de ano é naturalmente uma época de reflexões sobre nossa vida, família, trabalho, e não raro pensar sobre esses temas gera angústia e medo. Sobretudo com a pandemia ainda em curso, o que invariavelmente nos gera uma preocupação a mais na vida”, destaca a Dra. Paula Caroline Guissi, Coordenadora de Medicina do Trabalho da CPFL. Segundo ela, as empresas precisam ter o cuidado de garantir que seus colaboradores entendam e sintam que há espaço para discussão e escuta sobre aspectos relacionados à saúde física e mental, sem estereótipos ou receios.   

A médica lembra que transtornos mentais são uma das principais causas de deterioração na condição da saúde das pessoas em todo o mundo. “Afeta diretamente a percepção dos colaboradores, sua satisfação com o trabalho, e também a qualidade do trabalho executado”, pontua a Dra. Paula Caroline Guissi. “É importante cada pessoa reconhecer sinais comuns como percepção de estresse e ansiedade, e entender como isso impacta na rotina diária de trabalho. E, sempre que possível, prevenir que sintomas mais graves apareçam, além de reconhecer e aceitar que transtornos mentais existem e nos fazem adoecer”, completa Coordenadora de Medicina do Trabalho da CPFL.

E você? Como tem olhado para a segurança da saúde de seus times?

Instalações elétricas industriais: 5 benefícios dos serviços de manutenção

Tão importante quanto a atividade exercida, a manutenção elétrica industrial é essencial para a continuidade das operações executadas dentro das organizações. Com um plano eficiente, é possível evitar as temidas interrupções imprevisíveis e as paradas indesejadas. Através da manutenção contínua dos equipamentos, é possível gerenciar o abastecimento de energia e garantir uma maior efetividade econômica e funcional de toda a rede.

Sendo assim, a manutenção elétrica industrial é um processo essencial para manter a eficiência da produção, evitando falhas e desperdícios. Visando uma operação contínua, é necessário realizar um acompanhamento preventivo para que não aconteçam paradas não previstas ou problemas decorrentes dos desgastes e sobrecarga dos equipamentos.

Tipos de manutenção elétrica 

Responsável pelo bom funcionamento dos equipamentos dentro de uma indústria, a manutenção elétrica industrial envolve uma série de procedimentos, como testes, monitoramento de sistemas, reparos e substituição de elementos, entre outros. Esse tipo de manutenção é realizado por profissionais habilitados, que acompanham os equipamentos de toda a organização, como:

Realizar paradas de manutenção preventiva não só reduz a chance de paradas inesperadas e danos nos equipamentos, como também otimiza o uso da energia elétrica dentro da indústria, garantindo uma maior economia e sustentabilidade.

Com a utilização contínua, os equipamentos podem apresentar avarias “invisíveis” que podem causar falhas, interrupções e acidentes graves, desencadeados por defeitos que poderiam ter sido facilmente resolvidos com uma postura preventiva. Por essa razão, é preciso estabelecer paradas ocasionais para a manutenção desses equipamentos. Existem três tipos de manutenção, cada uma delas voltada para um objetivo ou demanda, como veremos a seguir.

Manutenção Corretiva

Esse tipo de manutenção é indicado para momentos onde o sistema já está apresentando algum tipo de problema ou falhas, sendo necessário que seja feito um reparo imediato. Por conta do risco, a manutenção corretiva tem um caráter urgente, pois é feita para retomada de processos parados de prevenções maiores danos e eventuais acidentes. Para determinar a necessidade de manutenção, é preciso seguir um dos seguintes critérios ou comportamentos das máquinas:

Manutenção Preventiva

A manutenção preventiva é indicada para evitar problemas e interrupções inesperadas no funcionamento dos equipamentos. Através desse tipo de manutenção é possível identificar defeitos no sistema ou no maquinário antes que causem problemas maiores. 

Através da análise dessa manutenção, os equipamentos e os sistemas são conferidos em busca de peças com defeitos, fios desencapados, desgastes nos componentes, danos por mau uso, entre outros problemas. Ainda que nenhum mal funcionamento tenha sido identificado, é possível garantir que tudo continue funcionando com eficiência.

Caso seja identificado algum problema ou dano, o técnico responsável elabora uma estratégia para que o problema seja corrigido com agilidade. Diferentemente dos problemas encontrados na manutenção corretiva onde a resolução é mais complexa (muitas vezes envolvendo mais de um componente), a resolução nesse caso é mais simples, pois ainda não houveram danos ao equipamento ou ao sistema.

Por esse motivo, os custos necessários para a manutenção preventiva são consideravelmente menores do que na manutenção corretiva.

Manutenção Preditiva

Diferentemente dos dois tipos de manutenção anteriores, a manutenção preditiva não necessita de problemas ou intercorrências, funcionando de forma contínua e paralela com os equipamentos e sistemas da indústria. Muito utilizada no setor para monitorar o funcionamento do sistema e da produção, seu principal objetivo é compreender e prever o comportamento de todo o maquinário.

Assim como um software ou antivírus, a manutenção preditiva consegue entender como os equipamentos se comportam e propõe soluções mais inteligentes. Através dos dados obtidos, os responsáveis conseguem criar um cronograma e estabelecer o melhor momento para realizar a manutenção elétrica dos sistemas.

A manutenção preditiva é essencial para melhorar o funcionamento dos equipamentos e aumentar a sua vida útil. Além de evitar interrupções não programadas, esse recurso permite uma grande economia de custos para a organização. Sem a necessidade de reparos constantes, o maquinário atua com mais eficiência e com menos desgaste.

Manutenção em Linha Viva

Por lidar com linha viva, a manutenção nesse caso deve ser feita com muito cuidado, com a utilização de EPIs adequados. Ela pode ser feita de três maneiras diferentes:

5 benefícios dos serviços de manutenção

1. Consumo mais eficiente

Boa parte da energia consumida  no setor industrial acaba sendo desperdiçada com uma utilização ineficiente, gerando mais custos para a empresa. Através de um plano de gestão de manutenção, é possível aproveitar a energia de forma mais otimizada, garantindo uma maior eficiência energética. Esse planejamento ajuda a reduzir o desperdício de energia e de recursos, contribuindo com a saúde financeira da organização.

2. Valoriza a empresa

Com a criação e implementação de um plano de manutenção eficiente, a organização também abre portas para a inclusão de pautas relacionadas à sua agenda ESG (Environmental, social and corporate governance). Isso significa que, com o consumo energético mais eficiente, é possível estabelecer ações e melhorar processos visando a criação de uma empresa mais “verde”, comprometida com a sustentabilidade e com as questões ambientais.

3. Economia de custos com manutenção 

Os serviços de manutenção ajudam a aumentar a vida útil dos equipamentos, reduzindo os custos com substituições constantes. Além disso, com a manutenção preventiva, menor será a necessidade de reparos constantes na planta.

4. Produtividade

O gerenciamento assertivo da manutenção garante um aumento na produtividade e na eficiência dos equipamentos. Através dele, é possível reduzir as paradas não programadas e as falhas operacionais, proporcionando um aumento dos lucros e redução dos desperdícios na indústria.

5. Segurança 

Sabemos que a segurança é um aspecto primordial dentro da indústria, não importando qual a sua área de atuação. Realizar a manutenção constante dos equipamentos ajuda a prevenir falhas e acidentes, garantindo uma maior segurança para todos os colaboradores.

Independentemente do tipo, a manutenção da rede elétrica é essencial, não só para a continuidade das atividades, como também para a segurança de todos os colaboradores.

Para otimizar ainda mais as atividades da sua empresa, conte com a CPFL Soluções. Através da nossa consultoria, você pode trilhar o caminho mais seguro e eficiente para o seu negócio! Entre em contato conosco!

Por que devo migrar para o mercado livre de energia?

O Mercado Livre de Energia Elétrica é um ambiente onde compradores e vendedores negociam livremente contratos de energia elétrica, é um mercado que vem crescendo exponencialmente ao longo dos anos.

De acordo com o boletim da Abraceel publicado em novembro de 2021, o mercado livre de energia possui 25.675 unidades consumidoras, isso representa um aumento de 28% nos últimos 12 meses, ou seja, migraram 5.584 novas unidades consumidoras, neste período.

Hoje, o mercado livre de energia representa 66% de toda a energia transacionada no país, e 85% de todo o consumo industrial já está no ambiente de contratação livre.

Esse crescimento é justificado devido aos inúmeros benefícios que as empresas possuem. No mercado livre de energia, a sua empresa tem redução de custos, devido a possibilidade de escolher seu fornecedor de energia, evitando a compra da energia na distribuidora. A economia neste ambiente pode chegar em até 30%, em relação ao custo atual.

Devido a vantagem competitiva e a economia que o mercado livre de energia proporciona, as empresas que tem essa possibilidade, estão entrando neste mercado.

Quando posso migrar para o Mercado Livre de Energia?

A empresa que deseja migrar para o mercado livre de energia deve comunicar a sua intenção de migrar à distribuidora de energia 6 meses antes do término do contrato.

Perdendo esse prazo, deve-se aguardar a próxima data de vencimento do contrato com a distribuidora ou realizar o pagamento da multa rescisória do contrato.

Visto isso, recomendamos que a sua empresa identifique o quanto antes a viabilidade de migração, pois cada dia fora do mercado livre de energia é um dia sem os benefícios proporcionados por ele.

Entre em contato hoje mesmo com a CPFL Soluções e inicie o estudo de viabilidade gratuito para verificar se sua empresa pode migrar para o mercado livre de energia, clique aqui.

E se sua empresa já identificou a viabilidade de migração, mas ainda tem dúvidas. Vamos te ajudar a entender tudo agora:

Esclarecendo as maiores dúvidas sobre o Mercado Livre de Energia

O mercado livre de energia, é um ambiente que possui previsibilidade, por isso, tem poucos riscos às empresas inseridas.

Um dos principais pontos de receio das empresas no momento de escolha é por ser um ambiente diferente do qual estão acostumados, onde há novos termos e expressões que no início podem deixar qualquer profissional inseguro.

Mas, como mencionado, este ambiente é totalmente seguro, e se sua empresa estiver assessorada por empresas especializadas, não há o que temer. Atuamos há mais de 15 anos com comercialização de energia no mercado livre, e nossos consultores irão acompanhar de perto todo o seu processo, garantindo a confiabilidade e transparência necessárias para realização das suas operações neste ambiente.

Veja a seguir outras 3 perguntas frequentes que recebemos dos nossos clientes no momento de migrar:

1 – Minha empresa pode ficar sem energia ao migrar para o mercado livre?

Muitos profissionais ficam preocupados quando analisam essa possibilidade, pois estão acostumados a comprar energia diretamente com a distribuidora, e acreditam que podem ficar sem energia elétrica, caso façam a migração.

Esse risco, na verdade, não existe, pois, a empresa vai continuar recebendo a mesma energia e a distribuidora continua sendo remunerada para manter a sua estrutura de fornecimento.

Ou seja, a responsabilidade pela qualidade do serviço de distribuição continua sendo da distribuidora local, independente de qual fornecedor você escolheu para comprar a energia. Com isso, sua empresa continua recebendo energia da mesma forma que recebia anteriormente à migração.

O que ocorre é que contratualmente (e contabilmente) sua empresa comprará energia de um fornecedor e, no balanço final, cada um paga e/ou recebe referente ao que consumiu e/ou gerou.

2 – Como fica a exposição à variação de preço de energia?

No mercado livre o valor de referência da energia é o PLD (Preço de Liquidação de Diferenças). Quando há oscilação no volume de chuvas, há impacto em toda cadeia produtiva de energia.

Assim, empresas que realizam contratação de energia por curtos prazos, correm maior risco de serem afetadas pelas variações de preços do mercado.

O cuidado deve ocorrer no momento da aquisição, onde é possível encontrar preços diferentes dos contratados anteriormente, que podem ser maiores ou menores.

Portanto, para evitar esse risco, é recomendável que a migração para o Ambiente de Contratação Livre (ACL) envolva uma estratégia de longo prazo e contrate uma empresa especializada para te assessorar durante todo o processo.

3 – Como posso ter certeza que realizei o melhor contrato?

Um dos passos realizados durante a migração para o mercado livre de energia é o estudo de viabilidade econômica. Essa análise é feita por uma empresa especialista, como a CPFL Soluções, que se responsabiliza por fazer a gestão de energia de seus clientes, gerenciar seus contratos de energia e garantir maior segurança e tranquilidade.

Como vimos, a falta de acompanhamento adequado no momento da migração, na compra de energia e na gestão do contrato pode trazer muitas complicações para as empresas.

Portanto, escolha um fornecedor que possui solidez no mercado. A CPFL está há mais 100 anos no setor elétrico e integra todas as soluções de energia que o seu negócio precisa. Já atendemos mais de 1.500 clientes livres, e estamos presentes em 26 escritórios e bases operacionais no Brasil.

Aqui na CPFL estudamos detalhadamente o seu negócio e a forma na qual ele consome energia para sugerir a melhor opção de economia e desempenho.

Sua empresa conta com um gestor exclusivo, que cuidará de perto dos seus contratos de energia, assim temos gestão adequada, confiabilidade, transparência, sempre priorizando a sua economia. 

Para migrar para o mercado livre e obter todos os benefícios deste mercado, CLIQUE AQUI e responda algumas perguntas rápidas.

Quais empresas podem migrar para o mercado livre de energia? Conheça um case real

Muitas empresas já estão descobrindo que migrar para o mercado livre de energia com a CPFL é a melhor solução para garantir a redução de custos na sua cadeia produtiva.

Somos especialistas na energia que transforma negócios, e em nosso portfólio já temos clientes de vários segmentos, como: hotéis, hospitais, shopping centers, telecom, varejistas, indústrias químicas, automotivas, farmacêuticas, metalúrgicas, alimentos e bebidas, entre outros setores.

Nós levamos nossas soluções para todas as áreas e regiões do Brasil, afinal, onde tem energia, tem um jeito melhor de usar, gerar e comercializar.

Melhor do que falar sobre o que podemos fazer pela sua energia é mostrar! Conheça agora um case de um dos nossos clientes e como podemos ajudar a transformar o seu negócio.

Um Caso Real

A empresa em questão:

O início da migração para o mercado livre de energia aconteceu em setembro de 2016 e a empresa tem 4 unidades migradas e geridas pela CPFL Soluções.

A empresa apresentou uma economia de 42% (referência out/2021), em média nas suas 4 unidades que migraram para o mercado livre de energia, confira no quadro a seguir os dados das unidades consumidoras.

UNIDADE MODALIDADE TARIFÁRIA CLASSE DEMANDA FP/ÚNICA ECONOMIA (%)
1 VERDE A4 800 41
2 VERDE A4 1.700 45
3 VERDE A4 575 41
4 VERDE A4 1.545 42

Essa economia financeira também pode ser a realidade da sua empresa!

Além da economia, o mercado livre de energia oferece outras vantagens como:

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Cuidaremos da sua migração, dos seus contratos de energia e faremos toda a gestão do seu consumo, garantindo o cumprimento do que foi contratado.

Contamos com uma equipe de especialistas pronta para ajudar você a migrar para este modelo com segurança, eficiência e transparência.

3 razões para possuir um plano de manutenção estruturado para seu negócio

Mais do que uma estratégia, um plano de manutenção preventiva deve constar como uma das ações mais importantes dentro de uma indústria. Com esse tipo de planejamento, a organização consegue aprimorar o funcionamento de todos os seus equipamentos elétricos, garantindo a continuidade das suas atividades e trazendo ainda mais segurança energética em suas operações e para todos os colaboradores.

Muitos gestores questionam a necessidade da elaboração de um plano de manutenção preventiva por conta da sua complexidade, mas contar com ele traz inúmeros benefícios para os negócios. Veja a seguir três razões para criar esse plano e as vantagens que ele pode trazer!

O que é um plano de Manutenção Preventiva? 

Um plano de Manutenção Preventiva é muito mais do que um cronograma de monitoramento técnico. Ele consiste em um conjunto de registros que demonstram e estabelecem todas as etapas necessárias para a execução da manutenção elétrica e eletromecânica industrial. Nele é possível detalhar a identificação e localização de cada um dos equipamentos, quais as peças e materiais necessários, e qual será a frequência necessária da manutenção.

Essas informações são dispostas de forma que se estabeleça um roteiro para padronizar e guiar as tarefas e atividades a serem realizadas pelos responsáveis. Além disso, ele deve conter informações claras e específicas, que possam ser compreendidas por todos os colaboradores, e orientar para um processo de tomada de decisão rápido e assertivo, quando algo é detectado preventivamente.

É importante diferenciar a manutenção preventiva dos outros modelos aplicados na indústria:

Manutenção preventiva: através do monitoramento, a manutenção preventiva avalia o estado e as condições de funcionamento do sistema, criando uma rotina de ações de manutenção periódica. Caso haja sinal de problemas ou desgaste, é realizado o reparo, prevenindo falhas ou danos maiores

Manutenção preditiva: funciona como um monitoramento constante de todo o sistema elétrico, através de análises e estudos técnicos de forma antecipada, para prevenir danos futuros e prever a vida útil dos equipamentos. Caso necessário, o responsável realiza intervenções preventivas ou pontuais.

Manutenção corretiva: aplicada para a resolução de problemas técnicos que estão causando impacto no sistema elétrico ou no maquinário da organização. Através dela é feito o reparo ou a substituição de componentes, à medida que se faz necessário.

Manutenção emergencial: esse tipo de manutenção é realizada quando já ocorreu um dano ou falha, e está comprometendo a continuidade das atividades. Nesse caso, ela deve ser feita com agilidade para mitigar os prejuízos causados pela interrupção repentina.

Porque possuir um plano de manutenção? 

1. Aumento da produtividade 

Através de um plano de manutenção, os colaboradores conseguem agir de forma rápida e assertiva diante de qualquer problema, otimizando o seu tempo de trabalho. Além disso, a necessidade de paradas constantes para reparos e ajustes também será reduzida, aumentando a produtividade geral da organização.

Também possibilita um maior controle de tempo e produtividade, possibilitando que o gestor controle o tempo de parada, inspeção e reparo. Com as informações obtidas, também é possível otimizar as próximas paradas de manutenção.

O tempo de parada interfere diretamente na produtividade: quanto mais tempo durar uma parada inesperada para a manutenção, menor será a produção, e por consequência, o aumento de prejuízos financeiro. Através do plano de manutenção é possível entregar as etapas necessárias para o reparo, de forma a reduzir consideravelmente o tempo de indisponibilidade.

2. Evita perda de competitividade e aumenta a previsibilidade produtiva

Em um mundo ideal, o sistema elétrico está sempre funcionando em sua totalidade e nunca apresenta falhas, garantindo a maior produtividade possível para seu negócio. Embora saibamos que a realidade pode ser diferente, com a ajuda do plano de manutenção preventiva é possível reduzir o número de paradas para reparo, garantindo o pleno funcionamento dos equipamentos, mesmo com o desgaste previsto.

Isso significa que, além de tornar possível a previsibilidade competitiva, também é possível manter o posicionamento e o diferencial da organização no mercado. Além disso, ajuda a reduzir o desperdício de energia, aumentando a eficiência de suas instalações elétricas e diminuindo os gastos com reparos e substituição de componentes.

3. Garante maior segurança de operação e confiabilidade do sistema elétrico

Independente da área de atuação, a segurança deve ser sempre uma prioridade dentro de uma empresa, e todos os aspectos relevantes devem ser observados. A falta de manutenção de equipamentos está entre os principais causadores de acidentes de trabalho ao redor do mundo, afinal, maquinários que operam com falhas ou problemas técnicos são um grande risco para todos os colaboradores.

Contar com um plano de manutenção elétrica e eletromecânica pode evitar a maior parte das falhas e problemas técnicos ocasionados na indústria. Se o objetivo é alcançar um patamar diferenciado em eficiência e produtividade, esse plano deve ser uma prioridade, sendo indispensável para o sucesso do negócio.

Para garantir a segurança e a confiabilidade do sistema elétrico, mantendo a sua produtividade, as empresas devem compreender que um plano de manutenção periódico não é mais uma despesa, e sim, um investimento necessário.  

Para otimizar ainda mais a sua competitividade, conte com a CPFL Soluções. Através da nossa consultoria, você pode trilhar o caminho mais seguro e eficiente para o seu negócio! Entre em contato conosco!

Rede de distribuição: Aérea Vs. Subterrânea

Tipos de rede de distribuição:

Rede de distribuição aérea

Mais comum no Brasil, a rede de distribuição aérea convencional é composta por diversos elementos, como:

Desenvolvido há mais de 50 anos, esse sistema de distribuição conta com uma fiação que pode ser classificada como primária ou secundária, de acordo com a sua tensão. Tecnologicamente falando, a rede de distribuição área se encontra saturada e apresenta um baixo nível de confiabilidade, principalmente por conta da sua alta exposição.

Como seus condutores não são isolados, não é um sistema adequado para áreas com arborização, pois o contato pode fazer com que todo o sistema se desligue. Nas áreas com construções e edifícios, é necessário que haja um afastamento mínimo para a prevenção de contato acidental com pessoas.

Esse é o sistema de distribuição mais barato do mercado, mas em contrapartida, apresenta um grande custo de manutenção. Por ser uma rede totalmente exposta às intempéries ambientais, ela apresenta uma alta incidência de danos e falhas, além de demandar a poda constante das árvores próximas. 

Além desse tipo de dano, também deve ser considerada a ocorrência de acidentes de trânsito (impacto de veículos contra os postes de sustentação da rede), tempestades com raios, animais, queda de árvores, ventos fortes, etc.

Foto de Rede de Distribuição Aérea – Imagem de banco gratuito online.

Rede de distribuição aérea compacta

Esse tipo de rede foi criado na década de 90 e apresenta um maior nível de segurança em comparação à rede convencional, principalmente por conta de dois fatores essenciais: por ser compacta, ela ocupa menos espaço (reduzindo a área de exposição) e por apresentar cabos com proteção.

Surgindo como uma alternativa mais funcional, a rede aérea compacta foi criada para aumentar a confiabilidade do sistema e melhorar a qualidade da energia elétrica distribuída. Ela é formada por um conjunto de cabos cobertos ou protegidos, fixados a braços metálicos e separadores. Ainda que protegidos, esses cabos não são necessariamente isolados, mas apresentam uma maior segurança quanto à arborização do ambiente. 

Foto de Rede de Distribuição Aérea Compacta – Imagem de banco gratuito online

Rede de distribuição subterrânea 

Esse tipo de rede, embora apresente um investimento maior, é um sistema muito mais seguro e confiável. Como toda a fiação é encoberta, apresenta uma menor exposição aos problemas ambientais e acidentes que interrompem a distribuição e causam danos na rede. Por esse motivo, apesar de ser mais caro, as redes subterrâneas demandam manutenção preventiva e corretiva muito menor comparada as redes aéreas, apresentando uma grande melhoria no custo-benefício da instalação.

Outra vantagem está na estética apresentada: sem a grande quantidade de fios expostos, o local fica com uma aparência mais limpa e organizada, valorizando os empreendimentos comerciais, a urbanização das cidades e indústrias. Também promove uma entrega de energia mais eficiente e confiável, de acordo com a demanda e as necessidades dos consumidores finais.

É uma alternativa precisa, que realiza o transporte e a distribuição de energia sem desperdício e falhas, sendo a melhor opção para grandes cidades, condomínios, grandes comércios e indústrias. Apesar da rede de distribuição subterrânea demandar um maior investimento, apresenta inúmeras vantagens, como maior previsibilidade produtiva, melhor desempenho e estabilidade na distribuição energética.

Foto de fiação subterrânea – Imagem de banco gratuito online

Para otimizar ainda mais as atividades da sua empresa, conte com a CPFL Soluções. Através da nossa consultoria, você pode trilhar o caminho mais seguro e eficiente para o seu negócio! Entre em contato conosco!

Como Migrar para o Mercado Livre de Energia em 7 Passos

Mercado Livre de Energia é uma ótima oportunidade de economia para empresas de qualquer segmento. Além disso, ao migrar, sua empresa conta com outros benefícios, como a previsibilidade no orçamento e possibilidade de escolher qual tipo de energia comprará, podendo optar por fontes renováveis, por exemplo.

O mercado livre está em expansão, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) registrou em outubro de 2021 a marca de 12 mil consumidores. Clique aqui para ler a matéria.

Quer entender como se juntar a essas empresas e desfrutar dos benefícios que o Mercado Livre de Energia oferece? Continue lendo este artigo.

O processo de migração para o mercado livre possui algumas etapas obrigatórias que precisam de atenção. É por isso, que as empresas devem contratar empresas especializadas, que serão responsáveis por todos os detalhes para garantir os benefícios da migração para o Mercado Livre. 

Aqui na CPFL Soluções estudamos detalhadamente a forma que o seu negócio consome energia para sugerir a melhor opção com economia e melhoria de desempenho.

Cuidamos da sua migração e da sua permanência no mercado livre de energia. Sua empresa conta com um gestor exclusivo, que cuidará de perto dos seus contratos de energia. Além disso, ele realiza a gestão mensalmente, garantindo assim confiabilidade, transparência e priorizando sempre a sua economia.  

Para que você entenda, de forma resumida, como funciona o processo, confira 7 passos para migrar para o mercado livre de energia.

1. Verificar se cumpre o critério mínimo para migrar:

Para a migração ao Mercado Livre de Energia, de acordo com a regras atuais, é necessária uma demanda contratada a partir de 500 kW em uma única unidade ou realizar comunhão de cargas (confira aqui o que é comunhão de cargas).

2. Fazer a Análise de viabilidade:

Nesta etapa avalia-se o preço da energia, histórico de consumo e demais características da fatura para verificar a viabilidade econômica ao migrar para o mercado livre de energia.

3. Rescindir o contrato com a distribuidora:

Para migrar para o mercado livre, é necessário rescindir o contrato de energia com a distribuidora, através de uma carta de denúncia.

Esse processo deve ser realizado no mínimo 6 meses antes da data desejada de migração para o Mercado Livre, sendo passível de antecipação mediante multa contratual.

4. Comprar energia:

Chegou o momento de efetivar os contratos de compra de energia no mercado livre. Isso ocorre durante ou após a migração, a depender da estratégia.

A contratação de energia é uma das etapas mais importantes no processo de migração. Veja como ocorre as etapas desse processo para as empresas que contam com a gestão da CPFL Soluções:

5. Aderir à CCEE:

Após definido o mês de migração, é iniciado o processo de adesão à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Nessa etapa temos os seguintes passos:

  1. Pagamento de emolumento à CCEE;
  2. Abertura de conta Bradesco;
  3. Envio de documentação;
  4. Cadastro da modelagem na CCEE.

É recomendável que a empresa tenha uma representação profissional para auxiliar nessas questões burocráticas junto à CCEE.

6. Adequação do sistema de medição – SMF

Para migração ao mercado livre é necessário realizar adequações físicas no local de consumo de energia para envio automático dos dados à CCEE. Esta etapa engloba projeto e aprovação do sistema de medição, faturamento, montagem, comissionamento e conectividade.  

7. Aprovação e cadastro do ponto

Nesta última etapa a CCEE já enxerga o ponto de medição, ou seja, a unidade já está apta a operar no mercado livre de energia.


A CPFL Soluções é uma empresa que integra todas as soluções de energia que o seu negócio precisa.

Com mais de 100 anos de protagonismo no setor elétrico, atendemos mais de 1.500 clientes livres e hoje estamos em mais de 26 escritórios e bases operacionais.

Conhecemos de perto as mais variadas formas de gerar e de comercializar energia elétrica. Esta expertise chega até você por meio de uma consultoria para te dar tranquilidade na mudança.

A CPFL Soluções realiza o planejamento de migração com análises técnicas e regulatórias, com acompanhamento em todo o processo desde a contratação de energia até as questões mais burocráticas.

Oferecemos transparência em todo o processo para que sua empresa tenha a melhor solução em energia.

Para migrar para o mercado livre e obter todos os benefícios deste mercado, CLIQUE AQUI e responda a algumas perguntas rápidas.

Contamos com uma equipe de especialistas pronta para ajudar você a migrar para este modelo com segurança, eficiência e transparência.

Comercializadora de Energia: Como ela pode ajudar a sua empresa?

Toda empresa, independente do porte, tem algo em comum: a vontade e a necessidade de reduzir custos para tornar sua cadeia de produtos e serviços ainda mais rentável.

Partindo desta premissa, você sabia que é possível conseguir uma economia de até 30% na conta de energia da sua empresa através do Mercado Livre de Energia?

Para entender melhor o que é o Mercado Livre e como as empresas estão economizando através de energia elétrica, acesse aqui.

No Mercado Livre de Energia, há uma figura muito importante, a Comercializadora de Energia. Se você quer entender como a comercializadora pode te ajudar, leia esse artigo até o final, vamos contar tudo o que você precisa saber sobre o assunto.

Quais as funções da comercializadora no mercado livre de energia?

As comercializadoras são os intermediadores da negociação entre os produtores de energia e o consumidor que quer comprar energia, ou seja, você e sua empresa. Ela atua como facilitadora dessa negociação por meio de contratos bilaterais no ambiente de contratação livre (ACL).

Assim, uma comercializadora, que também realiza a gestão da sua energia, toma conta para que a engrenagem funcione perfeitamente. Ela facilita o processo de contratação da energia da sua empresa, com atribuições, tais como:

Portanto, a comercializadora negocia com as produtoras de energia e distribui o recurso em forma de contratos justos, atingindo os interesses de todos os agentes envolvidos e suas demandas.

Assim, tem-se um mercado de concorrência diferente do mercado cativo, o qual não existe autonomia e a empresa fica passível a uma única prestadora, a distribuidora de energia.

O que levar em consideração na hora de buscar uma comercializadora?

Sabendo da importância da comercializadora no mercado livre, é necessário escolher com cautela, do mesmo modo que se escolhe um fornecedor de um insumo importante para a sua empresa.

Com isso, quando for migrar fique atento aos seguintes aspectos:

Com essas atribuições, a comercializadora consegue oferecer os contratos adequados à realidade dos seus clientes e podem disponibilizar diferentes fontes de energia, como fontes eólicas, solares e hídricas.

De acordo, com a CCEE, existem 451 Comercializadoras no mercado, responsáveis por 38% de toda a energia transacionada no país. No entanto, apenas 106 delas são associadas, segundo a Abraceel.

A Abraceel é uma associação que defende a livre competição de mercado e atua no desenvolvimento do setor, auxiliando comercializadoras e consumidores.

A CPFL Soluções é associada da Abraceel, e seu o diretor-presidente de comercialização, Ricardo Motoyama, é conselheiro na associação, e segue pelos próximos dois anos. Estamos comprometidos com o desenvolvimento do setor e buscamos sempre as melhores opções para os nossos clientes.

Porque contratar uma comercializadora de Energia que também faz a gestão?

Com essa atribuição, a comercializadora pode ajudar a sua empresa a garantir a melhor negociação na compra e na gestão da sua energia.

Além disso, você conta com um acompanhamento personalizado tanto no processo de migração quanto no dia a dia de consumidor no mercado livre.

Esse se torna um grande benefício, pois quando você se torna um consumidor livre, a gestão do seu consumo de energia e dos seus contratos se torna mais dinâmica. A figura abaixo ilustra a relação natural de sobras e déficits que podem ocorrer mensalmente.

Fonte: Energês

A partir dessa imagem, podemos ver que se sua empresa consumir mais energia que contratou, ela pode ser penalizada. E nos momentos em que consumir abaixo do contratado, é possível liquidar o excedente no mercado de curto prazo ao valor do PLD (Preço de Liquidação de Diferenças). Porém, tudo deve ser realizado com atenção para que não ocorram prejuízos financeiros.

Assim, o papel do comercializador e gestor é comprar para si estes riscos de consumidores e gerenciá-los a partir do seu conhecimento de mercado.

Na CPFL Soluções cada empresa possui um gestor exclusivo, contribuindo assim, para a confiabilidade e transparência em todo o processo.

A CPFL é uma empresa que integra todas as soluções de energia que o seu negócio precisa.

Com mais de 100 anos de protagonismo no setor elétrico, a CPFL atua em toda a sua cadeia, com negócios de geração, transmissão, distribuição, serviços e soluções para seus clientes.  Presente em 11 estados, em todas as regiões do país, contribuímos para o desenvolvimento econômico, entregando energia limpa, confiabilidade e segurança para milhões de pessoas.

Fonte: Relatório Anual 2020 CPFL Energia

A CPFL Soluções realiza operações de compra e venda de energia e ao longo do tempo contamos com mais de 1.500 clientes livres atendidos. Somos líderes na comercialização de energia incentivada.

Estudamos a fundo o seu negócio e a forma que consome energia, encontrando a opção certa para gerar economia e melhoria de desempenho. Afinal, onde tem energia, tem um jeito melhor de usar, gerar e comercializar.

Com toda essa experiência, conseguimos te auxiliar a encontrar a melhor alternativa de compra de energia. Para saber se sua empresa está apta a migrar para o mercado livre e obter todos os benefícios deste mercado, CLIQUE AQUI e responda algumas perguntas rápidas.

Contamos com uma equipe de especialistas pronta para te ajudar com segurança, eficiência e transparência.

Entenda como funciona a operação de SWAP de Energia

Os consumidores do Mercado Livre têm a oportunidade de negociar melhores condições de compra e venda de energia, de acordo com sua necessidade, podendo realizar SWAP de energia, ou seja, uma operação de troca de energia entre agentes do mercado, com o objetivo principal de obter uma redução nos custos.

Existem diferentes tipos de SWAP disponíveis no mercado de energia. Podemos citar: SWAP de fonte de energia, SWAP de período de contrato, SWAP de volume negociado ou de submercado de entrega.

SWAP de Fonte de Energia

Para a viabilização do SWAP da fonte de energia, é importante considerar as duas classes de perfil de consumidores definidas pelo mercado. O consumidor especial, quepode consumir energia somente de fontes incentivadas e se limita a realizar qualquer troca apenas entre as fontes incentivadas, e o consumidor livre, que possui demanda contratada acima de 1.500 KW eestá apto a consumir e realizar trocas de qualquer fonte, seja ela especial ou convencional.

A alteração contratual da fonte é feita diretamente junto ao fornecedor de energia. Nas situações em que o atual fornecedor não dispõe de outra fonte energética, é possível envolver um terceiro na operação de troca.

SWAP de volume negociado e SWAP de período de contrato

Como o próprio nome destas operações indiciam, a viabilidade de troca de energia é negociada com base em um determinado volume de energia contratado, ou período em que a empresa precisará fazer uma redução no consumo energético.

SWAP de Submercado

Neste tipo de operação, a troca de energia acontece entre as principais usinas de geração energética de diferentes regiões e diferentes consumidores, interligados pelo SIN.

A oportunidade de redução de custos, neste tipo de operação, ocorre devido a cada submercado ter cotações de preços de energia variáveis.

Na prática

Você pode perceber o desconto obtido na aplicação da distribuidora em até 3 ciclos de faturamento, após o mês de referência do desconto na TUSD, a ser concedido ao cliente.

Para entender em qual desses cenários a sua empresa se encontra, entre em contato conosco.

Sem ser votada, MP da Crise Energética perde a validade

A Medida Provisória 1055/21 expirou em 7 de novembro, prazo limite para que a mesma pudesse ter sido apreciada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

Conhecida como MP da Crise Energética, havia estabelecido a Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG), um grupo interdisciplinar criado no intuito de definir medidas emergenciais para garantir o abastecimento de energia elétrica em meio à crise hídrica, tais como estabelecer, em caráter temporário, limites de uso, vazão e armazenamento das usinas hidrelétricas.

Em 05 de novembro, já na iminência de expirar o prazo de vigência da Medida Provisória, o Ministério de Minas e Energia (MME) ressaltou, por meio de nota, que “os temas então debatidos na CREG continuarão a ser avaliados permanentemente no âmbito do Governo Federal por meio das governanças já estabelecidas, com a continuidade da participação, articulação e decisão multissetorial, com os endereçamentos adequados às competências de cada órgão ou instituição”.

Em janeiro, flexibilização do Mercado Livre avança mais uma etapa

A partir de 1º de janeiro de 2022, consumidores do Mercado Livre com carga igual ou superior a 1.000kW poderão comprar energia elétrica de qualquer fonte no Ambiente de Contratação Livre (ACL), passando a ter um portfólio maior à disposição. Neste momento, a opção ampla de escolha só é permitida aos consumidores com carga igual ou superior a 1.500kW.

A mudança está prevista na Portaria MME nº 465/2019, que estabeleceu cronograma de escalonamento anual para redução dos requisitos mínimos de carga para aquisição de energia não incentivada até o limite de 500kW em 2023. Ao início de cada ano, a “régua” desce, liberando a compra de energia de todas as fontes à mais consumidores já presentes no Ambiente de Contratação Livre.

Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a flexibilização visa tornar o mercado de energia brasileiro mais competitivo e alinhado com os padrões internacionais, nos quais o consumidor tem maior liberdade de escolha.

A mesma Portaria prevê que até 31 de janeiro de 2022, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) devem apresentar um estudo sobre as medidas regulatórias consideradas necessárias para permitir a abertura do Mercado Livre para consumidores com carga inferior a 500 kW, com proposta de cronograma tendo início em janeiro de 2024. Em detrimento dessa redação, a CCEE divulgou, no dia 23 de novembro, a Nota Técnica “Proposta conceitual para Abertura de Mercado” que contêm a primeira parte do estudo sobre abertura de mercado.

Em resumo a nota técnica apresentou as seguintes propostas:

Para conferir a nota oficial completa, clique aqui.

Fique atento e acompanhe nossas publicações para saber mais sobre o estudo e as novidades em relação a abertura do Mercado Livre de Energia.

Programa de eficiência energética da CPFL é destaque na COP26

A cidade de Glasgow, na Escócia, foi palco da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26), da qual participaram lideranças governamentais dos quase 200 países membros da ONU, além de milhares de empresas e representantes da sociedade civil.

Como principal resolução, um acordo foi firmado na tentativa de garantir o cumprimento da meta de limitar o aquecimento global a 1,5oC, por meio de iniciativas como a de reduzir em 45% das emissões de dióxido de carbono em todo o mundo até 2030 e de neutralizar a liberação de CO2 na atmosfera até 2050. O compromisso também prevê acelerar a diminuição do uso de carvão e dos subsídios aos combustíveis fósseis – apesar de que o texto inicial, modificado na última hora, falava na eliminação gradual dessas fontes de energia que agravam o efeito estufa.

A CPFL, que já trabalha com estratégias totalmente alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável traçados pela ONU, marcou presença na COP26, ocasião em que Rodolfo Sirol, diretor de Sustentabilidade e Meio Ambiente da CPFL Energia, apresentou o projeto GD nos Hospitais, o qual até o fim de 2020 já havia apoiado 84 instituições públicas nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, tendo atingido 5.550kWp de capacidade instalada de sistemas fotovoltaicos, o que resultou em:

Outros 115 projetos estão em andamento e 109 em processo de formatação para tornar o consumo de energia nos hospitais brasileiros cada vez mais sustentável e eficiente.

Venha saber como funciona o setor elétrico no Brasil

O setor elétrico pode ser referido como algo complexo, mas por estar presente diretamente no nosso cotidiano, precisamos entender como funciona ao menos de forma geral. Essa informação será útil ao realizar o planejamento energético da sua empresa, assim como para entender quais serviços serão imprescindíveis para alcançar a eficiência energética necessária para o seu sucesso,

Basicamente, a energia passa por três etapas: a geração, transmissão e distribuição. A matriz de geração energética brasileira é, em sua maioria, de fonte hidrelétrica, mas também pode ocorrer por meio de outras fontes, a exemplo da solar, eólica e térmica.

Das usinas até as distribuidoras, a energia é levada pelas malhas de transmissão que se espalham por todo o país e formam o Sistema Interligado Nacional (SIN). É esse conjunto de equipamentos e instalações o responsável por suprir todas as regiões com energia elétrica, garantindo também a estabilidade da rede.

A última etapa é a distribuição. Até chegar nas empresas de distribuição, a energia percorre todo o caminho em alta tensão. Tudo para evitar perdas e permitir a chegada aos centros urbanos. Cabe às distribuidoras, em suas subestações, rebaixar a tensão da energia elétrica conforme o nível indicado para cada cliente: nas residências e pequenos estabelecimentos comerciais a tensão é baixa, enquanto as empresas/indústrias de porte médio e grande recebem a energia em média tensão. A transmissão aos clientes finais é feita por fios condutores, transformadores, postes de energia e redes subterrâneas. 

Toda essa jornada, resumida nos parágrafos anteriores, envolve uma estrutura complexa e passa pelo trabalho de milhares de profissionais com diversas especializações. Para entender mais sobre o fascinante cenário do setor elétrico brasileiro, convidamos você a ouvir o primeiro episódio do nosso Podcast “C LIGA” – O SEU PODCAST SOBRE ENERGIA NA POTÊNCIA MÁXIMA”.

Sempre com convidados especiais, essa iniciativa da CPFL Soluções, promete tratar dos principais assuntos relacionados ao setor de energia, tirar dúvidas, abordar questões técnicas e curiosidades, quinzenalmente com convidados especializados no setor, a fim de aproximar a teoria com a prática da sua empresa.

Neste episódio recebemos a participação de Newton Duarte, Engenheiro eletricista, ganhador do prêmio 100 Mais Influentes da Energia da Década, promovido pelo Grupo Mídia – junho/2021), com mais de 40 anos de experiência no setor elétrico, passando por diversos setores nas empresas Siemens e General Electric.

Para completar este time de especialistas, contamos com a participação de Jairo Eduardo de Barros Alvares, Gerente de Regulação da CPFL Soluções. Você não vai querer ficar de fora desta conversa repleta de informações importantes. C Liga nessa novidade!

Cuidados com a segurança são contínuos na CPFL

Conhece alguém que trabalha com pintura? Então compartilhe essa informação: ao utilizar materiais metálicos, como cabo extensor de pintura, é preciso se manter longe de rede elétrica. Assim como nas podas de árvores ou galhos, que nunca podem ser feitas nas proximidades dos fios de eletricidade. No campo, tratores jamais devem transitar com haste levantada perto da rede elétrica. E nas obras, andaimes e caminhões com caçamba também devem passar longe da rede elétrica. 

Para a CPFL, segurança é um valor inegociável, por isso a empresa investe para que informações como essas sejam repassadas ao maior número de pessoas. Uma campanha contínua de prevenção de acidentes, batizada de Guardião da Vida, convida colaboradores, clientes, prestadores de serviço e toda a população a manter atenção total para evitar riscos relacionados à rede elétrica e outras situações em que um descuido pode representar perigo.

Ao longo dos últimos anos, a empresa tem abordado o tema segurança em palestras realizadas em escolas, associações de bairro, sindicatos de classe, lojas de materiais de construção e empresas de diversos setores.

Mas tudo começa internamente. Na CPFL, cada profissional é orientado a cuidar da segurança própria e de todos os colegas, evitando desde desatenções simples – como subir escada olhando o celular –, até garantir que nenhum reparo nas redes será iniciado sem a utilização de todos os equipamentos de proteção.

Assim como em todos os nossos serviços oferecidos, prezamos pelo seu sucesso, hoje, nosso convite, caro cliente, é para sua empresa: que tal dividir esse valor tão importante para multiplicarmos bons resultados e taxas cada vez menores de acidentes? Você pode acompanhar as medidas que tomamos em relação à segurança através das nossas Newsletters e site. Fique à vontade para ter ideias de ações, assim como tirar dúvidas com a nossa equipe sobre como colocá-las em prática.

Geração Distribuída é cada vez mais procurada por empresas e consumidores residenciais

Gerar a própria energia a partir de fontes renováveis. Uma solução que há dez anos era inviável, hoje tem sido utilizada por muitas empresas brasileiras e até mesmo consumidores residenciais, por apresentar grandes benefícios.

Flávio de Souza, Diretor Comercial de Soluções Energéticas da CPFL Soluções, explica que mais de 90% da Geração Distribuída (GD) no país é feita por meio de sistema fotovoltaico para captação de energia solar. “É uma tecnologia madura, estável e que veio para ficar. Com a evolução da tecnologia, o custo dos módulos vem se tornando mais baixo”, detalha o especialista. Já há, inclusive, uma série de instituições financeiras com linhas de financiamento específicas para compra das placas fotovoltaicas.

“O Brasil tem um potencial gigante. Em território nacional, o pior local para captação solar ainda é superior ao melhor da Europa”, compara Flávio de Souza. Não por acaso, o mercado de energia solar cresce exponencialmente no país. Entre o início de janeiro deste ano até novembro, a potência instalada fotovoltaica no segmento de GD, já havia superado os números registrados em todo o ano de 2020, conforme reportagem publicada no Canal Solar.

Entre as razões estão as relevantes vantagens financeiras. Com o sistema em pleno funcionamento, a redução nos gastos com energia pode chegar, em alguns casos, a 95%, sobretudo nas redes de baixa tensão. Quem produz a própria energia também garante um bom controle sobre a eficiência energética e, dessa forma, é menos suscetível a aumentos nas tarifas, por exemplo em momentos de crise hídrica.

No entanto, os benefícios vão além do fator monetário. A Geração Distribuída leva a sustentabilidade para o dia a dia das empresas, uma vez que a energia é captada de uma fonte limpa e renovável. A valorização da questão ambiental, muito forte no conceito de ESG, se torna uma ação prática, o que beneficia toda a sociedade e fortalece a marca.

Em setores como a indústria e o varejo, as placas fotovoltaicas podem ser instaladas no próprio local – telhado de fábricas ou lojas – ou posicionadas de forma remota. Nas companhias de porte médio e grande, tem sido comum mesclar a compra de energia no Mercado Livre com a geração própria.

Um bom estudo de eficiência energética pode mostrar quais as melhores opções em cada caso. O primeiro passo é saber que há tecnologias e soluções no mercado com capacidade de suprir a demanda energética da sua empresa a custos viáveis e, melhor ainda, garantir a preservação o meio ambiente.

Que fazer uma análise de viabilidade de soluções energéticas para sua empresa? Entre em contato conosco!

Investir em ESG torna sua empresa mais inovadora

Adotar estratégias de ESG se tornou uma prioridade para muitas empresas nos últimos anos. Esse olhar mais atento às causas ambientais e sociais simboliza um comportamento ético e empático em relação a todos que, de algum modo, são impactados pelas atividades da empresa.

Os benefícios, porém, vão além, impactando até mesmo os resultados financeiros. Quer um exemplo? Imagine uma fábrica com utilização ineficiente de recursos como a energia elétrica. Além de impactar negativamente o meio ambiente, ela certamente terá uma operação com custos excessivos, prejudicando a competitividade da empresa no mercado e na organização interna da corporação. A solução energética, neste cenário, poderia ser optar pela Geração Distribuída, com instalação de placas fotovoltaicas no telhado da própria fábrica para captar energia solar, uma fonte limpa e renovável. Com isso, o que antes era um problema, se torna uma iniciativa inovadora, tanto em modernização de infraestrutura, quanto em resiliência no planejamento energético, uma vez que é capaz de garantir eficaz redução nos gastos.

Outra possibilidade para essa fábrica seria comprar Certificados de Energia Renovável (I-RECs) ao equilibrar as emissões de gases de efeito estufa, reduzindo o impacto ambiental. Com eles, a empresa certifica que está a utilizar energia renovável ou ao menos compensando as emissões de gases de efeito estufa. Isso garante à empresa bons resultados de produtividade, mas também competitividade, uma vez que o perfil atual dos consumidores, também é pautado nos valores do ESG: os clientes querem não somente consumir um bom produto, mas sim aquele que proporciona uma boa experiência, e prevê boas práticas em relação ao meio ambiente.

Situações assim mostram de forma prática como o ESG se aplica na prática. O conceito deve estar inserido nos valores e missão que as corporações se colocam a oferecer aos clientes, e somente assim a inovação se torna inevitável e também verdadeiramente enraizada no negócio.

5 passos para um planejamento energético mais eficiente

Para seguir crescendo, sua empresa precisa garantir a capacidade de energia certa com preço mais competitivo possível. Dentro do mercado cativo, não há opção de escolha da distribuidora e nem margem para negociação das tarifas. Por essas razões, muitas empresas optam pela migração no Mercado Livre, no qual você passa a controlar e prever seus investimentos em energia elétrica, e por consequência, economiza.

Porém, nessa decisão alguns aspectos precisam ser revisados com atenção, para que você não tenha surpresas desagradáveis durante o processo. Listamos abaixo cinco itens, então vamos lá!

  1. Escolha do fornecedor

No Ambiente de Contratação Livre há liberdade para escolher de quem comprar energia e negociar diretamente o preço, deixando de estar sujeito às variações da tarifa definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Também há margem para negociar outros fatores, como a quantidade a ser adquirida e a duração do contrato. E quando o prestador de serviço apresenta problemas, é possível trocar a empresa fornecedora de energia, por isso, escolha um fornecedor que compartilhe os valores que você quer para o seu negócio. Cases de sucesso podem ajudar na guia, mas também é importante observar o histórico completo de entregas.

O fim da surpresa na hora de pagar a conta é outro benefício usufruído pelas empresas que migram para o Mercado Livre, uma vez que os valores são acordados previamente. Por isso, tenha o um planejamento energético sólido e possível. Essa atividade não tão simples, faz total diferença na hora de colocar em prática a migração. Com isso, você pode contar com um gestor e especialistas em planejamento energético.

A redução média nos gastos com energia ao migrar para o Mercado Livre fica em torno de 20%, de acordo com dados publicados no boletim Abraceel de Energia Livre. Algumas empresas chegam a economizar até 30% em relação aos gastos do período em que estavam no mercado cativo, ao aproveitar oportunidades de negociações mais vantajosas. Além do quanto esses dados podem ser interessantes para a sua empresa, eles devem ser mensurados corretamente como uma meta dentro da organização do seu negócio. Por isso, tenha em mente o apoio de uma empresa robusta e especializada neste tipo de contratação energética, pois, somente assim, você terá a segurança de efetividade nos resultados almejados.

Por não estarem sujeitos a bandeiras tarifárias, consumidores do Mercado Livre não sofrem com a definição repentina de novos encargos, a exemplo do que tem ocorrido no mercado cativo nesse período de crise hídrica que o país atravessa. Esse fator garante mais uma economia importante para investimentos nos negócios.

Pelo Mercado Livre também é mais simples comprar energia de fontes limpas e renováveis, o que garante descontos expressivos na Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD).

Empresas que contam com expertise no ramo de energia renovável, assim como, priorizam serviços apoiados em Medidas e Leis do Mercado de Energia, podem te ajudar a entender melhor para onde os seus investimentos estão sendo direcionados, assim como a importância de percorrer este caminho.

A sustentabilidade ambiental, um dos pilares do conceito de ESG, está mais acessível às empresas que adquirem energia no Mercado Livre, pois elas podem optar por matrizes energéticas com baixo impacto à atmosfera, por isso, é importante ter em mente o apoio de uma empresa que compartilha da preocupação com a sustentabilidade, assim como, apresenta em suas soluções energéticas, opções coerentes com este aspecto.

Seja qual foi sua opção de contratação, busque sempre por apoio de empresas que podem garantir a entrega dos serviços de Energia Elétrica com eficiência, visando sempre o seu sucesso e competitividade no mercado de energia.

Conheça algumas das principais entidades do setor elétrico e entenda suas atribuições

O Mercado de Energia Elétrica, na maioria das vezes é fonte de pautas nos noticiários, árticos e reflexões financeiras. Ainda que um ramo bastante técnico e repleto de siglas, as decisões energéticas impactam diretamente o cotidiano e, consequentemente, decisões empresariais. Com isso, surge a necessidade de entendermos com clareza cada aspecto incluso nestes cenários.

Nesta leitura, explicamos detalhadamente o papel que alguns Órgãos Oficiais desempenham para a regulação e operação desse setor.

Conheça agora algumas das principais entidades e entenda as responsabilidades de cada uma delas:

Ministério de Minas e Energia (MME)

Órgão do governo federal com a responsabilidade de conduzir as políticas energéticas do Brasil.

Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)

Órgão cuja missão é regular o setor elétrico brasileiro. É diretamente responsável pela implementação de políticas e diretrizes do governo federal relacionadas à geração, transmissão, distribuição e comercialização da energia elétrica, tais como definição de tarifas, autorização e fiscalização de empreendimentos e serviços de energia elétrica, além de atuar para evitar divergências administrativas entre os agentes do setor.

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE

Cabe à CCEE garantir as condições para que a energia elétrica seja negociada no país, reunindo as empresas e demais instituições que viabilizam a comercialização de energia em território nacional.

Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)

Entidade à qual está atribuída a responsabilidade de operar, controlar e supervisionar a geração de energia elétrica de todo o Sistema Interligado Nacional (SIN). É o ONS que organiza o envio da energia conforme a demanda das áreas de consumo.

Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)

Órgão interministerial que assessora a Presidência da República na formulação de políticas e diretrizes capazes de suprir todo o país com insumos energéticos. É presidido pelo Ministro de Minas e Energia (MME).

Empresa de Pesquisa Energética (EPE)

Vinculada ao Ministro de Minas e Energia, realiza estudos e pesquisas com o objetivo de subsidiar o planejamento do setor energético.

Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE)

Coordenado pelo Ministro de Minas e Energia, acompanha e avalia de modo permanente a continuidade e a segurança do suprimento eletro energético no Brasil. Além do MME, integram o Comitê as seguintes instituições: Aneel, ONS, EPE, CCEE e a ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.    

Para acompanhar as decisões publicadas por cada uma destas organizações, convidamos você a navegar pelo nosso Blog CPFL.

Encargo de Serviços de Sistema (ESS) e o efeito da crise hídrica

Entenda a relação do cenário hídrico do país com o valor deste encargo de energia.

Com o aumento surpreendente do nível de chuvas durante o mês de outubro, o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) obteve uma queda acentuada, o que desencadeia diversas mudanças práticas no Encargo de Serviços de Sistema (ESS).

Neste artigo, vamos detalhar como a redução do PLD impacta na cobrança do Encargo de Serviço de Sistema. Caso você queria recapitular como estava o cenário do ESS em períodos anteriores, clique aqui.

Apesar da redução do PLD, as condições de operação do sistema continuam em estado de atenção, pois por decisão do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), o despacho termelétrico permanece acontecendo como forma de garantir a segurança do abastecimento de energia elétrica do país.

E o que isso significa, na prática?

O custo do acionamento dos parques térmicos, operando fora da ordem de mérito, é arcado pelo Preço de Liquidação das Diferenças, mas quando este valor não é suficiente para cobrir tais custos, o subsídio dessa energia se dá via ESS.

A CCEE apresentou, em 03 de novembro, a projeção do Encardo de Serviço de Sistema para o mês de outubro, onde são estimados  R$ 4,2 bilhões, o que representa cerca de  R$ 94,3/ MWh adicionais na liquidação financeira de todos os consumidores.

Da estimativa apresentada pela CCEE, R$ 0,4 milhões se refere à Restrição de Operação, R$ 3,5 bilhões à  geração térmica,  R$ 1,2 bilhões à importação de energia e R$ 107,2 milhões à unit commitment, lembrando que todos esses itens fazem parte da composição do ESS, como você pode acompanhar aqui.

Mas atenção: para esta estimativa, não foram considerados custos  com o programa de Redução Voluntária de Demanda – RVD, deslocamento hídrico e nem oferta adicional de energia.

Fonte: CCEE

Fique atento!

Você deve perceber o aumento do ESS no momento em que sua empresa faz o aporte da garantia financeira. Caso este não seja efetuado em sua integridade, isso poderá incorrer em multa de 2% (dois por cento) sobre o valor não aportado e, em casos de reincidência, existe a possibilidade de abertura de procedimento de desligamento do agente, dentre outras sanções aplicáveis.

Em casos de descumprimento para agentes que tenham realizado uma venda de energia, via processo de cessão, o montante de energia vendido para a contraparte será reduzido na proporção da inadimplência pelo não aporte, com o objetivo de compensar perdas financeiras para o mercado.

Vale ressaltar que, com o aumento das chuvas, a expectativa é que o preço do PLD continue em queda, o que tem por consequência maior custo a ser arcado pelo ESS. Isto acontece, porque estamos vivendo um cenário operativo conservador, no qual os despachos termelétricos e importações de energia são mantidos, mesmo com as chuvas, pois o principal objetivo, neste momento, é a recuperação dos reservatórios.

A chegada do período úmido antes do esperado também teve por consequência a suspensão do recebimento de oferta adicional de energia e do programa de Redução Voluntária da Demanda – RVD, informada pelo ONS em 05 de novembro. A atual medida não exclui a possibilidade de reativação do programa em 2022, caso seja identificada nova necessidade de recursos adicionais para o suprimento de energia no país.

Durante este artigo, apresentamos diversos conceitos que podem gerar dúvidas, e por isso, listamos abaixo alguns textos que podem te ajudar na leitura:

Você também pode entrar em contato conosco, clicando aqui.

8 dúvidas sobre o mercado livre de energia

O Mercado Livre de Energia oferece muitas vantagens para os consumidores e a principal delas é a economia. Diante do cenário que encontramos com o valor da tarifa regulada cada vez mais cara, a migração para o mercado livre se torna uma solução lucrativa para as empresas.

No entanto, este ambiente possui algumas diferenças quando comparado à forma tradicional de adquirir energia elétrica (mercado regulado) e é comum que dúvidas surjam para quem está estudando essa possibilidade.

Por isso, selecionamos as 8 dúvidas mais frequentes que recebemos de nossos clientes e vamos respondê-las aqui.

1. O que é o mercado livre de energia?

O mercado livre de energia é o ambiente onde empresas podem negociar livremente as condições de compra de energia elétrica direto com os fornecedores de energia.

Assim, você pode escolher as melhores condições para a realidade da sua empresa (preço, tempo de contrato, volume de energia e até a fonte de energia).

2. Quem pode migrar para o mercado livre de energia?

De acordo com a regulação brasileira, para aderir ao mercado livre é preciso:

Para saber se sua empresa está apta a migrar para o mercado livre de energia e obter todos os benefícios que ele oferece, CLIQUE AQUI e responda algumas perguntas rápidas.

3. Demandas menores de 500 kW podem migrar?

Sim. É possível unir diferentes unidades para atingir a demanda mínima e realizar o processo de migração, realizando o que chamamos de Comunhão de Cargas. Isso pode ser feito de duas formas:

Quer saber mais? Acesse nosso artigo sobre como unir unidades para migrar ao mercado livre.

4. Como faço para migrar para o mercado livre de energia?

O processo de migração pode levar de 6 meses a 1 ano, englobando todas as etapas documentais e técnicas, fase de instalação e adequação dos sistemas de medição. Por isso, sempre indicamos tomar essa decisão o quanto antes.

Para que ocorra a migração, é preciso rescindir o contrato de compra de energia com a distribuidora local. O prazo do contrato deve ser respeitado ou será cobrado uma multa por antecipação da rescisão, em alguns casos o pagamento desta é viável quando comparamos a economia que o mercado livre irá trazer para o seu negócio.

Os passos seguintes envolvem algumas etapas, como ajustes de medição, cadastro da CCEE e abertura de conta específica no banco Bradesco.

Mas pode ficar tranquilo!

A CPFL Soluções te ajuda a migrar para o Mercado Livre de Energia com segurança. Ao escolher migrar com o auxílio da CPFL soluções, você conta com o suporte de uma consultoria especializada no processo de migração tornando tudo mais prático e seguro.

Faça um estudo de viabilidade com a CPFL Soluções e entenda as vantagens para a sua empresa, clicando aqui.

5. Como funciona o horário de ponta no mercado livre de energia?

No mercado livre de energia não há tarifas diferentes entre horários de ponta e fora ponta.

Isso ocorre porque você comprará o montante de energia antecipadamente com o fornecedor e pagará um preço único, pré-definido na negociação.

Aliás, o que existe é a valoração horária da energia pelo PLD, assim será avaliado o perfil de consumo da sua empresa e isso é levado em consideração no processo de negociação da energia e nas liquidações financeiras.

Por isso, sempre indicamos firmar contratos de longo prazo para garantir o bom preço por mais tempo.

6. Migrando para o mercado livre corro o risco de ficar sem energia?

O risco de queda de energia é o mesmo estando no mercado regulado ou no mercado livre.

Isso ocorre, porque ao migrar para o mercado livre de energia, a distribuidora continua entregando a energia da mesma forma. Inclusive, o transporte da energia continua sendo pago para a distribuidora.

Fisicamente você recebe a mesma energia. A diferença é contratual, onde no balanço geral a energia consumida e registrada no medidor será a contabilizada.

7. As bandeiras tarifárias influenciam no mercado livre de energia?

No mercado livre de energia você está livre das variações de preço impostas pelas bandeiras tarifárias.

O que existe, quando há necessidades não programadas no sistema, é a cobrança de ESS – Encargos de Serviço do Sistema. Estes valores são pagos por todos agentes (consumidores) com medição de consumo registrada na CCEE, na proporção de seu consumo.

8. Quais os benefícios do mercado livre de energia?

O principal benefício é a redução de custos, mas além disso, este ambiente permite que condições como o tipo de energia, quantidade e duração do contrato sejam negociados de acordo com as necessidades da sua empresa.

E o melhor de tudo é que você também possui poder de decisão, visto que pode escolher seu fornecedor e o tipo de energia que consumirá considerando a segurança contratual, pois todos os contratos são registrados na CCEE (Câmera de Comercialização de Energia Elétrica).

Assim, os principais benefícios das empresas que migram para o mercado livre de energia são:

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Com isso, nossos especialistas vão realizar um estudo de viabilidade gratuito para a sua empresa, e entrarão em contato para apresentar uma proposta personalizada de acordo com a sua necessidade. 

Entenda como unir unidades para migrar para o mercado livre de energia

O mercado livre de energia oferece muitos benefícios para as empresas, como previsibilidade de custos, poder de escolha e economia com energia elétrica. Apesar do interesse crescente, o acesso a essa alternativa ainda possui algumas restrições, como a necessidade de o consumidor estar conectado em média ou alta tensão e ter uma demanda mínima de 500 kW.

OBS.: Lembre-se que a demanda é medida em unidade de potência (kW), não se trata do consumo de energia em kWh/mês.

Mas você sabia que essa demanda mínima de consumo de energia para realizar a migração não precisa ser somente de uma única unidade consumidora?

Isso mesmo, você pode unir várias unidades para atingir a demanda mínima e realizar o processo de migração, realizando a chamada de Comunhão de Cargas.

O que é comunhão de cargas?

A comunhão de cargas é um procedimento que permite que diversas unidades consumidoras possam somar suas demandas, atingindo o limite mínimo para migrar ao mercado livre de energia e se tornar um consumidor especial, onde todas são atendidas em um único contrato.

Essa é uma alternativa viável para indústrias e empresas de pequeno e médio porte, que não possuem demanda individual suficiente para a migração ao ACL (Ambiente de Contratação Livre), porém há alguns requisitos que devem ser atendidos para que essa manobra possa ser realizada, conforme explicaremos a seguir.

Para entender melhor quais empresas podem se beneficiar desse artifício, é importante saber que existem dois tipos de comunhão de cargas: Comunhão de Direito e Comunhão de Fato.

Comunhão de Direito

A comunhão de direito consiste na união de unidades consumidoras de um mesmo grupo empresarial, ou seja, com a mesma raiz de CNPJ.

Para realizar a comunhão, todas as unidades devem estar situadas no mesmo submercado (Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste ou Norte), mas, não precisam estar localizadas próximas umas das outras.

Esta opção é muito utilizada por empresas com sede/matriz e filiais em locais distintos.

Por exemplo: considere uma indústria com sede na cidade de Florianópolis e possui mais duas filiais, uma na cidade Londrina (PR) e outra na cidade de Passo Fundo (RS), cada uma em um estado diferente. Todas estão localizadas no submercado e região Sul.

A indústria da cidade de Florianópolis tem demanda de 250 kW, a de Londrina possui demanda de 100 kW e a indústria da cidade de Passo Fundo tem demanda de 150 kW. Ou seja, um total de 500 kW.

Como essas unidades têm a mesma raiz de CNPJ, elas podem somar suas demandas para atingir a carga mínima e assim migrar para o mercado livre de energia.

Mas tem um ponto importante: para que ocorra a comunhão de cargas, a demanda contrata mínima de cada Unidade Consumidora deve ser de 30 kW.

Comunhão de Fato

A comunhão de fato acontece quando há unidades consumidoras localizadas em áreas contíguas, ou seja, unidades que são vizinhas. Essas unidades não precisam estar na mesma titularidade, como é o caso da Comunhão de Direito, mas não podem ser separadas por vias públicas.

Estas unidades consumidoras vizinhas podem agregar suas cargas para atingir o nível de demanda para 500 kW exigidos para se tornar um consumidor especial.

Por exemplo: Uma área industrial tem 3 indústrias que querem migrar para o Mercado Livre (figura a seguir).

Neste caso, as indústrias A e B podem realizar uma Comunhão de Fato por totalizarem demanda maior de 500 kW e não estarem separadas por vias públicas.

Já a indústria C, apesar de próxima, fica impossibilitada de fazer parte da comunhão de cargas com as demais, justamente por apresentar uma separação com uma via pública.

Sempre lembrando que a demanda contratada mínima de cada UC deve ser de 30 kW.

Outro ponto de atenção nesse processo, é que a comunhão de cargas é estabelecida em um único contrato, mesmo contendo empresas com CNPJs diferentes.

Por isso, é importante que essas indústrias procurem o auxílio de uma empresa especializada em energia com forte atuação no mercado livre para evitar contratempos.

Migre para o Mercado Livre de Energia por meio da comunhão de cargas com a CPFL Soluções

Entrar no Ambiente de Contratação Livre trará muitos benefícios para o seu negócio. A adesão permite transformações significativas e capazes de gerar economia, proporcionando uma maior competitividade para sua empresa.

O processo de migração requer atenção devido à sua complexidade, necessitando assim, ajuda de especialistas.

CPFL Soluções, conta com uma equipe com mais de 16 anos de experiência, que vai te auxiliar desde o primeiro passo, que envolve a apresentação dos estudos e análise de viabilidade, até o processo de migração para o mercado livre de energia junto à CCEE.

Para saber se sua empresa está apta a migrar para o mercado livre e obter todos os benefícios deste mercado, CLIQUE AQUI e responda algumas perguntas rápidas.

Escolha migrar para o Mercado livre de Energia, com o apoio de uma empresa especializada em energia que transforma negócios, atuando junto ao seu time, garantindo eficiência e segurança em todas as etapas do processo, ou seja, antes, durante e pós-migração.

Minha empresa não se encaixa à um único tipo de contratação energética! E agora?

Se a sua empresa se encaixa neste cenário, fique tranquilo, queremos te mostrar neste artigo o cenário de empresas que optam por múltiplos modelos de contratação para atender a demanda de energia consumida.

Como explicamos em outros momentos, o tipo de contratação que melhor atenderá uma organização vai depender de diversos fatores, os quais você pode se aprofundar clicando aqui. Agora, para entender como funciona e quais as vantagens na prática de uma contratação tanto em ML, quanto GD, contaremos abaixo o caso do nosso cliente CADEG (RJ).

Vinte e quatro horas por dia. Sete dias na semana. Assim funciona o Mercado Municipal do Rio de Janeiro, onde 6 mil pessoas trabalham em mais de 600 lojas e 104 salas comerciais. O crescimento do centro de abastecimento, no entanto, era limitado pela sua subestação principal. “O sistema não aguentava a sobrecarga e desarmava o CADEG inteiro”, lembra Marcelo Penna Soares, Diretor-Presidente do mercado público.

O problema foi resolvido em parceria com a CPFL Soluções, combinando uma gama de soluções integradas em energia, que vão desde a geração de energia solar, autoprodução e O&M até a gestão de energia, Mercado Livre e telemetria, trazendo assim mais economia, segurança e eficiência energética para os condôminos e para o negócio como um todo.

Para acabar com as falhas periódicas do fornecimento e também evitar o reajuste tarifário, A solução inicial foi o desenvolvimento de um projeto para geração de energia elétrica por meio de geradores a gás natural. Em acréscimo a isso, foi viabilizado sistema fotovoltaico que se tornou o maior projeto de energia solar para mercados públicos do mundo, com 5 mil placas no telhado e uma estrutura para fechamento das docas.

Hoje, as telhas do CADEG são as próprias placas, o que permite produzir energia e, ao mesmo tempo, criar uma proteção térmica para quem trabalha e circula pelo Mercado Municipal.

As soluções combinadas geraram redução média em torno de R$ 150 mil na fatura mensal de energia, conforme explica Flávio de Souza Diretor Comercial de Soluções Energéticas. “É uma parceria de longo prazo com problema zero de falta de energia”, resume Marcelo Penna Soares, Diretor-Presidente do CADEG.

O exemplo do Mercado Municipal carioca pode ser um reflexo da sua empresa, e por isso te convidamos neste momento a entrar em contato com nossa equipe de gestores que estão preparados para analisar cada detalhe das suas necessidades, e assim, encontrar a melhor solução para o seu sucesso.

ESG traz benefícios práticos, inclusive na planilha de resultados

A sociedade já exige das empresas muito mais do que bom atendimento e eficiência nos negócios. Para atrair mais clientes e ser bem-vista pelos investidores, toda companhia precisa também adotar práticas sustentáveis, manter políticas claras de governança e de responsabilidade social. Entre o público das novas gerações, esses aspectos são ainda mais valorizados, o que indica uma necessidade contínua de se adequar às melhores práticas.

ESG é o termo usado no mundo corporativo, mas que na verdade se resume a um processo que gera uma série de benefícios em diferentes pilares. Para retomar o conceito, você pode clicar aqui, ou continuar com a leitura abaixo, na qual descrevemos os principais itens de colaboração deste termo tão significativo.

O aspecto Econômico é um dos principais. Metas para reduzir a intensidade de emissão de carbono utilizando com mais frequência energia de fontes 100% renováveis se tornaram comuns em muitas empresas, sobretudo do setor industrial. A iniciativa é extremamente benéfica ao meio ambiente, mas também é saudável para os negócios.

Quando uma empresa aposta nessas soluções, passa a ter mais eficiência energética e, por consequência, consegue prever e otimizar os gastos. É algo viável – ainda mais no Brasil, que tem grande potencial de energia limpa – e pode ajudar a garantir custos competitivos. “O Mercado Livre é uma opção atrativa e nele há a alternativa de comprar energia de fontes renováveis”, exemplifica Flavio de Souza, Diretor Comercial da CPFL Soluções.  Dependendo da demanda da empresa, também pode ser o caso de escolher a Geração Distribuída, caracterizada pela produção nas proximidades do local de consumo, frequentemente proveniente de fonte solar.

Na questão Social, toda companhia que segue a cartilha do ESG, ao colocar o respeito ao meio ambiente e às pessoas como prioridade em suas atividades, mantém uma relação positiva com o público externo e interno, passando a ser mais admirada por promover desenvolvimento com qualidade de vida e segurança a todos os envolvidos direta ou indiretamente com a atividade empresarial.

Esse é um dos motivos pelos quais a Governança é um dos pilares fundamentais do ESG. Afinal, cada decisão estratégica tem reflexos na vida de milhares de pessoas, então por que não trabalhar para que esses efeitos sejam positivos?

Gerar empregos, por exemplo, é sempre uma excelente notícia, mas o impacto na comunidade será ainda maior se o processo de seleção levar em consideração diversidade de gênero, raça, orientação sexual, idade, nacionalidade, formas de pensar. Em algumas empresas o RH já flexibiliza certas exigências para não excluir grupos sociais que não tiveram as mesmas oportunidades de formação, por exemplo. E o resultado costuma ser uma companhia ágil, com equipes produtivas, antenadas com as novas tendências e que compartilham ideias e conhecimento. 

O conceito de ESG envolve não se voltar somente ao lucro, mas também à contribuição para mudanças sociais efetivas. Na prática, porém, fica claro que é possível obter ambos os resultados.

Mais segura, redes subterrâneas garantem fornecimento contínuo

A estética urbana melhora nas áreas em que não há fiação aparente. Mais modernas, as redes subterrâneas agregam benefícios que vão além do embelezamento. O mais destacado é a segurança.

Redes de fiação subterrâneas estão menos sujeitas a problemas com interferências do meio, como tempestades, acidentes de trânsito, ventanias, queda de galhos de árvores, objetos lançados nos fios, raios e vandalismo. Com isso, registram menor incidência de “piscas” e interrupção de energia.

A segurança também é maior para a integridade de quem vive, trabalha e/ou transita nos locais com redes subterrâneas. Não há riscos de choque elétrico por fiação exposta, por exemplo.

Na área industrial, isso significa grande confiabilidade operacional, para que os processos de fabricação ocorram sem interrupções. Além de planejamento de manutenções mais espaçadas, uma vez que a infraestrutura tem menos interferência de vegetações locais, por exemplo. Não por acaso, o cabeamento elétrico subterrâneo é uma boa opção para ser adotado em setores críticos, como as redes hospitalares.

A CPFL oferece a todo o país a implantação de redes subterrâneas, do projeto à energização final. Com a expertise de centenas de km de redes já construídos, a companhia trabalha com foco em garantir maior segurança e durabilidade da rede elétrica, agregar valor aos empreendimentos e minimizar as perdas. 

Contratos de longo prazo garantem previsibilidade de custos e podem gerar economia

Quem já está no Mercado Livre de Energia sabe da redução de custos gerada e conhece também a possibilidade de adquirir energia de fontes limpas e renováveis. Mas você já parou para analisar as vantagens que podem ser obtidas ao assinar contratos com maior duração, entre os quais, aqueles de longuíssimo prazo? Estamos falando daqueles que giram em torno de 20 anos, por exemplo.

Esse tipo de acordo garante melhores negociações em relação ao custo da energia. Por exemplo, em momentos como o atual, em que a crise hídrica elevou o preço da energia, contratos mais longos dão a certeza de pagar valores competitivos durante muito tempo. Dependendo dos termos acordados, o benefício pode ser exponencial conforme o prazo se estende.

Além da vantagem financeira, contratos de longo prazo no Mercado Livre podem ajudar as empresas a manter condições comerciais que consideram vantajosas: ao saber com antecedência quanto deve ser reservado a cada mês para pagamento de um dos principais custos, simplifica a definição do orçamento e torna mais assertivo o planejamento de gastos e investimentos.

Fique atento

Alguns pontos, no entanto, merecem atenção antes de fechar contratos de longuíssimo prazo. Um deles é a importância de entender previamente qual a demanda de energia a ser contratada, considerando variáveis como eventuais aumentos de produção que podem exigir maior capacidade energética. Nesse processo, é importante contar com apoio de especialistas.

Outro aspecto a ser observado é que as empresas com contratos longos podem perder oportunidades de comprar energia com preços diferentes do acordado, por isso, busque sempre se manter informado sobre as tendências do mercado energético e econômico do país.

Cresce utilização de cargas das usinas termoelétricas a biomassa, mas alguns cuidados são fundamentais

Nos últimos meses, a utilização de cargas das usinas tem crescido, dentro do contexto de escassez hídrica enfrentado pelo país. Com isso, a biomassa contribui como mais uma fonte geradora de energia. No Brasil, o recurso com maior potencial para ser usado como biomassa na geração de energia elétrica é o bagaço de cana-de-açúcar. Apesar de ser considerada uma fonte renovável, a queima da biomassa costuma ser associada à geração de gases de efeito estufa.

Ainda que o cenário parece dos mais vantajosos, existem alguns pontos que não podem ser esquecidos. Um deles é que as organizações devem se programar para fazer as ofertas de energia, no caso de adesão ao RVD, assim como se planejar com antecedência para as produções e orçamentos, uma vez que manutenções em usinas exigem alto investimento e precisam ser feitas por empresas robustas e com expertise nesse ramo.

Como a demanda energética é alta, a usina também precisa ter visão consistente de produção e opções de contratação, pois vale lembrar que a matriz energética brasileira é diversa, incluindo outras fontes limpas e renováveis.

Para garantir eficiência energética a preços competitivos, cada empresa precisa identificar quais as fontes mais adequadas para seu tipo de atividade. Recursos como a compra pelo Mercado Livre e a Geração Distribuída – com autoprodução de energia solar – podem garantir o suprimento energético em condições vantajosas.

Outro fator essencial para quem opta por energia termoelétricas a biomassa é manter acompanhamento constante para não perder nenhuma informação nova sobre as tendências e atualizações do mercado regulatório energético. Com nossa equipe de especialistas, fazemos essa análise e identificamos os melhores caminhos para sua empresa não sofrer com falta de energia nem pagar valores exacerbados.    

Cenário de preços atual cria tendência para consumo de energia em Mercado Livre

Ainda que se tratando de um assunto volátil, podemos afirmar que o cenário de preços atual tem pendido para algumas decisões em comum em relação à opção de contratação energética de organizações com alto consumo de energia.

No mercado de curto prazo, o preço da energia tem referência com o valor do PLD (Preço de Liquidação Financeira), que basicamente tem como função equilibrar os custos entre oferta e demanda de energia. Nos últimos meses o preço do PLD contou com algumas mudanças, e nessa referência, os valores atingiram pico no período entre o final de 2020 e o início deste ano.

Apesar de aparentemente seguro, devemos sempre ter em mente que esse cenário é instável, como podemos verificar através dos números publicados no relatório de preço médio publicado pela Dcide em 27 de outubro de 2021: o valor médio da energia Convencional de Longo Prazo (contratos de 2023 a 2026) foi de R$179,31/MWh, enquanto o valor para o segmento Convencional de Curto Prazo é de R$ 176,80/MWh, e é referente ao período de novembro de 2021 a janeiro de 2022.

De acordo com o boletim Abraceel de Energia Livre, em outubro a quantidade de consumidores no Mercado Livre aumentou 18% na comparação com o mesmo mês de 2020, após migração de 1.475 novos consumidores para o ambiente de contratação livre, pelo qual passa 66% do total de energia transacionada e 35% da energia consumida no Brasil.

No setor industrial, 85% das empresas já adquirem energia pelo Mercado Livre. O setor de saneamento e indústria têxtil tiveram os aumentos mais destacados no consumo de energia livre, registrando aumentos de 36,3% e 23,6% respectivamente.

Caso você queira entender melhor sobre como funciona a migração para o Mercado Livre, ou mesmo tirar dúvidas sobre os cenários de preços e contratações energéticas, entre em contato com nossos especialistas.

Crise hídrica: confira atualizações do cenário após início do período chuvoso

Com o período chuvoso começando exatamente dentro do prazo em que era aguardado, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) traçou dois cenários mais otimistas para o período que compreende o mês de novembro, do que aqueles vislumbrados meses atrás.

O primeiro admite flexibilizações nos níveis mínimos das usinas hidrelétricas de Furnas, Mascarenhas de Moraes, na operação do São Francisco e no critério de transmissão para N-1, com oferta adicional de 4.800 MWmed. Já no segundo o que muda é uma oferta adicional da ordem de 5.900 MWmed.

O otimismo não se baseia somente no aumento na incidência de chuvas e na chegada de mais água para ser transformada em energia nas usinas. Outro fator positivo é a forte adesão ao programa de Resposta Voluntária da Demanda (RVD), que em setembro teve oferta de redução de 442M e em outubro superou os 600MW.

Mesmo com o início do período úmido, as medidas de contenção da crise hídrica implementadas pelos órgãos oficiais devem continuar, uma vez que a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) aprovou, em 18 de outubro, um  Plano de Contingência_, que foca em recuperar níveis seguros de água nos principais reservatórios do país até abril de 2022. Com isso, o cenário hídrico para o próximo ano ainda merece atenção.

A elevação do ESS e a crise hídrica

Desde outubro de 2020, a crise hídrica que tem abalado o país está sob a supervisão do Comitê de Monitoramento do Setror Elétrico – CMSE. Após o pior índice de chuvas dos últimos 91 anos nos grandes reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste, o Governo Federal instituiu a Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergéticas – CREG que, até o momento, vem atuando com medidas em prol da melhor gestão dos recursos para otimização energética e continuidade no atendimento da demanda elétrica nacional.

As medidas emergenciais adotadas pelos órgãos setoriais, que estão garantindo o suprimento energético, exercem forte pressão sobre as tarifas de energia de todos os consumidores. Dentre as medidas adotadas, destacamos o acionamento de usinas térmicas, importação de energia da Argentina e Uruguai, gestão das restrições operativas das hidrelétricas com intuito de preservar níveis dos reservatórios, gestão para entrada em operação de novas usinas e linhas de transmissão, Programa de Resposta Voluntária da Demanda (RVD), dentre outras.

Destacamos que o acionamento de térmicas, operando na base e fora da ordem de mérito, acarreta aumento do custo operativo do sistema. O mercado livre de energia, frente a este cenário, embora não seja afetado pelas tarifas reguladas das distribuidoras, contribui financeiramente para assegurar o abastecimento de energia elétrica em todo o Sistema Elétrico Nacional – SIN, por meio dos encargos setoriais geridos pela CCEE.

Esses encargos são os custos referentes à manutenção da confiabilidade, estabilidade e segurança do sistema para atendimento da demanda de energia no SIN. No Brasil o sistema elétrico é interligado, o que permite que a geração de qualquer usina atenda a demanda do sistema.

Em situação regular de operação do sistema, o Operador Nacional do Sistema – ONS utiliza a ordem de mérito de preço para despachar as usinas, ou seja, as usinas mais baratas são normalmente chamadas a gerar até que a carga seja plenamente atendida, ao menor custo possível. Ocorre que, diante do contexto da crise hídrica, além da importação de energia elétrica de países vizinhos como Argentina e Uruguai, o ONS vem priorizando os despachos de usinas fora da sua ordem de mérito, com grande destaque para o acionamento de usinas térmicas.

Frente a este cenário, queremos informar que as perspectivas para os próximos meses são de aumento do ESS – Encargo de Serviço do Sistema, pago por todos os consumidores de energia conectados ao SIN. Para os consumidores livres e especiais, esse encargo deve ser pago por meio da contabilização mensal da CCEE.

Embora saibamos que o período é desafiador sob a ótica hídrico-energética, nós da CPFL Soluções queremos levar aos nossos clientes informação transparente. Nosso time está pronto para oferecer todo suporte necessário e à disposição em caso de dúvidas.

Entenda o crescimento da cobrança dos Encargos de Serviço do Sistema – ESS

Infográfico com fluxo explicando a cobrança dos Encargos de Serviço de Sistema. Fonte: CCEE

Abaixo você pode encontrar algumas sugestões de artigos que explicam de forma detalhada os pontos discutidos aqui:

O que é o Encargo de Energia de Reserva?

Saiba os detalhes deste encargo cobrado aos usuários do SIN

Sabemos que muitas vezes, por falta de clareza ou de detalhamentos, alguns encargos passam desapercebidos, ou até mesmo, são ignorados na organização financeira da sua empresa. Mas toda contabilização precisa ser vista com cautela, por isso hoje, nossa equipe te convida a entender um pouco mais sobre o Encargo de Energia de Reserva!

O Encargo de Energia de Reserva (EER) é cobrado de todos os usuários do Sistema Interligado Nacional, e visa cobrir os custos decorrentes da contratação de energia de reserva, incluindo os custos administrativos, financeiros e tributários, que são rateados entre todos os usuários finais de energia elétrica do SIN.

A Energia de Reserva, se destina aos agentes de distribuição, consumidores livres, consumidores especiais, autoprodutores (na parcela da energia adquirida), agentes de geração com perfil de consumo e agentes de exportação participantes da CCEE. É importante destacar que essa Energia é proveniente de usinas especialmente contratadas para elevar a segurança no fornecimento do Sistema Interligado Nacional.

O valor do Encargo de Energia de Reserva (EER) é apurado pela CCEE, de forma que considera os recursos disponíveis na CONER (Conta de Energia de Reserva). Se os recursos forem suficientes para o pagamento de todas as obrigações vinculadas à energia de reserva e para o atendimento dos conceitos técnicos do fundo de garantia, não será realizada a cobrança de EER no mês de referência. Caso contrário, o encargo será calculado com base no histórico de consumo do cliente e informado ao mesmo.

Mas atenção, o não pagamento do Encargo, implicará em abertura do processo de monitoramento e desligamento do agente da CCEE, assim como no bloqueio de validação de registros e ajustes de montantes de energia no mês subsequente.

Caso você tenha outras dúvidas sobre este encargo, ou qualquer outro valor que sua empresa precisa cumprir, nossa equipe está à disposição para atendê-los.

Contribuição Associativa na prática

Entenda o processo de cálculo deste valor e sua funcionalidade

Com objetivo de dar continuidade as explicações referentes aos pagamentos que sua empresa deve cumprir, abaixo você encontra um panorama de como o valor da Contribuição Associativa é calculado e seu impacto na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Então, fique ligado!

A contribuição associativa é um valor divulgado no quinto dia útil de cada mês, mesma data em que o agente passa a poder emitir boleto bancário para seu pagamento. Essas informações são divulgadas aos agentes por meio de comunicado operacional publicado no site da CCEE e posteriormente encaminhadas pela CPFL Planalto aos seus clientes.

Como membros da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, os agentes têm a obrigação de cumprir com o pagamento deste valor calculado em base mensal, de forma a representar o rateio do orçamento anual dos custos de operação da CCEE entre seus agentes.

Orçamento este definido por meio de Assembleias Gerais, que reúnem os agentes da câmara para aprovação das demonstrações financeiras anuais e eleições de membros para o Conselho de Administração e Conselho Financeiro.

É importante lembrar que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, é uma associação civil e privada, sem fins lucrativos, responsável por viabilizar a comercialização de energia elétrica no Brasil. Criada em 1999, a organização é mantida por meio das contribuições associativas, e tem como associadas as concessionárias, permissionárias e autorizadas de geração, distribuição e comercialização de energia, além de consumidores livres e especiais.

Mas atenção: o não pagamento dessa obrigação, tem por consequência multa e início do processo de monitoramento. Caso você ainda tenha alguma dúvida sobre o assunto, ou quer um melhor direcionamento sobre as contabilizações energéticas recebidas pela sua empresa, nossa equipe está à disposição para contato: clique aqui.

Fique atento: Consumo de energia aumenta no mês de outubro

Neste momento do ano em que a indústria aquece sua produção tendo em vista as vendas de Natal, o consumo de energia costuma ser maior em diversos setores da economia.

Tradicionalmente, outubro registra a maior demanda por energia do último trimestre do ano. Em 2020, apresentou a maior taxa de consumo mensal desde fevereiro de 2019.

A tendência é de que a fabricação de produtos esteja ainda mais aquecida agora, já que o avanço da vacinação deve permitir um fim de ano com mais celebrações em comparação com o mesmo período do ano passado.  Boletim Mensal de Energia divulgado em agosto pelo Ministério de Minas e Energia (MME) confirma que o consumo de energia elétrica no país está em alta neste ano, tendo crescido 6,9% no acumulado entre janeiro e maio, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Empresas que compram energia por meio do Mercado Livre estão em vantagem em momentos de elevação no consumo, uma vez que há previsibilidade nos custos, ao contrário daquelas cuja energia vem do mercado cativo, no qual não há como negociar as tarifas, o que pode gerar surpresas na hora de pagar a conta em períodos de consumo mais elevado.

 Fique atento e conte com nosso time especializado. Podemos oferecer todo o suporte que a sua empresa necessita para migrar ao Ambiente de Contratação Livre. Clique aqui e solicite um estudo de viabilidade!

Mercado Livre de Energia ou Geração Distribuída?

Entenda as diferenças e o que observar antes de aderir

O setor energético brasileiro é cada vez mais dinâmico e passa por transformações importantes em um país de dimensões continentais, cujo regime de chuva é cada vez menos previsível. Nesse cenário, novas formas de contratação vêm conquistando a adesão de muitas empresas. Duas delas merecem destaque.

Criado há 22 anos, o Mercado Livre de Energia (ML) permite escolher de quem comprar, negociando valores e condições. Os custos diminuem e tornam-se previsíveis, uma vez que o preço deixa de ser regido conforme tarifas pré-definidas. Outra característica dessa modalidade é que não há limitação territorial. Além disso, a energia excedente pode ser vendia, com o valor obtido em reais a cada mês.

Mais recentemente, a possibilidade de gerar a própria energia elétrica a partir de fontes renováveis, especialmente a solar, tem atraído a atenção de algumas empresas. Trata-se do sistema de Geração Distribuída (GD), processo que pode aliar economia financeira, consciência socioambiental e autossustentabilidade. No entanto, o preço da tarifa é regulado pela ANEEL e há limitação territorial por distribuidora. Nessa modalidade a energia não pode ser vendida, e o excedente é convertido em créditos com validade de 5 anos.

Se você está agora mesmo em momento de tomada de decisão, seguem importantes pontos para levar em consideração:

5 Pontos para analisar antes da migração para ML ou GD:

1. Qual a potência necessária e a potência disponibilizada na unidade consumidora?

2. Como está o valor pago pela energia atualmente?

3. Qual o perfil de consumo e a tensão de fornecimento?

4. Há intenção de comercializar o excedente energético?

5. A Geração Distribuída exige a implantação de uma usina solar, portanto deve haver área suficiente para instalação.

Quando essas principais questões forem respondidas, você estará no caminho de perceber qual modelo de contratação melhor se encaixa na sua empresa.

*Fonte: Energês

ESG: a sigla que está revolucionando os negócios em todos os setores

Três letras que definem um olhar muito além do aspecto financeiro ganharam força no mundo corporativo nos últimos meses. A sigla ESG, originária da língua inglesa, surgiu como uma espécie de métrica para avaliar os esforços das empresas em três aspectos: Ambiental, por isso o “E”, de Environmental; Social (cuja grafia em inglês é a mesma do idioma português) e de Governança (Governance).

Investimentos nessa direção revelam a capacidade das companhias em acompanhar novas exigências do público, lidar com impactos socioambientais e enfrentar eventuais crises.

Em relação à Governança, empresas com bons níveis de ESG costumam apresentar pilares éticos bem-definidos e políticas transparentes anticorrupção, entre outros fatores.

No aspecto Social, tendem a valorizar a diversidade nas suas equipes e também nos cargos de liderança, as boas práticas de segurança no trabalho, uma relação saudável com colaboradores e com a comunidade.

Do ponto de vista Ambiental, a valorização do conceito de ESG envolve preocupação real com fatores como o consumo de recursos naturais, o correto descarte de resíduos sólidos e os níveis de emissão de gases de efeito estufa. Vale lembrar que, no Brasil, há diversas possibilidades de uso de energia limpa, o que traz resultados energéticos bem menos nocivos ao meio ambiente.

De acordo com especialistas no tema, as empresas com práticas consistentes de ESG sofreram menos com os impactos da pandemia em seus negócios. Entre as razões apontadas, estão o fato de terem governança consistente, mais cuidado com seus funcionários e parceiros, além de uma preocupação maior com a desigualdade na sociedade em que atuam. 

Durante os próximos meses, vamos falar mais de ESG e mostrar como essa sigla pode gerar resultados positivos ao meio ambiente, à sociedade e também ao desempenho da sua empresa. 

Entenda como é feita a precificação do lastro de contratação de energia e o que pode mudar

Pelo modelo atual de contratação de energia, a cobertura de consumo e o certificado de lastro estão unidos, o que gera, de acordo com especialistas, distorções na precificação. Entre outras razões porque não ficam claros fatores como o valor da contribuição para a adequabilidade do sistema.

Outro componente relevante é a exigência ou implementação de obrigação de certificados de capacidade, as chamadas garantias físicas de potência. Atualmente, elas não representam somente a contribuição máxima dos empreendimentos em relação ao suprimento de energia do sistema, mas, na prática, atuam também como elemento balanceador dos contratos de energia, por exemplo como componente do índice custo-benefício (ICB) nos leilões e como critério de rateio para o Mecanismo de Realocação de Energia (MRE). O efeito é um certo desequilíbrio nas contratações, uma vez que qualquer alteração impacta todas as funcionalidades. Soma-se a esse cenário o aspecto de que, hoje, a receita dos agentes geradores aparece vinculada à garantia física, o que gera obstáculos para atualização dessa grandeza.

Mas de que forma essa distorção econômica pode ser solucionada? A resposta é:  por meio da separação entre lastro e energia, iniciativa capaz de equilibrar a valoração dos tributos das fontes e a alocação dos custos e riscos inerentes ao setor elétrico. A mudança é considerada uma das vertentes da evolução do sistema elétrico brasileiro, no mesmo grupo de iniciativas como a abertura do mercado e a formação de preços horários.

No caso específico da separação de lastro e energia, há discussões de alto nível desde 2017 com a Consulta Pública nº 33, motivadora de amplo debate sobre o assunto. Dois anos depois, outra Consulta Pública (83/2019) trouxe avanços objetivos. Determinante também é o tratamento do assunto como prioridade no Grupo de Trabalho criado em abril de 2019 pelo Ministério de Minas e Energia para viabilizar a modernização do setor elétrico.

O próximo passo envolve a aceleração de medidas para viabilizar a separação entre lastro e energia, corrigindo distorções como sobretarifação e repasse de custos para os consumidores finais cativos. O principal resultado tende a ser a adoção de regras claras e equânimes para todos os agentes, sem distinção a respeito do ambiente que atuem ou comercializem a energia produzida.

Período de entressafra é o momento ideal para manutenções elétricas

Os desafios da entressafra são muitos e sua empresa os conhece bem. Mas o período também apresenta oportunidades. Uma delas é a realização de manutenções elétricas.

A recomendação é aproveitar o momento para verificar todas as instalações elétricas e realizar os ajustes necessários.

“A manutenção é fundamental para qualquer tipo de instalação, seja residencial, predial e no comércio. Mas a indústria tem uma característica peculiar, que é uma estrutura bem mais complexa. Nesse setor, manutenção não é algo opcional, e sim uma ação obrigatória”, lembra Eberson Fernandes Muniz, Business Development da CPFL Soluções. Com esse cuidado, a produção segue funcionando, de forma eficiente e com economia.

O especialista explica que há cinco principais tipos de manutenção voltados à atividade industrial. Confira:

Manutenção preventiva

Indicada para reduzir ou evitar a falhas nos equipamentos.

Manutenção preditiva

Trabalho mais analítico, no sentido de definir através de estudos o estado futuro de um equipamento, tendo como um dos impactos a redução de prejuízos com as paradas inesperadas.

Manutenção de linha ativa

Realizada sem o desligamento da energia o que deve ser feito de forma preventiva e regular, pois evita o desligamento ou a interrupção da atividade fabril

Manutenção corretiva

Ação emergencial para corrigir falhas no menor tempo possível e evitar maiores implicações

Engenharia de manutenção

Conjunto de atividades que estuda e planeja ações para evitar problemas crônicos em indústrias e empresas de outros setores, com foco na qualidade e disponibilidade.

Já consegue imaginar qual manutenção se encaixa melhor na sua empresa? Não deixe esse planejamento para depois. Aproveite para investir em contratações periódicas que trazem mais segurança e eficiência para a sua operação estar sempre em dia. Com anos de experiência, nossos times executam qualquer tipo de manutenção em subestações, linhas de transmissão, redes de distribuição e cabines de mediação. E isso pode ser feito por meio de contratos anuais, plurianuais e até mesmo com soluções customizadas. Entre em contato conosco.

Investimentos em Data Center estão em alta, mas alguns cuidados devem ser considerados

Nos últimos cinco anos, a quantidade de novos data centers vem se expandindo em ritmo acelerado. Essas instalações físicas utilizadas pelas empresas para abrigar servidores, bancos de dados e uma série de informações importantes para os negócios se proliferaram no estado de São Paulo, sobretudo no perímetro que vai da capital paulista até a região metropolitana de Campinas – área bem-atendida por redes de fibra ótica. Cidades como Jundiai, Vinhedo, Sumaré e Hortolândia estão entre as preferidas dos empreendedores.

Danilo Eiji Ito, Gerente de Planejamento do Sistema Elétrico da CPFL Energia, observa uma mudança nas características desses investimentos. “Até dez anos atrás os data centers eram de menor capacidade e mais distribuídos nas regiões atendidas pela CPFL. Percebemos que recentemente houve uma mudança no tipo de infraestrutura nos novos projetos, chamados de data centers escaláveis, com sistemas de grande capacidade de armazenamento e de processamento de dados em massa, levando a uma maior solicitação de demanda por energia elétrica concentrada em um único local.”, destaca o especialista.

Alguns pontos de atenção, porém, precisam ser considerados por quem está investindo nesse segmento ou pretende iniciar empreendimentos desse tipo. A começar pelos prazos envolvidos na implantação. “É preciso considerar que a matéria prima número um de um data center é a energia elétrica, daí a importância de conhecer as questões regulatórias de contratação de infraestrutura, prazos e processos legais de análise e aprovação para conexão elétrica dos empreendimentos, não deixando de incluir uma avaliação criteriosa do projeto, para assegurar altíssima confiabilidade das instalações”, destaca Eberson Fernandes Muniz, Business Development da CPFL Soluções.

O melhor caminho é buscar empresas que tenham esse conhecimento e também dominem as condições técnicas e o know how adequados para garantir a capacidade energética alinhada às reais necessidades. 

Novas medidas entram em vigor no combate à crise hídrica

Nas últimas semanas, novas iniciativas de enfrentamento à crise hídrica foram adotadas, com o objetivo de garantir o fornecimento de energia elétrica em todo o território brasileiro.

No início de setembro, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) realizaram estudos sobre as condições de atendimento eletroenergético na transição do período seco para o período úmido em 2021 e para o atendimento durante todo o ano de 2022, em atendimento à decisão da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG). O estudo inclui projeções até 2025.

Após ampla análise dos resultados, ficou evidenciada a necessidade de um montante adicional de recursos energéticos para garantir continuidade e segurança no fornecimento de energia elétrica aos consumidores brasileiros nos últimos meses de 2021 e ao longo de 2022. Com isso, Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) deliberou medidas adicionais, com destaque para:

Um produto refere-se a empreendimentos renováveis (eólicos, solares e termelétricos à biomassa) que estão na modalidade por quantidade de energia elétrica. O outro, refere-se a empreendimentos termelétricos a gás natural, a óleo combustível e óleo diesel, na modalidade por disponibilidade de energia elétrica.

Nestas diretrizes, ambos os produtos terão entrega de energia a partir de maio de 2022 até dezembro de 2025. A possibilidade de antecipar a entrega é condicionada nas regras pelo atendimento às condições regulamentares estabelecidas.

Dentre outras medidas para conter os impactos da crise hídrica, destaca-se também o início do funcionamento da segunda maior usina térmica do Brasil, a GNA 1, autorizada pela ANEEL, como medida focada principalmente na região Sudeste, fortemente impactada pela crise.

A termelétrica localizada no Porto do Açu (RJ), tinha início de funcionamento previsto para o primeiro semestre deste ano, mas por conta de problemas na fase da implantação, entrou em funcionamento na segunda quinzena de setembro. Neste primeiro momento, é previsto que a usina tenha capacidade de produzir aproximadamente 1.338 MW de energia movida por gás natural. Essa carga é capaz de atender em média 4 milhões de pessoas.

Outra medida anunciada pelo Governo Federal, foi a inauguração de uma nova linha de transmissão em Janaúba (MG). O empreendimento, facilitará o escoamento da energia gerada na região Nordeste para o Sudeste e o Centro-Oeste, uma vez que é formada por dois trechos: Subestação de Pirapora 2 até Subestação de Janaúba 3 e outro de Janaúba 3 até a subestação de Bom Jesus da Lapa II. De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), a obra é capaz de aumentar em 25% a capacidade de transmissão energética das regiões.

Também foi sancionada pelo presidente da República a Lei nº 14.203/2021, que torna automática a inclusão no cadastro dos beneficiários da Tarifa Social. A medida tem por objetivo estabelecer a obtenção dos descontos na conta de luz das famílias inscritas no Cadastro Único mais acessível.

Se você quiser retomar alguns conceitos de medidas já em andamento, acompanhe:

Abertura de mercado continua sendo considerada para todos os consumidores até 2024

Entenda os desdobramentos da abertura de mercado e previsões estipuladas.

Como você já deve ter acompanhado em nossos artigos, a abertura do mercado é resultado da edição da Portaria MME nº 514/2018, que regulamentou o disposto na Lei 9.074/1995 e instituiu um cronograma para reduzir os limites de demanda de consumidores para caracterização de carga livre. Caso queira retomar medidas adotadas em anos anteriores, clique aqui.

Desde janeiro deste ano, os agentes que possuem demanda contratada maior ou igual a 1.500kW podem optar pela fonte de energia convencional em adição das fontes incentivadas, mas nos próximos meses, a abertura do mercado de energia tende a dar passos ainda mais largos.

A premissa para o início do ano de 2022 permeia o limite de demanda contratada maior ou igual a 1.000 kW, em razão da Portaria MME nº 465/2019, a qual tem por objetivo oferecer medidas de caráter inclusivo, à medida que amplia as possibilidades de negociação energética das empresas. Doze meses depois, em janeiro de 2023, é prevista a nova faixa de apenas 500 kW.

O cronograma de abertura do mercado brasileiro tem previsão de estar completo em 01 janeiro de 2024. Para isso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) realizou a Tomada de Subsídios nº 010/2021, cujo intuito foi obter subsídios à elaboração de estudo sobre as medidas regulatórias necessárias para permitir essa abertura total.  

Com o processo de abertura de mercado, é esperado que um grupo bem mais amplo de consumidores terá a oportunidade de usufruir da livre escolha de energia, agregando a possibilidade de negociar preços e condições, além de também poder optar por energia de fontes renováveis.      

Entenda o programa de RVD e acompanhe o panorama de ofertas do mês de setembro.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico tem recebido ofertas de redução de demanda dos agentes desde primeiro de setembro, cumprindo com as diretrizes previstas nas regras da Portaria MME nº 22/2021, as quais você pode acompanhar com mais detalhes neste artigo. Mas, se você ainda tem algumas dúvidas sobre como funciona o programa, nossa equipe listou abaixo alguns principais pontos de atenção sobre o funcionamento e quem pode participar.

O Programa de Redução Voluntária da Demanda – RVD, é decorrente da Portaria MME nº 22/2021 com vigência até 30 de abril de 2022 e tem como objetivo estimular indústrias e grandes consumidores do ACL na redução da demanda de energia do Sistema Interligado Nacional.

É importante lembrar que esse programa é temporário, complementar e não visa substituir o Programa Piloto de Resposta da Demanda, instaurado e coordenado pela ANEEL desde 2017 e que tem aspecto estrutural.

Principais Diretrizes da RVD (Conforme Regras e PDC provisórios – CCEE):

Podem participar da RVD, consumidores livres, consumidores modelados sob agentes varejistas, os agentes agregadores (agentes consumidores, comercializadores e geradores) e consumidores parcialmente livres, desde que estejam adimplentes com a CCEE.

Cenário atual:

Em 10 de setembro, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) aprovou o volume de 237 MW em redução voluntária de demanda, proposto por agentes consumidores de energia.

Com a extensão do prazo para envio de ofertas, de 10 para 17 de setembro, foram adicionados 205 MW no total da redução de demanda para utilização pelo Operador no mês. Esse volume de carga foi aprovado pelo CMSE em 22 de setembro, o que totalizou no mês, 442 MW de oferta.

O ONS também apresentou como destaque a maior adesão no programa de RVD pelo segmento de metalurgia, seguido por minerais não-metálicos, indústrias químicas, extração de minerais não-metálicos, indústrias alimentícias, madeireira, papel e celulose, serviços e veículos.

Para garantir qualidade de entregas e segurança de serviços na pandemia, time de campo aposta em normas de segurança rígidas.

Toda vez que um profissional da CPFL chega para fazer uma instalação ou realizar um reparo, ele leva mais do que um sólido conhecimento técnico, fruto de muito treinamento e grande experiência acumulada. Permanentemente, o time de campo também está munido dos mais rigorosos protocolos de segurança e saúde para garantir a integridade do ambiente e de todas as pessoas no entorno.

Nenhum trabalho é realizado sem que os profissionais estejam com todos os equipamentos de segurança em ordem. Cada procedimento, por mínimo que seja, é efetuado pela nossa equipe em conformidade com práticas 100% seguras.

Também é obrigatório o cumprimento dos protocolos de segurança à saúde, em especial neste momento de pandemia. Além da distribuição de máscaras e álcool em gel para toda a equipe, o time de campo tem a temperatura aferida em todo início de jornada, e recebe informações sobre medidas de segurança social através de grupos de WhatsApp e diálogos de segurança.

Por conta da COVID 19 ainda ser um risco, todos os colaboradores suspeitos e contactantes de Alto Risco e/ou domiciliares, são isolados e monitorados a cada 48 horas pela esquipe de saúde. As condutas são realizadas pelos nossos médicos do trabalho, enquanto a equipe de enfermagem, realiza o monitoramento até a alta destes.

Essa prioridade dada à segurança e saúde evita acidentes e também gera melhores resultados aos clientes. Afinal, equipes especializadas e trabalhando em total segurança realizam cada serviço de forma mais rápida e certeira, com menos imprevistos e sem gerar custos adicionais.

Com protocolos rígidos e altos índices de eficiência, conseguimos mesmo em tempos de pandemia, continuar entregando soluções com excelência para os clientes, com a garantia de bem-estar e segurança para todos.

Mercado Livre de Energia: Saiba como milhares de empresas tem economizado com energia elétrica

Diminuir a conta de energia, gerar “saving”, economizar… Cada empresa usa o termo que preferir, mas o desafio é o mesmo, todos querem reduzir custos.

O mercado livre de energia tem ajudado milhares de empresários e líderes a alcançar esse objetivo, com a possiblidade de negociar e comprar energia de vários fornecedores, permitindo assim uma economia na conta de energia da empresa.

Como essa economia é possível?

No mercado cativo, como é chamado o ambiente convencional, o consumidor não tem nenhuma opção de escolha (seja preço, prazo, volume ou reajuste no preço de energia), cada região – chamada de área de concessão – é atendida por uma distribuidora e todos devem comprar energia diretamente com ela. O preço da energia é fixado pela Aneel e é reajustado todos os anos, podendo sofrer variações das bandeiras tarifárias.

Já no mercado livre de energia (ML) você tem a liberdade de escolha que permite melhores condições comerciais para economizar e ter previsibilidade de custos.

Vamos entender melhor.

O Que é o Mercado Livre de Energia?

O mercado livre é um ambiente onde consumidores, geradoras e comercializadoras de energia elétrica negociam livremente preços, prazos, volume, forma de pagamento da energia e demais condições contratuais.

Em comparação aos preços praticados pelas distribuidoras de energia, os valores do ambiente de contratação livre (ACL) são competitivos, permitindo que os consumidores tenham economia ao adquirir sua energia. Essa economia chega na faixa de 30%, segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia.

Além disso, há outras vantagens:  

Quem pode Migrar para o Mercado Livre de Energia?

O mercado livre de energia no Brasil nasceu em 1.998 a partir da lei 8.674, juntamente com a criação da ANEEL. Desde então ele vem sendo implementado aos poucos e cada vez mais empresas podem fazer parte.

Hoje é necessário ter demanda contratada mínima de 500 kW para migrar para o mercado livre.

É possível realizar a união de unidades consumidoras em forma de comunhão de cargas, para atingir o nível mínimo de demanda de 500kW. Isso é válido para consumidores com o mesmo CNPJ (matriz e filial) ou localizados em área contígua (sem separação por vias públicas).

Como Migrar para o Mercado Livre de Energia?

O processo de migração é simples, mas tem algumas etapas obrigatórias que precisam de atenção. Ter conhecimento do mercado é importante para se obter o máximo de vantagem possível na migração.

Nós oferecemos toda a consultoria necessária, tanto para o processo de migração quanto para o dia a dia do consumidor no mercado livre.

Para saber se sua empresa está apta a migrar para o mercado livre e obter todos os benefícios deste mercado, clique aqui e responda algumas perguntas rápidas.

A contratação de energia é uma das etapas mais importantes no processo de migração. Veja como ocorre as etapas desse processo para as empresas que contam com a nossa consultoria:

  1. Estratégia para contratação: Por meio do histórico e de projeções futuras de consumo, nós iremos sugerir a contratação ideal afim de evitar exposições no Mercado Livre de Energia.
  2. Cotação com os fornecedores: Com a necessidade de contratação identificada, acionaremos os principais players do mercado, solicitando os preços e as condições necessárias.
  3. Cotação com os fornecedores: Com as principais opções do mercado em mãos, faremos a escolha das melhores ofertas em conjunto com você ou a sua liderança.
  4. Segunda rodada de negociação: Escolhidas as melhores ofertas, fazemos uma segunda rodada de negociações para garantir as melhores condições de compra.
  5. Escolha do fornecedor: Voltamos a nos reunir com o você e seu time para que a decisão seja tomada em conjunto.
  6. Contratação de energia: Após o fechamento da operação, damos todo o suporte para apresentação de documentação, garantia e apoio na revisão das questões comerciais do contrato de energia.

Além do processo de contratação de energia, acompanhamos todo o processo de migração e depois da migração continuamos a suportar o dia a dia dos nossos clientes, acompanhando sua performance e as oportunidades do mercado.

Com mais de 100 anos de existência, atendemos mais de 1.500 clientes livres e estamos em mais de 26 escritórios e bases operacionais. Assim, conhecemos de perto as mais variadas formas de gerar e de comercializar energia elétrica. Essa expertise chega até você com uma consultoria próxima para te dar tranquilidade para fazer esta mudança.

O mercado livre de energia pode proporcionar grande economia às suas operações. Para saber se sua empresa está apta a migrar para o mercado livre e obter todos os benefícios deste mercado, clique aqui.

Com isso, nossos especialistas vão realizar um estudo de viabilidade e entrarão em contato para apresentar uma proposta personalizada de acordo com a sua necessidade.


Objetivos e impactos do Relatório de Garantia Financeira

Entenda como essa condição essencial pode refletir na sua empresa

O Relatório de Garantia Financeira refere-se à um processo da CCEE que tem o objetivo de mitigar eventuais inadimplências no momento da Contabilização Financeira, assunto abordado em outros informativos. Este é baseado na estimativa do agente ficar na posição devedora no momento da contabilização final realizada pela CCEE.

Primeiramente, é importante destacarmos que o estabelecimento de garantias financeiras é uma condição essencial para a adesão e operação de agentes de mercado no âmbito da CCEE e desde 2004 é uma premissa estabelecida na Convenção de Comercialização de Energia Elétrica.

Mensalmente, os agentes devem cumprir com essa obrigação, mas atenção: o não aporte da garantia financeira poderá incorrer em multa de 2% (dois por cento) sobre o valor não aportado e, no caso de reincidência, poderá acarretar abertura de procedimento de desligamento do agente e outras sanções aplicáveis.

Além disso, o descumprimento para os casos em que o agente tenha realizado uma venda de energia, via processo de cessão, o montante de energia vendido para a contraparte será reduzido na proporção da inadimplência pelo não aporte, a fim de compensar perdas financeiras para o mercado.

Se você tiver interesse em se aprofundar neste assunto, ou já teve alguma dúvida pontual a respeito, te convidamos a entrar em contato com nossa equipe. Estamos à sua disposição em diversos canais.

Detalhes do Relatório de Liquidação Financeira

Entenda como esse processo pode afetar a contabilização da sua empresa

Se você acompanha nossas postagens, já deve ter nos visto falar sobre a Liquidação Financeira, mas dessa vez, queremos explicar exatamente do que se trata esse relatório que pode afetar o planejamento contábil da sua empresa.

O Relatório de Liquidação Financeira é um informativo mensal que os consumidores recebem referente aos valores que foram pagos ou recebidos no processo de contabilização.

A operacionalização deste processo é realizada mensalmente pelo Banco Bradesco Trianon, contratado pela CCEE, que recebe e credita os valores recebidos dos agentes devedores em um intervalo de tempo de um dia.

Na prática, os consumidores que recebem esse Relatório, não tem nenhuma ação sobre o mesmo. No entanto, quando um agente é credor nesse processo, pode ocorrer um impacto financeiro pela inadimplência presente no mercado, ou seja, agentes em posição devedora não cumprem com o depósito integral de recursos previstos no processo de contabilização.

Sempre que ocorre inadimplência, o valor devido é rateado entre todos os agentes credores, uma vez que não é possível identificar contrapartes nas transações do mercado de curto prazo.

Se você tem alguma dúvida específica sobre o Relatório de Liquidação Financeira recebido, nossa equipe está pronta para te assessorar. Entre em contato conosco!

Entenda a Bandeira Escassez Hídrica

Novo patamar específico de Bandeira Tarifária entra hoje em vigor

A implementação de patamar específico das Bandeiras Tarifárias, a Bandeira Escassez Hídrica, entra em vigor em 01/09, de acordo com a Resolução nº3, publicada em 31 de agosto, pelo Ministério de Minas e Energia, no Diário Oficial.

A nova Bandeira Escassez Hídrica tem o valor de R$ 14,20 a cada 100 quilowatt-hora consumido (kWh). Até então, o valor da bandeira tarifária patamar 2 referente a julho de 2021, era de R$ 9,492 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Essa medida está prevista para continuar até abril de 2022, podendo ser revisada ou interrompida por deliberação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). O objetivo é quitar as despesas extraordinárias de consumo de energia elétrica.

É importante lembrar que estamos passando por uma crise na qual a previsão para o final de setembro é que os reservatórios das usinas hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste estejam em 15,4% da capacidade, caso medidas não sejam tomadas.

Para entender melhor sobre outras decisões regulatórias em vigência, leia o artigo “Cenário de mudanças da Crise Hídrica 2021”.

Focada em segurança, CPFL evita acidentes e garante produtividade

A segurança é um valor inegociável para o Grupo CPFL. Todas as equipes, em todos os momentos, trabalham sob os mais rígidos protocolos.  Dos equipamentos de proteção a cada procedimento realizado por eletricistas e demais profissionais, não há espaço para improvisos: tudo é feito em conformidade com as práticas mais avançadas de segurança do trabalho.


Essa preocupação contínua da CPFL preserva a vida das equipes de trabalho e mantém os clientes livres de contratempos que viriam como reflexo de acidentes, a exemplo de gastos com reformas emergenciais. A segurança nas instalações e equipamentos também significa maior eficiência energética, o que possibilita aumentos de produção. 

Exemplo disso é o programa Guardião da Vida, que há mais de dois anos sensibiliza clientes, prestadores de serviço e a sociedade em geral a respeito de riscos, como o de conviver com instalações elétricas inadequadas.

Mais do que uma campanha, Guardião da Vida é uma causa levantada pela CPFL para compartilhar dicas práticas para afastar qualquer risco de acidente. Desde que foi lançada, em abril de 2019, a ação conscientiza as pessoas por meio de divulgações online e off-line.

As orientações são voltadas a diversos públicos e situações, desde evitar práticas como ligar aparelhos eletrônicos com as mãos molhadas e deixar fios desencapados em casa até recomendações específicas para evitar. A ideia é convidar as pessoas a disseminar essas informações, tornando-se “guardiões das vidas” de familiares, amigos, colegas de trabalho, vizinhos. É a CPFL disseminando valores que fazem parte de seu dia a dia.

E para nós, CPFL Soluções, não é diferente. Temos uma grande parte do time diretamente ligado nas operações elétricas, e a segurança é um valor que está presente em nossa atuação diariamente.  Trazemos a segurança e confiança com um time altamente especializado para que nossos clientes tenham tranquilidade durante toda a realização da operação em suas instalações elétricas.

Entre em contato conosco e vamos caminhar juntos!

Entenda a diferença entre créditos de carbono e certificado de energia renovável e avalie a melhor opção para sua empresa

Julho de 2021 foi o mês mais quente da história do planeta Terra, de acordo com levantamento realizado pelo Nooa, órgão de Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos. O aquecimento global avança em ritmo mais forte do que o previsto anteriormente e isso tem relação direta com o excesso de gases de efeito estufa na atmosfera.

Empresas que ainda não adotam soluções para diminuir as emissões de dióxido de carbono podem compensá-las por meio da compra de créditos de carbono de projetos que atuam na redução de emissões dos gases causadores do efeito estufa. Cada unidade da moeda de troca equivale a 1 tonelada de CO2.

Já as empresas que privilegiam energia de fontes renováveis estão aptas a obter o Certificado de Energia Renovável. Na prática, o International REC Standard (I-REC) funciona como um sistema global de rastreamento de atributos ambientais de energia. É o meio mais confiável para comprovar e rastrear o consumo de energia proveniente de todas as fontes renováveis, como eólica, hidráulica, solar, biomassa, biogás e cogeração. 

É possível adquirir certificados de energia renovável (I-REC) na mesma quantidade da energia consumida pela sua empresa, sendo que cada I-REC (equivalente a 1 megawatt/ hora) representa uma unidade de geração de energia renovável.

Aqui no Brasil o órgão emissor é o Instituto Totum, representante oficial do I-REC Standard. Toda empresa pode ter um certificado de energia renovável e incentivar o uso da energia limpa, inclusive aquelas que estão no mercado cativo de energia.

Fazer isso deixa claro à toda a sociedade os esforços da companhia em contribuir para o meio ambiente, algo cada vez mais admirado pelos clientes. A CPFL ajuda as empresas brasileiras em todo esse processo, desde a análise sobre qual é o melhor momento para adquirir os certificados, até transacionar os I-RECs aos clientes que solicitarem.

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Mercado Livre de Energia segue vantajoso e bate recorde de adesão

Empresas de diferentes setores observam, historicamente, redução de 20% ou mais nos gastos com energia elétrica após deixarem o Mercado Cativo para entrar no Ambiente de Contratação Livre, operação na qual oferecemos todo o apoio necessário.

O Mercado Livre segue vantajoso e isso fica claro com a procura recorde, nos últimos meses, por essa modalidade que permite comprar e vender energia elétrica negociando abertamente preço, prazo, e montante a ser contratado. Monitoramento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) mostra que o mercado livre de energia fechou o mês de julho de 2021 com 9.463 consumidores, volume que representa um crescimento de 19% em relação ao fim do mesmo período de 2020.

Mesmo com algumas mudanças em pauta regulatória, o Mercado Livre de Energia continua sendo uma opção que garante vantagens relevantes às empresas. Além do benefício de poder escolher os fornecedores e negociar melhores preços e condições, a previsibilidade é um grande atrativo, uma vez que, no Mercado Livre, não há surpresas com variação da tarifa regulada: os custos são previstos e a gestão é aderente ao perfil de consumo de cada empresa.

Questões ambientais também aparecem entre os benefícios da migração, uma vez que, no Mercado Livre, é plenamente viável optar pela contratação de energia oriunda de fontes renováveis. Segundo a consultoria Clean Energy Latin America (Cela), o volume de energia solar e eólica contratado pelo Mercado Livre mais do que dobrou no período entre janeiro de 2020 e março de 2021.

Além de ser atrativo do ponto de vista financeiro, migrar para o Mercado Livre de Energia é uma iniciativa alinhada a um conceito cada vez mais valorizado pelas empresas, o ESG, que se refere à adoção de boas práticas ambientais, sociais e de governança. 

Empresas que cumprem fielmente manutenção na infraestrutura energética percebem aumento de produção

Como sabemos, a sua empresa já tem o planejamento estratégico que contempla aspectos como orçamento anual, expansão e foco nos investimentos. Mas tão importante quanto estes pontos, é incluir nas estratégias do seu negócio um bom planejamento para implantação futura da infraestrutura energética. Inserir essa iniciativa na cultura organizacional é de extrema importância para uma operação sustentável, com altos níveis de qualidade e eficiência.

Sempre que as instalações de energia estão operando de forma adequada, os gestores têm maior previsibilidade do negócio e conseguem tomar uma série de decisões de forma mais assertiva.

Na indústria e nas demais atividades econômicas, existe uma relação direta entre energia e desenvolvimento. Afinal, sem o potencial energético adequado não é possível, por exemplo, expandir a produção para atender aumentos de demanda e se antecipar a novas necessidades de mercado. 

Nesse processo, adaptações não são feitas da noite para o dia. É por meio de um planejamento energético prévio que sua empresa saberá qual a infraestrutura necessária para comportar o crescimento em médio e longo prazo, evitando surpresas e, sobretudo, prejuízos difíceis de recuperar.

Outro benefício de um planejamento bem-executado é a possibilidade de levar, de vez, a sustentabilidade para as operações, por exemplo passando a utilizar energia proveniente de fontes renováveis, reduzindo a emissão de gases nocivos ao meio ambiente e, inclusive, podendo gerar créditos de carbono.

Em outras palavras, é com planejamento que sua empresa vai assegurar as necessidades energéticas com menor custo, do ponto de vista financeiro, sustentável e social.

Estado de SP altera data de início das mudanças nas regras de ICMS para clientes do Mercado Livre de Energia

Por meio do Decreto nº 65.823/2021, o Governo do Estado de São Paulo alterou regras de recolhimento do ICMS para quem compra energia pelo Mercado Livre. A principal mudança é que a tributação do ICMS referente à aquisição de energia deixa de ser de responsabilidade do Distribuidor para ficar a cargo de Comercializadoras e Consumidores, desde que estejam situados em território paulista.

A alteração estava prevista para entrar em vigor em 01/09/2021, mas a partir da publicação do Decreto n° 65.967, em 30 de agosto, pela SEFAZ/SP, a entrada da medida foi postergada para 01/01/2022.

De maneira geral, a mudança de regras foi feita para adaptar a legislação após o Supremo Tribunal Federal declarar inconstitucionais os dispositivos do Regulamento de ICMS de São Paulo, que atribuíam à distribuidora de energia elétrica a responsabilidade de recolher o ICMS devido em operações com clientes que utilizassem a rede de distribuição para comprar energia no ambiente de contratação livre.

Outras mudanças práticas ocorrem para os consumidores em seus processos. Uma delas é a não necessidade de realizar a declaração da DEVEC. A segunda é que, nos casos em que a energia é adquirida de comercializadores fora do Estado de São Paulo, o recolhimento do ICMS será feito sobre o preço da energia.

De acordo com o Decreto, as distribuidoras de energia continuam responsáveis pelo recolhimento do ICMS sobre encargos de conexão e também do uso do sistema de distribuição, para operações no ambiente de contratação livre, nos casos em que o consumidor final estiver conectado à sua rede.

Saiba iniciar um planejamento para a extensão energética sem abrir mão da segurança

Em todas as empresas, a cultura interna precisa considerar a importância das manutenções das instalações elétricas. Quando isso já acontece e os níveis de segurança estão em patamares elevados, a companhia está apta a trilhar o caminho do avanço na produtividade. Em outras palavras, pode ser a hora de planejar a expansão dos negócios. 

Nesse processo, uma orientação não pode ser ignorada: essa expansão energética tem de ser analisada considerando todos os indicadores de segurança. Temos uma área especializada para desenvolver soluções com profissionais prontos para apoiá-lo, cuidando para que todas as instalações elétricas ofereçam suporte ao crescimento e estejam aptas a operar em pleno funcionamento a todo momento, contando inclusive com os Guardiões da Vida.

Além disso, dispomos de consultoria especializada  para  indicar quais as melhores decisões e os investimentos necessários para expandir a capacidade energética sem riscos e com o menor custo possível.

Obter sucesso e credibilidade de forma perene em mercados competitivos são conquistas reservadas somente às empresas que fizeram a lição de casa e souberam se planejar com afinco para garantir não apenas metas de produção e qualidade, mas também de eficiência e segurança em todas as frentes do negócio. 

Portaria sobre Redução Voluntária da Demanda é publicada

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou em 23 de agosto de 2021 a Portaria nº 22/2021 com as diretrizes para a Oferta de Redução Voluntária de Energia Elétrica – RVD, tema discutido por meio da Consulta Pública do MME nº 114/2021.

Estão aptos para participar da oferta consumidores livres, consumidores modelados sob agentes varejistas, agentes agregadores (agentes consumidores, comercializadores e geradores) e consumidores parcialmente livres, todos com a condição de que estejam adimplentes junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Trata-se de uma medida de caráter temporário, com vigência prevista até 30 de abril de 2022. Vale ressaltar que o programa é complementar, portanto não substitui o Programa Piloto de Resposta da Demanda, de aspecto estrutural, instaurado e coordenado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) desde 2017.

As ofertas mínimas serão realizadas por meio de lotes com duração horária entre 4 e 7 horas, sendo que cada lote terá volume mínimo de 5MW e precificação estabelecida em R$/MWh. Os agentes poderão encaminhar ofertas de RVD com vigência de 1 a 6 meses, mas há também a possibilidade de que ofertas com duração inferior a 1 mês sejam avaliadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Para receber a remuneração acordada, o ofertante deverá reduzir em, no mínimo, 80% do montante indicado e aceito. Caberá à CCEE aferir mensalmente o montante de RVD, considerando a diferença, em base horária, entre uma linha base de consumo e o consumo verificado da carga participante da oferta. Essa linha base de consumo das cargas será definida pela própria CCEE em conjunto ao ONS e será detalhada nos procedimentos e regras provisórios, a serem publicados ainda em setembro.

Aberta Consulta Pública sobre mecanismo de venda de excedentes

Está aberta a Consulta Pública n° 046/2021, que trata da possibilidade de exigência de garantias financeiras para participação no Mecanismo de Venda de Excedentes (MVE), coordenado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), com prazo de contribuição de 28/07/2021 até 10/09/2021.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) propõe aprimoramento para suavizar os efeitos da inadimplência de agentes compradores no mecanismo, verificado desde o início das operações de compra por meio dele em 2019. Segundo a ANEEL, a inadimplência média no MVE em 2020 e 2019 foi  de 2,04%, porém com registros de índices superiores a 30% em algumas distribuidoras durante determinados meses.

Atualmente, o MVE permite às distribuidoras negociar com participantes do Ambiente de Contratação Livre (ACL) a energia contratada para atender o seu mercado regulado e posteriormente avaliada como excedente. Após a negociação por meio do MVE, os compradores precisam pagar pela energia em liquidação financeira específica. A sugestão da ANEEL nesta consulta pública é a inclusão de duas etapas de exigência de garantias para a realização de compras no MVE. A primeira delas para participação no mecanismo, cobrada de todos os compradores em potencial, e a outra de fiel cumprimento do contrato para quem vier a comprar energia excedente das distribuidoras.

Projeto de Lei da energia solar passa na Câmara

A Câmara dos Deputados aprovou por 476 votos a 3 o Projeto de Lei n° 5.829/2019, disposto sobre o Marco Legal da Geração Distribuída. O texto, que agora segue para aprovação no Senado Federal, tem como objetivo proporcionar uma transição gradual para o pagamento dos custos de utilização da rede de distribuição sobre a energia consumida, não pela gerada.

Além de ser um marco na modernização da geração de energia, é possível apresentar como consequência desta mudança, redução de perdas de energia e bandeiras tarifárias, uma vez que o projeto estabelece novos limites para a minigeração distribuída, com maior facilidade no financiamento, garantia de fiel cumprimento e período de vigência e garantia para projetos já em andamento para a transição de cobrança.

É importante destacar que as atuais regras do sistema de compensação foram mantidas até 2045, para as unidades já existentes.

Aberta Consulta Pública nº 051/2021

Até dia 17 de setembro/2021, a Consulta Pública nº 051/2021 com o objetivo de aprimorar os critérios de entrada, manutenção e saída de agentes no Mercado Livre de Energia, seguirá aberta.

A sugestão do tema veio da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), e o principal foco da Consulta é a discussão sobre segurança das operações com o reforço no processo de aprovação e de acompanhamento das comercializadoras, por meio de avaliações periódicas de relatórios que comprovem a boa saúde financeira das empresas. De acordo com a Aneel, entre os aprimoramentos a serem discutidos na Consulta Pública estão “a identificação e o rígido escrutínio das cadeias societárias das comercializadoras para evitar gaming e a estruturação de operações sem lastro”. A avaliação da agência é que essas medidas são importantes para minimizar operações casadas em desfavor da livre concorrência do mercado de comercialização de energia elétrica.

Entenda o cenário da Redução Voluntária da Demanda

Saiba quais foram os desdobramentos até aqui da Portaria nº22/2021

Na segunda-feira, 23 de agosto, o Ministério de Minas de Energia (MME) publicou a Portaria nº 22/2021 apresentando as diretrizes para a Oferta de Redução Voluntária de Energia Elétrica, a qual já estava em pauta através da Consulta Pública nº 114/2021.

Tal oferta foi destacada também durante o pronunciamento de quarta-feira, 25 de agosto, na Portaria nº22/2021, com a presença do Ministro de Minas e Energia, juntamente com André Pepitone, diretor-geral da ANEEL; Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS; Thiago Barral, presidente da EPE; e Rui Altieri, presidente do conselho da CCEE, com o objetivo de garantir o suprimento de energia elétrica diante da atual situação da crise hídrica.

A medida de caráter temporário, com vigência prevista até 30 de abril de 2022, é direcionada a consumidores livres, consumidores modelados sob agentes varejistas, agentes agregadores e consumidores parcialmente livres, sendo condicional para a participação da oferta, estar adimplente junto à CCEE.

Os agentes poderão encaminhar as ofertas de Redução Voluntária de Demanda, realizada por meio de lotes de volume mínimo de 5MW, entre um à seis meses de vigência. As ofertas com duração inferior a um mês podem ser avaliadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

É importante ressaltar que o RVD é complementar ao Programa Piloto de Resposta da Demanda, coordenado pela ANEEL desde 2017.

Ainda traremos outras informações sobre as rotinas operacionais provisórias e os procedimentos e regras de comercialização provisórios da CCEE e ONS, por isso, fique ligado nas novidades de conteúdo através do nosso LinkedIn.

Cenário de mudanças da Crise Hídrica 2021

Com o cenário da crise hídrica atual, diversas alternativas para garantir o suprimento de energia elétrica estão sendo implementadas pelo Ministério de Minas de Energia, em conjunto à outros órgãos oficiais, através de Decretos e Portarias.

Entre as medidas citadas na quarta-feira, 25 de agosto, pelo MME, destacam-se as seguintes frentes:

É importante destacar que até o momento o MME não está considerando o racionamento.

Caso queira relembrar o cenário da crise hídrica e as decisões já tomadas em relação a esta, deixamos abaixo alguns textos de destaque no nosso blog:

Que tal reduzir os gastos com energia e redirecionar este orçamento para investimentos na sua empresa?

Entenda como a migração para o Mercado Livre de Energia pode ajudar a tornar esse tipo de organização financeira possível.

É comum trazermos aqui conteúdos sobre as vantagens que a migração para o Mercado Livre de Energia traz às organizações. Mas agora te convidamos para conhecer na prática o caso de um de nossos clientes, que há três anos fez essa mudança de contratação energética e reduziu 20% dos gastos com energia, o que possibilitou o direcionamento desta verba para outros investimentos da empresa, isto é, a decisão, gerou crescimento!

O setor supermercadista já conta com mais de 370 redes em contratação de Mercado Livre de Energia, e um deles é a rede de supermercados Real de Éden (RJ), que enquanto fazia parte do mercado cativo precisava manter os geradores ligados em horários de pico, o que gerava um gasto extra imensurável na contabilização final da energia.

Quando decidiu migrar para o Mercado Livre de Energia, a rede contou com o apoio do nosso time profissionalizado, desde o primeiro passo que envolve a apresentação dos estudos e análise de viabilidade, até o processo junto com a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). “O processo junto à concessionária de energia e à CCEE é burocrático, mas com o conhecimento e acompanhamento da CPFL, tudo aconteceu conforme planejado”, expõe Hilário Reis, Sócio-Diretor do Real de Éden.

Uma das principais mudanças no uso de energia elétrica na prática que o supermercado notou foi a possibilidade de deixar os geradores apenas como uma alternativa, em caso de falta de energia, uma vez que na contratação de Mercado Livre, o valor é o mesmo em todos os períodos do dia.

Se você também quer economizar na contabilização da sua organização, sem deixar de lado a qualidade e eficiência da energia, nós podemos te ajudar! Clique aqui e receba a sua proposta.

Entenda o descolamento entre PLD e CMO

A partir do detalhamento do PLD e CMO, veja quando ocorre o descolamento entre estes itens e de que forma isso impacta na sua empresa.

Para esclarecer os itens que impactam na contabilização de energia elétrica da sua empresa, nosso time montou este artigo detalhado sobre o descolamento entre o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) e do Custo Marginal de Operação (CMO). Mas antes, é importante saber no que consistem os valores destes itens do Relatório de Contabilização da CCEE.

O que é o PLD?

O Preço de Liquidação das Diferenças é calculado com base no Custo Marginal da Operação determinado pelos modelos matemáticos oficiais de despacho da operação do sistema, aplicando-se os limites regulatórios máximo e mínimo de PLD. Este montante é utilizado para valorar a diferença apurada pela CCEE entre os volumes de energia contratados e os efetivamente medidos nas transações do Mercado de Curto Prazo (MCP).

Cabe destacar que o PLD é apurado para cada submercado do Sistema Interligado Nacional, e para cada hora do dia. Além disso, é importante ressaltar que a metodologia de definição dos limites máximos e mínimos do PLD é aprovada pelo órgão regulador do setor, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

O que é o CMO?

O cálculo do Custo Marginal de Operação (CMO) pelo ONS equivale ao custo para se produzir o próximo Megawatt-hora que o sistema elétrico nacional necessita, isto é, representa o custo de atender uma unidade adicional à demanda do Sistema Interligado Nacional (SIN), de forma a ser estabelecido para cada submercado.

Quando ocorre o descolamento entre PLD e CMO?

Uma das razões para haver o descolamento entre o Custo Marginal de Operações e o Preço de Liquidação das Diferenças é a existência da limitação do PLD máximo.

Quando há a necessidade de despachar térmicas mais caras, com custo superior ao PLD, ocorre o descolamento entre os itens. Além disso, é importante levar em conta que para fins do cálculo do Preço de Liquidação das Diferenças, a CCEE utiliza os mesmos modelos de programação do despacho que o ONS, entretanto não considera as restrições elétricas internas aos submercados, de forma que o preço seja único dentro de cada um destes.

Essa diferença das tratativas entre os limites de intercâmbio internos aos submercados também pode ocasionar descolamento entre CMO e PLD.

Na Prática

O descolamento entre o Custo Marginal de Operação e o Preço de Liquidação das Diferenças resultará em encargos por custo de descolamento, a serem pagos pelos usuários de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN), lembrando que este fator compõe o relatório de contabilização enviado mensalmente para sua empresa.

Se você quiser se aprofundar no assunto, deixamos aqui o link do Caderno de Regras da CCEE, no qual você pode entender mais sobre os itens do Relatório de contabilização, e também o link explicando a formação do PLD.

Particularidades do Ajuste de Recontabilização, Agentes Desligados e Efeitos Liminares

Entenda as características e resultados destes itens na organização financeira da sua empresa

Antes de mais nada, é importante relembrar que tanto o Ajuste de Recontabilização, quanto os Agentes Desligados e Efeitos Liminares, fazem parte do Relatório de Contabilização mensal da CCEE. Isto implica que estes cálculos são determinados pelos agentes de comercialização de Energia Elétrica. Caso você queira retomar alguns conceitos mais abrangentes sobre este relatório, clique aqui.

Ajuste de Recontabilização

O Ajuste de Recontabilização é um recálculo das exposições financeiras dos agentes em decorrência de decisões transitadas anteriormente. Esse item do Relatório de Contabilização pode ser solicitado pelos agentes da CCEE, mas somente dentro de, no máximo, três meses após a realização da liquidação financeira do período mensal considerado.

Na prática

O cálculo de Ajuste de Recontabilização apura justamente estas diferenças das exposições financeiras, tanto dos resultados verificados dos agentes, quanto dos saldos remanescentes do processamento da contabilização.

Ajuste de Agentes Desligados

O Ajuste de Agentes Desligados exprime o rateio dos ajustes calculados para agentes que sofreram um processo de desligamento sem sucessão.

Na prática

Nos casos de ajustes de agentes desligados, o cálculo acontece na proporção dos respectivos ajustes, sendo 50% para os credores e 50% para os devedores. É importante ressaltar que caso não existam agentes credores, os ajustes apurados para os agentes desligados sem sucessão serão destinados integralmente aos agentes devedores.

Efeitos Liminares

Os Efeitos Liminares revelam a expectativa de débito ou crédito futuro para um grupo de agentes.

O cálculo é realizado pela CCEE, visando alinhar o cumprimento do cronograma de contabilização e liquidação financeira do mercado com o impacto de eventuais ações judiciais que afetem o volume financeiro a ser liquidado. É importante ressaltar que estas implicam o fato de que determinado agente deixa de pagar seu valor contabilizado total, reduzindo o valor recebido pelos agentes credores.

Na Prática

No Relatório de Contabilização, este ajuste recebe o nome de “Efeitos Liminares e Outros” por se tratar de um item que contempla diversos possíveis impactos de liminares de agente de geração e valores referentes aos créditos passados com atualização monetária referente a participação na inadimplência.

Através desse link você pode acessar o caderno de regras completo da CCEE para entender detalhadamente cada item do Retatório de Contabilização.

Gostou desse material? Acompanhe os artigos do nosso blog e mande sua sugestão de tema, assim cada vez mais a CPFL Soluções vai poder te ajudar na prática da organização energética da sua empresa.

Alteração da tributação do ICMS em SP no ambiente de contratação livre de energia elétrica

No dia 26 de junho de 2021 foi publicado o Decreto 65.823/21 no Estado de São Paulo, alterando a sistemática de tributação do ICMS nas operações do ambiente de contratação livre de energia elétrica.

Esse Decreto entrará em vigor a partir de 01/09/2021, mas diante de algumas dúvidas apresentadas pelos agentes de mercado, incluindo o Grupo CPFL Energia, a Secretaria da Fazenda de SP está reavaliando os dispositivos do mesmo para publicação de um novo Decreto.

O que mudará na prática?

Basicamente, o decreto alterará a forma de recolhimento/pagamento de tributação do ICMS, frente à aquisição de energia transferindo a responsabilidade que era do Distribuidor de energia elétrica para as Comercializadoras e Consumidores.

Quais serão os possíveis impactos?

É fundamental aguardamos a publicação do novo Decreto que irá enriquecer as análises e trazer maior clareza às mudanças propostas, mas com base na análise das informações disponibilizadas até o momento, podemos adiantar que, na prática, os consumidores teriam as seguintes mudanças em seus processos:

  1. Não necessidade de declaração da DEVEC;
  2. Recolhimento do ICMS sobre o preço da energia, quando esta é adquirida de comercializadoras situada fora do Estado de São Paulo.

Se a sua empresa consome energia no mercado livre e está localizada no estado de São Paulo, por ora, nossa indicação é que você notifique seu time Fiscal/Tributário sobre esse decreto para que eles avaliem a relação deste com seus processos internos.

Consulta Pública debate aporte de garantia para venda de excedente das distribuidoras

Em meio a um período de crise hídrica e preços altos no mercado livre, o Brasil enfrenta um cenário de sobrecontratação de energia entre as distribuidoras.

É fato que hoje ainda não temos mecanismos suficientes que permitam às distribuidoras uma gestão eficiente da energia, razão pela qual a ANEEL abriu na última quarta-feira (28/07), a Consulta Pública nº 046/2021, para discutir a possibilidade de exigência de garantias financeiras para a participação nos certames relativos ao Mecanismo de Venda de Excedentes (MVE), coordenado pela CCEE.

O aprimoramento proposto pela ANEEL visa mitigar os efeitos advindos da inadimplência de agentes compradores no mecanismo, verificado desde o início das operações de compra por meio dele em 2019.

Conforme dados divulgados pela ANEEL, houve uma inadimplência média de 2,04% no MVE em 2019 e 2020, porém com a constatação de inadimplências maiores que 30% arcadas por algumas distribuidoras em determinados meses.

Relembrando o MVE:

Regulamentado pela Resolução Normativa ANEEL nº 904/2020, o MVE permite que as distribuidoras negociem com participantes do ACL a energia contratada para atendimento de seu mercado regulado e, posteriormente, constatada como excedente.

Após a negociação por meio do MVE, os compradores devem realizar o pagamento pela energia em liquidação financeira específica. A ANEEL sugere, nesta Consulta Pública, a criação de duas etapas de exigência de garantias para a realização de compras no MVE: uma para participação no mecanismo, a ser cobrada de todos os participantes do certame – compradores em potencial, e outra de fiel cumprimento do contrato, para aqueles que vierem a adquirir a energia excedente das distribuidoras.

Hoje, a Resolução Normativa ANEEL nº 904/2020 prevê a aplicação de penalidades no caso de inadimplência, incluindo o possível desligamento do comprador da CCEE, porém não estabelece cobertura para o custo de oportunidade perdido pelos vendedores – lacuna que seria preenchida pelas garantias sugeridas na consulta pública.

A Consulta Pública nº 046/2021 estará disponível para contribuições entre 28/07 e 10/09/2021 e o Grupo CPFL já inicia as discussões sobre o tema.

Especialistas do Setor alertam para a amplitude da crise energética

Veículos de comunicação reportam que a demora no atual governo em reconhecer a magnitude da crise pode elevar riscos de apagões

A atual crise energética pela qual o Brasil enfrenta segue sendo manchete nos principais jornais e mídias especializadas. A grande crítica de especialistas ao Governo reside na falta de incentivos à redução do consumo. Isso pois, as ações federais em curso até o momento se concentram em esforços para tentar garantir a oferta, com a expansão de geradores fornecedores de energia existente, com foco em ampliar a oferta disponível.

Contudo, a contratação emergencial de termelétricas pode reduzir a pressão por ora, mas não proporciona uma recomposição de reservatórios para 2022, se o período seco reiterar. Além disso, o custo de tais medidas emergenciais será repassado ao consumidor. O Operador Nacional do Sistema já vê risco de esgotamento ainda em 2021.

Em paralelo, o MME se posicionou em nota afirmando que tem feito campanha pelo uso consciente da água e que não há qualquer indicativo de corte de carga.

Com as medidas de expansão da oferta, o governo tem a expectativa de ampliar a capacidade de geração atual em 8% e da malha de transmissão em 10%. O maior problema, porém, tem sido a expectativa de crescimento de consumo pautado no avanço da retomada econômica, além do fenômeno natural La Niña, que afeta drasticamente chuvas no Centro-Sul e no Nordeste e reduz a geração eólica.

Ademais, outras medidas esperadas para serem já implementadas no início de agosto, para auxílio no enfrentamento da crise, avançam de forma tímida. A remodelagem do Programa de Resposta da Demanda, conforme prometido aos grandes consumidores que voluntariamente reduzissem o consumo nos horários de pico, entrou em Consulta Pública divulgada pelo MME na última segunda feira (02/08), e ficará disponível para contribuições até dia 09/08.

ANEEL discute liberalização do mercado em Tomada de Subsídios

Tomada de Subsídios ANEEL nº 010/2021 traz discussões de mudanças importantes para o Setor

Os requisitos mínimos de ingresso no mercado livre de energia, tanto para consumidores livres, quanto para consumidores especiais estão, hoje, dispostos na Portaria do Ministério de Minas e Energia nº 514/2018, posteriormente atualizada pela nº 465/2019.

Segundo a Portaria atualizada, desde julho de 2019 iniciou-se a redução da régua de reserva de mercado de consumidores especiais. Seguindo o cronograma, a partir de janeiro de 2022, consumidores com carga igual ou superior a 1.000kW poderão optar por comprar energia elétrica livremente e o mesmo ocorrerá a partir de janeiro de 2023, com consumidores com carga igual ou superior a 500kW.

E na prática, o que isso significa?

Podemos considerar que a partir de janeiro de 2023 não haverá mais nenhuma reserva de mercado obrigatória para compra de energia incentivada, hoje obrigatoriamente destinada para consumidores especiais, e todos os consumidores com carga igual ou superior a 500kW poderão comprar, tanto energia convencional, quanto energia incentivada, para compor sua necessidade de consumo.

Adicionalmente, a Portaria também traz uma determinação para que a ANEEL e a CCEE apresentem estudos sobre medidas regulatórias necessárias para permitir a abertura do mercado livre para consumidores abaixo de 500kW. Na referida determinação, também há a necessidade de inclusão no estudo sobre o comercializador regulado de energia e uma proposta de cronograma de abertura oficial do mercado livre, iniciando em janeiro de 2024.

Assim, seguindo a determinação da Portaria, a ANEEL abriu recentemente a Tomada de Subsídios nº 010/2021, em que visa obter embasamento para a elaboração desse estudo disposto acima. Para tanto, diversas questões foram trazidas para os agentes responderem como essa mudança deve acontecer, considerando questões importantes, como:

Esses e outros desdobramentos serão analisados pelos agentes até o dia 17 de agosto, período em que se encerrará essa Tomada de Subsídios e a ANEEL iniciará a construção de uma proposta a ser endereçada via Consulta Pública.

O Grupo CPFL está participando ativamente dessas discussões. Qualquer dúvida, não deixe de nos contatar!

O que são Alívios Retroativos?

Entenda este dispositivo e qual o impacto na contabilização da sua empresa

Se você se preocupa em entender cada vez mais sobre quais são os itens pagos mensalmente na contabilização de energia elétrica da sua empresa no mercado livre, fique conosco.

Neste artigo, nossa equipe preparou uma visão geral sobre o que é o Alívio Retroativo, como ele impacta nas contas da sua empresa e onde encontrar detalhes sobre cada ponto do Relatório de Contabilização.

O que é?

Alívio Retroativo é um dos itens que compõe o Relatório de Contabilização mensal disponibilizado pela CCEE para todos os agentes do mercado livre de energia. Caso queira saber mais sobre este relatório, clique aqui.

Este tópico refere-se aos ajustes dos valores de encargos e exposições financeiras já pagos pela sua empresa no mercado livre de energia em contabilizações anteriores.

Como é cobrado?

A CCEE realiza esse cálculo mensalmente baseado nos custos do setor elétrico, visando garantir a segurança energética e a manutenção da operação do setor elétrico brasileiro.

O Alívio Retroativo é rateado entre todos os agentes, proporcionalmente ao seu consumo mensal e inerente as operações de cada agente. Para aqueles que estão no mercado livre de energia, esse pagamento ocorre via contabilização, já para consumidores do mercado cativo, a cobrança ocorre via fatura da distribuidora através do reajuste anual e da bandeira tarifária vigente.

Se interessou pelo assunto?

Como você já pode perceber, o Alívio Retroativo, ainda que não altere sua conta em grande porcentagem, é um item que está presente de forma indubitável nas tarifas. Sabendo da importância da clareza de conhecimento em todos os níveis financeiros de uma empresa, o time especializado em gestão de energia da CPFL Soluções se coloca à disposição para explicar melhor como funciona o Relatório de Contabilização da CCEE. Além disso, deixamos aqui o link do caderno de regras da CCEE, no qual consta a descrição de todos os itens da contabilização.

Visão geral do Encargos de Serviço de Sistema (ESS)

Entenda o que é e quais são as classificações desses encargos administrados pela CCEE.

De forma geral, os Encargos de Serviço de Sistema são a soma de custos adicionais de segurança de sistema, que possibilitam que o atendimento da demanda de energia seja suprido. Neste artigo você terá uma visão geral do significado e classificações do ESS.

Além disso, vamos demonstrar de forma simples e com um resumo super prático como os encargos administrados pela CCEE te impactam.[RTDO1] 

O que significa o Encargos de Serviço de Sistema – ESS?

Todos os agentes da CCEE que consomem energia dividem o pagamento do ESS. Esse encargo é gerado quando ocorre uma solicitação do operador do sistema para as Usinas Térmicas gerarem energia elétrica em momentos que essas usinas não estavam previstas ou programadas para serem acionadas.

Este encargo é pago apenas aos agentes geradores térmicos, que atendem a solicitação de despacho do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para realizar produção fora da ordem de mérito de custo.

Vale destacar que essas usinas são imprescindíveis para garantir a confiabilidade e a estabilidade no fornecimento de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN.

Atualmente, este encargo possui as seguintes classificações:

De forma a demonstrar toda a cadeia desses encargos, veja abaixo um esquemático para melhor visualização.

Figura 1: Procedimentos de Comercialização – Regras de Comercialização, nº 09 Encargos

O que tudo isso significa na prática?

Na prática, este encargo compõe um dos custos presentes no processo Contabilização da sua empresa na CCEE. Acesse nosso material para relembrar o assunto: Entenda o Relatório de Contabilização da CCEE.

Portanto, o pagamento deste encargo ocorre em conjunto com a sua contabilização através de depósito na sua conta corrente no Banco do Bradesco na Agência Trianon, onde o valor sempre será informado pelo seu gestor. Fique atento!

Revisão dos Valores das Bandeiras

Em meio a um período de acaloradas discussões acerca dos recordes históricos dos baixos níveis de reservatórios, no último dia 29 de junho, a diretoria da ANEEL aprovou a nova resolução que estabelece as faixas de acionamento e os adicionais das bandeiras tarifárias a partir de 1º de julho. De acordo com a simulação realizada, se não houvesse alteração nos valores das bandeiras, haveria um déficit de cerca de R$ 5 bilhões na Conta Bandeira. 

  Valor anterior Valor Ajustado Variação (%)
Bandeira Verde R$ 0,00 R$ 0,00
Bandeira Amarela R$ 1,343 R$ 1,874 + 39,5%
Bandeira Vermelha Patamar 1 R$ 4,169 R$ 3,971 – 4,8%
Bandeira Vermelha Patamar 2 R$ 6,243 R$ 9,492 + 52%

A ANEEL divulgou, inclusive, que a bandeira tarifária para o mês de Julho/2021 será VERMELHA PATAMAR 2.


Consumo de energia apresenta crescimento de 6,8% na primeira quinzena de junho

Dados da CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica mostram que o consumo de energia elétrica no Brasil segue há 11 meses em alta, demonstrando recuperação do recuo provocado pela pandemia de COVID-19 ao longo de 2020.

Na primeira quinzena de junho, a CCEE registrou um aumento de 6,8% em comparação com o mesmo período do ano passado. Esse aumento na demanda reflete a adaptação de setores da economia para operarem durante a pandemia, bem como uma sinalização de recuperação da economia, o que, por outro lado, preocupa a alta gestão dos órgãos do Setor nesse momento de crise hídrico-energética.



Decreto regulamenta a Lei do Gás no Brasil

Primeiro passo dado rumo à regulamentação da Lei nº 14.134/21.

Em complemento à novidade trazida acerca da publicação da Nova Lei do Gás, no início de junho o Governo Federal publicou o Decreto nº 10.712/21, que regulamenta a Nova Lei.

A lei em referência foi sancionada em abril e redesenhou o marco legal do Setor de Gás, porém os agentes aguardavam a publicação das regras e detalhamentos de alguns dispositivos.

Dentre os desdobramentos, o texto trouxe uma classificação de gasodutos de transporte, equiparou o Biometano (combustível obtido a partir do tratamento do biogás*) ao gás natural, criou regras para interação entre as esferas de poder, além de ter reforçado o papel da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) como Agência Reguladora responsável pela regulação de atividades concorrenciais. Ainda, previu a possibilidade de conexão dos produtores diretamente à malha de gasodutos de transporte, o que pode impulsionar grandes projetos de produtores de Biometano.

Ainda, o Decreto criou um pacto nacional do Novo Mercado de Gás, no qual o Governo busca uma harmonização das regulações estaduais, com o objetivo de assegurar que as regulações não sejam uma barreira para o desenvolvimento de mercado. Isso ocorre, pois a competência conferida pela Constituição Federal para regulamentar sobre o segmento de distribuição de gás (downstream) é estadual e não federal. Contudo, uma crítica que o mercado trouxe em relação a este tema vai no sentido de que esse pacto nacional é voluntário e não mandatório, o que não traz incentivo econômico para a sua adesão.

Seguimos acompanhando esse tema, que deverá ser seguido de abertura de Consultas Públicas para a regulamentação das alterações trazidas pela Lei e Decreto regulamentador.


*Biogás: é um tipo de biocombustível produzido a partir da decomposição de materiais orgânicos (de origem vegetal ou animal), que são decompostos, produzindo uma mistura de gases cuja maior parte é composta de metano. Alguns exemplos são: fezes de animais, restos de comida e lodo de esgoto.

Desestatização da Eletrobrás é aprovada no Congresso Nacional

Medida Provisória 1.031/2021 foi aprovada pelo Congresso Nacional e aguarda sanção presidencial.

Após a aprovação do texto base da Medida Provisória nº 1.031/21 – que trata da desestatização da Eletrobras, pela Câmara dos Deputados (em 20 de maio), e pelo Senado (em 17 de junho), a proposta retornou à Câmara para referendar as alterações propostas pelo Senado Federal.

Dessa forma, em 21 de junho, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou a MP nº 1.031/21 e a matéria aguarda, agora, a sanção do Presidente da República, que contará com o prazo de 15 dias úteis para sancionar a matéria, a partir do seu recebimento pela Casa Civil – o que ainda não ocorreu.

Sobre a proposta aprovada:

O projeto de conversão manteve a proposta original do governo – que autoriza a privatização da Eletrobras, por meio de operação de aumento de capital social da companhia sem subscrição pública de ações pela União. Contudo, acrescentou temas não afetos ao tema central, que foram objetos de críticas.

Dentre as emendas rejeitadas integralmente pela Câmara dos Deputados está a Emenda nº 24, que estabelecia novos critérios para migração de consumidores para o mercado livre, prevendo a liberalização total do mercado a partir de julho de 2026. Ainda, a emenda determinava que os consumidores cativos que migrassem para o ambiente livre carregariam consigo os custos da sobrecontratação involuntária das distribuidoras, por meio de encargo tarifário.

O que muda, afinal?

Em relação aos itens mantidos no texto final da proposta, está a contratação obrigatória de usinas termelétricas a gás natural, na modalidade reserva de capacidade, em localidades sem infraestrutura de gasodutos, que foi ampliada de 6GW para 8GW – tema mais polêmico da MP e não relacionado ao tema central.

Ainda, a minuta aprovada prevê a contratação de 2GW de Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs em leilões, bem como a possibilidade de prorrogação dos contratos do PROINFA – Programa de Incentivo às Fontes Alternativas por 20 anos, além de outras questões como:

 Estamos acompanhando de perto esse tema e manteremos todos os nossos clientes informados.

Governo Federal edita Medida Provisória para contenção da crise hídrica

Medida Provisória nº 1.055/2021 publicada está entre uma das diversas medidas para o enfrentamento da crise hídrica.

Frente a um cenário nacional de crise hídrica e energética pelas quais o Brasil enfrenta, o Governo tem atuado em algumas frentes com medidas em prol da melhor gestão dos recursos para otimização energética e atendimento de toda a demanda elétrica nacional. Dentre as medidas de Governo, está a Medida Provisória nº 1.055/2021, publicada em edição extra do Diário Oficial da União no último dia 28 de junho, já batizada pelo setor de “MP da Crise Hídrica”.

A referida MP institui a Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG), que tem sua vigência prevista até o dia 30/12/2021 e será composta pelos Ministérios: da Economia, da Infraestrutura, da Agricultura, do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Regional e de Minas e Energia e presidida por este último, que poderá tomar decisões sem consulta do colegiado.

Dentre os objetivos da CREG estão:

Importante mencionar que os custos incorridos pelos agentes de geração para a implementação das medidas de monitoramento e mitigação dos impactos poderão ser arcados pelos agentes do SEB via ESS – Encargo de Serviço do Sistema.

Segundo pronunciamento do Ministro, a medida tem como principal objetivo não apenas de assegurar o abastecimento de energia elétrica até o final de 2021, momento em que seguiremos vivendo a atual crise hídrica, como reduzir também os impactos dessa escassez hídrica para os demais usuários da água. Ainda, reforçou que, em parceria com a indústria, o Ministério está finalizando o redesenho do programa voluntário que incentiva as empresas a deslocarem o consumo dos horários de maior demanda de energia para os horários de menor demanda, denominado Programa de Resposta da Demanda, sem afetar sua produção e o crescimento econômico do País

Crise de 2001 vs. 2021

Para todos aqueles que vivenciaram a crise hídrica de 2001, a criação da CREG provavelmente nos remete à Medida Provisória nº 2.147/2001, que criou a Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica – GCE. Contudo, se analisarmos ambas as medidas, a CREG possui funções diretivas e relativas à coordenação do que a GCE, que possuía atribuições voltadas ao operacional. Isso se deve ao fato de que hoje temos um modelo de governança do Setor Elétrico estabelecido e com atribuições bem definidas desempenhadas pelos órgãos que o compõem. Outro fator está relacionado ao momento da CREG, que está sendo criada com uma antecedência diferente da qual fora a GCE em 2001, com uma antecedência suficiente para possível implementação de medidas e ações emergenciais em caso de eventual necessidade.

Outras medidas do Governo para a gestão da crise hídrica:

Além da Medida Provisória publicada, o Governo já vem atuando há alguns meses em outras frentes para o enfrentamento da crise, tais como:

Embora saibamos que iremos viver um ano desafiador sob a ótica hídrico-energética, estamos aqui para trazer informação transparente e verdadeira para nossos clientes. A CPFL Soluções está aqui para oferecer todo suporte necessário, nosso time comercial segue à disposição em caso de dúvidas.

Já imaginou economizar mais de R$100 mil na conta de energia da sua indústria?

Descubra como conseguimos uma economia de mais de R$ 100 mil na conta de energia de uma indústria de materiais para construção civil.

Quando você pensa sobre o setor elétrico logo imagina variação de tarifas e que sua conta vai ficar mais cara, não é? Então você precisa saber que existem empresas que estão se beneficiando com algumas recentes mudanças regulatórias.

É o caso de uma indústria de materiais para construção civil, que teve a orientação do time de gestão da CPFL sobre seu enquadramento em um novo critério de contratação no Mercado Livre e, com isso, economizou mais de R$ 100.000,00 com sua conta de energia.

Entenda o Caso

No mercado livre de energia é possível escolher a fonte de energia que está sendo contratada entre convencional ou incentivada. Porém, existe uma regra para isso: a energia convencional só poderia ser adquirida por consumidores que tivessem uma demanda mínima de 2.000kW.

Com publicação da Portaria nº 514/2018, do Ministério de Minas e Energia, a demanda mínima para compra de energia convencional reduziu. Isso significa que, neste momento, consumidores com a demanda mínima de 1500 kW já podem adquirir energia convencional.

Como essa indústria fechou seu contrato de compra de energia antes da nova portaria, ela optou por aumentar sua demanda acima do que era necessário para suprir a energia da sua fábrica. Dessa forma, ela conseguiu comprar energia convencional, que possuía um maior potencial de economia do que a incentivada.

Com a mudança da legislação e a redução da demanda mínima para compra da fonte convencional, nossos consultores identificaram que poderiam otimizar ainda mais o contrato de energia deste cliente, que estava pagando por uma necessidade maior do que a que realmente tinha.

Esse olhar cuidadoso nos contratos de energia dos clientes somado ao conhecimento do setor elétrico e de suas alterações foi o que nos proporcionou gerar para esse cliente mais de R$ 100.000,00 de economia em um ano.

Quer saber se seus contratos estão bem dimensionados? Entre com contato com nossos consultores.


Não fique com dúvidas:

A demanda contratada é uma potência, medida em kW, fixada por meio de contrato entre a distribuidora local de energia e o consumidor. A distribuidora deve disponibilizar o montante contratado de forma contínua ao consumidor, que paga esse montante de forma integral à distribuidora. A demanda contratada pode ser dividida nos segmentos ponta e fora ponta, sendo que o horário de ponta é caracterizado pelo período de três horas consecutivas, exceto sábados, domingos e feriados nacionais, definido por cada distribuidora, conforme o período de maior utilização de energia na região que ela atende. Os demais horários são considerados Fora Ponta.

De acordo com a Portaria MME 514/2018, a demanda mínima de 1.500kW está vigente para o ano de 2021. O cronograma prevê que em janeiro de 2022, haja uma nova redução.

O que é Resultado de Curto Prazo?

Você tem ideia de como o processo de contabilização no mercado livre de energia impacta o dia a dia da sua empresa? Com o objetivo de te ajudar ainda mais, abordaremos este tema de uma maneira bem clara e sucinta, com um resumo super prático para o seu entendimento.

O que significa Resultado de Curto Prazo?

É o resultado da apuração das diferenças entre o total contratado e o total consumido para cada hora do mês de referência. O objetivo desse cálculo é valorar as diferenças apuradas ao Preço de Liquidação das Diferenças (PLD). A apuração das diferenças corresponde à etapa central do processo de contabilização e é uma das principais atividades da CCEE.

Entenda todos os itens que compõem o Resultado de Curto Prazo

Um pouco mais sobre o Proinfa: Trata-se de um Programa de Incentivo às Fontes Alternativas, criado pela Lei nº 10.438/2002, com o objetivo de aumentar a participação de fontes alternativas renováveis (pequenas centrais hidrelétricas, usinas eólicas e empreendimentos termelétricos a biomassa) na produção de energia elétrica. O Proinfa é dividido em cotas mensais que funcionam como um contrato de energia e que passam a compor o saldo de contratos  de compra do consumidor no mercado livre.

O que tudo isso significa na prática?

Para te ajudar a compreender melhor, nossos especialistas desenvolveram um exemplo hipotético. No gráfico abaixo, nós comparamos a diferença entre o consumo e o contrato de uma empresa ao longo de um dia, e mostramos como o PLD horário impacta diretamente no Resultado de Curto Prazo.

curto prazo

Repare:

  1. O PLD horário, que está sendo representado pela linha verde, está com um valor reduzido das 02h às 06h da manhã e teve um pico das 14h às 16h.

Nossos especialistas estão sempre acompanhando a contabilização para sugerir mudanças para nossos clientes, a fim de reduzir a exposição das empresas, como por exemplo, flexibilização de contrato, gestão da demanda, telemetria, entre outras opções.

Entenda o Relatório de Contabilização da CCEE

Visando cada vez mais ampliar o seu conhecimento a respeito das especificações do Mercado Livre de Energia, nesse artigo vamos te explicar com uma abordagem simples e dinâmica algumas informações que irão auxiliá-lo em sua análise do Relatório de Contabilização, o qual contempla, mensalmente, as relações entre consumo, contrato de energia e encargos, com informações valiosas para a sua empresa.

Neste artigo você irá entender o que significa cada item deste relatório de forma bem simples, esclarecendo os impactos de acordo com suas operações no Mercado Livre, bem como comparando estes itens com obrigações que seriam pertinentes, caso ainda estivesse no Mercado Cativo.

Importante ressaltar que o Relatório de Contabilização é disponibilizado pela CCEE para todos os agentes do mercado livre de energia.

Entenda o que significa cada item do Relatório de Contabilização

MME tem novo Secretário de Energia

No último dia 21/05, Christiano Vieira da Silva foi nomeado Secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, cargo até então ocupado por Rodrigo Limp, que tomou posse como Presidente da Eletrobras no início de maio, último dia 07/05, conforme informado em nosso Alerta da Regulação nº 032/2021. Técnico de carreira, Christiano Vieira ocupava o cargo de Superintendente de Regulação dos Assuntos de Geração – SRG desde 2015. De 2007 a 2014 foi assessor da diretoria da ANEEL. Anteriormente, entre 1997 e 2003, também ocupou cargos nos Ministérios de Minas e Energia, Saúde e da Fazenda, sempre com atuação direcionada para os temas de infraestrutura. Engenheiro Eletricista graduado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o ex-Superintendente da ANEEL também é Mestre em Economia pela Universidade de Brasília (UnB).

Highlits – Confira outros destaques do mês:

Bandeira tarifária de junho/2021: a bandeira tarifária acionada para o mês de junho será vermelha – patamar 2, com custo de R$6,24 para cada 100kWh consumidos. Maio é considerado o primeiro mês da estação seca nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional – SIN e já registrou condições hidrológicas desfavoráveis em função do cenário macro. Junho se inicia com os principais reservatórios do SIN em níveis mais baixos para essa época do ano, o que já sinaliza para um horizonte com reduzida geração hidrelétrica e aumento da produção termelétricas.

Consumo de energia apresenta crescimento de 10,5% na primeira quinzena de maio: dados da CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica mostram que houve um aumento de 10,5% no consumo de energia elétrica na primeira quinzena de maio em relação ao mesmo período em 2020. Segundo a Câmara, a sequência de 10 meses consecutivos de crescimento reafirma a resiliência de setores da economia mesmo diante da manutenção da pandemia da COVID-19. Esse resultado foi motivado pelo mercado livre, com uma alta de 25,2%, influenciada também pela entrada de novas cargas no segmento.

PL de GD ainda não encontrou consenso: o Projeto de Lei nº 5.829/2019, que propõe um marco regulatório para a Micro e Minigeração Distribuída no país, tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados desde dezembro de 2020, porém, desde o início de março, já recebeu cinco novas versões de substitutivos apresentados pelo seu relator, o Deputado Lafayette de Andrada (Republicanos/MG). Contudo, ainda não há um consenso na Câmara acerca de sua aprovação, dada a divergência de interesses que circundam o tema. O assunto está em foco por lá, continuaremos monitorando.

Hidrogênio Verde já pode ser realidade no Brasil

Estudos já estão autorizados para a proposição de diretrizes para o Programa Nacional do Hidrogênio.

No último dia 17/05, o Conselho Nacional de Política Energética – CNPE, órgão máximo de assessoramento da Presidência da República na formulação de políticas nacionais e diretrizes de energia, publicou a Resolução CNPE nº 06/2021, que determina a realização de estudo para proposição de diretrizes para o Programa Nacional do Hidrogênio.

A Resolução determina ao Ministério de Minas e Energia, em cooperação com os Ministérios da Ciência, Tecnologia, Inovações e Desenvolvimento Regional – MCTI, com apoio técnico da Empresa de Pesquisa Energética, que apresente ao CNPE, em até 60 dias, diretrizes para o Programa.

O estudo deverá observar:

Um pouco sobre o Hidrogênio

Em face às dificuldades encontradas por diversos países em reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, o hidrogênio ganhou força como recurso voltado à descarbonização das economias. O insumo carrega alta densidade energética, possui versatilidade de uso, não emite CO2 e pode funcionar como armazenamento de energia.

Por ter uma matriz diversificada e dominada por fontes renováveis de energia, o Brasil é visto como uma potência para a produção e exportação, no futuro, do hidrogênio “verde” – aquele produzido por energia elétrica renovável, a partir de eletrólise.

O tema promete estar presente nas pautas de tendências voltadas ao setor energético brasileiro.

Fiquemos de olho!

Desestatização da Eletrobrás é aprovada na Câmara dos Deputados

Medida Provisória 1.031/2021 foi aprovada na madrugada do último dia 20 de maio e desperta críticas no setor.

Em longa sessão do Plenário da Câmara dos Deputados ocorrida na madrugada no último dia 20/05, a redação final do parecer elaborado pelo relator da Medida Provisória – MP nº 1.031/21, deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), foi aprovada. A referida MP contém diretrizes gerais para o processo de desestatização da estatal Eletrobras, que hoje detém 30% de toda a energia gerada no país e está vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

O modelo de desestatização aprovado se dará na modalidade de aumento do capital social, por meio da subscrição pública de ações ordinárias com renúncia do direito de subscrição pela União. Na prática, a União fará a capitalização da empresa, com lançamento de ações na bolsa, porém não participará dessa operação.

Apesar de manter o controle, a União será detentora da conhecida Golden Share, uma ação de classe especial que lhe garante poder de veto em deliberações relacionadas a ações sociais – a fim de evitar que algum acionista detenha mais de 10% do capital votante da empresa. A intenção é, no futuro, se desfazer de mais ações tão logo a empresa esteja mais valorizada, já sob a gestão privada.

Dentre as questões trazidas no texto aprovado que dizem respeito à privatização em si, foram aprovadas diretrizes e alterações sem relação direta com o processo de desestatização, objeto de críticas por agentes do setor.

Questões polêmicas e desdobramentos para o Setor Elétrico:

Contratação de térmicas: a proposta aprovada determina a realização de leilão para adquirir compulsoriamente contratos de fornecimento de usinas térmicas à gás localizadas no Nordeste (1 GW), Norte e Centro-Oeste (5 GW), por 15 anos, para térmicas à gás natural. Agentes do setor e associações já emitem duras críticas a esta aprovação, que pode resultar em um aumento de custo a todos os consumidores em R$ 20 bi/ano;

Contratação de Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs: o texto também prevê um leilão de 2 GW de PCHs, o que pode aumentar o custo para o consumidor cativo em quase R$ 1 bi/ano, durante 30 anos.

PROINFA: a proposta trouxe a possibilidade de prorrogação de contratos do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas – PROINFA, hoje administrados pela Eletrobras, por 20 anos. Em relação a esse item, estima-se um acréscimo de mais de R$ 3 bi/ano nas contas de energia;

Transferência de renda:  o texto prevê que um eventual superavit da energia vendida por Itaipu a partir de 2023 – quando se encera o período de pagamento do empréstimo de construção da obra – será dividido em 75% para abater encargos nas contas de luz e 25% para programas sociais do governo;

Mercado cativo: no texto aprovado, há destinação de recursos da CDE apenas para os pequenos consumidores ligados às distribuidoras, deixando de fora o mercado livre de energia e grandes consumidores;

Após a aprovação da MP, associações ligadas à indústria e a investidores do setor elétrico iniciaram uma mobilização para tentar reverter no Senado a inclusão desses dispositivos sem relação com a desestatização em si. A maior linha de defesa vai no sentido de que tais medidas trazidas no texto devem resultar em uma maior pressão nas contas de luz de todos os consumidores brasileiros, notadamente em função da criação de reserva de mercado para as térmicas à gás e pequenas centrais hidrelétricas.

Próximos passos:

O texto segue agora para aprovação do Senado, que tem até o dia 22/06 para apreciação, a partir de quando a referida MP caduca. Após a aprovação do Senado – se não houver modificações ao texto aprovado, ele segue, então, para a sanção presidencial.

Estamos acompanhando de perto esse tema e manteremos todos os nossos clientes informados.

Crise energética preocupa todo o país e reacende atratividade no ACL

Térmicas operando na base e importação de energia da Argentina e Uruguai estão entre as medidas adotadas pelo Governo.

A crise hídrica que assola o país – novamente – está ganhando representatividade nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, de modo que o Ministério de Minas e Energia decidiu criar uma “sala de situação” para acompanhar o suprimento de energia no país de modo a tentar preservar o volume dos reservatórios sem prejudicar o abastecimento energético.

O grupo foi criado após o alerta do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS e de outros órgãos ligados ao Ministério acerca da maior crise hidrológica dos últimos 91 anos.

Entendendo a crise energética

Entre setembro de 2020 e abril de 2021, os reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste receberam o menor volume de chuvas dos últimos 90 anos, desde quando essas informações começaram a ser registradas, em 1931. Ocorre que, tais reservatórios representam 70% da capacidade de armazenamento de águas do país.

Segundo o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico – CMSE, em abril, o volume dos reservatórios chegou no menor nível verificado para esse mês desde 2015.

Sendo assim, com o término do período chuvoso no Sudeste e Centro-Oeste e com os baixos volumes armazenados nos reservatórios, o CMSE reforçou a necessidade de adoção de medidas mais efetivas na busca pelo equilíbrio do abastecimento energético, razão pela qual acionou geração termelétrica fora da ordem de mérito além da importação de energia da Argentina e Uruguai, sem limitação de quantidade e preços – desde que respeitadas restrições operativas de forma a minimizar o custo operacional global do sistema elétrico.

Consequências

Com a crise hídrica que estamos vivenciando e medidas emergenciais sendo adotadas pelos órgãos setoriais para garantir o suprimento energético, a pressão sobre as tarifas de energia de todos os consumidores é fato certo. Não haverá como fugir de um aumento tarifário expressivo motivado, notadamente, pelo acionamento de térmicas operando na base fora da ordem de mérito, o que encarece o custo operativo do sistema.

Mercado Livre em alta

Frente a este cenário, o mercado livre de energia volta a ganhar maior relevância. Já existe uma tendência identificada de consumidores de pequeno porte, ainda ligados às distribuidoras, de maior procura por informações e pedidos de cotações para iniciar seus processos de migração ao mercado livre de energia, apesar de os preços em ambos os mercados, regulado e livre, estarem em alta devido à conjuntura nacional.

Diante disso, o setor elétrico deverá vivenciar mais um ano de altas adesões ao mercado livre. Segundo dados da CCEE, em 2021 o volume total de migrações já é o segundo maior da história, com 149, atrás somente do ano recorde de migrações que ocorreu em 2016, que contou com 192.

Independentemente do cenário enfrentado, a CPFL Soluções estará sempre ao lado dos nossos clientes oferecendo a segurança necessária.

Como a tecnologia e inovação trazem melhores soluções energéticas para seu negócio

Perguntas cujas respostas podem valer um milhão de dólares deveriam ser feitas constantemente nas empresas. As conclusões podem ser valiosas, com soluções que resultam em economia significativa e avanço na sustentabilidade. Dois aspectos muito valorizados hoje em dia. Por isso, eu te pergunto hoje: — Será que o consumo de energia da sua empresa pode ser otimizado e melhor dimensionado do que vem sendo atualmente?

Para uma resposta assertiva, uma boa estratégia é unir especialistas em negócios e de áreas mais técnicas para que juntos encontrem as melhores soluções energéticas, maximizando os resultados. Quando o time interno tem o apoio de uma consultoria externa, as alternativas podem ser ainda mais interessantes e os resultados mais satisfatórios.  A soma desses esforços ajuda a entender onde se concentram os maiores gastos e pode abrir perspectivas animadoras ao otimizar os negócios com a possibilidade de acesso às novas fontes de energia. 

Um bom exemplo dessa parceria entre as áreas técnica e de negócios foi a instalação da subestação que ampliou a capacidade de consumo de energia da unidade fabril  de um grande player no desenvolvimento de tecnologias para o mercado agrícola no mundo. Ao analisar a necessidade do cliente, a CPFL Soluções constatou que uma simples oscilação no fornecimento de energia poderia colocar toda uma linha de produção em risco, o que acarretaria prejuízos para a empresa. A construção de uma subestação exclusiva para atender a fábrica eliminou essa possibilidade e ainda ofereceu condições de expansão da planta do cliente sem colocar em risco a segurança energética.

A CPFL Soluções atuou desde a consultoria para avaliar os problemas e propor a melhor solução técnica com o menor custo, até a implantação da nova infraestrutura que supre o crescimento da demanda da empresa por energia e que garante a qualidade do fornecimento durante o processo produtivo da fábrica.

Com as inovações e as atuais normas de incentivo e regulamentação do setor de energia, a redução no consumo deixou de ser o único aspecto avaliado pelas empresas quando o assunto é economia. O tema ganhou complexidade técnica que requer uma avaliação multidisciplinar, a fim de propor soluções que possam garantir fornecimento ininterrupto e economia de consumo a partir das diferentes possibilidades de compra e geração de energia. Ou até mesmo de comercialização do excedente produzido, se for o caso.

A inovação pede um olhar mais abrangente

Olhar abrangente

Atualmente ninguém mais pode pensar que não importa de onde vem a energia.  Afinal, ela pode vir de diferentes fontes, o que pode interferir nos custos e em todo o cenário a ser avaliado. Quem oferece o suporte necessário para essa avaliação é a área técnica, qualificada para ajudar a entender os fatores ligados à geração de energia, confiabilidade das fontes quanto à garantia da continuidade do fornecimento e segurança aliada ao grau de desempenho

Unindo o melhor de dois mundos, técnico e de negócios, a CPFL Soluções – uma empresa da CPFL Energia – atua junto aos gestores e à equipe técnica dos seus clientes, oferecendo desde consultoria para repensar a fonte e o consumo de energia até a gestão e implantação de soluções inovadoras, com expertise comprovada em gestão e comercialização de energia, eficiência energética, geração distribuída e serviços de infraestrutura energética. 

A atenção constante às tendências do mercado e às novas tecnologias permite avaliar o impacto da sua adoção, indicando as soluções em energia mais modernas e com melhor desempenho para cada cliente. Assim, a CPFL Soluções pode oferecer suporte, do projeto à implantação da tecnologia, garantindo a segurança do fornecimento. Uma questão essencial tanto à área técnica quanto à de negócios e que deve, portanto, ser considerada em uma avaliação das melhores soluções energéticas para a empresa.

Ao avaliar as novas alternativas do mercado, é importante garantir, por exemplo, que a empresa não terá nenhum tipo de problema no fornecimento de energia; o que pode colocar em risco toda uma linha de produção e, consequentemente, trazer prejuízos. A redução de custos de energia impacta também o preço final dos produtos e pode garantir maior competitividade no mercado. Para alcançar esse objetivo, torna-se necessário, mais uma vez, o envolvimento de técnicos – para avaliar os aspectos de manutenção, produção e segurança – e de gestores, que observam os ganhos econômicos advindos das soluções técnicas. Apenas o consenso das duas áreas pode levar à melhor decisão para os negócios.

Outros temas que conversam com essas duas áreas são: o aumento frequente das tarifas, a busca por sustentabilidade, a redução no preço da energia solar, as novas possibilidades de economia com o investimento em geração fotovoltaica e a regulação do Mercado Livre de Energia.

Ou seja, sob todos os aspectos que o consumo de energia de uma empresa for avaliado, é necessário unir os conhecimentos de gestores e técnicos.  Dada a complexidade dos aspectos técnicos e econômicos que serão analisados e a importância da implantação com todos os requisitos de segurança, torna-se ainda mais relevante a escolha de um parceiro com vasta experiência e foco em inovação. Nós, da CPFL Soluções, acreditamos na força da união. Somos especialistas em energia que transforma negócios e queremos atuar junto ao seu time para ajudar a sua empresa a encontrar e implantar a fonte de energia mais barata e segura, que permita alcançar os melhores resultados.


Fabiana Carvalho Lopes Avellar
Diretora de Regulação, Marketing e Inteligência de Mercado

Agenda Setorial é destaque na semana

Aconteceu entre os dias 26 e 28 de abril a Agenda Setorial, evento que reúne diversos agentes para discutir mudanças e perspectivas relacionadas aos rumos do setor de energia para o biênio 2021/2022.

O evento contou com membros dos principais órgãos do Setor Elétrico, que trouxeram, dentre outros, discussões sobre o panorama de mercado e projeções após 1 ano de pandemia, desdobramentos decorrentes do processo de desestatização da Eletrobrás para o Setor Elétrico, preços e perspectivas para a retomada da produção industrial de energia em 2021, dentre outros.

O evento finalizou no dia 28 de abril com discussões acerca dos impactos decorrentes da aprovação da Lei do Gás para o Setor Elétrico.

Veja também outros highlights do mês

Bandeira tarifária de maio/2021

A bandeira tarifária acionada para o mês de maio será vermelha patamar 1, com custo adicional de R$ 4,169 para cada 100kWh consumidos. Em maio inicia-se o período seco, com os principais reservatórios apresentando estoques aquém do esperado para essa época do ano. Essa conjuntura sinaliza patamar desfavorável de produção pelas hidrelétricas e alta necessidade de acionamento do parque termelétrico, pressionando custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de custo prazo (PLD).

Comércio e Serviços expressam início de recuperação

Dados da CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica mostram que setores fortemente impactados pela COVID-19, como Comércio e Serviços, demonstram uma recuperação significativa na primeira quinzena de abril. A retomada das atividades é justificada pelo crescimento no consumo de energia elétrica por esses segmentos no mercado livre, com 31,2% e 45%, respectivamente.

Publicada Lei que isentou faturas de energia do Amapá

No último dia 27 de abril, foi publicada a Lei nº 14.146/2021, decorrente da conversão da Medida Provisória nº 1.010/2020 – que isentou do pagamento da conta de luz os consumidores afetados pelo apagão que ocorreu no Amapá por 22 dias, entre o fim de setembro e outubro de 2020. Esta isenção das faturas dos consumidores do Amapá se deu a partir da destinação de R$ 51,3 milhões da CDE – Conta de Desenvolvimento Energético à CEA – Companhia de Eletricidade do Amapá – distribuidora local.

Na mesma data, também foi publicada a MP 1.011/2020, que abriu crédito extraordinário, do Tesouro Nacional em favor do Ministério de Minas e Energia – MME, a ser transferido à CDE para custear esse desembolso do impacto à CEA.

Conforme trouxemos em nosso Boletim Regulatório, edição de Novembro de 2020, para arcar com esse valor, o Decreto nº 10.551/2020, também publicado em 25 de novembro, antecipou o fim da alíquota zero de IOF em operações de crédito para 26 de novembro, que estava previsto para ocorrer, inicialmente, em 31 de dezembro de 2020. Dessa maneira, então, a antecipação de crédito do Tesouro em favor da CDE está sendo custeada por todos os contribuintes que realizam operações financeiras.

PL de GD não é consenso na Câmara

O Projeto de Lei nº 5.829/2019, que propõe um marco regulatório para a Micro e Minigeração Distribuída no país, tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados desde dezembro de 2020, porém, desde o início de março, já recebeu três novas versões de substitutivos apresentados pelo seu relator, o Deputado Lafayette de Andrada (Republicanos/MG). Contudo, ainda não há um consenso na Câmara acerca de sua aprovação, dada a divergência de interesses que circundam o tema. O assunto está em foco por lá, continuaremos monitorando.

Nova Lei do Gás é realidade no país

Após 6 anos de discussões, foi publicada a Lei nº 14.134/21, que deve atrair novos investimentos para o setor

No último dia 08 de abril, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a Nova Lei do Gás, publicada sob o nº 14.134/21.

Conforme nossa última edição do Boletim Regulatório de março de 2021, o referido Projeto de Lei, até então tramitando sob o nº 4.476/2020, fora aprovado em setembro de 2020 pela Câmara dos Deputados e, na sequência, seguiu para o Senado, onde sofreu significativas modificações em dezembro do mesmo ano. Já em 17 de março deste ano, a Câmara rejeitou veementemente todas as alterações que haviam sido propostas pelo Senado e aprovou o projeto na sua proposta original e, nesses moldes ele então foi sancionado.

O que muda?

A Lei estabelece um novo marco regulatório para o setor de gás natural no Brasil, e cria nova lógica de mercado, com limites impostos à participação da Petrobrás no setor, simplificando processos e consolidando bases para uma melhor utilização das infraestruturas existentes na busca por uma maior segurança jurídica e, por consequência, atração de mais investimentos e aumento da concorrência, considerado um aspecto relevante para a retomada do crescimento econômico no país.

Dentre as mudanças estruturais impostas pela nova Lei à cadeia de valor do Gás Natural está a desverticalização do setor de transporte, garantia de amplo acesso de terceiros a infraestruturas essenciais, fim do modelo de concessão no segmento de transporte, contratação da capacidade de transporte por entradas e saídas, dentre outras alterações imprescindíveis para que houvesse, de fato, um mercado aberto e desenvolvido desse insumo no país, até então sob o monopólio da Petrobrás.

Trata-se de um tema que integrou a campanha dos atuais Presidente da República e Ministro da Economia. Por meio desse novo marco legal, há expectativas anunciadas de novos investimentos da ordem de R$ 74bi e a geração de mais de 33 mil empregos diretos e indiretos.* Fonte: Valor Econômico

Para implementar as mudanças trazidas pela lei, contudo, serão necessárias medidas infralegais e discussões no âmbito regulatório para definições operacionais acerca da dinâmica imposta pelo marco legal. Nossos times estão acompanhando esse tema de perto para deixar você sempre à frente das novas perspectivas advindas desse tema. Fique de olho!  

Medidas da ANEEL amenizam elevação das Tarifas

Aumento médio inicialmente projetado pela Agência seria de 18,2%

Desde o final de 2020, a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, realizou uma projeção de aumento nas tarifas de energia elétrica para o ano de 2021, na ordem de R$ 29,57 bilhões, proporcionando um cenário base de aumento tarifário médio de 18,20% para os consumidores de todo o país. Diante dessa conjuntura, a ANEEL divulgou em abril desse ano um conjunto de oito medidas para mitigação do impacto nas contas de energia, que resultará num montante de R$ 18,83 bilhões de atenuação nas tarifas.

Conta-Covid

Criada em 2020, a Conta-Covid foi uma das medias que resultou no financiamento de aproximadamente R$ 15 bilhões para o Setor Elétrico, sendo que parte desse recurso já foi revertido para os consumidores ao longo de 2020 e, uma parte dele, no total de 1,78 bilhão, ainda será revertido ao longo deste ano.

P&D e PEE

Em paralelo, recursos dos programas de Pesquisa e Desenvolvimento – P&D e de Eficiência Energética – PEE, também revisados em 2020, contribuem à amortização das tarifas o montante de R$ 2,23 bilhões.

PIS e Cofins

Além disso, distribuidoras que possuem recursos para devolução dos valores cobrados a maior de PIS e Cofins, acumularão um valor expressivo de R$ 5,58 bilhões, que irão contribuir no pacote de medidas estabelecido pela Agência.

Demais ações

Outras ações incorporadas foram a inserção de uma parcela de R$ 3,66 bilhões relativa ao reperfilamento do pagamento da rede básica do sistema existente – RBSE pelas transmissoras, algumas receitas para a modicidade tarifária, que ainda não foram consideradas nos processo de revisão tarifária, estimadas em R$ 300 milhões e a antecipação das receitas faturadas dos consumidores por ultrapassagem de demanda e excedente de reativo, que acrescentam uma importância de R$ 1,61 bilhão.

Ainda, duas últimas ações incorporadas se referem à consideração de crédito do saldo de comercialização de Itaipu e sobras operacionais que somam um montante de R$ 1,53 bilhão, e o diferimento da Parcela B, onde estão alocados os custos gerenciáveis das distribuidoras e que, segundo projeção da ANEEL, poderá contribuir com cerca de R$ 2,14 bilhões.

Motivação

Vale destacar que tais medidas foram necessárias, dado que em 2021 os reajustes tarifários das distribuidoras de energia teriam forte efeito atípico.

Dentre as causas mapeadas decorrentes dessa pressão tarifária estão, um cenário hidrológico adverso e a aquisição de energia advinda de ITAIPU, que é precificada em dólar.  Outro forte aliado desse efeito reside nos índices de correção de novos contratos de concessão firmados pelas distribuidoras a partir de 2015, quando tiveram alterados os indexadores de IGP-M para IPCA. O resultado foi que um grupo de 16 empresas possui ainda o IGP-M como fator de ajuste da Parcela B, enquanto que outras 18 concessionárias terão seus custos gerenciáveis ajustados pelo IPCA.

A disparidade entre os índices IGP-M e IPCA, que avançaram no ano passado na ordem de 23,14% e 4,52%, respectivamente, foi alvo de preocupação de associações do setor e da própria ANEEL, que buscou aplicar ações capazes de atenuar os impactos tarifários sentidos pelos consumidores em 2021, tentando manter o equilíbrio econômico financeiro dos contratos das empresas dos segmentos de geração, transmissão e distribuição.

Geração de energia de baixo carbono e desenvolvimento sustentável: iniciativas que podem colocar a sua empresa um passo à frente

A sua empresa está alinhada com as principais conversas sobre sustentabilidade? Se a resposta foi não ou se você teve alguns minutos de dúvida, então é melhor começar a olhar para isso com mais atenção. O tema é uma realidade há tempos e ganha força a cada dia. O fato é: as organizações que não estiverem envolvidas nos debates e iniciativas a esse respeito têm grandes chances de ficar para trás em responsabilidade social, ambiental e econômica e, claro, do ponto de vista dos negócios.

Diminuir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), dentro de um contexto sustentável é uma das metas estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto, em 1997. Partiu daí a criação do crédito de carbono, que hoje está com o Acordo de Paris, iniciativa sucessora ao Protocolo de Kyoto. O compromisso, aprovado e reafirmado por 196 países, é o de manter o aquecimento global abaixo de 2 oC, limitando-o a 1,5 oC. No entanto, 55 países — que representam 55% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) — precisavam ratificá-lo, o que foi alcançado em 4 de novembro de 2016. Até junho de 2017, 195 membros da convenção haviam assinado o acordo, e 147 desses já o ratificado, incluindo o Brasil.

De acordo com a sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês),o Brasil comprometeu-se a reduzir, até 2025, as emissões de gases de efeito estufa em 37%. Para isso, o País se propôs a aumentar a participação de bioenergia sustentável em aproximadamente 18%, restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas, bem como alcançar uma participação estimada de 45% de energias renováveis na composição de sua matriz energética.

Se você está se perguntando como a sua empresa pode contribuir ou ganhar com essas ações, saiba que é possível compensar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e ainda se beneficiar com isso. Para fazer parte dessa ação, é preciso entender qual o impacto climático e as pegadas de carbono deixadas por ela e, principalmente, qual a compensação que suas emissões terão.

É aí que entram os Certificados de Energia Renovável, os chamados RECs, que podem ser adquiridos para equilibrar/contrabalancear as emissões dos gases de efeito estufa de sua empresa e minimizar o seu impacto ambiental. Com eles, a sua organização pode até neutralizar ou zerar as emissões de Escopo 2 (emissões indiretas pelo consumo de energia) de seus Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa, no âmbito do Programa Brasileiro GHG Protocol.

As empresas podem comprar REC para certificar a sua energia renovável ou compensar as suas emissões de GEE, como fazem as multinacionais integrantes do GHG Protocol que declaram, voluntariamente, inventários de emissão de gases de efeito estufa e precisam das autodeclarações ou do REC (Renewable Energy Certificate), certificado global que comprova a geração de energia por meio de fontes renováveis. Cada REC representa uma unidade de geração de energia renovável: 1 REC é igual a 1 megawatt-hora, o equivalente a 1.000 quilowatts-hora de energia renovável. Os RECs são submetidos a um sistema de rastreamento unificado que impede a dupla contagem ou duplo beneficiário.

Ao comprar RECs, as organizações podem afirmar que utilizam a energia limpa e incentivam o seu uso sem a necessidade de firmar contratos de energia de fontes renováveis. Ou seja, qualquer instituição pode adquirir certificados de energia renovável independentemente de seus contratos de energia serem provenientes de fontes convencionais ou não.

Entre as poucas empresas no Brasil aptas a emitir o REC, está a CPFL Energia, que hoje conta com três usinas de fontes renováveis registradas e capacitadas para a emissão desse certificado. A comercialização é realizada pela CPFL Soluções, braço de B2B do grupo, responsável também por apoiar todas as etapas do processo.

Para se alcançar resultados melhores, é preciso investir em modelos diferentes. E, nisso, há mais ganhos do que perdas. Tudo vai depender de qual lado você vai querer estar quando o cliente tiver que decidir por empresas sustentáveis ou não. Ainda dá tempo de escolher!

Entenda o que é Energia de Reserva

A Energia de Reserva foi criada pela Lei nº 10.848/2004 e regulamentada pelo Decreto nº 6.353/2008 e pela Resolução Normativa ANEEL nº 337/2008 e se destina a aumentar a segurança no fornecimento de energia elétrica ao Sistema Interligado Nacional -SIN.

Essa energia é produzida por usinas especialmente contratadas para esse fim e a sua contratação se dá mediante os Leilões de Energia de Reserva -LER promovidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica -ANEEL, direta ou indiretamente, conforme diretrizes do Ministério de Minas e Energia -MME.

Esses contratos são formalizados mediante a celebração do Contrato de Energia de Reserva -CER entre os agentes vendedores nos leilões e a CCEE, que é a contratante e gestora da Conta de Energia de Reserva –CONER, além de representante dos agentes de consumo, usuários de energia: distribuidoras; consumidores livres e especiais; autoprodutor na parcela da energia adquirida; produtor de geração com perfil de consumo; ou agente de exportação.

O valor da energia de Reserva é assegurado no Preço da Liquidação das Diferenças –PLD. Em situações em que o PLD está baixo e omontante arrecadado não é o suficiente para cobrir todas as despesas de operação e manter o equilíbrio da CONER, a dinâmica de contratação sofre a cobrança do Encargo de Energia de Reserva –EER, pago por todos os consumidores integrantes do SIN.

O cálculo do montante de encargo de energia de reserva a ser aportado por cada agente é feito pela CCEE, com base no histórico de consumo dos últimos 12 meses de cada agente, ou seja, quanto maior o consumo maior é a parcela de EER.

A Energia de Reserva e sua importância para o setor elétrico

Além de garantir o fornecimento de energia para todo o SIN, a Energia de Reserva, proporciona um mercado com maior diversidade nas fontes, com a possibilidade de construção de usinas renováveis advindas da energia solar, eólica e biomassa, que complementam a geração das usinas hidrelétricas.

Nesse contexto, o risco do sistema sofrer um déficit de fornecimento caso haja escassez de água, é mitigado pela Energia de Reserva.

Suspensão do corte por inadimplência

Em decisão de 26 de março, a ANEEL suspendeu o corte de energia por inadimplência para os consumidores de baixa renda beneficiários da tarifa social de energia elétrica. De acordo com a Agência, a medida tem como objetivo “garantir a continuidade do fornecimento àqueles que, neste momento de pandemia, não tem condições de pagar a sua conta.” A decisão é similar à adotada em 2020 pela ANEEL, para amenizar os impactos da pandemia para os consumidores – importante notar que, agora, a suspensão vale apenas para os beneficiários da tarifa social. Durante o prazo de vigência da resolução atual, as distribuidoras podem suspender o pagamento das compensações por má qualidade do serviço. A medida tem validade até 30 de junho de 2021.

Veja também outros highlights do mês

Bandeira tarifária de abril/2021

A bandeira tarifária para abril permanece amarela, com custo adicional de R$1,343 para cada 100kWh consumidos. De acordo com a ANEEL, os reservatórios estão com estoques reduzidos devido ao baixo volume de chuvas observado no período úmido, e o mês de abril, transição entre o período úmido e seco, não deve alterar essa situação.

Renegociação de Itaipu adiada

Em 17 de março, o os chanceleres do Brasil e do Paraguai anunciaram o adiamento do início da renegociação do Anexo C do tratado de Itaipu, por conta da pandemia. Com vencimento em 2023, ele trata da comercialização e dos preços da energia gerada pela usina, e prevê que cada país tem direito à metade da energia gerada pela binacional, e deve vender ao outro o que não utilizar.

Aprimoramento das Bandeiras Tarifárias em discussão

Em 24 de março, a ANEEL abriu a Consulta Pública 010/2021. Essa CP visa obter subsídios para o aprimoramento da proposta de revisão dos Adicionais e das Faixas de Acionamento para as Bandeiras Tarifárias 2021/2022. As contribuições podem ser enviadas até 7 de maio.

Nova versão do modelo Newave em debate

Em 26 de março, a ANEEL abriu a Tomada de Subsídios 005/2021, com o objetivo de obter subsídios para discutir o uso de nova versão do modelo computacional Newave (versão 27.0.1), no âmbito do planejamento e da programação da operação do SIN e do cálculo do PLD. A Tomada de Subsídios é um momento inicial de discussão do tema, para coletar informações junto aos agentes interessados, e precede a consulta pública. O período de contribuição vai até 26 de abril.

Lei do Gás aprovada na Câmara

PL 4476/2020 deve atrair novos investimentos para o setor

Em 17 de março, foi aprovado na Câmara dos Deputados o PL 4476/2020, que estabelece um novo marco regulatório para o setor de gás natural no Brasil. O projeto havia sido aprovado inicialmente na Câmara em setembro de 2020, e seguiu para o Senado, onde foi aprovado com modificações em dezembro. Na decisão, a Câmara rejeitou as mudanças propostas pelos senadores. O texto seguiu para sanção presidencial, cujo prazo final se encerra em 6 de abril.

Entendendo o caso:

O PL 4476/2020, conhecido como Lei do Gás, teve origem no PL 6407/2013. O projeto cria nova lógica de mercado, simplificando processos e consolidando bases para uma melhor utilização das infraestruturas existentes na busca por uma maior segurança jurídica e, por consequência, atraindo mais investimentos, que é considerado um aspecto relevante para a retomada do crescimento econômico. A mudança proposta para o regime de exploração de gasodutos, ao invés do modelo atual de concessão por leilões, torna o processo mais simples e evita a verticalização por empresas que atuam em todas as etapas da cadeia, formando sociedades para transporte, produção e comercialização. As emendas incialmente propostas pelo Senado foram agora rejeitadas pela Câmara.

Regulação da Geração Distribuída em discussão no Congresso

Publicado parecer do relator ao PL 5.829/2019

O Projeto de Lei 5.829/2019, de autoria do deputado Silas Câmara (Republicanos/AM), propõe um marco regulatório para a GD. O projeto, que tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados desde dezembro de 2020, ganhou novo capítulo em março de 2021, com a publicação do parecer do relator, o deputado Lafayette de Andrada (Republicanos/MG).

O texto menciona ter como diretrizes a promoção da democratização da GD e a garantia da segurança jurídica para o setor. Propõe que a micro e mini geração distribuída (MMGD) remunere integralmente a TUSD Fio B e a mini GD do grupo A remunere a TUSD-G. O projeto traz também a possibilidade de adesão com ou sem armazenamento para pessoas físicas/jurídicas; consórcio; cooperativa ou condomínio voluntário ou edifício ou qualquer forma de associação civil (como MMGD local ou remota; EMUC; geração compartilhada; e caracterizada como autoconsumo remoto).

Para que haja uma transição gradual à nova regra, o PL prevê que a norma atual permaneça vigente por 26 anos para projetos cujo parecer de acesso seja solicitado em até 12 meses da publicação da lei. Após isso, passa a valer a nova regra – porém, para as modalidades de geração junto à carga, geração compartilhada, EMUC, geração por meio de fontes despacháveis e autoconsumo remoto até 200kW, está previsto um sistema de transição de 12 anos, custeado pela CDE. Para essas modalidades, a unidade consumidora passará a pagar o valor total apenas após o 12º ano da publicação da lei.

O projeto aguarda agora a votação na Câmara dos Deputados. Apesar de novo texto, o clima político na Câmara tende a não favorecer a deliberação da matéria, em função da priorização de temas relacionados ao combate da pandemia, o Plano Nacional de Imunizações e os auxílios econômicos.

Conta-Covid nas tarifas de energia

Foi aprovada pela ANEEL, a Resolução Normativa nº 912/2021, que estabelece novos componentes tarifários na Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) e na Tarifa de Energia (TE), atinentes à devolução dos empréstimos feitos às distribuidoras que optaram por aderir à Conta-COVID. Relembramos que em maio de 2020, o Governo Federal propôs a criação da Conta-COVID, que foi destinada a receber os recursos de uma operação financeira para alívio do caixa das distribuidoras de energia para enfrentamento dos impactos decorrentes da pandemia da Covid-19. O recurso, à título de empréstimo, foi contratado e administrado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e seu objetivo principal foi garantir a liquidez do setor, mitigando os impactos da redução do consumo e do aumento da inadimplência no período.

Os componentes tarifários terão vigência de 5 anos, a partir dos eventos tarifários de 2021 das distribuidoras de energia. As unidades consumidoras que tenham comunicado à distribuidora a opção de migração para o mercado livre a partir de 8 de abril de 2020 devem carregar a parcela referente aos encargos da Conta-COVID, tanto da TUSD quanto da TE.

Highlights: Confira a seguir outros assuntos em alta

Bandeira tarifária de março/2021

A bandeira tarifária para março permanece amarela, com custo adicional de R$2,343 para cada 100kWh consumidos.  Segundo a ANEEL, devido ao volume de chuvas abaixo do padrão histórico entre setembro e janeiro, os principais reservatórios do país apresentam com baixo estoque. Assim, apesar do mês de março ser típico do período úmido, isso justifica a manutenção da bandeira amarela.

22 anos de CCEE

Em fevereiro de 1999, nascia a Administradora de Serviços do Mercado Atacadista de Energia (ASMAE) e, junto com ela, também o mercado de comercialização de energia elétrica no Brasil. Já em 2004, juntamente com o novo marco regulatório do Setor Elétrico, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE foi criada com o objetivo de suceder ao Mercado Atacadista de Energia (MAE), que já havia substituído a ASMAE. Após 22 anos e diversas transformações no Setor Elétrico, hoje a CCEE celebra essa data com alegria, ciente dos novos desafios que estão por vir frente às perspectivas de ampliação do mercado livre.

ICMS Pernambuco

Em decisão inédita, o Tribunal de Justiça de Pernambuco concedeu isenção de ICMS para o consórcio de Geração Distribuída (GD) da ENC Energy, de 4 MW, ficando assim dispensado do pagamento de ICMS sobre a energia compensada. A decisão supera os benefícios previstos no Convênio ICMS 16/2015, do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), válido no estado, que isenta do pagamento do imposto empreendimentos de até 1 MW e não inclui a modalidade de consórcio.  A sentença considera a inexigibilidade do ICMS sobre a energia produzida e transferida no âmbito do Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE), ou seja, entende que o imposto não deve incidir quando a unidade consumidora gera a energia que irá consumir. Ainda, declara o direito à compensação dos pagamentos indevidos referentes aos cinco anos anteriores à ação. Permanecemos monitorando os desdobramentos desse caso e manteremos todos informados, porém entendemos que referida decisão pode abrir precedente de demais judicializações sobre o tema no país.

Reforma do modelo setorial

O texto do PLS 232/2016, após aprovação no Senado, finalmente seguiu para a Câmara dos Deputados para ser analisado e deliberado pelo plenário. Na Câmara, seguindo rito próprio, o projeto recebeu uma nova numeração: a partir de agora falaremos do PL 414/2021, quando tratarmos da proposta de reformulação do modelo do setor elétrico. Pela tramitação de praxe, se a Câmara não promover alterações de mérito no texto, o PL segue direto para a sanção presidencial, caso contrário, voltará ao Senado para nova avaliação e, só depois, segue para sanção.

Sancionada a Lei da MP do Consumidor

As mudanças aprovadas são importantes pois deverão trazer alívio para as tarifas do consumidor final de energia elétrica.

Como vínhamos destacando em nossos boletins, informamos que foi publicada hoje no Diário Oficial da União a Lei 14.120/2021, resultado da Medida Provisória nº 998/2020, que ficou conhecida como a MP do Consumidor, após aprovação pelo Senado, no dia 04 de fevereiro.

Após longa tramitação na Câmara, em discussão desde a sua publicação, em 02 de setembro de 2020, e com várias alterações na versão original, o texto aprovado na Câmara seguiu para o Senado, que teve pouco tempo para deliberação, pois o prazo de caducidade da MP era 09 de fevereiro. Com a proximidade do final de sua validade, o Senado aprovou de forma rápida e sem alterações de mérito no texto que veio da Câmara.

Considerando-se importante relembrar o contexto da MP, trazemos algumas das mais importantes mudanças de regras implementadas, com o objetivo principal de reduzir as tarifas de energia para os consumidores finais em médio e longo prazos, com destaque às tarifas das distribuidoras do Norte e do Nordeste.

O texto aprovado destina parte dos recursos dos programas de Pesquisa e Desenvolvimento – P&D e de Programa de Eficiência Energética – PEE para a CDE. Tratam-se de programas em que as concessionárias de geração, distribuição e transmissão de energia do país investem parte de seu faturamento em projetos de pesquisa em inovação e tecnologia, mediante aprovação da ANEEL.

Os recursos a serem repassados são aqueles ainda não comprometidos com projetos contratados ou iniciados, além daqueles reprovados ou não concluídos. Atualmente, segundo levantamento apresentado pelo governo, existe um saldo de cerca de R$ 3,4 bilhões, que será direcionado para a conta. Além do saldo atual, a Lei também destina cerca de 30% dos recursos desses programas para a CDE entre 1º de setembro de 2020 e 31 de dezembro de 2025, prazo final para a quitação pelas distribuidoras dos empréstimos da Conta-Covid.

Lembramos que a CDE é um fundo setorial que custeia programas e políticas públicas para o desenvolvimento do setor elétrico, como por exemplo: programa Luz Para Todos; universalização do acesso à energia elétrica; descontos nas tarifas de uso para fontes de geração renováveis incentivadas e para irrigação. Esse fundo é constituído por meio da cobrança de encargos nas contas de energia elétrica. O aporte dos recursos dos programas de P&D e PEE na conta, que entra como “receita”, trará um alívio nos reajustes das tarifas dos consumidores finais, durante o período de quitação da chamada Conta-Covid. Essa conta foi criada pela MP 950, que viabilizou um empréstimo de mais de R$ 15 bilhões para as distribuidoras de energia, com o objetivo de minimizar o impacto da crise da Covid-19, pela queda de receita e aumento de inadimplência durante a pandemia. Esses empréstimos serão repassados para os consumidores até 2025, por meio de um novo encargo dentro da CDE.

Uma importante alteração nas regras atuais é o fim dos descontos na TUSD. Os empreendimentos de energia de fontes incentivadas, atualmente com direito a desconto nas tarifas de uso dos sistemas de distribuição e transmissão não inferior a 50%, incidentes na geração e no consumo, não farão mais jus a esse incentivo ao fim do prazo de suas outorgas ou na eventual renovação delas. Em relação a novos empreendimentos, ou em caso de aumento da capacidade instalada dos existentes, só terão direito ao desconto aqueles que solicitarem a outorga, ou alteração dela no caso de aumento de capacidade, em até 12 meses, contados de 1º de setembro de 2020 e, ainda, se iniciarem a operação de todas as suas unidades de geração em até dois anos da data de suas outorgas. Mas há uma exceção e uma contrapartida:

O fim dos descontos na TUSD e TUST também tem o condão de desonerar a CDE, conta que sustenta o subsídio por meio do pagamento de encargos pelos consumidores finais. Essa rubrica representa perto de R$ 4 bilhões do orçamento da CDE, e cresce cerca de R$ 500 mil ao ano.

Por fim, e não menos importante, destacamos que os contratos de compra e venda de energia incentivada atuais, com direito a desconto, não sofrerão qualquer impacto nas regras de comercialização, durante a sua vigência.

Duas importantes medidas aprovadas que beneficiam o mercado livre são a previsão em lei da figura do Comercializador Varejista e também do desligamento de agentes inadimplentes da CCEE. Essas medidas trazem maior segurança jurídica para o mercado, pois atualmente só estão previstas de forma infralegal, em regulamentos da ANEEL.

No texto aprovado foram incluídas regras sobre as circunstâncias do desligamento dos agentes da CCEE, que poderá ocorrer, conforme regulamentação da ANEEL, dentre outras razões: (i) de forma compulsória; (ii) por solicitação do agente; e (iii) por descumprimento de obrigações na CCEE. Além disso, o texto prevê que o inadimplemento acarretará a suspensão do fornecimento de todas as unidades consumidoras do agente.

Já sobre o Comercializador Varejista, o texto prevê que a comercialização de energia no mercado livre poderá ser feita por intermédio desse agente, habilitado na CCEE, caracterizada pela representação de pessoas físicas ou jurídicas, a quem não será obrigado aderir à CCEE. A previsão da representação de pessoas físicas abre caminho para o futuro da abertura total do mercado livre, inclusive para baixa tensão. A proposta também prevê regras para o encerramento da representação desses consumidores, que poderá ocorrer por: (i) resilição do contrato, mediante declaração de vontade; (ii) resolução do contrato em razão da inexecução contratual; e (iii)  desligamento ou inabilitação do agente varejista na CCEE. O texto também prevê a suspensão do fornecimento das unidades consumidoras em caso de inadimplemento com o seu agente varejista.

Algumas medidas foram aprovadas para beneficiar os consumidores da Região Norte, conectados nas distribuidoras da Eletrobras recentemente privatizadas. Foram destinados recursos da CDE e de outra conta, a Reserva Geral de Reversão – RGR, como forma de atenuar aumentos tarifários para os seus consumidores. As distribuidoras beneficiadas são: Amazonas Distribuidora de Energia, Boa Vista Energia, Companhia de Eletricidade do Amapá – CEA, Companhia Energética de Alagoas – Ceal, Companhia Energética do Piauí – Cepisa, Centrais Elétricas de Rondônia – Ceron e Companhia de Eletricidade do Acre – Eletroacre. Essas medidas são:

Lembrando que a RGR é um encargo pago pelas empresas de geração, transmissão e distribuição de energia, cuja finalidade é financiar projetos de melhoria e expansão para empresas do setor energético.

Com o objetivo de garantir o fornecimento emergencial em momentos de maior demanda foi implementado um ajuste na legislação para a contratação da reserva de capacidade, incluindo a energia de reserva. O custo de contratação desse fornecimento será rateado por todos os consumidores finais de energia, tanto do mercado regulado quanto do mercado livre. Entende-se essa medida como um primeiro passo para a separação de lastro e energia, proposta importante nos projetos de lei de reforma do modelo do setor em discussão.

Também foram aprovadas novas regras sobre a usina de Angra 3. A proposta é que a União poderá privatizar a exploração da usina por meio do regime de autorização, pelo prazo de 50 anos, podendo ser prorrogado por mais 20 anos. Contudo, por força do que está previsto na Constituição Federal, a exploração de energia nuclear no país é exclusividade da União, o que fará com que a empresa que receber a outorga será uma sócia minoritária do governo.

O nosso time de Gestão permanece disponível para mais esclarecimentos, nos canais regulares.

Proposta de devolução de créditos ao consumidor está em discussão na ANEEL

ICMS não compõe base de cálculo para PIS/COFINS.

A diretoria da ANEEL abriu a Consulta Pública (CP) nº 005/2021, no último dia 11 de fevereiro, com o objetivo de obter subsídios para o aprimoramento da proposta de devolução dos créditos tributários decorrentes de processos judiciais que tratam da exclusão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da base de cálculo dos Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS). A proposta que a diretoria da ANEEL colocou em Consulta Pública prevê a devolução dos valores aos consumidores finais de energia por meio de descontos na fatura de energia elétrica, sendo os valores estabelecidos concomitantemente ao processo tarifário de cada uma das distribuidoras, em um prazo de até cinco anos, a partir de 2021. Apesar de a matéria ainda ter recursos pendentes de julgamento, a procedência e trânsito em julgado de algumas ações judiciais das distribuidoras deram início à discussão sobre a titularidade e mensuração dos valores envolvidos, além do prazo e da operacionalização para a devolução.

As distribuidoras, por sua vez, possuem críticas à proposta apresentada e devem levá-las em formato de contribuições à CP 005/2021 – o prazo para recebê-las está aberto até 29 de março. A bandeira defendida pela ANEEL vai na linha da desoneração tarifária em prol do consumidor, de todo o valor em discussão, sem se falar em compartilhamento de benefício econômico para as distribuidoras. O diretor relator da matéria, em seu voto, apresentou o entendimento da ANEEL de que eventuais custos processuais investidos pelas distribuidoras em ações junto ao Poder Judiciário para questionar a regra de tributação já são previstos nas tarifas. Em termos de projeção de valores a serem devolvidos, a Agência calcula cerca de R$ 50 bi, podendo chegar até a R$70 bi, se incluídas as 14 distribuidoras que não ajuizaram ação própria.

Entendendo o caso:

Em 2017, o Supremo Tribunal Federal (STF) proferiu decisão de que o ICMS não poderia compor base para cálculo do PIS/Pasep e da COFINS. Nessa época, diversas distribuidoras já haviam ajuizado ações com questionamentos baseados em teses semelhantes na Justiça.

Embora a decisão do STF possua repercussão geral, este processo ainda está com um recurso pendente de julgamento para discutir a modulação de seus efeitos, ou seja, quem poderá fazer jus aos efeitos dessa decisão e a partir de quanto ela passará a valer, o que torna a discussão regulatória no plano da Agência ainda incerta.  

O Grupo CPFL Energia está participando ativamente das discussões junto ao Regulador e manterá seus clientes prontamente informados tão logo estejam definidas as questões operacionais da devolução dos créditos tributários em questão.

MP da Eletrobras pode vencer barreiras para avançar no Congresso

As alterações propostas na MP em relação ao PL 5.817/2019 podem diminuir a resistência dos parlamentares à privatização da empresa.

Em 23 de fevereiro, o Governo Federal publicou, em edição extra do Diário Oficial, a Medida Provisória (MP) nº 1.031/2021, que prevê a privatização da Eletrobras. A proposta traz algumas modificações importantes em relação ao Projeto de Lei (PL) nº 5.817, que foi encaminhado à Câmara em 2019 e trata da mesma matéria.

De acordo com o texto, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá iniciar estudos para a execução e acompanhamento do processo de desestatização da empresa, além de contratar os serviços técnicos especializados necessários ao processo. A desestatização da empresa se dará na modalidade de aumento do capital social, por meio da subscrição pública de ações ordinárias com renúncia do direito de subscrição pela União. Contudo, o texto trouxe de volta a criação da conhecida Golden Share, uma ação de classe especial que dá a União poder de veto em deliberações relacionadas a ações sociais. Esse tipo de ação não estava prevista no PL. Além disso, também está previsto que nenhum acionista ou bloco de acionistas detenha mais do que 10% dos votos.

Uma medida de destaque é que dos recursos a serem pagos como bonificação de outorga pelas empresas vencedores dos certames, 50% deverão ser destinados à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) – e não mais um terço, como previsto no PL – com o objetivo de reduzir as tarifas de energia. Outra medida que não consta do PL é a prorrogação da concessão da hidrelétrica de Tucuruí, que não está no regime de cotas, por 30 anos. A União também estará autorizada a outorgar novas concessões de geração para exploração em regime de produção independente, também pelo prazo de 30 anos, de usinas com participação da Eletrobras que foram prorrogadas pelo regime de cotas, além das usinas de Itumbiara e Sobradinho. As renovações se darão pelo regime de exploração para produção independente, inclusive quanto às condições e assunção da gestão do risco hidrológico.

Outra mudança importante é a previsão do desenvolvimento de alguns projetos. Da receita da União, R$ 8,7 bilhões serão destinados a programas de revitalização e de redução tarifária na região Norte. Estão previstos também aportes obrigatórios de R$ 230 milhões em dez anos para a revitalização dos recursos hídricos das bacias onde estão localizadas as hidrelétricas de Furnas e de R$ 295 milhões, pelo mesmo período, para redução estrutural de custos de geração de energia na Amazônia Legal. Além dos R$ 3,5 bilhões, também em dez anos, que já estavam previstos no PL, para o projeto de revitalização do rio São Francisco.

A desestatização da empresa estará condicionada à aprovação, por assembleia geral de acionistas, da reestruturação societária da Eletrobras, de forma que a Eletronuclear e Itaipu Binacional permaneçam sob controle, direto ou indireto, da União.

Ao fim do prazo regimental, que ocorreu em 25 de fevereiro, foram apresentadas 570 emendas ao texto da MP. Nossos times de regulação e de gestão estão aprofundando os estudos e análise das emendas e, oportunamente, traremos novidades sobre a matéria.   

Precisamos falar sobre transição energética

A todo momento, ouvimos especulações sobre como será o mundo pós-COVID-19. Há os que enxergam o amanhã apenas na perspectiva dos números e de um provável cenário de crise nos mercados e há também, felizmente, os otimistas, que apostam nas adversidades de hoje como aprendizado para um mundo mais sustentável no futuro.

Ambas possibilidades são reais e o mais provável é que a gente veja uma alternância entre eles nos próximos anos. É importante pensar no coletivo, mas talvez seja ainda mais relevante nos perguntarmos qual é, afinal, o nosso papel na construção desse novo amanhã. 

O setor energético se faz esse questionamento há algum tempo e tem realizado esforços sistemáticos para criar oportunidades de crescimento econômico e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Uma prova disso é que foi um dos primeiros segmentos da atividade econômica a falar e a praticar a sustentabilidade ambiental. O que garante ao Brasil o terceiro lugar no ranking da International Renewable Energy Agency (IRENA), entre os países de matriz energética mais limpa do planeta, com 135.674 MW de capacidade instalada em 2018. Isso se deve, em grande parte, à quantidade de hidrelétricas.

Em 2019, o setor de energia foi responsável por apenas 4% das emissões de CO2 do país. Entretanto, com o desenvolvimento de outras fontes verdes, a expectativa é que esse valor caia 86% até 2050, segundo o CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura). Entre 2009 e 2018, a capacidade de energia solar do país passou de quase zero para 2,2 GW. Sem contar que o Brasil liderou o crescimento de energia eólica na América do Sul nos últimos dez anos. Em 2018, a capacidade total instalada de energia eólica do país foi de 14,4 GW, representando 77,4% da capacidade total da região. Em 2019, o Brasil ficou em 8º lugar no mundo entre os países que mais geraram empregos ligados à produção de energia solar fotovoltaica.

A energia elétrica, seja de fontes renováveis ou convencionais, é essencial para o funcionamento de qualquer negócio, e o valor desse custo mensal é um fator decisivo ao planejamento e equilíbrio financeiro das empresas.

Para entender melhor, é importante analisar o cenário do país hoje. No Brasil, é possível comprar energia de duas formas: em ambiente regulado (cativo) ou livre. No primeiro caso, o consumidor adquire energia das concessionárias de distribuição, com tarifas reguladas pelo governo obedecendo à mesma dinâmica aplicada a clientes residenciais e às pequenas empresas. No segundo caso, clientes com um perfil de consumo de energia mais elevado podem aderir ao Mercado Livre de Energia e comprar diretamente das geradoras ou comercializadoras, com a possibilidade de negociar preços, volumes e prazos, conforme suas necessidades.

Os consumidores habilitados ao Mercado Livre de Energia podem ser divididos em duas categorias. Na categoria “especial”, estão os clientes que têm uma demanda de energia entre 500 kW e 1.500 kW (quilowatts), como pequenas e médias indústrias, redes de lojas, shoppings e supermercados. Já o “consumidor livre” é aquele que tem uma demanda igual ou superior a 1.500 kW, como grandes indústrias, montadoras de veículos e siderúrgicas.

Graças à alta demanda que apresentam, os “consumidores livres” podem escolher qualquer tipo de geração de energia – optando inclusive por alternativas mais verdes, como a solar e a eólica. Ainda, para estimular o uso dessas fontes renováveis, há a possibilidade de descontos na transmissão da energia, aumentando, assim, a eficiência do investimento e a lucratividade.

Para além desses incentivos, as empresas devem cada vez mais considerar o ESG (do inglês, Environmental, Social and Governance, ou Governança Ambiental, Social e Corporativa), que são os três fatores centrais na medição da sustentabilidade e do impacto social de um investimento em uma empresa. Esses critérios ajudam a determinar melhor o desempenho financeiro futuro das companhias por serem um novo paradigma de negócios em implementação nas organizações, sobretudo nas de capital aberto, em que o desempenho nos critérios de ESG pode fazer toda a diferença na cotação de mercado da empresa. Essa sustentabilidade ambiental pode ser positiva para o negócio e para a economia, já que essa prática pode se tornar atraente a outros mercados que valorizam o uso de fontes limpas e sustentáveis, como o europeu e os emergentes indiano e chinês.

Ao fazer a transição para uma economia de baixo carbono, a empresa produz um impacto direto na imagem, reputação e confiabilidade da marca. Escolher agora as fontes de energia renováveis ou a emissão de créditos de carbono é selar um pacto com o futuro e estar alinhado ao que os clientes, o mercado e os parceiros esperam de sua empresa; tendo em vista que, cada vez mais, organizações do setor vêm assumindo compromissos públicos e metas com a RE100 – iniciativa corporativa global de energia limpa que reúne centenas de grandes empresas comprometidas com a eletricidade 100% renovável –, a fim de cumprir as metas estipuladas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis da ONU. Abrir a mente e os negócios para essa realidade é construir uma “visão de futuro” e acompanhar o ritmo da grande marcha mundial por um planeta mais sadio.

Aqui, na CPFL Soluções, nos esforçamos para aplicar o nosso conhecimento em energia a favor do crescimento das pessoas, dos negócios, das regiões e do país, como um todo. E é isso o que nos faz acreditar que todos esses cenários positivos são possíveis.

A sustentabilidade abriu caminho para modelos de gestão dos ativos energéticos que, além de preservar o meio ambiente, cuidam do bem-estar ao melhorar a vida das pessoas. Acredite: o melhor uso da energia torna o seu negócio mais competitivo e sustentável. Sendo assim, vamos pensar juntos em soluções e executá-las da melhor forma possível.

Você tem liberdade para escolher e priorizamos isso. Várias possibilidades se abrem pois não existe uma única trajetória em um contexto em que fatores econômicos, sustentáveis e até políticos também são importantes. Fatores estes que devem atuar no sentido de contribuir para que o desenvolvimento do Brasil e o crescimento da economia do país sejam cada vez menos dependentes das emissões de carbono.

Independentemente do caminho que a sua empresa escolher, estaremos juntos. Afinal, somos especialistas e estamos comprometidos com o seu sucesso.

Por que migrar minha empresa para o Mercado Livre de Energia?

Hoje, mais de 7 mil empresas já desfrutam da liberdade de negociação e da economia que o Mercado Livre de Energia proporciona. Esses clientes são os maiores consumidores de energia do Brasil, representando 30% de toda a carga do setor elétrico, segundo levantamento exclusivo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Como o próprio nome indica, as empresas que aderem a esse mercado são livres para comprar energia do fornecedor que julgarem mais interessante, levando em consideração questões como o preço praticado, a segurança no fornecimento e o tipo de fonte geradora. Essa compra pode ser feita diretamente das empresas geradoras (as usinas) ou das comercializadoras, mediante contrato negociado entre as partes.

De modo semelhante ao setor de telefonia, o Mercado Livre de Energia permite ao consumidor exercer o seu direito de portabilidade também no setor de elétrico – possibilidade que ainda é restrita a clientes com um consumo mais expressivo de energia.

Como o Mercado Livre de Energia pode ser bom para as empresas?

Ao comprar energia diretamente das geradoras ou comercializadoras, o cliente tem maior poder de negociação e, consequentemente, redução no custo da energia contratada. Em uma estimativa conservadora, o Mercado Livre de Energia pode proporcionar economia de até 30% em relação ao Mercado Regulado.

Para além da economia na hora da contratação, o Mercado Livre de Energia oferece às empresas outros pontos vantajosos:

O Mercado Livre de Energia é uma opção segura e vantajosa que oferece às empresas a liberdade de escolher o melhor fornecedor, com base em critérios que sejam interessantes ao seu negócio, promovendo eficiência e economia. Dentro desse contexto, a CPFL Soluções está apta a oferecer o Mercado Livre de Energia e todos os seus benefícios. Por meio de soluções pensadas e executadas com excelência, além de um time qualificado de especialistas, a empresa busca sempre tornar o negócio de seus clientes mais competitivo e sustentável.

Em discussão na ANEEL

ANEEL/MME – Consultas Públicas e Tomadas de Subsídios

CP MME 101/2020 obter subsídios para o aprimoramento da proposta do Plano Decenal de Energia (PDE 2030).

CP MME 103/2021 documentação técnica do Grupo de Trabalho – GT de Metodologia da CPAMP, com o objetivo de colher subsídios da sociedade para os temas de Volatilidade do CMO/PLD, Representação Hidrológica e Produtibilidade Hidroelétrica, com o objetivo de integração das metodologias e programas computacionais utilizados.

TS ANEEL 011/2020 – Obter subsídios para a elaboração de propostas de adequações regulatórias necessárias à inserção de sistemas de armazenamento no setor elétrico brasileiro.

CP ANEEL 002/2021 – obter subsídios para o aprimoramento do Submódulo 1.1 “Adesão à CCEE” dos Procedimentos de Comercialização – PdC

Curtas: Resumo dos principais assuntos do mês de Janeiro

Incentivo fiscal para GD em MG é ampliado

No dia 6 de janeiro, o governo de MG sancionou a lei 23.762/2021, que amplia a isenção do ICMS para micro e mini GD até 5 MW, também para as demais fontes renováveis. Atualmente, no estado, apenas a GD fotovoltaica até 5 MW era beneficiária dessa isenção. Vale ressaltar, contudo, que tal alteração ainda depende de aprovação no CONFAZ para entrar em vigor. Após a aprovação – que possivelmente ocorrerá em meados de fevereiro – ainda haverá a necessidade de Publicação de Decreto para sua aplicação.

CNPE publica diretrizes nacionais para Políticas Públicas voltadas à MMGD no Brasil: em 28/12/20 foi publicada a Resolução CNPE nº 15/2020, que estabelece diretrizes nacionais para políticas públicas voltadas à MMGD no Brasil. Isso significa que tais diretrizes deverão ser observadas ao se desenhar as políticas públicas relacionadas à MMGD. Dentre as diretrizes publicadas está:

Bandeira Tarifária: A bandeira tarifária em fevereiro segue amarela, com custo adicional de R$1,343 para cada 100kWh consumidos. Geralmente fevereiro é um mês típico do período úmido nas principais bacias do Sistema Interligado Nacional (SIN). Contudo, em função da recuperação lenta dos principais reservatórios em função do volume de chuvas abaixo do padrão histórico para esse período do ano, a ANEEL decidiu manter o mesmo patamar.

PDE 2030 – entre 14/12/20 e 22/01/21 esteve aberta Consulta Pública pelo MME (CP MME 101/2020) para discutir com os agentes aprimoramentos à proposta do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030. Em relação às projeções voltadas para a demanda de energia, incluindo impactos da crise da COVID-19, o PDE considera crescimento de 3,1% ao ano. Já com relação às perspectivas de expansão na matriz elétrica brasileira, destacamos que o documento traz um crescimento de geração térmica a gás de 8GW até o fim do horizonte e crescimento da capacidade eólica de 11,8GW.

Resposta da Demanda: Oportunidade para os Consumidores

A ANEEL publicou em 26 de janeiro, a resolução normativa que amplia para todos os consumidores do país, a partir de 1º de fevereiro de 2021, o Programa Resposta da Demanda.

O Programa

O objetivo do programa, implementado pela Resolução Normativa nº 792/2017 e anteriormente restrito apenas aos consumidores dos submercados Norte e Nordeste, é a modicidade tarifária e maior confiabilidade de suprimento com a redução dos custos de atendimento ao sistema elétrico nacional. Para o alcance desse objetivo, os consumidores livres participantes do programa ofertam a redução do seu consumo de energia elétrica, em horários pré-acordados com o ONS, como alternativa ao despacho de usinas térmicas fora da ordem de mérito, recebendo compensações financeiras para isso. O programa tem validade até 27 de junho de 2021.

Os interessados no programa formalizam o pedido ao ONS e celebram Contrato de Prestação de Serviços Ancilares. As suas ofertas de preços e quantidades devem ser informadas ao ONS, semanalmente até a quinta-feira, para a semana operativa seguinte. Além disso, no dia anterior ao despacho pelo ONS, o consumidor deve confirmar a sua disponibilidade para a redução da demanda. As ofertas consistem em produtos com duração da redução da demanda de uma, duas, três, quatro ou sete horas, em lotes com volume padrão de 1 MWmédio e no mínimo 5 MWmédios.

A redução da demanda de cada consumidor participante do programa será valorada considerando o preço ofertado e o PLD vigente em cada hora do produto. Caso o preço ofertado seja maior que o PLD, a remuneração será realizada considerando a diferença entre esse preço e o PLD, e será paga por meio do Encargo de Serviço de Sistema – ESS, rateado pelos agentes que suportariam os custos dos despachos das usinas termelétricas fora da ordem de mérito.

O programa teve baixa adesão dos agentes desde a sua implementação. Além de ser restrito aos submercados Norte e Nordeste, entende-se que a falta de interesse se deveu à alta inadimplência verificada no Mercado de Curto Prazo da CCEE decorrente do processo de judicialização do GSF. Assim, a expectativa agora, com a resolução do problema do GSF e também com a ampliação dos consumidores elegíveis, é de que o programa ganhe força. Nosso time de gestão está a postos para dirimir suas dúvidas.

Setor Elétrico enfrenta agenda desafiadora em 2021

O sucesso do caminhar da agenda para o Setor Elétrico depende de pauta a ser definida após a eleição da presidência das Casas.

Setor Elétrico

O Setor Elétrico inicia o ano de 2021 com grandes expectativas em relação ao andamento de projetos legislativos já bem encaminhados, que aguardam uma prioridade na pauta parlamentar. Essa, por sua vez, estará definida somente a partir da eleição das presidências do Senado e Câmara dos Deputados, prevista para ocorrer nos primeiros dias de fevereiro, quando do fim do recesso parlamentar.

Dentre os projetos mais aguardados estão o PLS 232/2016, que trata de propostas para a reformulação do modelo do Setor Elétrico – aguardando para ser deliberado pelo plenário do Senado; e o PL 1.917/2015, com matéria muito similar ao PLS 232/2016, que está tramitando na Câmara e aguarda novo parecer do relator, após a apresentação de emendas.  Além desses, ainda no âmbito legislativo, o Setor espera pela votação da MP 998/2020 pelo Senado – que altera regras do setor e remaneja recursos para reduzir as tarifas de energia, cujo prazo final se encerra em 08 de fevereiro, após o que a MP perde sua validade.

Ainda com grande anseio, o projeto de lei que trata da privatização da Eletrobrás é decisivo para que esse processo avance. Não se sabe, contudo, qual prioridade lhe será dada na pauta parlamentar após as eleições e saída do até então presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Jr.

Já no que se refere à pauta regulatória, o mercado espera ver de perto o desfecho das judicializações decorrentes do risco hidrológico (GSF) com a proposta de repactuação que espera a adesão em massa dos geradores, medida que irá, de fato, destravar os valores bilionários represados em liquidações financeiras no mercado de curto prazo.

Ainda com expectativa para o primeiro semestre está em primeiro da fila o item segurança de mercado. O tema vem ganhando relevância e profundidade desde 2019, quando eventos isolados de crise com algumas comercializadoras sinalizaram a necessidade de aprimoramentos regulatórios para este setor. Ainda, entendeu-se que tais ajustes regulatórios viriam como viabilizadores à expansão do mercado livre e à aproximação com o setor financeiro, com novos produtos como derivativos de energia.

Espera-se que a ANEEL abra uma Consulta Pública, ainda no primeiro trimestre, para trazer à discussão com a sociedade três Notas Técnicas elaboradas pela CCEE  sobre o tema. Nosso time estará sempre focado ao longo desse ano para trazer tempestivamente informação de qualidade aos nossos clientes. Fique de olho!

Aprimoramento nos Procedimentos para Acesso ao Sistema de Distribuição

Mudança regulatória será implementada a partir de 1º de janeiro de 2021 e simplifica processo de migração para alguns acessantes.

Sobre o aprimoramento

Ao longo do ano de 2020, a Câmara de Comercialização de Energia – CCEE, realizou webinares para tratar de mudanças programadas no segmento de medição de energia. Com a Resolução Normativa da ANEEL nº 863 de 2019, foram aprimorados os procedimentos de medição e leitura para acessantes conectados ao sistema de distribuição, tendo como principal foco unificar os procedimentos entre os mercados cativo e livre.

Destaca-se três pontos relevantes relacionados ao aprimoramento:

Período de faturamento: os consumidores do grupo A passarão a ser faturados em intervalo de leitura correspondente ao mês civil. A mudança no período de faturamento para todo o grupo A elimina a necessidade de faturamento extra ou consumo final daquelas unidades que estão migrando para o mercado livre. Atualmente, apenas os consumidores livres e especiais usufruem dessa regra.

Repasse dos custos com comunicação: fim do repasse dos custos com a comunicação do ponto de medição, sendo a distribuidora acessada a responsável pelos custos de instalação e operação do sistema de comunicação de dados. Dessa forma, é esperado que os custos com a comunicação não sejam mais repassados e sejam considerados como custos diretos das distribuidoras.

Laudo de perdas técnicas do transformador : com a fixação de um parâmetro para as perdas técnicas no processo de mapeamento do ponto de medição, a CCEE vai deixar de exigir o laudo de perdas do transformador para aqueles casos de unidades consumidoras pertencentes ao grupo A, mas que possuem sistema de medição instalado no lado de baixa tensão do transformador. Para consumidores conectados em tensão superior a 44KV, será aplicado 1% aos valores medidos, tanto de energia ativa quanto reativa e para os casos de tensão igual ou inferior a 44KV, será aplicado 2,5% aos valores medidos de energia ativa e reativa.

Os consumidores do ACL que já possuem programados em seus medidores o algoritmo de compensação, não terão que realizar qualquer alteração nos seus equipamentos, pois os sistemas da CCEE foram adequados para considerar, a partir de 01/01/2021, apenas os dados sem compensação e descartar os valores calculados por algoritmo.

As mudanças têm validade a partir de 1º de janeiro de 2021. Nossos consultores estão à disposição para atendê-los em caso de dúvidas. 

Curtas: Resumo dos principais assuntos do mês de Dezembro

Curtas

Marco Legal da GD: após o requerimento de urgência à apreciação do Projeto de Lei – PL 5.829/2019, apresentado pelo deputado Jhonatan de Jesus (Partido Republicano/PR), a matéria teve seu relator designado, o deputado Lafayette de Andrada (REPUBLIC-MG). Há grandes expectativas de que o tema de micro e minigeração distribuída, já muito discutido no âmbito na ANEEL, tenha seu marco legal em breve aprovado. As condições previstas no PL, contudo, ainda devem gerar discussões entre os defensores da GD e as Distribuidoras de Energia do país.

MP 998 aprovada na Câmara:  após a publicação do parecer final do relator, deputado Léo Moraes (PODEMOS-RO), no dia 17 de dezembro, o plenário da Câmara aprovou o texto final da MP, que segue agora para análise e aprovação no Senado. No seu parecer inicial, o relator havia aceitado 16 emendas, das 205 apresentadas, e após discussão em plenário foram aceitas mais 5 emendas. Uma das emendas aprovadas prevê a manutenção dos descontos de 50% na TUSD para PCHs por mais 5 anos e 25% para os 5 anos seguintes. Lembrando que o texto da MP previa o fim dos descontos na TUSD para todas as usinas de fontes incentivadas, como biomassa, solar e eólica, além de PCHs. A emenda concede, portanto, tratamento especial apenas para as PCHs. Uma questão que causou polêmica, entretanto, não foi acatada: a Câmara rejeitou a criação do Marco Legal para Geração Distribuída, que buscava manter os subsídios para a MMGD até a inserção de 10% da carga de cada concessão. Conforme previsto, os pontos relativos à modernização do setor elétrico não foram acatados, pois serão discutidos em Projetos de Lei específicos (PLS 232/2016 e PL 1.917/2015).

Agenda Regulatória ANEEL 2021/2022: em 08 de dezembro, a ANEEL aprovou sua Agenda Regulatória 2021/2022, com a relação dos temas a serem analisados pela Agência nos próximos dois anos. A Agenda contém 41 atividades prioritárias e 70 ordinárias com entregas em 2021, e ainda 21 atividades indicativas previstas para 2022. Destas, destacam-se o aprimoramento da Resolução Normativa nº 482/2012, que trata de micro e mini geração distribuída,  definido como prioritário para o 1º semestre de 2021. Como ordinárias, a agenda inclui o aprimoramento da regulamentação de autorização de comercializadoras, com consulta pública prevista para o primeiro semestre do próximo ano, e o aprimoramento das garantias financeiras do mercado de curto prazo, com tomada de subsídios prevista para o início do ano e consulta pública para o segundo semestre de 2021.

Senado Federal aprova o PL do Gás em 10 de dezembro, o Senado aprovou o PL 4476/2020. O texto, conhecido como PL do Gás, estabelece um novo marco regulatório para o setor e teve origem no PL 6407/2013. O projeto cria nova lógica de mercado, simplificando processos e consolidando bases para uma melhor utilização das infraestruturas existentes na busca por uma maior segurança jurídica e, por consequência, atraindo mais investimentos, que é considerado um aspecto relevante para a retomada do crescimento econômico. A mudança proposta para o regime de exploração de gasodutos, ao invés do modelo atual de concessão por leilões, torna o processo mais simples e evita a verticalização por empresas que atuam em todas as etapas da cadeia, formando sociedades para transporte, produção e comercialização. Das 20 emendas propostas, 3 foram aprovadas e uma foi aprovada parcialmente. O texto atual incluiu a preservação da competência estadual aos serviços de gás canalizado. Como o texto original foi modificado, agora retorna à Câmara dos Deputados para avaliação final.

Início do PLD horário

ANEEL homologou valores dos limites do PLD

Na última reunião de Diretoria, realizada em 15/12/2020, a ANEEL homologou os novos valores dos limites mínimo e máximo do PLD, além daTEO – Tarifa de Energia de Otimização e da TEOItaipu – Tarifa de Energia de Otimização de Itaipú.

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O valor do PLD Máximo Estrutural (PLDmáx_estrutural), definido em R$ 583,88/MWh, é corresponde ao nível de proteção ao risco para 95% dos cenários hidrológicos projetados, obtido do deck do NEWAVE utilizado na última revisão ordinária de garantia física das usinas hidroelétricas despachadas centralizadamente.

Com o início do Preço Horário, em janeiro de 2021, além do PLDmáx_estrutural conviveremos também com o PLD Máximo Horário (PLDmáx_horário),definido pela ReN 858/2019, que a ANEEL fixou em R$ 1.197,87/MWh.O PLDmáx_horário é calculado com base na média dos Custos Variáveis Unitários (CVUs) das usinas termelétricas a óleo diesel disponíveis no deck do Programa Mensal da Operação (PMO) de setembro de 2019, e atualizada a cada ano pelo IPCA. Para a compatibilização da convivência diária dos dois limites máximos, será adotado ajuste uniforme dos 24 valores de PLDs horários, para que atendam a meta de valor médio igual ao PLDmáx_estrutural, com ajuste da curva de 24 valores, respeitado o PLD_min, mantendo o perfil da curva de preços horários. Ou seja, caso a média diária dos PLDs horários for superior ao PLDmáx_estrutural, a CCEE deve ajustar a série de PLDs horários até que a média de seus valores seja igual ao PLDmáx_estrutural. A curva diária deve ser realizada de forma uniforme e proporcional, respeitado o valor do PLD_min. Esse ajuste será realizado por submercado, de forma independente.

Já o PLD mínimo é calculado com base no maior valor entre a TEO e a TEOItaipu ,ficando, assim, R$49,77.

Além dos limites do PLD, a ANEEL também homologou os valores da TEO – Tarifa de Energia de Otimização e da TEOItaipu para o ano de 2021. 

A TEO visa cobrir os custos incrementais de O&M das usinas hidrelétricas e o pagamento da compensação financeira (CFURH) referente à energia transacionada no MRE, e ficou definida em R$ 12,74/MWh.

A TEOItaipu é o custo da energia elétrica produzida pela UHE Itaipu e transacionada pelo seu comercializador no MRE e será igual ao produto entre o custo variável incorrido pela usina na produção da energia entregue ao Brasil e a média geométrica da taxa de câmbio do dólar americano, e foi fixada em R$49,77.

Os valores do PLD têm vigência entre a primeira e a última semanas operativas de 2021, para todos os submercados. Já a TEO e a TEOItaipu têm validade a partir de 1º de janeiro de 2021.

Apagão no Amapá: socorro à CEA

ANEEL homologou o valor de R$51,3 milhões a ser repassado da CDE à CEA

Em reunião extraordinária, ocorrida no dia 9 de dezembro, a Diretoria da ANEEL, tratando da MP 1010/2020 – que isenta os consumidores dos municípios do Estado do Amapá abrangidos pelo estado de calamidade pública do pagamento da fatura de energia elétrica referente ao período de 26/10 a 24/11 – homologou o valor de R$51,3 milhões a ser repassado da CDE à Companhia de Eletricidade do Amapá – CEA pela CCEE. O valor, suficiente para a cobertura dos efeitos da isenção, foi calculado com base nas informações repassadas pela distribuidora e é inferior ao limite de R$80 milhões estabelecido na MP.

A isenção é limitada aos municípios que sofreram interrupção prolongada no fornecimento de energia elétrica e restrita aos consumidores das classes A e B. No caso das faturas já pagas, a CEA deve gerar um crédito para o consumidor nas faturas seguintes. As faturas ainda não pagas serão consideradas quitadas.

Projetos de Lei

Em discussão na ANEEL

Consultas Públicas e Tomadas de Subsídios

Curtas: Resumo dos principais assuntos do mês de Novembro

O retorno das Bandeiras Tarifárias: em reunião extraordinária no dia 30 de novembro, a ANEEL definiu a reativação do sistema de bandeiras tarifárias a partir do mês de dezembro. Em maio, a Agência havia determinado que a bandeira verde ficaria em vigor até o final do ano – período equivalente ao decreto de calamidade pública por conta da pandemia. No entanto, com a volta do consumo a um patamar próximo ao início de 2020 – antes da crise causada pela Covid-19 – e baixas reservas hídricas, a opção foi pela volta da bandeira vermelha patamar 2 – valor mais alto, correspondente a um aumento de R$ 0,06243 por kWh consumido.

Micro e MiniGD em foco: o Tribunal de Contas da União – TCU proferiu decisão determinando que a ANEEL apresente um plano de revisão da Resolução Normativa – ReN nº 482/12, no prazo de 90 dias, de modo a retirar a diferenciação tarifária percebida entre consumidores enquadrados no Sistema de Compensação de Energia Elétrica – SCEE, os micro e mini geradores distribuídos. Ainda, na decisão, recomendou ao MME a formulação de um modelo de nova política pública em substituição ao SCEE, a ser submetido ao Congresso Nacional. A decisão foi emitida no âmbito de uma representação feita pelo Ministério Público junto ao TCU e ainda cabem recursos e discussões. A decisão reforça a necessidade de previsão legal da Micro e MiniGD, hoje somente em regulamentação infralegal.

Marco Legal da GD: com a recomendação do TCU para revisão dos benefícios da ReN nº 482/2012, parlamentares simpáticos à geração distribuída retomaram articulação para levarem a matéria a discussão no plenário da Câmara dos Deputados. O deputado Jhonatan de Jesus, do Partido Republicano/PR, apresentou requerimento solicitando urgência na apreciação do Projeto de Lei – PL 5829/2019, de autoria do Deputado Silas Câmara, do mesmo partido, representante do estado do Amazonas.

Reforma do Setor caminha a passos lentos: A tão aguardada reforma do Setor Elétrico é objeto de preocupação por agentes do mercado de energia, que estão temerosos com seu andamento. Alterações estruturais contidas nos projetos de lei caminham em velocidade muito aquém ao esperado pelo mercado e o cenário se agravou com a pandemia de COVID-19 e o apagão do Amapá, que tornaram outras pautas prioritárias no Congresso, em detrimento da reforma do setor. Segundo o secretário de energia do MME, Rodrigo Limp, o MME já tem mapeado tudo que é necessário ser feito para que esses avanços possam ocorrer em 2021.

MP 998 tem Relator: em 17/11, o Deputado Léo Moraes, do Partido Podemos/RO, foi designado Relator da MP. Relembramos que este mesmo Deputado relatou a MP 950, que dispunha sobre medidas emergenciais destinadas ao setor elétrico para o enfrentamento do estado de calamidade pública em decorrência da COVID-19. No âmbito da MP 950, incluiu em seu relatório, diversas emendas críticas ao setor e ao segmento de distribuição de energia. Devido à pandemia, novos protocolos de andamento dos processos legislativos foram instaurados no Congresso Nacional, dentre eles, a velocidade da tramitação de Medidas Provisórias. A instauração da Comissão Mista foi temporariamente suspensa, portanto, após a aprovação na Câmara dos Deputados, o texto legislativo segue para aprovação no Senado.

Régua de Abertura do Mercado Livre caminha

A partir de janeiro de 2021, consumidores com demanda igual ou superior a 1.500kW serão caracterizados como Livres.

A Portaria MME nº 514/2018, que tratamos em versões anteriores do nosso boletim, altera a regra de migração para o mercado livre ao diminuir o limite de carga para ‘Consumidores Livres’.

Em continuidade às regras dadas pela Portaria, a partir de janeiro de 2021, toda carga com demanda igual ou superior a 1.500 KW será caracterizada como Livre. Assim, “Consumidores Especiais” que se enquadram na nova regra regulatória, passam a ser considerados “Consumidores Livres”. Essa alteração aumenta a viabilidade de um portfólio diversificado pelo tipo de energia, incentivada ou convencional. Os contratos atuais não sofrerão qualquer impacto, ou seja, os descontos de TUSD provenientes da contratação de energia incentivada, permanecerão válidos e serão contabilizados pela CCEE até o final de sua vigência, mesmo com a alteração do seu perfil de ‘Especial’ para ‘Livre’.  

Esses agentes já podem realizar a solicitação de alteração de sua modelagem na CCEE para janeiro de 2021. Vale destacar que, para aqueles que se enquadrarem na condição, mas não entrarem com processo de alteração até o final do mês de dezembro, a CCEE realizará a alteração automaticamente, encaminhando para validação da respectiva distribuidora.

Portanto, para os clientes que estão entre os favorecidos pela portaria, convidamos a entrar em contato com nossa equipe de Gestão para análise do andamento dessa operação e de sua contratação atual.

Apagão no Amapá: o problema é de todos nós

Após 22 dias de apagão, crise energética no estado deixa consequências para todos os brasileiros.

Em edição extra publicada no Diário Oficial do último dia 25 de novembro, o Governo Federal publicou Medida Provisória – MP nº 1.010/20, que isenta os consumidores dos municípios do Estado do Amapá, abrangidos pelo estado de calamidade pública decorrente do apagão ocorrido no mês de novembro, do pagamento da fatura de energia elétrica referente aos 30 dias anteriores à publicação da MP. O impacto previsto com a isenção será repassado à Companhia de Eletricidade do Amapá – CEA, concessionária responsável pela distribuição de energia no estado, por meio da CDE.

Na mesma data, também foi publicada a MP 1.011/2020, que abre crédito extraordinário de R$ 80 mi, do Tesouro Nacional em favor do Ministério de Minas e Energia – MME, a ser transferido à CDE para custear o desembolso do impacto à CEA. Para bancar esse valor, o Decreto nº 10.551/2020, também publicado em 25 de novembro, antecipa o fim da alíquota zero de IOF em operações de crédito para 26 de novembro, que estava previsto para ocorrer, inicialmente, em 31 de dezembro de 2020. Dessa maneira, então, a antecipação de crédito do Tesouro em favor da CDE será custeada por todos os contribuintes que realizarem operações financeiras.

Entendendo o caso:

A crise energética no estado se alastrou por 22 dias, desde o dia 3 de novembro, quando uma explosão em uma subestação em Macapá, operada pela Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), seguida de incêndio, afetou três transformadores. 13 dos 16 municípios do estado ficaram sem energia, com exceção de Oiapoque, Laranjal do Jari e Vitória do Jari, que são atendidos por sistemas isolados.

Ao longo do mês de novembro, diversas medidas foram tomadas para alívio da crise, incluindo o restabelecimento parcial da energia sob forma de rodízio e o envio de geradores termelétricos e de um novo transformador para o estado. A ANEEL abriu investigação para apurar as causas do incêndio, porém a situação foi ainda agravada por seguidas judicializações, como pedidos de afastamento da diretoria da ANEEL e do ONS por 30 dias, que não ajudaram a solucionar a crise. No entanto, esse pedido de afastamento foi derrubado no dia seguinte.

Nosso time tem acompanhado esse tema de perto e manterá seus clientes cientes dos desdobramentos e possíveis impactos decorrentes dessa crise.

Como o PLD Horário altera na contabilização?

Veja um exemplo de contabilização e entenda as mudanças na prática.

Publicamos recentemente uma série de conteúdos e informações sobre o PLD horário com o objetivo de compartilhar conhecimento, esclarecer dúvidas e dar todo o suporte para que você se sinta o mais confortável possível com essa mudança no mercado livre de energia.

A previsão é que o PLD horário entre em vigor a partir de janeiro de 2021 e hoje iremos abordar de forma mais detalhada o que isso altera na sua contabilização, caso sua empresa esteja no mercado livre.

Entendendo o PLD Sombra

Atualmente, como forma de prever os impactos eventuais que ocorrerão com a entrada do modelo DESSEM no ano que vem, a CCEE já está calculando o preço horário com o chamado PLD Sombra. No entanto, esse cálculo não tem nenhum valor comercial, mas sim informativo para aqueles que buscam prever impactos e alterações dessa nova metodologia.

O que isso altera na contabilização?

Suas exposições energéticas, calculadas hora a hora pela diferença entre os valores consumidos e contratados, passarão a ser valoradas pelo PLD horário de cada dia do mês para compor a contabilização mensal.

Na prática

Para te ajudar a compreender melhor, nossos especialistas desenvolveram um exemplo hipotético. No gráfico abaixo nós comparamos a contabilização de um cliente de perfil comercial ao longo do dia 01/10/2020 no modelo do PLD atual e do PLD horário.

PLD horário e exposições energéticas
Oportunidades do PLD Horário

O PLD

O PLD horário é um novo modelo de precificação do mercado de curto prazo. Ele irá substituir a metodologia atual chamada de ‘semana-patamar’ por uma com atualização diária de preços. Veja aqui uma matéria explicando o que é o PLD horário e como ele será calculado.

Por se tratar de um assunto novo, imaginamos que muitas dúvidas e incertezas possam surgir. Visto isso, nossos especialistas explicaram nessa matéria como essa mudança irá impactar e trazer novas oportunidades para o mercado.

1. Possível diminuição dos Encargos de Serviço do Sistema (ESS), visto que a formação de preço se aproximará mais da realidade operativa do Sistema.

2. Possibilidade de desenvolver novos comportamentos em relação ao perfil de consumo de energia da empresa, com o objetivo de buscar otimização por meio da modulação inteligente da carga, conforme a oscilação do PLD horário. Ou seja, aumento do consumo nos períodos em que o PLD horário estiver baixo e redução nos demais períodos.

3. Acompanhamento diário das medições, visto que os dados de consumo serão pertinentes para análises do modo operante, pois será atrelado à divulgação diária dos preços do PLD para o dia seguinte, por parte da CCEE.

4. Possibilidade de confecção de contratos futuros diferenciados e personalizados de acordo com a necessidade de cada cliente, conforme o perfil de cada agente:

5. Quanto maiores as variações do Balanço Energético e do PLD horário, maior é o potencial de variação do resultado financeiro do agente, seja positiva ou negativamente.

Consultoria da CPFL Soluções para empresas

Acreditamos que uma gestão de energia adequada contribui para o sucesso dos negócios. Por isso, queremos compartilhar todo nosso conhecimento sobre energia para que você tenha as melhores opções para economizar e manter sempre disponível este insumo tão importante.

Com a Gestão de Energia da CPFL Soluções nosso time de especialista irá te apoiar desde o momento em que decidir contratar energia até garantir que você receba a economia que espera. Selecionamos e direcionamos todo o conteúdo importante para você acompanhar o mercado de energia, além de dar o suporte necessário mediante mudanças.

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Confira 5 benefícios do PLD horário para o setor Elétrico

Você já sabe o que é PLD horário?

Se ainda não está familiarizado com esse termo, veja aqui nessa matéria uma breve explicação sobre o que é, como ele será calculado e quais os objetivos dessa mudança. Agora chegou a gora de entender quais os benefícios dessa mudança para o setor Elétrico. Confira a seguir!

1. O PLD horário trará uma precificação cada vez mais próxima da realidade operativa do sistema elétrico brasileiro.

2. Com essa sinalização econômica, geradores e consumidores terão a oportunidade de otimizar suas operações, reduzindo os custos globais.

3. No novo modelo horário, os dados são atualizados diariamente e disponibilizados de forma isonômica para todos os atores do sistema elétrico, sejam geradores, transmissores, distribuidores ou comercializadores, que passam a dispor de informações mais precisas para tomada de decisões.

4. Novas possibilidades de negócio surgirão para os setores de geração e comercialização de energia, o que refletirá em mais opções para você e o seu negócio.

5. Após o processo de maturação e aprendizado do novo modelo de PLD, será possível estruturar novos produtos e serviços, como contratos mais customizados, operações de hedge, acompanhamento e monitoramento, entre outras possibilidades que irão desenvolver o mercado de comercialização como um todo.

Em discussão

ANEEL – Audiências e Consultas Públicas

CP 056/2020 Obter subsídios para o aprimoramento da proposta da regulamentação de que trata o artigo 2º da Lei nº 14.052/2020, que estabeleceu novas condições para a repactuação do risco hidrológico de geração de energia elétrica

Status: em análise na ANEEL

CP 061/2020 – Obter subsídios para a Análise de Impacto Regulatório – AIR sobre o tratamento regulatório para o estabelecimento de usinas híbridas e associadas.

Status: período de contribuição que se encerra em 04/dezembro.

TS 011/2020 – Obter subsídios para a elaboração de propostas de adequações regulatórias necessárias à inserção de sistemas de armazenamento no setor elétrico brasileiro.

Status: período de contribuição que se encerra em 22/dezembro.

Projetos de Lei

PLS 232 /2016 – Projeto de Lei que trata de propostas para a reformulação do modelo do SEB. Tramitando no Senado teve parecer favorável do senador relator, aprovado na Comissão de Infraestrutura – CI do Senado. Após protocolo apresentado por 10 senadores, o PLS será deliberado no plenário da casa, para só então ser encaminhado para apreciação na Câmara. Ainda sem agenda na Casa.

PL 1917/2015 – Projeto de Lei muito similar ao PLS 232/2016, está tramitando na Câmara e também teve aprovação pelo relator. Foram apresentadas emendas e relator deverá emitir novo parecer, incluindo-as ou não. Ainda sem agenda na casa.

PL 4.476/2020 – Projeto de Lei, conhecido como “Novo Mercado de Gás”, contém alterações estruturais na cadeia de valor desse segmento a fim de fomentar o setor de gás natural, até então, totalmente sob o monopólio da Petrobras. Com a aprovação do texto na Câmara, sob nº 6.407/2013, seguiu para tramitação regulamentar no Senado, quando teve o número alterado para PL 4.476/2020.

Curtas

Solução para o GSF caminha: Após a publicação da tão aguardada Lei 14.052/2020, que trouxe novas condições para a repactuação do risco hidrológico com a expectativa de destravamento das operações do Mercado de Curto Prazo – MCP da CCEE em cerca de R$ 9,2 bilhões (referência agosto/2020), a ANEEL abriu Consulta Pública nº 56/2020 para discutir com a sociedade o aprimoramento das propostas de repactuação do risco hidrológico previstas na lei. A Agência recebeu contribuições até 23 de outubro e os próximos passos previstos são a publicação da regulamentação pela ANEEL, seguido da demonstração de interesse dos agentes, quando os pedidos serão avaliados e, se aprovada, a compensação irá ocorrer por meio de extensão do período de outorga da concessão, condicionado à desistência das ações judicias em curso. 

Orçamento CCEE 2021: em Assembleia Geral Extraordinária – AGE ocorrida em 26 de outubro, os agentes associados da CCEE aprovaram o orçamento para 2021, no valor de R$ 180,7 milhões. O montante é 2,4% superior ao aprovado para 2020, porém abaixo da meta do Banco Central com o IPCA esperado de 3,0% ao ano para o próximo ano. Com isso, a contribuição associativa para 2021, para mensalmente pelos associados, terá uma redução de 0,6% em relação ao valor de 2020. Além disso, os agentes terão um abatimento de R$ 3 milhões na parcela de dezembro deste ano.

Preço Horário e a CCEE: a CCEE disponibilizou aos agentes um simulador simplificado de cálculo que possibilita a análise dos efeitos do PLD Horário para as operações. Essa iniciativa tem como objetivo oferecer ferramentas capazes de auxiliar o mercado na transição para o novo modelo de precificação, que entrará em vigor a partir de janeiro de 2021. A medida permite a avaliação de diferentes cenários e hipóteses, possibilitando que o usuário se antecipe a possíveis situações trazendo transparência e informação para o processo de implementação do DESSEM.

Preço Horário e a CPFL: nosso time tem disponibilizado informativos sobre o PLD Horário e seus desdobramentos, sempre em busca de disponibilizar aos nossos clientes a informação mais adequada e tempestiva, a fim de garantir que a informação agregue valor ao seu negócio. Continue atento aos nossos informativos.

Novo diretor da ANEEL: em 20 de outubro, o Senado Federal aprovou a indicação de Hélvio Neves Guerra como novo diretor da ANEEL, que passa a ocupar a vaga deixada por Rodrigo Limp Nascimento, que renunciou ao mandato para assumir o cargo de secretário de Energia Elétrica do MME. Hélvio, que trabalhou na ANEEL de 2001 a 2019, desde março de 2019 vinha ocupando o cargo de secretário adjunto da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME. Seu mandato se estenderá até maio de 2022, prazo remanescente do mandato de Rodrigo Limp.

MP 998 em debate no Senado: A Comissão de Infraestrutura do Senado realizou em 22 de outubro audiência pública com os diretores da ANEEL para debater os efeitos da MP no setor elétrico. As propostas apresentadas, que incluem medidas emergenciais para mitigar eventuais aumentos tarifários resultantes da Crise da COVID-19, de acordo com estimativas da ANEEL, devem resultar em redução nas tarifas em cerca de 11%. Contudo, a MP ainda aguarda agenda para tramitação na Câmara e também a definição de um relator, para só então ser deliberada no Senado.

Bandeira Verde: Relembramos que a ANEEL, de forma emergencial, decidiu manter acionada a Bandeira Verde até 31/12/2020, em meio ao cenário de crise pela pandemia da Covid-19. O cenário de redução de carga e as perspectivas de geração de energia viabilizam a permanência da bandeira verde nos próximos meses. Outro fator que torna possível essa medida, é que os custos cobertos pelas Bandeiras Tarifárias já estão contemplados na Conta-Covid.

Substituição Tributária em São Paulo

Ação já dura 11 anos, mas ainda sem efeito prático.

O plenário do Supremo Tribunal Federal – STF julgou procedente, no dia 09 de outubro, a Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI 4281, em que se discute a constitucionalidade da sistemática de substituição tributária adotada pelo governo do estado de São Paulo, em junho de 2009, quando o recolhimento do ICMS da energia comercializada no mercado livre passou a ser de responsabilidade das distribuidoras de energia elétrica e não mais das comercializadoras.

A ação foi impetrada pela Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica – Abraceel em agosto de 2009 e questiona dispositivos do Decreto Estadual nº 45.490/2000 de São Paulo, com redação dada pelo Decreto nº 54.177/2009. No entendimento da associação, que foi corroborado pelo STF, o Fisco de São Paulo criou um mecanismo de arrecadação tributária que dá acesso às distribuidoras dos preços praticados pelos seus concorrentes no mercado livre. Essa sistemática afeta a livre concorrência do ACL.

Os preços dos contratos de compra e venda de energia no mercado livre no estado são informados às distribuidoras por meio do preenchimento, pelos agentes compradores, da conhecida DEVEC (Declaração do Valor de Aquisição da Energia Elétrica em Ambiente de Contratação Livre).

Demais estados:

Desde a implementação dessa sistemática pelo estado de São Paulo, outros estados da federação também criaram mecanismos semelhantes. A decisão em comento é específica para São Paulo e não se aplica automaticamente aos demais estados. Contudo, eventualmente, a tese firmada pelo STF poderá ser aplicada aos demais estados. No momento, é necessário aguardar os desdobramentos do caso.   

Ainda sem efeito:

A decisão, contudo, ainda não tem efeito prático. De acordo com os advogados da Abraceel, os efeitos da decisão só serão entendidos após a publicação do acórdão do Supremo e também até que o estado se manifeste sobre a decisão. Assim, a forma de arrecadação do ICMS no estado permanece a mesma, ou seja, o preenchimento das DEVECs continua sendo obrigatório.

Este é um tema de grande relevância para o mercado livre, pois afeta a operacionalização e o faturamento dos contratos, razão pela qual continuaremos acompanhando a matéria. O nosso time de gestão está à disposição para mais informações.

Segurança de Mercado: tema estratégico para o mercado livre

A busca é para a construção de um mercado cada vez mais estável e protegido.

A CCEE conta, atualmente, com mais de 10 mil agentes, divididos entre diversos portes e segmentos, que vão desde pequenos consumidores encorajados pela abertura de mercado e possibilidade de escolha de seu supridor, até instituições financeiras que compram e vendem energia. Um crescimento representativo de 7 vezes em 10 anos. De maneira muito positiva, o que se observa é uma tendência de um ambiente com ainda maior quantidade e diversidade de empresas fazendo parte, dada expectativa de ampliação do mercado livre, considerando os projetos de lei em discussão. Com essa visível evolução do Mercado Livre de Energia, é natural que este novo contexto imponha desafios de ordem operacional, comercial e relacionados à própria segurança desse mercado.

O maior desenvolvimento do Mercado Livre traz consigo dinamismo para um setor que possui papel estruturante como o setor elétrico e, por consequência, nascem novas formas de comercializar energia elétrica para atender à necessidade dos agentes, seja em produtos com entrega física, ou o surgimento de produtos puramente financeiros, mais recentemente.

Contudo, para que esse mercado continue a se desenvolver, a robustez na segurança desse mercado se mostra cada vez mais relevante, não somente para atender à necessidade natural, mas também como uma demanda recorrente dos agentes e novos entrantes, em busca de um mercado cada vez mais estável e protegido, assegurando sua crescente referência, inclusive para outros setores estruturantes.

Dessa forma, a CCEE incluiu esse como um dos temas estratégicos desde 2019, mas em especial neste ano de 2020, e tem trabalhado para propor contribuições que visem atingir essa maior segurança almejada. Seu objetivo é apresentar propostas que não afetem sobremaneira a liquidez do mercado de energia, dado que este é um elemento fundamental no segmento de comercialização. Importante ressaltar que, apesar do enfoque da CCEE dos produtos com registro relacionado à entrega física, um ambiente mais seguro para a comercialização desses produtos também será positivo para as negociações de derivativos – não registrados na Câmara.

Visto que os agentes tendem a atuar em ambos os segmentos – físico e financeiro, uma ocorrência de um default na comercialização de um produto com entrega física pode afetar a obrigação de um agente em honrar a liquidação de derivativos negociados em ambiente externo à CCEE. Com isso, aproximar a forma como são monitorados e gerenciados os dois mercados é de fundamental importância para um cenário saudável de longo prazo.

Assim, a CCEE dividiu o tema “Segurança de Mercado” em três Notas Técnicas por ela preparadas, das quais duas já foram enviadas para a ANEEL para análise e posterior abertura de Consulta Pública para discussão com a sociedade, são elas:

Torna mais robustos os critérios de entrada, saída e manutenção de agentes na CCEE.
Status: sob avaliação da ANEEL.

Define garantias de participação e cumprimento dos contratos e traz um tratamento para a inadimplência com bloqueio de registro de contratos e desligamento.
Status: sob avaliação da ANEEL.

Define critérios de monitoramento de mercado com tipificação de condutas típicas e incentivo de para registro de portfólio, além de novos critérios de risco.
Status: nota técnica em elaboração pela CCEE para posterior envio à ANEEL.

Nosso time tem acompanhado esse tema tão relevante para a sustentabilidade do segmento de comercialização de energia e manterá seus clientes cientes das alterações e desdobramentos propostos. Fique de olho.

Entenda o que é o PLD horário e como ele será calculado

A partir de janeiro de 2021, o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD irá sofrer uma alteração e passará a calculado em base horário, conforme proposta da CPAMP – Comissão Permanente para Análise de Metodologias e programas Computacionais do Setor Elétrico.

Por se tratar de um assunto novo, imaginamos que muitas dúvidas e incertezas possam surgir, por isso nosso time de especialistas fez uma seleção minuciosa de informações sobre o PLD horário que são importantes para os negócios.

Afinal, o que é PLD horário?

O PLD horário é um novo modelo de precificação do mercado de curto prazo. Ele irá substituir a metodologia atual chamada de ‘semana-patamar’ por uma com atualização diária de preços.

Como será calculado?

Atualmente o PLD é calculado por meio dos modelos computacionais Newave e Decomp. Com a mudança, a apuração dos preços utilizará mais um modelo, o DESSEM, que calcula o preço hora a hora, considerando um maior detalhamento da matriz energética e suas restrições para a operação. Dessa forma, diariamente, este modelo será responsável por otimizar o despacho hidrotérmico.

Qual é o objetivo dessa mudança?

A nova metodologia tem como intuito acompanhar as evoluções da matriz energética brasileira, bem como sua diversidade e, consequentemente, realizar uma previsão minuciosa da operação, buscando assim alinhar a precificação diária à realidade operativa.

Conheça a Consultoria da CPFL Soluções

Acreditamos que uma gestão de energia adequada contribui para o sucesso dos negócios. Por isso, queremos compartilhar todo nosso conhecimento sobre energia para que você tenha as melhores opções para economizar e manter sempre disponível este insumo tão importante.

Com a Gestão de Energia da CPFL Soluções nosso time de especialista irá te apoiar desde o momento em que decidir contratar energia até garantir que você receba a economia que espera. Selecionamos e direcionamos todo o conteúdo importante para você acompanhar o mercado de energia, além de dar o suporte necessário mediante mudanças, como no caso do PLD horário.

Importância das paradas de manutenção preventiva | CPFL Soluções Experts

CPFL Soluções Experts

No dia 08 de outubro realizamos a segunda edição do CPFL Soluções Experts, uma série de eventos online e gratuitos com o objetivo de compartilhar conteúdos técnicos em energia relevantes para os negócios. 

Para este episódio, convidamos o Consultor Técnico da CPFL Soluções, Eberson Muniz, a Diretora de Field Service da Schneider Electric, Patricia Cavalcanti e o João Marcio Tosmann, Diretor Executivo da Tagout para debaterem sobre a importância das paradas de manutenção preventiva.

Durante o Webinar, os especialistas debateram sobre as principais diferenças entre a Manutenção Preventiva e Preditiva, Machine Learning, novas tecnologias e automações disponíveis no mercado, além das melhores práticas para as empresas e indústrias. Também abordaram temas relevantes sobre segurança, normas e legislações brasileira.

Se você não conseguiu participar desse evento, clique aqui ou na imagem abaixo para assistir ao Webinar completo.

Paradas de manutenção
Em discussão

ANEEL – Audiências e Consultas Públicas

CP 056/2020

Obter subsídios para o aprimoramento da proposta da regulamentação de que trata o artigo 2º da Lei nº 14.052/2020, que estabeleceu novas condições para a repactuação do risco hidrológico de geração de energia elétrica.

Status: período de contribuição que se encerra em 23/outubro.

CP 035/2020 – 2ª fase

Abertura da segunda fase da CP, para aprimoramento da Resolução Normativa – REN 885/2020, que regulamenta o Decreto nº 10.350/2020, quanto aos aspectos financeiros que o estado de calamidade pública e de emergência de saúde pública decorrente da pandemia de Covid-19 têm causado nas concessões e permissões de distribuição de Energia Elétrica.

Status: período de contribuição que se encerra em 05/outubro.

CP 025/2019

Segunda etapa da AP 001/2019, que traz os resultados das contribuições dessa e nova proposta de revisão da ReN 482/2012, que trata do acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica e do Sistema de Compensação de Energia Elétrica. Em recente atualização dos processos previstos em sua Agenda Regulatória, a ANEEL adiou para o 1º semestre de 2021 o encerramento dessa CP.

Status: Em análise na ANEEL.

AP 059/2018

Discute a implementação de tarifa binômia para consumidores conectados em baixa tensão – Grupo B.

Status: Em análise na ANEEL.

Projetos de Lei

PLS 232 /2016

Projeto de Lei que trata de propostas para a reformulação do modelo do SEB. Tramitando no Senado teve parecer favorável do senador relator, aprovado na Comissão de Infraestrutura – CI do Senado. Após protocolo apresentado por 10 senadores, o PLS será deliberado no plenário da casa, para só então ser encaminhado para apreciação na Câmara. Ainda sem agenda na Casa.

PL 1917/2015

Projeto de Lei muito similar ao PLS 232/2016, está tramitando na Câmara e também teve aprovação pelo relator. Foram apresentadas emendas e relator deverá emitir novo parecer, incluindo-as ou não. Ainda sem agenda na casa.

PL 4.476/2020

Projeto de Lei, conhecido como “Novo Mercado de Gás”, contém alterações estruturais na cadeia de valor desse segmento a fim de fomentar o setor de gás natural, até então, totalmente sob o monopólio da Petrobras. Com a aprovação do texto na Câmara, sob nº 6.407/2013, seguiu para tramitação regulamentar no Senado, quando teve o número alterado para PL 4.476/2020.

Curtas

Solução para o GSF já é lei

Foi sancionada em 08 de setembro, a Lei 14.052/2020 que trouxe as novas condições para a repactuação do risco hidrológico, o que vai possibilitar o destravamento das operações do Mercado de Curto Prazo – MCP da CCEE, em cerca de R$ 8,9 bilhões. A partir da publicação da lei, a ANEEL terá até 90 dias para regulamentar a matéria.

GSF em Consulta Pública

A ANEEL abriu a Consulta Pública nº 56/2020 para discutir com a sociedade o aprimoramento das propostas de repactuação do risco hidrológico, previstas na lei. Após a regulamentação dos procedimentos e divulgação dos cálculos de valores “a compensar”, os agentes terão 60 dias para apresentação dos pedidos. Caso seja aprovada, a compensação ocorrerá por meio de extensão do período de outorga da concessão, sendo condicionada à desistência das ações judiciais. A CP estará aberta para contribuições até o dia 23 de outubro.

Preço Horário e a CCEE

No último dia 17 de setembro, a CCEE realizou novo encontro sobre o PLD Horário. Na oportunidade, destacou o lançamento do portal do Comitê Técnico PMO/PLD, ambiente em que estarão disponíveis a documentação e o cronograma de implementação do PrevCargaDessem. Sobre o PrevCargaDessem, a Câmara assegurou que este será o mecanismo para a formação do preço, tão logo seja atestada a sua boa performance pelos membros do Comitê. Para a disseminação do conhecimento sobre a entrada do preço horário, a CCEE já disponibiliza cursos no seu portal de aprendizagem. Além disso, aos agentes que já fizeram os cursos, a CCEE estará realizando salas virtuais, em que os agentes poderão tirar dúvidas.

Preço Horário e a CPFL

Também pensando na correta informação aos seus clientes, nas próximas semanas, o nosso time disponibilizará informativos que tratarão especificamente desse assunto, que é muito importante para o seu negócio. Esses informativos detalharão a matéria, de forma simples e prática, que esclarecerão suas dúvidas, de maneira que o processo de transição do atual modelo de PLD (semana-patamar) para o novo modelo de PLD Horário aconteça de forma tranquila. Fique atento aos nossos informativos.  

CCEE – 10 mil agentes, R$ 10 mil em doações

A CCEE atingiu, nos últimos dias, a marca histórica de 10 mil associados. E para celebrar a ocasião, organizou uma iniciativa de cunho social, com a finalidade de ajudar as pessoas mais afetadas pela pandemia, doando 200 kits de alimentos e de itens de saúde para regiões periféricas da capital paulista, mais totalizando o valor de R$ 10 mil reais. A instituição beneficiada foi escolhida pelos próprios colaboradores, que elegeram o Instituto Equânime Afro-Brasil, que tem realizado um trabalho de apoio para as comunidades periféricas de São Paulo impactadas pelo isolamento social. Foram doados, entre elas o Jardim São Vicente, na Zona Sul. A escolha da instituição foi feita internamente entre os colaboradores.

8 mil consumidores no mercado livre

Ao final de agosto desse ano, a CCEE divulgou informação de que contava com 8.105 consumidores livres e especiais no mercado livre, um crescimento de quase 15% em relação ao ano inteiro de 2019. A média mensal de adesões é de 148 agentes de consumo, nesses 8 primeiros meses. O crescimento mais expressivo foi de 16% do número de consumidores especiais, ao passo que consumidores livres cresceu 8%. O número mais significativo, porém, é o crescimento de 46% dos processos de adesão ao mercado livre, em comparação ao mesmo período do ano passado. 

Bandeira Verde

Relembramos que a ANEEL, de forma emergencial, decidiu manter acionada a Bandeira Verde até 31/12/2020, em meio ao cenário de crise pela pandemia da Covid-19. O cenário de redução de carga e as perspectivas de geração de energia viabilizam a permanência da bandeira verde nos próximos meses. Outro fator que torna possível essa medida, é que os custos cobertos pelas Bandeiras Tarifárias já estão contemplados na Conta-Covid.

PL do Gás aprovado na Câmara

A matéria segue agora para a análise do Senado Federal

No início do mês de setembro, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei – PL nº 6.407/2013, que dispõe sobre o Novo Mercado de Gás Natural no Brasil e traz mudanças estruturais na cadeia de valor desse segmento. O substitutivo apresentado pelo Deputado Relator Laércio Oliveira (PP-SE) seguiu o texto que foi aprovado na Comissão de Minas e Energia – CME em outubro de 2019 e foram rejeitadas todas as emendas e destaques oferecidos ao projeto.

Esse projeto cria uma nova lógica de mercado, simplificando processos e consolidando bases para uma melhor utilização das infraestruturas existentes na busca por uma maior segurança jurídica e, por consequência, atraindo mais investimentos, que é considerado um aspecto relevante para a retomada do crescimento econômico. A mudança proposta para o regime de exploração de gasodutos, ao invés do modelo atual de concessão por leilões, torna o processo mais simples e evita a verticalização por empresas que atuam em todas as etapas da cadeia, formando sociedades para transporte, produção e comercialização.

O texto seguiu para apreciação no Senado Federal e ainda aguarda a definição de um relator para a tramitação. Com a mudança de casa, o projeto de lei ganhou nova numeração – PL nº 4476/2020. Nosso time continuará acompanhando e mantendo nossos clientes informados sobre essa matéria.

Nova Medida Provisória voltada para o Setor Elétrico

O objetivo principal das propostas apresentadas é a redução das tarifas de energia em médio e longo prazos.

Publicada em 2 de setembro, a Medida Provisória nº 998/2020, apelidada pelo Governo Federal como a MP do Consumidor, apresenta uma série de medidas que alteram regras do Setor Elétrico visando, principalmente, a redução das tarifas de energia para os consumidores finais. Dentre outros, elencamos alguns dos principais dispositivos com reflexos imediatos no mercado, que foram definidos pela MP.

Destinação de recursos para a Conta de Desenvolvimento Energético – CDE

A MP destina parte dos recursos dos programas de Pesquisa e Desenvolvimento – P&D e de Eficiência Energética para a CDE. Tratam-se de programas em que as concessionárias de geração, distribuição e transmissão de energia do país investem parte de seu faturamento em projetos de pesquisa em inovação e tecnologia, mediante aprovação da ANEEL. Os recursos a serem repassados são aqueles ainda não comprometidos com projetos contratados ou iniciados, além daqueles reprovados ou não  concluídos. Atualmente, segundo levantamento apresentado pelo governo, existe um saldo de cerca de R$ 3,4 bilhões, que será direcionado para a conta. Além do saldo atual, a MP também destinará cerca de 30% dos recursos desses programas para a CDE durante o período de 2021 a 2025.

A CDE é um fundo setorial que custeia programas e políticas públicas para o desenvolvimento do setor elétrico, como por exemplo: programa Luz Para Todos; universalização do acesso à energia elétrica; descontos nas tarifas de uso para fontes de geração renováveis incentivadas e para irrigação. Esse fundo é constituído por meio da cobrança de encargos nas contas de energia elétrica. O aporte dos recursos desses programas na conta trará um alívio nos reajustes das tarifas dos consumidores finais, durante o período de quitação da chamada Conta-Covid, criada pela MP 950, que viabilizou um empréstimo de mais de R$ 15 bilhões para as distribuidoras de energia, com o objetivo de minimizar o impacto da crise da Covid-19, pela queda de receita e aumento de inadimplência durante a pandemia. Esses empréstimos serão repassados para os consumidores até 2025, por meio de um novo encargo dentro da CDE.

Fim dos Descontos na TUSD

A proposta apresentada na MP define que os geradores de energia de fontes incentivadas, atualmente com direito a desconto nas tarifas de uso dos sistemas de distribuição e transmissão não inferior a 50%, descontos estes que incidem na geração e no consumo, não farão mais jus a esse incentivo ao fim do prazo de suas outorgas ou na eventual renovação delas. Em relação a novos empreendimentos, ou em caso de aumento da capacidade instalada dos existentes, só terão direito ao desconto aqueles que solicitarem a outorga, ou alteração dela no caso de aumento de capacidade, em até um ano da publicação da MP e, ainda, se iniciarem a operação de todas as suas unidades de geração em até dois anos da outorga. Essa medida também desonera a CDE, que é a conta que sustenta o subsídio por meio do pagamento de encargos pelos consumidores finais.

A contrapartida para a perda do desconto e como forma de não desestimular investimentos na geração de energia renovável por eventual baixa competitividade, o que traria insegurança no suprimento, é que o governo deverá apresentar diretrizes para a implementação de mecanismos que considerem os benefícios ambientais das tecnologias de geração de energia renovável, inclusive considerando requisitos técnicos de segurança energética, como aqueles relacionados à baixa emissão de gases causadores do efeito estufa, no prazo de um ano contado da publicação da MP.

Importa destacar que os contratos de compra e venda de energia incentivada atuais, com direito a desconto, não sofrerão qualquer impacto nas regras de comercialização, durante a sua vigência.

Ampliação da segurança jurídica para o Mercado Livre

Duas medidas apresentadas que beneficiam o mercado livre são a previsão em lei da figura do Comercializador Varejista e também do desligamento de agentes inadimplentes da CCEE. Essas medidas trazem maior segurança jurídica para o mercado, pois atualmente só estão previstas de forma infralegal, em regulamentos da ANEEL.

No texto apresentado, foram incluídas regras sobre as circunstâncias do desligamento dos agentes da CCEE, que poderá ocorrer, conforme regulamentação da ANEEL, dentre outras razões:

  1. de forma compulsória;
  2. por solicitação do agente; e
  3. por descumprimento de obrigações na CCEE.

Além disso, o texto prevê que o inadimplemento acarretará a suspensão do fornecimento de todas as unidades consumidoras do agente.

Já sobre o Comercializador Varejista, o texto prevê que a comercialização de energia no mercado livre poderá ser feita por intermédio desse agente, habilitado na CCEE, caracterizada pela representação de pessoas físicas ou jurídicas, a quem não será obrigado aderir na CCEE. A previsão da representação de pessoas físicas abre caminho para o futuro da abertura total do mercado livre, inclusive para baixa tensão. A proposta também prevê regras para o encerramento da representação desses consumidores, que poderá ocorrer por:

  1. resilição do contrato, mediante declaração de vontade;
  2. resolução do contrato em razão da inexecução contratual; e
  3. desligamento ou inabilitação do agente varejista na CCEE.

Outras medidas

Uma medida que beneficiará as distribuidoras da Eletrobras, recentemente privatizadas, é a destinação de recursos da CDE e de outra conta, a Reserva Geral de Reversão – RGR, de forma a atenuar aumentos tarifários para os consumidores dessas distribuidoras. A RGR é um encargo pago pelas empresas de geração, transmissão e distribuição de energia, cuja finalidade é financiar projetos de melhoria e expansão para empresas do setor energético. As distribuidoras beneficiadas são: Amazonas Distribuidora de Energia, Boa Vista Energia, Companhia de Eletricidade do Amapá – CEA, Companhia Energética de Alagoas – Ceal, Companhia Energética do Piauí – Cepisa, Centrais Elétricas de Rondônia – Ceron e Companhia de Eletricidade do Acre – Eletroacre. As distribuidoras ficam desobrigadas a quitar empréstimos, financiados pela RGR, concedidos na época em que ficaram sob controle temporário da União, período que precedeu a privatização.

Outra medida foi o ajuste na legislação para a contratação da reserva de capacidade, incluindo a energia de reserva, com o objetivo de garantir o fornecimento emergencial em momentos de maior demanda. O custo de contratação desse fornecimento será rateado por todos os consumidores finais de energia, tanto do mercado regulado quanto do mercado livre.

A MP traz também alterações sobre a usina de Angra 3. A proposta é que a União poderá privatizar a exploração da usina por meio do regime de autorização, pelo prazo de 50 anos, podendo ser prorrogado por mais 20 anos. Contudo, por força do que está previsto na Constituição Federal, a exploração de energia nuclear no país é exclusividade da União, o que fará com que a empresa que receber a outorga será uma sócia minoritária do governo.

Tramitação da MP

Seguindo o rito processual do Congresso, o prazo para apresentação de emendas se encerrou do dia 04 de setembro, quando foram apresentadas 205 emendas. Agora, a presidência da Câmara deverá definir o deputado que será o relator da MP, que apresentará seu parecer na Comissão Mista, para ser votado em plenário, quando então seguirá para o Senado. O prazo para a caducidade de uma MP é de 60 dias, podendo se prorrogar por mais 60. Portanto, a data para sua caducidade é 30 de dezembro, porém como nesse período a Câmara entrará em recesso, o prazo poderá se estender até 10 de fevereiro de 2020.

Um questão relevante a se considerar é que a MP não entrou na pauta prioritária da Câmara, pois o relator ainda não foi designado. Resta saber se a MP terá sua tramitação efetivada ou se o Congresso deixará que seja caducada, como aconteceu com a MP 950/2020. Vamos acompanhar.

Webinar CPFL Insights | Como aumentar a economia do seu negócio com o mercado livre de energia

Em nosso segundo encontro da série CPFL Soluções Insights, contamos com a presença de convidados especiais para debater sobre o mercado livre de energia, o cenário atual, novidades e oportunidades que possam gerar mais economia e competitividade para os negócios. O evento aconteceu dia 24 de setembro das 9h às 10h30 e contou com a presença de mais de 300 pessoas online.

Durante o debate, os convidados trouxeram diferentes visões sobre o setor de energia, os desafios e responsabilidades do comercializador, as necessidades e dores dos clientes e o papel da associação, compartilhando seus conhecimentos e experiências em uma rica discussão sobre o tema.

Conheça nossos convidados dessa edição:

– Moderador: Rodrigo Ferreira, Publisher do Grupo CanalEnergia
– Ricardo Motoyama, Diretor-Presidente de Comercialização da CPFL Soluções
– Reginaldo Medeiros, Presidente da Abraceel
– Gilson Granzier, Vice-Presidente Administrativo da Ascenty

Assista ao Webinar

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webinar insight
Estamos no topo do ranking das empresas mais rentáveis do Brasil.

Edição especial da Exame

A nossa comercializadora de energia está no topo do ranking das 10 empresas mais rentáveis do Brasil. Nossa rentabilidade foi de 75,3%, um retorno superior ao de qualquer aplicação financeira. Os dados são da edição especial da EXAME que será lançada em novembro, MELHORES E MAIORES 2020.

O veículo divulgou uma matéria especial com a participação do nosso Diretor-Presidente de Comercialização, Ricardo Motoyama de Almeida:

Nosso resultado em 2019 veio de uma estratégia focada no atendimento aos clientes de forma segmentada. Temos visto uma migração cada vez maior de clientes menores, como supermercados e prédios comerciais.

Topo do ranking

Webinar CPFL Soluções Experts: A importância das manutenções em subestações de alta tensão

CPFL Soluções EXPERTS

CPFL Soluções EXPERTS é uma série de webinars exclusivos com o objetivo de compartilhar conteúdos técnicos em energia relevantes para os negócios. No dia 03 de setembro aconteceu o primeiro evento online em parceria com a revista O Setor Elétrico sobre a importância das manutenções em subestações de alta tensão de 69 a 138kV.

O webinar contou com a presença especial do Adolfo Vaiser, Diretor da revista O Setor Elétrico & Evento Cinase, Claudio Rancoleta e Claudio Madergan, Especialistas e parceiros da revista O Setor Elétrico & Cinase e Eberson Muniz, Consultor Técnico da CPFL Soluções.

Durante o webinar os especialistas debateram sobre o planejamento das atividades e controle da manutenção da subestações de alta tensão, evidenciando a importância de adotar uma estratégia pra garantir a disponibilidade e a redução dos desperdícios de materiais, tempo e custos.

Também levantaram questões importantes sobre a periodicidade da manutenção preditiva que depende de uma série de fatores, como por exemplo o local da subestação, sua exposição, a criticidade do negócio que ela abastece e dos tipos de equipamentos.

Ficou interessado? Clique na imagem abaixo para assistir ao webinar completo.

webinar expert
Em discussão

ANEEL – Audiências e Consultas Públicas

CP 035/2020 – 2ª fase – abertura de aprimoramento da Resolução Normativa – REN 885/2020, que regulamenta o Decreto nº 10.350/2020, quanto aos aspectos financeiros que o estado de calamidade pública e de emergência de saúde pública decorrente da pandemia de Covid-19 têm causado nas concessões e permissões de distribuição de Energia Elétrica.

Status: período de contribuição que se encerra em 05/outubro.

CP 025/2019 – Segunda etapa da AP 001/2019, que traz os resultados das contribuições dessa e nova proposta de revisão da ReN 482/2012, que trata do acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica e do Sistema de Compensação de Energia Elétrica. Em recente atualização dos processos previstos em sua Agenda Regulatória, a ANEEL adiou para o 1º semestre de 2021 o encerramento dessa CP.

Status: Em análise na ANEEL.

AP 059/2018 – Discute a implementação de tarifa binômia para consumidores conectados em baixa tensão – Grupo B.

Status: Em análise na ANEEL.

Projetos de Lei

PLS 232 /2016 – Projeto de Lei que trata de propostas para a reformulação do modelo do SEB. Tramitando no Senado teve parecer favorável do senador relator, aprovado na Comissão de Infraestrutura – CI do Senado. Após protocolo apresentado por 10 senadores, o PLS será deliberado no plenário da casa, para só então ser encaminhado para apreciação na Câmara. Ainda sem agenda na Casa.

PL 1917/2015 – Projeto de Lei muito similar ao PLS 232/2016, está tramitando na Câmara e também teve aprovação pelo relator. Foram apresentadas emendas e relator deverá emitir novo parecer, incluindo-as ou não. Ainda sem agenda na casa.

PL 6.407/2013 – Projeto de Lei denominado “Novo Mercado de Gás”, que contém alterações estruturais na cadeia de valor desse segmento a fim de fomentar o setor de gás natural, até então, totalmente sob o monopólio da Petrobras. Atualmente se encontra para aprovação na Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados para aprovação.

Curtas

MP 950 arquivada: Conforme esperado, por 244 a 232 votos o plenário da Câmara dos Deputados decidiu pela retirada de pauta da MP 950, prevista para ser votada no dia 05 de agosto, no dia da sua caducidade, e foi arquivada. Conforme informamos, o parecer final do relator não alcançou consenso na Câmara e no Governo Federal. Lembrando que, mesmo com a perda de sua eficácia, não há risco para os atos jurídicos editados durante a sua vigência, como é o caso da Conta COVID, regulamentada posteriormente pelo Decreto 10.350/2020. Todos os atos da Conta COVID estão amparados pela MP, pelo respectivo decreto e pela resolução da ANEEL.   

Redução do impacto de Itaipu nas tarifas: A ANEEL vem buscando alternativas para aliviar as tarifas de energia. Em mais uma iniciativa, as áreas técnicas irão avaliar os saldos financeiros dos fluxos de caixa e econômico da Conta de Comercialização de Energia Elétrica de Itaipu, conforme determinação da diretoria da agência, trazendo alívio para as tarifas em relação ao repasse para a usina de Itaipu em 2021. O saldo atual da conta é de R$ 1 bilhão e a expectativa é que, havendo sobra de arrecadação na conta, o recurso ajude a reduzir as tarifas em 2021.

Bandeira Verde: Relembramos que a ANEEL, de forma emergencial, decidiu manter acionada a Bandeira Verde até 31/12/2020, em meio ao cenário de crise pela pandemia da Covid-19. O cenário de redução de carga e as perspectivas de geração de energia viabilizam a permanência da bandeira verde nos próximos meses. Outro fator que torna possível essa medida, é que os custos cobertos pelas Bandeiras Tarifárias já estão contemplados na Conta-Covid.

CCEE bate 10 mil agentes: no dia 21 de agosto, a CCEE divulgou que ultrapassou, no mês de julho/2020, a marca de 10 mil associados. A Câmara apresentou a evolução do número de agentes desde o ano de 2000 com 58, mas destaca o crescimento acelerado dos últimos 5 anos, em que o número de agentes saltou de 3.244 em dezembro/2015 para 10.0036 no fim do primeiro semestre de 2020.

Um pouco mais sobre Gás Natural

O destravamento do mercado de Gás Natural é uma das prioridades do governo para a retomada da economia após a pandemia da COVID-19

O Projeto de Lei 6.407/2013, também conhecido como PL do Gás, estabelece as novas diretrizes para o setor de gás natural com mudanças estruturais necessárias para viabilizar a pretendida abertura desse mercado, o que se espera que ocorra com os desinvestimentos que vêm sendo realizados pela Petrobrás desde o anúncio de sua desverticalização no segmento em 2016.

Dentre as modificações propostas pelo referido Projeto de Lei está a alteração do regime de exploração da atividade de transporte de gás natural no país, em que os gasodutos passarão a ser regidos por sistema de autorização. A nova redação do PL determina, ainda, acesso não discriminatório de terceiros aos gasodutos de escoamento, Unidades de Processamento de Gás Natural – UPGNs e terminais de GNLs, além de prever mecanismos de independência de atividade de transporte e redução da concentração na oferta de gás.

Essas são algumas das alterações propostas e, com isso, espera-se um maior número de supridores de gás natural, transportadoras de gás atuando de maneira independente, com aumento significativo da segurança jurídica desse setor. Todas essas medidas tendem a tornar o ambiente mais favorável à atração de investimentos e, com isso, redução dos preços finais praticados pelo mercado desse insumo tão importante para muitos setores econômicos.

Apenas para relembrar a trajetória desse PL, ele foi apresentado em 2013 pelo deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) e ficou engavetado na Comissão de Minas e Energia – CME da Câmara dos Deputados por dois anos, até ser arquivado em 2015. No mesmo ano, o projeto foi desarquivado a pedido do próprio autor e, em 2016, a ele foram apensadas propostas construídas no “Gás para Crescer”, programa do Governo Federal criado para fomentar a indústria do gás. Desde então, o PL tem tramitado vagarosamente no Congresso. Contudo, com o advento da crise econômica decorrente da crise sanitária da COVID-19, passou-se a considerar o setor do gás como uma das possíveis alternativas para a retomada econômica, razão pela qual o projeto voltou a tramitar.

No fim de julho/2020, o Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), definiu novo relator para o PL, o Deputado Laercio Oliveira (PP-SE), após o que a Câmara aprovou requerimento de urgência da matéria, o que significa que ele poderá ser aprovado em Plenário. O parecer preliminar apresentado pelo relator da proposta é favorável e deve ser votado em breve.

Dada a importância para o nosso mercado, continuaremos monitorando o tema e manteremos nossos clientes sempre informados.

Impasse sobre o GSF chega ao fim com a aprovação do PLS 209/2015

A expectativa é que o MCP da CCEE seja destravado em cerca de R$ 8,7 bilhões, valor atualmente protegido por liminares

No último dia 13 de agosto, após mais de 5 anos tramitando no Congresso, o Senado aprovou o projeto de lei que traz novas condições para a repactuação do risco hidrológico, o que vai possibilitar o destravamento das operações do Mercado de Curto Prazo – MCP da CCEE, em cerca de R$ 8,7 bilhões. O PLS havia sido aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos – CAE do Senado em março de 2020 e aguardava a deliberação no plenário da Casa.

O projeto de lei aprovado determina que, além de abrir mão de suas ações judiciais, os geradores impactados deverão quitar os seus valores em aberto no MCP, que a CCEE poderá propor que sejam parcelados. A contrapartida para que esses geradores aceitem o arranjo é a extensão do prazo de concessão de suas outorgas, limitada a sete anos, que será calculada, caso a caso, pela CCEE e ANEEL. Estima-se que terá em média de dois a três anos. A extensão das outorgas é o reconhecimento, pelo governo, de que há custos inseridos no montante do GSF referentes a fatores externos ao risco hidrológico, e que eram a base das liminares.

Próximos passos:

Com a aprovação, o PLS foi enviado à sanção presidencial, que tem até 15 dias úteis para ocorrer. Após a sua publicação em lei, a ANEEL tem até 90 dias para regulamentar a matéria, passando por consulta pública. A ANEEL e a CCEE terão mais 30 dias para a construção do cálculo das extensões das outorgas e os geradores impactados terão mais 60 dias para aderir às novas regras.

No dia da aprovação no Senado, contudo, o diretor-geral da ANEEL, André Pepitone, que acompanhou a sessão, declarou que, dada a relevância do tema, a agência já vinha trabalhando de maneira coordenada com o MME, CCEE, ONS e EPE para que a matéria seja regulamentada o mais rapidamente possível.

Com o fim do imbróglio do GSF, a implementação das propostas de modernização do setor elétrico em discussão no Congresso, hoje pautadas no PL 1.915/2015 e PLS 232/2016, torna-se mais próxima, sendo um primeiro passo relevante para os importantes avanços estruturais ali propostos, que possibilitarão a ampliação do mercado livre de energia.

Relembrando o tema, o risco hidrológico, conhecido como GSF (Generation Scaling Factor), é o fator que reflete o déficit de geração das usinas hidrelétricas que participam do MRE, ou seja, a relação entre o volume de energia efetivamente gerado pelo MRE e a Garantia Física total do mecanismo. Com a crise hídrica, essas usinas tiveram que gerar menos energia do que podiam, o que afetou os seus contratos de venda no mercado livre. Com essa situação, os geradores ficaram expostos ao PLD no MCP, muito majorado pela necessidade de geração térmica mais cara, o que os levou a recorrerem judicialmente, resultando em liminares bilionárias.

Assista ao Webinar CPFL Soluções Insights: Especialistas discutem temas de grande relevância para os negócios

CPFL Soluções Insights

No dia 25 de agosto aconteceu o primeiro Webinar da série CPFL Soluções Insights, um evento gratuito e totalmente digital promovido em parceria com o Grupo CanalEnergia. O evento foi transmitido através do Zoom para mais de 300 pessoas, entre executivos e profissionais dos mais variados ramos.

Nesse momento em que o mundo se ajusta e gerencia os impactos de uma pandemia, as empresas desempenham ativamente suas responsabilidades diante de seus profissionais, clientes e sociedade, tendo o enorme desafio de driblar uma economia em recessão e ainda, serem protagonistas em seus ambiente de negócios. E como fazer isso rapidamente? Essa foi uma das questões abordadas durante o evento.

Nossos convidados especiais: Eduardo Soares, Diretor-Presidente de Serviços, CPFL Soluções, Cláudio Raupp, Presidente da HP do Brasil e Marcos Morita, Professor do Mackenzie, FIA Idea9 e BSP, compartilharam como fizeram para rever o planejamento estratégico em suas empresas, adequando metas e processos com o objetivo de alcançar uma boa condução dos seus negócios, fazendo a roda girar mesmo com o distanciamento social e cuidando da saúde física e mental de seus colaboradores.

Com mediação do Rodrigo Ferreira, Publisher do Grupo CanalEnergia, o Webinar promoveu muitas trocas de experiência, além de compartilhar conceitos práticos e teóricos com a sugestão de métodos eficazes para os participantes revisitarem seus planejamentos estratégicos devido ao cenário que estamos vivendo com a COVID-19.

Assista abaixo o CPFL Soluções Insights e prepare-se para os próximos eventos!

Em discussão

ANEEL – Audiências e Consultas Públicas

CP 035/2020 – aprimoramento da proposta de regulamentação do Decreto nº 10.350/2020, que dispõe sobre a Conta-Covid. Resultado: REN 885/2020
Status: Aguardando a abertura da segunda fase da CP

CP 025/2019 – Segunda etapa da AP 001/2019, que traz os resultados das contribuições dessa e nova proposta de revisão da ReN 482/2012, que trata do acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica e do Sistema de Compensação de Energia Elétrica. Em recente atualização dos processos previstos em sua Agenda Regulatória, a ANEEL adirou para o 1º semestre de 2021 o encerramento dessa CP.
Status: Em análise na ANEEL.

AP 059/2018 – Discute a implementação de tarifa binômia para consumidores conectados em baixa tensão – Grupo B.
Status: Em análise na ANEEL.

Medida Provisória

MP 950/2020 – trata das medidas emergenciais para o setor elétrico para enfrentamento dos efeitos decorrentes da pandemia da COVID-19. A MP está para ser apreciada na Câmara dos Deputados. O relator da MP já apresentou o relatório final com algumas alterações, mas ainda não tem agenda na Casa. Após aprovada segue para o Senado. Prazo de validade da MP: 05/08/2020 (prazo inicial 06/06 – prorrogado pela Câmara)

Projetos de Lei

PL 3.975/2019 (antigo PL 10.985/2018) – Projeto de Lei que altera a regulação das distribuidoras de energia elétrica e inclui proposta de solução do impasse sobre o risco hidrológico (GSF). Aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos – CAE do Senado, segue agora para deliberação no plenário da Casa. Ainda sem agenda na Casa, porém com previsão de ser votado na primeira semana de agosto, conforme relator do PL.

PLS 232 /2016 – Projeto de Lei que trata de propostas para a reformulação do modelo do SEB. Tramitando no Senado teve parecer favorável do senador relator, aprovado na Comissão de Infraestrutura – CI do Senado. Após protocolo apresentado por 10 senadores, o PLS será deliberado no plenário da casa, para só então ser encaminhado para apreciação na Câmara. Ainda sem agenda na Casa.

PL 1917/2015 – Projeto de Lei muito similar ao PLS 232/2016, está tramitando na Câmara e também teve aprovação pelo relator. Foram apresentadas emendas e relator deverá emitir novo parecer, incluindo-as ou não. Ainda sem agenda na casa.

PL 6.407/2013 – Projeto de Lei denominado “Novo Mercado de Gás”, que contém alterações estruturais na cadeia de valor desse segmento a fim de fomentar o setor de gás natural, até então, totalmente sob o monopólio da Petrobras. Atualmente se encontra para aprovação na Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados para aprovação.

Curtas

Encontro do Preço Horário: promovido pela CCEE no dia 23 de julho, o VII Encontro do Preço Horário trouxe algumas novidades e a perspectiva otimista dos executivos da Câmara em relação ao sucesso da entrada do Preço Horário (PLDh), prevista para ocorrer em 2021. Destaques do Encontro:

Novidades sobre Gás: Mais um passo em direção à prometida quebra do monopólio da Petrobrás no setor de Gás Natural. Após comprar 90% da Transportadora Associada de Gás (TAG) da Petrobras, em junho de 2019, o consórcio formado pelo fundo canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ) concluiu em julho de 2020 a aquisição de 10% remanescentes da estatal no ativo. Esse trecho reúne 4,5 mil km de gasodutos nas regiões Norte e Nordeste e representa uma posição estratégica da malha de transporte de gás natural no Brasil.

PL do Gás vai tramitar em regime de urgência:  a Câmara dos Deputados aprovou “requerimento de urgência” para acelerar a tramitação do projeto sobre o novo marco legal para o mercado de gás natural – PL nº 6.407/2013. Com a aprovação, o texto poderá ser analisado diretamente pelo plenário da Casa, com a expectativa de ser encaminhado para votação nos próximos dias. A votação é um indicativo importante de destravamento do texto, que estava parado há meses na casa. A chamada Lei do Gás passou a ser considerada uma das prioridades do governo para a retomada da economia após a pandemia da COVID-19, posto que tem o foco voltado para maior inserção de empresas privadas no setor de gás, com o objetivo de aumento da concorrência e diminuição no preço final desse produto.

Impasse na votação da MP 950: O relator da MP, Deputado Léo Moraes, apresentou seu parecer final que, porém, não alcançou consenso na Câmara e no Governo. Vários parlamentares apontaram pontos polêmicos no parecer que deverão dificultar a aprovação do texto. A MP perde sua eficácia no dia 05 de agosto, prazo considerado exíguo para apreciação e aprovação em plenário nas duas casas, Câmara e Senado. Contudo, caso perca a eficácia, não há risco para os atos jurídicos editados durante a sua vigência, como é o caso da Conta-Covid, regulamentada posteriormente pelo Decreto 10.350/2020. Todos os atos da Conta-Covid estão amparados pela MP, pelo respectivo decreto e pela resolução da ANEEL.  

Crescimento do Mercado Livre: a CCEE informou que o mercado livre teve uma alta de 22,9% no número de consumidores, no primeiro semestre de 2020, em comparação ao mesmo período do ano passado: o número de consumidores especiais teve um aumento de 25% e de consumidores livres cerca de 9%. Destaca-se que, somente em junho, o número de adesões à Câmara cresceu 41% em relação ao mesmo período do ano passado.

Bandeira Verde: Relembramos que a ANEEL, de forma emergencial, decidiu manter acionada a Bandeira Verde até 31/12/2020, em meio ao cenário de crise pela pandemia da Covid-19. O cenário de redução de carga e as perspectivas de geração de energia viabilizam a permanência da bandeira verde nos próximos meses. Outro fator que torna possível essa medida, é que os custos cobertos pelas Bandeiras Tarifárias já estão contemplados na Conta-Covid.

Panorama sobre Segurança de Mercado

Estudo e análise de boas práticas do mercado financeiro para o setor elétrico

Muito discutido ao longo de 2019, o tema sobre Segurança de Mercado retornou à pauta desse ano entre os órgãos do setor. Segundo informações divulgadas por associação, a ANEEL e CCEE estão trabalhando em conjunto para a construção de medidas visando o aprimoramento da segurança do mercado livre. As propostas foram divididas em curto, médio e longo prazo, na medida da necessidade e complexidade de implementação.

Para o curto prazo, a CCEE pretende propor medidas a serem regulamentadas ainda este ano, como:

  1. Aprimoramento dos critérios de entrada, manutenção e saída ao mercado livre de agentes;
  2. Parceria com a BBCE: compartilhamento das informações de forma voluntária por parte dos agentes;
  3. Desenvolvimento de garantias para o MVE;
  4. Compartilhamento de informações com o mercado, de forma voluntária, de boas práticas dos agentes;
  5. Aprimoramento do Processo de Monitoramento de Mercado

Para o médio prazo, a CCEE indicou a previsão de criação e/ou aprimoramento dos seguintes indicadores:

  1. Metodologia CVaR;
  2. Critérios de alavancagem;
  3. Estabelecimento de ranking; e
  4. Certificação

Já para o longo prazo,  pretendem aprimorar as garantias financeiras do mercado livre.

Aliada a tal estratégia, a ANEEL também reposicionou ações relacionadas ao tema em sua Agenda Regulatória – biênio 2020-2021, ratificando o alinhamento entre os órgãos, e a CCEE, em recente encontro com as associações, confirmou que esse tema é um dos 5 prioritários para 2020 para a Câmara.

Aproximação com o mercado financeiro e a criação de mercado de derivativos de energia

Agentes de mercado entendem como boa oportunidade entre os dois mercados, o financeiro e o de energia

Recentemente temos verificado muitas iniciativas relacionadas a aproximação do mercado financeiro com o mercado de energia, em especial as ações realizadas pela B3, que é a bolsa de valores que saiu da fusão da BM&F, BOVESPA e CETIP, e pelo BBCE – Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia. 

A aproximação dos dois mercados é vista pelos agentes de mercado como uma oportunidade de evolução do mercado de energia, aproveitando-se a expertise e dinâmica do mercado financeiro para o mercado de energia, aumentando oportunidades, produtos, buscando trazer maior liquidez, segurança e novos players para o mercado de energia.

Alguns entraves destacados na aproximação dos mercados são:

  1. a necessidade de criar índices, em especial curvas de preço aderentes ao mercado,
  2. criação ou adaptação de produtos financeiros que não estejam vinculados a entrega da energia, permitindo a adesão de novos players sem que ele tenham que fazer parte do mercado de energia (aderir a CCEE, tais como bancos e fundos),
  3. ambientes de negociações seguros e segurança regulatória, aumentando a agilidade das negociações e desburocratizando o setor,
  4. maior liquidez e melhora das garantias, e
  5. redução dos prazos de liquidação e da inadimplência.

Outra questão, além das peculiaridades do setor elétrico, é a adesão voluntária dos agentes a essas iniciativas, pois há a necessidade de se criar um ambiente financeiro para a evolução do mercado, o que, obviamente, gera a necessidade de grandes investimentos. Contudo não se sabe se haverá adesão, qual o volume e tempo para que isso aconteça, além da dificuldade de se criar indicadores de preços aderentes, já que existem diversas formas e as informações estão esparsas.

De toda forma, o BBCE e a B3 já toparam esse desafio e, vale destacar, que suas estratégias e focos iniciais são diferentes.

B3 busca, de acordo com definição em seu site, “atuar também na infraestrutura para o mercado físico de energia com uma solução para monitoramento e controle de risco e formação de curva de preço. Com base em dados de transações e informações financeiras dos agentes, indicadores sinalizarão a aderência dos agentes ao modelo de risco divulgado pela B3.”. Assim, a B3 busca, por meio de plataforma, criar uma curva de preço (o que se equipara ao BBCE), mas também monitorar e controlar os riscos (hub de informações), por meio de um índice de alavancagem (classificação por selos).

Já o BBCE, por meio de sua plataforma, também visa criar uma curva de preço e, mais do que isso, disponibilizar produtos financeiros (derivativos), criando o balcão organizado de derivativos de energia, sendo que o seu primeiro produto deverá ser o contrato a termo NDF – Non Deliverable Forward

De acordo com definição encontrada no site da CVM – Comissão de Valores Mobiliários, o Balcão Organizado é uma espécie de bolsa, porém sem contraparte central, com menos regras e players menores, ou seja, “é um ambiente administrado por instituições auto-reguladoras que propiciam sistemas informatizados e regras para a negociação de títulos e valores mobiliários. Estas instituições são autorizadas a funcionar pela CVM e por ela são supervisionadas.”. Assim, o Balcão Organizado é uma entidade autorregulada, em que a administradora poderá criar as regras para quem quiser operar naquele mercado, as quais são de aplicação compulsória quando da adesão e ainda possui poderes para a aplicação de penalidade. A Administradora é subordinada a CVM. 

Vale aqui um esclarecimento quanto ao produto derivativo, que nada mais é do que um produto financeiro que tem seu preço derivado do preço de um ativo (taxa de referência, índice de mercado, dentre outros). Assim, o contrato a termo de derivativo de energia seria um contrato financeiro (não se compra a energia física) que tem o seu preço atrelado ao ativo energia e com uma data/prazo de encerramento futuro. Por enquanto, o contrato seria atrelado ao PLD, já que as curvas de preço ainda estão em desenvolvimento. Esse tipo de contrato é muito utilizado no mercado financeiro, principalmente para especulação, por aqueles que buscam ganhar com a diferença de preço e não tem interesse no ativo e para proteção (hedge). 

No caso da proteção costuma-se se dizer que se trava o preço da operação. Por exemplo: vendeu-se um contrato de longo prazo de energia atrelado ao preço do PLD de hoje mais um spread. O lucro dessa operação física é o spread, porém para que haja lucro ou prejuízo dependerá do preço do PLD.

Assim, diante da volatilidade pode se comprar contratos a termo com o preço do PLD de hoje, garantindo-se que as eventuais diferenças estarão cobertas, ou seja, se o PLD subir irá ganhar dinheiro no derivativo e perder na venda, e ao contrário se ganhará dinheiro na venda e perderá no derivativo, sendo que os montantes devem se anular.   

Outras vantagens desse tipo de contrato são:

  1. negociação de preço e não de energia física (facilita a negociação),
  2. não tem custos de registros na CCEE,
  3. liquidação se dá pela diferença da posição e não pelo valor da operação,
  4. não é preciso emitir nota fiscal,
  5. tributação somente sobre a diferença, e
  6. não há necessidade de contratar corretor ou outra instituição financeira.

Nos parece que os serviços da B3 são complementares ao da BBCE, sendo um importante passo para o crescimento e amadurecimento do mercado de energia, cabendo ao mercado definir a velocidade e qual a estrutura e informações serão utilizadas. Obviamente, apesar do mercado de derivativos não estar sujeito a regulação da entrega da energia (ANEEL), ele sofre impactos do mercado físico, sendo essencial para a evolução do mercado de energia como um todo a solução de problemas de longa data (tal como GSF) e aprimoramentos regulatórios, como, por exemplo, a redução do tempo da liquidação e o preço horário.

Distribuidoras e Permissionárias assinam os contratos da Conta-Covid

CCEE repassou, em 31 de julho, a primeira parcela da conta às concessionárias, no valor de R$ 11,8 bilhões

O prazo final para que as distribuidoras e permissionárias assinassem o termo de aceitação das condições do empréstimo e informassem o montante de recursos que pretendem utilizar se encerrou no dia 03 de julho.

Na 24ª Reunião de Diretoria da ANEEL, realizada em 07 de julho, o Diretor Geral André Pepitone, informou que 50 das 53 Distribuidoras encaminharam tempestivamente os documentos, o que totalizou o valor de R$ 14,8 bilhões, número que representa 91% do valor teto aprovado de R$ 16,1 bilhões. As únicas concessionárias que não aderiram foram Cooperaliança, João Cesa, ambas de Santa Catarina, e Forcel, do Paraná.

spread da operação da Conta-Covid será maior do que o do Conta-ACR, sendo estimado pela CCEE o custo total em CDI+3,79%, porém o custo da operação será menor, devido à menor taxa de juros em comparação à praticada na época da Conta-ACR. O BNDES negociou uma redução na taxa de juros do financiamento, que antes estava prevista em CDI+3,9%. Haverá um prazo de carência de 11 meses para o início do pagamento e o prazo para quitação é de 54 meses, após a carência.

A operação foi capitaneada pelo BNDES e a CCEE confirmou a assinatura dos contratos no dia 22 de julho com um pool de 16 bancos, nacionais e alguns estrangeiros, de acordo com tabela abaixo:

A primeira parcela é a maior de todas com R$ 11,4 bilhões e, segundo a CCEE, foi disponibilizada às distribuidoras nodia 31 de julho. Esse montante representa 77% do total da conta e as parcelas seguintes deverão ser liberadas até dezembro, com o prazo de carência 11 meses, até julho de 2021. Os valores restantes serão disponibilizados mês a mês pela CCEE, a partir de valores a serem homologados pela ANEEL.

Relembrando a Conta-Covid: Em 18 de maio, o Governo Federal publicou o Decreto nº 10.350/2020, que dispõe sobre a criação de uma conta destinada ao setor elétrico para enfrentamento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020 e regulamenta a Medida Provisória nº 950, de 8 de abril de 2020. Essa conta, que ficou conhecida como Conta-Covid, será gerida pela CCEE e receberá os recursos de uma operação financeira para atender aos problemas de caixa que as distribuidoras e permissionárias de energia elétrica estão verificando em meio a pandemia do novo coronavírus. Os valores advindos dessa conta ajudarão a compensar a queda de faturamento, o aumento da inadimplência e também a antecipação de receitas que essas empresas têm direito. Essa solução encontrada para o enfrentamento da crise tem como norte a modicidade tarifária e também o equilíbrio econômico do setor elétrico, pois injeta liquidez no caixa das distribuidoras que são as grandes arrecadadoras de recursos para o setor elétrico.

Em discussão

ANEEL – Audiências e Consultas Públicas

CP 035/2020 – aprimoramento da proposta de regulamentação do Decreto nº 10.350/2020, que dispõe sobre a Conta-Covid. Resultado: REN 885/2020

Status: Aguardando a abertura da segunda fase da CP

CP 025/2019 – Segunda etapa da AP 001/2019, que traz os resultados das contribuições dessa e nova proposta de revisão da ReN 482/2012, que trata do acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica e do Sistema de Compensação de Energia Elétrica.

Status: Em análise na ANEEL.

AP 059/2018 – Discute a implementação de tarifa binômia para consumidores conectados em baixa tensão – Grupo B.

Status: Em análise na ANEEL.

Medida Provisória

MP 950/2020 – trata das medidas emergenciais para o setor elétrico para enfrentamento dos efeitos decorrentes da pandemia da COVID-19. A MP está para ser apreciada na Câmara dos Deputados, mas ainda não tem agenda na Casa. Após aprovada segue para o Senado. Prazo de validade da MP: 05/08/2020 (prazo inicial 06/06 – prorrogado pela Câmara)

Projetos de Lei

PL 3.975/2019 (antigo PL 10.985/2018) – Projeto de Lei que altera a regulação das distribuidoras de energia elétrica e inclui proposta de solução do impasse sobre o risco hidrológico (GSF). Aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos – CAE do Senado, segue agora para deliberação no plenário da Casa. Ainda sem agenda na Casa.

PLS 232 /2016 – Projeto de Lei que trata de propostas para a reformulação do modelo do SEB. Tramitando no Senado teve parecer favorável do senador relator, aprovado na Comissão de Infraestrutura – CI do Senado. Após protocolo apresentado por 10 senadores, o PLS será deliberado no plenário da casa, para só então ser encaminhado para apreciação na Câmara. Ainda sem agenda na Casa.

PL 1917/2015 – Projeto de Lei muito similar ao PLS 232/2016, está tramitando na Câmara e também teve aprovação pelo relator. Foram apresentadas emendas e relator deverá emitir novo parecer, incluindo-as ou não. Ainda sem agenda na casa.

PL 6.407/2013 – Projeto de Lei denominado “Novo Mercado de Gás”, que contém alterações estruturais na cadeia de valor desse segmento a fim de fomentar o setor de gás natural, até então, totalmente sob o monopólio da Petrobras. Atualmente se encontra para aprovação na Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados para aprovação.

Curtas

· Derivativos de energia: A Comissão de Valores Mobiliados (CVM) autorizou o Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE) a ofertar derivativos de energia, que são contratos ou títulos financeiros padronizados, com prazo definido e que tem seu preço atrelado/derivado de um ativo (valor de mercado do ouro, ação, dólar, PLD, taxa básica de juros, e outros…), ou seja, são contratos que comercializarão energia apenas financeiramente, não estando atrelados à venda da energia física. A previsão é de que o primeiro produto financeiro seja negociado a partir de agosto deste ano. Esses títulos são corriqueiramente utilizados no mercado financeiro e promovem liquidez e segurança, tratando-se de uma evolução para o setor elétrico, que terá um Mercado de Balcão Organizado (uma espécie de bolsa de valores, sem uma contraparte central). Ainda, estão em estudo a criação de produtos atrelados a certificados de biocombustíveis (Cbios), energia renovável (RECs), bagaço de cana de açúcar e, eventualmente, até gás natural.

·         Nova Lei do gás deverá ir direto para votação do plenário da Câmara dos Deputados: um dos principais temas na agenda regulatória do Ministro da Economia Paulo Guedes, o projeto de lei 6.407/2013, que dispõe de medidas para fomentar a indústria do Gás Natural no Brasil, deve ser votado diretamente em plenário da Câmara, caso eventual regime de urgência seja aprovado, conforme declarações do deputado Federal Laércio Oliveira, ao Valor Econômico. Segundo ele, o PL do Gás está ganhando maior relevância nas discussões do parlamento e está em tratativas para ser o relator da matéria no plenário. A aprovação é de extrema importância para o setor, que precisa de investimentos bilionários em sua infraestrutura, principalmente para a construção de gasodutos, para a ampliação da malha de transporte e ganha ainda maior relevância e necessidade em um cenário pós-pandemia. Atualmente o Brasil possuí 9.400 km de gasoduto para transporte de gás natural, enquanto a Argentina possuí, por exemplo, 16.000 km (fonte: Centro Brasileiro de Infraestrutura – CBIE). 

·         Bandeira Verde: Relembramos que a ANEEL, de forma emergencial, decidiu manter acionada a Bandeira Verde até 31/12/2020, em meio ao cenário de crise pela pandemia da Covid-19. O cenário de redução de carga e as perspectivas de geração de energia viabilizam a permanência da bandeira verde nos próximos meses. Outro fator que torna possível essa medida, é que os custos cobertos pelas Bandeiras Tarifárias já estão contemplados na Conta-Covid.

·         Projetos de Lei paralisados: os PLs que tramitam no Senado e na Câmara, importantes para o setor elétrico, permanecem sem agenda nas casas. As discussões sobre a  reforma do modelo e a solução para a judicialização do GSF não têm previsão de serem retomadas.

Norma sobre suspensão de corte de energia prorrogada

A ANEEL irá ouvir a sociedade sobre a melhor forma da retomada das atividades

Em reunião extraordinária de diretoria, realizada no dia 15 de junho, a ANEEL prorrogou os efeitos da Resolução Normativa nº 878/2020 – REN 878/2020 – até o dia 31 de julho e instaurou a Consulta Pública nº 38/2020 para debater com a sociedade como se dará, de modo gradual, a volta da possibilidade de corte do fornecimento de inadimplentes a partir de 1º de agosto, além de como será feito o retorno do atendimento presencial e de outras obrigações das distribuidoras.

A REN 878/2020, datada de 24 de março de 2020, que trata do conjunto de medidas para garantir a continuidade do serviço de distribuição e da proteção de consumidores e funcionários das concessionárias em meio à crise da COVID-19, tinha a validade de 90 dias, mas com a possibilidade de ser prorrogada.

Assim, estão prorrogadas até 31 de julho, dentre outras, as seguintes atividades:

·         a proibição do corte no fornecimento de energia por inadimplência (consumidor residencial, incluindo baixa renda, serviços e atividades essenciais)

·         suspensão do atendimento presencial

·         priorização das solicitações de urgência e emergência nos atendimentos telefônicos

·         suspensão da entrega da fatura mensal (envio eletrônico das faturas ou do código de barras)

·         permissão para suspensão da leitura mensal dos medidores, ou permissão para realização em intervalo diferente do usual

·         as distribuidoras deverão priorizar os atendimentos de urgência e emergência; o restabelecimento do serviço em caso de interrupção ou suspensão por inadimplemente; os pedidos de ligação ou aumento de carga para locais de tratamento da população; reduzir os desligamentos programados; preservar e priorizar o fornecimento de energia aos serviços e atividades considerados essenciais

·         as distribuidoras devem elaborar plano de contingência para o atendimento de unidades médicas e hospitalares e de locais utilizados para o tratamento da população

Mercado Livre:

A diretora relatora, Elisa Bastos, em seu voto para a abertura da consulta pública, destaca a retomada das obrigações referentes ao Sistema de Medição para Faturamento – SMF nas migrações para o mercado livre, pois em seu entendimento não existe óbice para a prestação desse serviço pelas distribuidoras, que deverão concluir os pedidos ainda não atendidos até o dia 31 de agosto.

A REN 878/2020 perde seus efeitos a partir de 1º de janeiro de 2021.

ANEEL retoma discussão da CP 35, que regulamenta a Conta-Covid

A Consulta Pública terá uma segunda fase a ser aberta em, no máximo, 60 dias

Em 23 de junho, a ANEEL retomou as discussões para o fechamento da Consulta Pública nº 35/2020, aprovando o regulamento para a contratação de operações financeiras da Conta-Covid, que trará liquidez às distribuidoras em meio à crise do Coronavírus, fixando o valor de R$ 16,1 bilhões. Além disso, a Aneel deverá abrir uma segunda fase da Consulta Pública, em até 60 dias, para a discussão do tratamento que será definido para os pedidos feitos pelas distribuidoras de revisões tarifárias extraordinárias, referentes ao reequilíbrio econômico-financeiro dos seus contratos de concessão.

O processo, que deveria ter sido concluído na reunião de diretoria da semana anterior, foi interrompido após pedido de vistas pelo diretor Efrain Cruz. Tanto o diretor Efrain, quanto o diretor Sandoval Feitosa, haviam fechado questão sobre uma proposta que beneficiaria as distribuidoras da Eletrobras privatizadas recentemente, nos estados de Alagoas, Tocantins, Amazonas, Roraima, Piauí e Rondônia, de forma que os empréstimos fossem utilizados nos seus processos de Revisão Tarifária que acontecerão até dezembro de 2020. O diretor Efrain expôs seu voto-vista, sendo apoiado pelo diretor Sandoval, justificando que sua intenção era atenuar os efeitos da crise nas tarifas dessas concessões.

A reunião se prolongou e, após ampla discussão, o entendimento inicial da diretora Elisa Bastos, relatora do processo, no momento da abertura da consulta pública, foi o que prevaleceu, não acatando a proposta apresentada pelo diretor Efrain. A relatora reforçou a necessidade de se manter a isonomia com todas as distribuidoras e que esse dispositivo não estaria previsto no Decreto 10.350/2020. Além disso, em seu entendimento, corroborado pelo diretor-geral, André Pepitone, a proposta trata de uma política pública que não é atribuição da ANEEL e, sim, do Ministério de Minas e Energia.

Diante da urgência do tema para o caixa das distribuidoras, o adiamento da decisão sobre a CP na reunião da semana anterior, por causa do pedido de vistas, trouxe uma repercussão negativa à agência perante o mercado e governo. O próprio ministro de Minas e Energia encaminhou ofício à ANEEL, demonstrando sua insatisfação com a decisão. Assim, como forma de demonstrar coesão, apesar de algumas divergências em relação a certos pontos da matéria, a diretoria aprovou a proposta da diretora por unanimidade, “em nome do princípio da colegialidade”, conforme palavras do diretor Sandoval.

Mercado Livre:

Conforme adiantamos em nosso boletim anterior, os impactos para o mercado livre serão menores que aqueles que afetarão os consumidores do mercado cativo.

As operações financeiras serão contratadas e geridas pela CCEE e os seus custos serão repassados integralmente à CDE, cujas quotas, denominadas CDE-COVID, serão homologadas pela ANEEL. Essas quotas serão recolhidas a partir de 2021, por meio de componentes tarifárias da TUSD e da TE, quando será criado um encargo a ser alocado tanto na Tarifa de Energia – TE, devida apenas aos consumidores cativos, quanto na Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição – TUSD, cujo ressarcimento é feito por todos os consumidores, cativos e livres.

Lembrando, porém, que os consumidores ‘cativos’ que solicitaram a migração para o ACL após 08 de abril de 2020, levarão sua cota referente ao encargo que será alocado na TE para cobrir essas despesas. Com essa regra, os consumidores que já estão no mercado livre e aqueles que solicitaram migração antes de 08 de abril estão blindados do novo encargo.

100 obras de subestações e linhas de transmissão concluídas em 2019

Marco histórico de entregas é resultado do aumento na produtividade e melhorias no processo de planejamento interno da companhia.

Comemoramos o marco histórico de 100 obras entregues em 2019. O número é quase o dobro de trabalhos concluídos em 2018, resultado do aumento na produtividade e melhorias no processo de planejamento interno. Além disso, no último ano ainda realizamos 17 mil obras no setor de distribuição e reformamos mais de 9,5 mil equipamentos.

Das 100 obras entregues, 69 foram realizadas em subestações de energia – sendo quatro novas construções, uma obra para o cliente EDP em Suzano e outras três para distribuidoras do Grupo CPFL além de outras ampliações em subestações com a instalação de novos transformadores de potência, construção de novos bays de 138kV, entre outros.

As outras 31 obras têm relação com a construção de linhas de transmissão, sendo 7 novas linhas e ramais além de substituição e modernização de estruturas nos estados do Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais e em São Paulo.

Do total, 65 projetos foram executados pela própria equipe da CPFL Soluções e 35 por meio de parcerias, sendo 86 projetos destinados às distribuidoras do grupo e 14 realizados para clientes externos.

A otimização dos trabalhos é reflexo da implantação do Planejamento Integrado de Obras realizado no final do ano passado, criando maior sinergia no Grupo CPFL entre as áreas de Operações e Engenharia das Distribuidoras dos Grupo, Suprimentos Corporativos e CPFL Soluções”. Eduardo dos Santos Soares, presidente da CPFL Soluções.

Eduardo dos Santos, presidente da CPFL Soluções
Eduardo dos Santos Soares, presidente da CPFL Soluções

O aumento na produtividade dos times da empresa, as melhorias no processo de planejamento interno, reduzindo prazos de mobilização, e o recebimento de novos equipamentos também colaboraram para esta marca expressiva.

Parque do Peão deixa de emitir mais de 100 toneladas de CO2 por ano com usina fotovoltaica

Usina solar construída pela CPFL Soluções tem potência de 986 kWp, o suficiente para suprir toda necessidade do complexo.

A busca pela energia limpa tem sido uma constante, não somente no dia a dia da população como também na rotina das grandes empresas. O compartilhamento de bicicletas, patinetes e até aplicativos de caronas corporativas fazem parte deste movimento que tem como foco principal a redução da emissão de gás carbônico no meio ambiente.

Barretos, cidade com aproximadamente 120 mil habitantes localizada no interior de São Paulo, também entra nesta rota. O Parque do Peão é um complexo com 2 milhões de metros quadrados construído para sediar a Festa do Peão de Barretos, evento considerado o maior do gênero na América Latina. É o principal ponto turístico da cidade e por isso aberto à visitação todos os dias o ano inteiro.

Através de um acordo firmado com a CPFL Soluções, empresa do grupo CPFL Energia, o complexo recebeu uma Usina Fotovoltaica com potência instalada de 986 kWp de energia solar, mais que o suficiente para abastecer todo o Parque do Peão. Segundo o Consultor Comercial da CPFL Soluções, Fabrício Gonçalves Moisés, o sistema foi projetado para que a energia excedente, que ocorre na maioria dos meses, fique como um crédito para os meses de maior consumo. “Fizemos os cálculos do consumo anual e os meses de baixa utilização compensarão o mês de agosto, por exemplo, quando acontece a Festa do Peão de Barretos”, declarou.

parque do peao

Foram instaladas 2.908 placas em uma área de 10,5 mil metros quadrados. As obras duraram cerca de 4 meses e a usina já está gerando energia limpa para o complexo. Com isso, o Parque do Peão deixará de emitir para o meio ambiente mais de 100 toneladas de CO2 por ano. “A energia solar vem crescendo no país. Com o desenvolvimento da tecnologia, as usinas fotovoltaicas se tornaram competitivas e colaboram para uma matriz energética mais limpa e sustentável”, complementa o diretor comercial da CPFL Soluções, Flavio Souza.

Segundo o diretor financeiro da Associação Os Independentes, realizadora da Festa do Peão e mantenedora do Parque, Jeronimo Muzeti, a natureza e as futuras gerações são os maiores beneficiados. “Para termos resultados efetivos em relação à qualidade do ar e aos efeitos que nós mesmos temos provocado em todo mundo precisamos começar logo e nós estamos fazendo nossa parte, com a esperança de que seja o início de uma grande onda que vai alcançar empresas e gestores de Barretos, da região e de todo o país”, afirmou.  

Em discussão

ANEEL – Audiências e Consultas Públicas

CP 035/2020 – que busca colher subsídios e informações adicionais para o aprimoramento da proposta de regulamentação do Decreto nº 10.350/2020, que dispõe sobre a Conta-covid.
Status: Aguardando contribuição dos agentes até: 01/06/2020

CP 025/2019 – Segunda etapa da AP 001/2019, que traz os resultados das contribuições dessa e nova proposta de revisão da ReN 482/2012, que trata do acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica e do Sistema de Compensação de Energia Elétrica.
Status: Em análise na ANEEL.

AP 059/2018 – Discute a implementação de tarifa binômia para consumidores conectados em baixa tensão – Grupo B.
Status: Em análise na ANEEL.

Medida Provisória:

MP 950/2020 – trata das medidas emergenciais para o setor elétrico para enfrentamento dos efeitos decorrentes da pandemia da COVID-19. A MP está para ser apreciada na Câmara dos Deputados, mas ainda não tem agenda na Casa. Após aprovada segue para o Senado. Prazo de validade da MP: 06/06/2020, com possibilidade de prorrogação por mais 60 dias.

Projetos de Lei

PL 3.975/2019 (antigo PL 10.985/2018) – Projeto de Lei que altera a regulação das distribuidoras de energia elétrica e inclui proposta de solução do impasse sobre o risco hidrológico (GSF). Aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos – CAE do Senado, segue agora para deliberação no plenário da Casa. Ainda sem agenda na Casa.

PLS 232 /2016 – Projeto de Lei que trata de propostas para a reformulação do modelo do SEB. Tramitando no Senado teve parecer favorável do senador relator, aprovado na Comissão de Infraestrutura – CI do Senado. Após protocolo apresentado por 10 senadores, o PLS será deliberado no plenário da casa, para só então ser encaminhado para apreciação na Câmara. Ainda sem agenda na Casa.

PL 1917/2015 – Projeto de Lei muito similar ao PLS 232/2016, está tramitando na Câmara e também teve aprovação pelo relator. Foram apresentadas emendas e relator deverá emitir novo parecer, incluindo-as ou não. Ainda sem agenda na casa.

Curtas

ANEEL e CCEE continuam movimento de repasses para mitigação de impactos da crise Covid-19

Neste mês de maio foram repassados pela CCEE mais R$ 745 milhões às distribuidoras e consumidores livres

Com a intenção de apresentar soluções para o enfrentamento das consequências da crise da COVID-19 no setor elétrico, o Gabinete de Monitoramento da Situação Elétrica – GMSE, criado pela ANEEL em 09 de abril, divulgou uma nota técnica com um conjunto de medidas baseadas na investigação dos fluxos de pagamentos do setor e dos encargos, propondo um redirecionamento desses recursos como forma de evitar pressão nas tarifas de energia.

Assim, continuando com esse movimento, autorizada por despacho da ANEEL, a CCEE operacionalizou no dia 13 de maio o repasse de R$ 207,4 milhões aos consumidores, referente a recursos financeiros disponíveis no fundo de reserva para alívio futuro de encargos: – as distribuidoras receberam R$ 150,9 milhões – 73%; – os consumidores livres receberam R$ 56,4 – 27% do montante. Esses valores são repassados proporcionalmente ao consumo de cada agente.

Outra medida tomada pela CCEE foi o repasse, em 19 de maio, de R$ 538 milhões da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE, conforme previsão em despacho da ANEEL, que auxilia o caixa das distribuidoras e mitiga impactos financeiros aos consumidores. De acordo com a CCEE, o valor repassado para as distribuidoras é composto por R$ 316,4 milhões disponibilizados pelo Tesouro Nacional e outros R$ 221,7 milhões antecipados da competência de abril dos repasses da CDE.   

As instituições do setor, como MME, ANEEL e CCEE vêm buscando alternativas que mitiguem o impacto da crise da Covid-19 no setor elétrico. Essas medidas fazem parte de um pacote de apoio aos consumidores e visam reforçar a liquidez do setor nesse período. Desde o início desse pacote, a CCEE já repassou cerca de R$ 2,7 bilhões, o que vem garantindo a adimplência das distribuidoras nas suas operações.

Decreto que regulamenta a Conta-Covid ainda gera expectativas

ANEEL abre Consulta Pública para regulamentar os detalhes das operações financeiras de ajuda às distribuidoras para enfrentamento da crise da Covid-19

Em 18 de maio o governo federal editou o Decreto nº 10.350/2020, muito esperado pelos agentes do setor, que autoriza a criação e gestão pela CCEE da Conta-Covid, destinada a cobrir déficits ou antecipar receitas para o segmento de distribuição de energia (distribuidoras e permissionárias), por meio de empréstimos bancários. Essa operação se faz necessária pois as distribuidoras de energia estão sendo impactadas pela diminuição da arrecadação que resulta da redução de consumo em seus mercados e ao aumento da inadimplência, desde o início das medidas de isolamento social em meados de março de 2020.

A criação da conta está prevista na MP nº 950/2020, publicada no último dia 08 de abril, que trata de medidas temporárias emergenciais para enfrentamento da Crise Covid-19, e dependia desse decreto para a sua regulamentação. Trabalho em conjunto do MME e ANEEL teve como premissas principais:

Seguem alguns detalhes sobre o decreto:

Cobertura dos empréstimos:

Os empréstimos serão usados para cobertura dos eventuais efeitos negativos que a crise trará às distribuidoras referentes aos seguintes itens:

Condições para acesso aos empréstimos:

O decreto também impôs algumas condições a serem observadas pelas distribuidoras, além daquelas nele dispostas, para que obtenham acesso ao financiamento, como por exemplo:  

Quotas da CDE:

A Aneel fixará as quotas da CDE:

Quitação da Conta:

A CCEE manterá saldo suficiente na conta para assegurar o fluxo de pagamentos, porém, eventual saldo positivo poderá ser utilizado para quitação antecipada da conta, desde que o saldo seja igual ou superior ao montante ainda devido.

Mercado Livre:

As operações financeiras que serão contratadas e geridas pela CCEE e os seus custos serão repassados integralmente à CDE. A ANEEL homologará as quotas da CDE, denominadas CDE-COVID, a serem recolhidas a partir de 2021, por meio de componentes tarifárias da TUSD e da TE. A alocação nessas componentes vai considerar a estrutura de custos dos ativos regulatórios considerados nos empréstimos, ou seja:

Por outro lado,  os consumidores ‘cativos’ que solicitaram (ou solicitarem) a migração para o ACL após 08 de abril de 2020 (data de publicação da MP 950/2020), levarão consigo sua cota referente ao encargo para cobrir essas despesas. Com essa regra, os consumidores que já estão no mercado livre e aqueles que solicitaram migração antes de 08 de abril estão blindados do novo encargo.

Diferimento do faturamento da demanda:

Uma medida importante para os consumidores do Grupo A, cativos ou livres, que está prevista no decreto, é que as operações financeiras cobrirão eventuais diferimentos negociados pelas distribuidoras em relação ao faturamento da demanda contratada, que é um pleito das associações de consumidores, para que, durante a crise, as distribuidoras passem a faturar a demanda registrada e não a contratada, uma vez que a maioria desses consumidores tiveram redução dos seus consumos.

Havia um processo na ANEEL sobre a matéria que foi deliberado na Reunião de Diretoria de 19 de maio: a agência negou o pleito, mas recomendou que as distribuidoras podem negociar bilateralmente com os consumidores esse diferimento, suas condições e prazos, remetendo esse entendimento à previsão da matéria no Decreto. Vale lembrar que se trata de diferimento no faturamento, ou seja, a diferença entre a demanda contratada e a faturada, permanecerá devida pelo consumidor que negociar. As regras, condições e prazos para a quitação desse diferimento será discutida em consulta pública com a ANEEL.

Consulta Pública nº 035/2020:

Importante mencionar que o decreto em si ainda enseja muita regulamentação da ANEEL, como por exemplo: a movimentação dos recursos financeiros, as formas de cobrança, o tratamento da inadimplência, a possibilidade de exigência de garantias de pagamento e os encargos tarifários resultantes das quotas ordinárias e extraordinárias a serem pagas pelas distribuidoras. Assim, em 26 de maio a ANEEL instaurou a Consulta Pública nº 035/2020, a fim de buscar subsídios de toda a sociedade para o aprimoramento da proposta de regulamentação do Decreto. As contribuições poderão ser enviadas até o dia 01 de junho de 2020.

O montante da Conta-Covid, apresentado pela ANEEL na Consulta Pública, é de R$ 16,1 bilhões. Os agentes do setor esperavam maior celeridade na divulgação do decreto, mas o MME, em conjunto com a ANEEL, fizeram um intenso trabalho de identificar todos os saldos dos fundos setoriais com excedentes de caixa, que pudessem ser utilizados para reduzir o tamanho do empréstimo, antes da definição dos montantes e das regras da operação financeira.

Para o caso de dúvidas ou necessidade de mais informações, o nosso time de representação está à disposição.

Em Discussão

ANEEL – Audiências e Consultas Públicas

Status: Em análise na ANEEL.

Status: Em análise na ANEEL.

Medida Provisória

Projetos de Lei

Curtas

Solução do GSF

O PL 3.975/2019 (antigo PL 10.985/2018) ainda aguarda deliberação no plenário do Senado, mas ainda sem agenda na casa, que vem priorizando os temas mais urgentes sobre medidas emergenciais sobre a crise do novo Coronavírus.

Maio terá Bandeira Verde

Pelo quarto mês consecutivo, a bandeira tarifária para o mês de maio permanece Verde. Os principais reservatórios do Sistema Interligado Nacional – SIN permanecem com níveis de armazenamento próximos ao padrão histórico para o mês e, aliado aos impactos decorrentes da COVID-19 que tem registrado redução do consumo de energia no país, mantém uma elevada participação das usinas hidrelétricas no atendimento à energia do país, não se verificando a necessidade de acionamento das usinas termelétricas com custo de geração maior.

CCEE tem novos conselheiros

Em 15 de abril, em reunião ocorrida em São Paulo, ocorreu a eleição de dois novos conselheiros: Marcos Delgado, representante do segmento de distribuição e Marcelo Loureiro, representante do segmento de comercialização, que substituem Solange David e Ary Ribeiro, respectivamente, em função do término de seus mandatos. Ainda houve a recondução de Talita Porto, representante do segmento de geração, que foi reeleita e alçada ao cargo de vice-presidente do conselho.

Composição do Conselho da CCEE

Além dos três escolhidos, que devem assumir o posto no próximo mês, o conselho é composto por mais dois membros: Rui Altieri Silva, presidente, e Roseane Santos que iniciam o segundo ano de mandato. Cada conselheiro tem mandato de quatro anos podendo ser renovado por uma vez.

Reajustes de tarifas prorrogados

A ANEEL vem definindo os reajustes anuais das distribuidoras, mas adiando a sua aplicação. As distribuidoras: CPFL Paulista, Energisa Mato Grosso, Energisa Matogrosso do Sul, Coelba – Bahia, Enel Ceará e Cosern – Rio Grande do Norte tiveram seus reajustes homologados, mas a aplicação só ocorrerá a partir de 1º de julho de 2020. As perdas de arrecadação pela não aplicação das novas tarifas serão compensadas no recolhimento de cotas da CDE nos meses de maio, junho e julho.

ANEEL apresenta conjunto de propostas para mitigação dos efeitos da crise no setor elétrico

A “carteira de soluções” apresentada pela ANEEL têm o objetivo de aliviar aumento nas tarifas do consumidor no futuro.

O Gabinete de Monitoramento da Situação Elétrica – GMSE, criado pela ANEEL em 09 de abril, é coordenado pela diretoria colegiada da agência e objetiva identificar efeitos da pandemia no mercado de energia elétrica, monitorar a situação econômico-financeira e de demanda e oferta de energia, além de coordenar estudos de medidas para a preservação do equilíbrio nas relações entre agentes do setor. Nesse âmbito, o gabinete divulgou no dia 16 de abril a NT nº 01/2020-GMSE/ANEEL, preparada pelo corpo técnico da agência.

Nota Técnica – NT

O conjunto de medidas proposto na NT tem a intenção de apresentar soluções para o enfrentamento das consequências da crise da COVID-19 no setor elétrico, com alternativas à prática sempre utilizada de repasse dos custos apenas ao consumidor de energia. Ao reconhecer que as consequências dessa inédita crise ainda são incertas e de difícil mensuração neste momento, a ANEEL entende que as soluções devem ser inovadoras e envolver a parcela de contribuição de toda a cadeia de agentes do setor, mas sempre priorizando o respeito aos contratos firmados.

As medidas propostas estão baseadas na investigação dos fluxos de pagamentos do setor e dos encargos, propondo um redirecionamento dos recursos às empresas, como forma de evitar uma pressão nas tarifas de energia, além da flexibilização temporária de algumas regras, que preservarão os recursos e solvência das empresas. A utilização do superávit da Conta das Bandeiras, no valor de R$ 1,37 bilhão; os montantes de R$ 2,1 bilhões pela não aplicação dos recursos de Pesquisa & Desenvolvimento – P&D e de R$ 1,31 bilhão do Programa de Eficiência Energética – PEE, acumulados em 2018, são alguns exemplos.

A ANEEL já vinha antecipando fundos superavitários para os consumidores. Em 07 de abril a diretoria autorizou que a CCEE creditasse, excepcionalmente, ao segmento consumo, o valor de cerca de R$ 2 bilhões (R$ 1,475 bilhão para as distribuidoras – consumidores cativos – e R$ 547 milhões para os consumidores livres) do saldo existente no fundo de reserva para alívio futuro de encargos, administrado pela CCEE. A Câmara operacionalizou a medida já no dia 08 de abril, creditando os valores devidos a cada agente de consumo nas suas contas da Agência Trianon do Bradesco.

Já no dia 15 de abril, a ANEEL repassou R$ 400 milhões à CCEE, responsável pela gestão da CDE, referente à primeira parcela para cobertura da isenção do pagamento das faturas de Baixa Renda, montante previsto na MP 950/2020.

E no dia 20 de abril, autorizou o uso da sobra de encargos de transmissão, na ordem de R$ 432,4 milhões, que aliviarão os custos para consumidores cativos e livres nos meses de abril, maio e junho.

As propostas também passam pela autorização de negociações entre geradores e distribuidoras para modularem os pagamentos com a compra de energia, ou ainda, os geradores negociarem com o BNDES uma suspensão temporária dos seus empréstimos, além de a ANEEL avaliar junto ao MME se existe a possibilidade de postergar gastos com políticas do setor elétrico, como por exemplo o programa de universalização, visando desonerar a CDE.

Ao final, a equipe responsável pela elaboração da NT recomenda as propostas à diretoria da ANEEL para o aprofundamento técnico das medidas apresentadas, conclamando a participação dos agentes setoriais e dos outros órgãos do setor elétrico e do Poder Público Federal.

Medida Provisória emergencial para o setor elétrico

O impacto previsto com a crise da COVID-19 é estimado em até R$ 17 bilhões para o caixa das distribuidoras de energia, que terão queda de receita pela redução do consumo e o aumento da inadimplência

Em 08 de abril o governo federal editou a Medida Provisória nº 950/2020 contendo medidas emergenciais para o setor elétrico para enfrentamento dos efeitos decorrentes da pandemia da COVID-19. As medidas propostas na MP, que envolvem empréstimos para as distribuidoras de energia e aportes da União para subsidiar isenção de pagamento de faturas de energia, exclusivamente para clientes residenciais de baixa renda, são importantes para mitigação da crise desencadeada pela chegada da pandemia do novo coronavírus ao Brasil.

As distribuidoras de energia são consideradas o grande caixa arrecadador do setor elétrico, cuja receita anual em torno de R$ 250 bilhões incluem não só os tributos de todas as esferas governamentais, como também os recursos para remuneração da geração e transmissão, sendo que apenas cerca de 20% dessa receita se referem à remuneração pelos custos associados à prestação do serviço público de distribuição.

A principal medida proposta envolve a isenção do pagamento da fatura de energia, no período de 1º de abril a 30 de junho de 2020, pelos consumidores do mercado regulado enquadrados na Tarifa Social de Energia Elétrica – TSEE, mais conhecida como Tarifa de Baixa Renda. Para este período, a medida altera a regra atual de descontos dos consumidores enquadrados nessa tarifa, que ocorre de forma proporcional: até 30 kWh, desconto de 65%; de 31 a 100 kWh, 40%; e de 101 até 220 kWh, 10%. Acima de 220 kWh não há desconto.

A MP também altera a Lei que instituiu a Conta de Desenvolvimento Energético – CDE, prevendo que essa conta seja a responsável por custear o desconto, exclusivamente por meio de encargo tarifário, além de permitir a amortização de eventuais operações financeiras a serem contratadas para alívio ao caixa das distribuidoras, vinculadas aos impactos negativos durante a crise, que vem sendo chamado de “Fundo COVID”. Há também a previsão de aporte de recursos da União, limitado a R$ 900 milhões, para a cobertura da isenção concedida ao Baixa Renda e que já começou a ser operacionalizado pela ANEEL, com o repasse desse valor para a CCEE, gestora da CDE, em 3 parcelas: R$ 400 milhões em 15/abril e mais duas parcelas de R$ 250 milhões cada uma em maio e junho.

As operações financeiras previstas na MP já foram utilizadas no passado, como aquelas ocorridas em 2014/2015 para atendimento à frustração de contratação de energia das distribuidoras nos leilões, que ficou conhecida como Conta -ACR. Contudo, diferente da solução dada para a Conta-ACR, a proposta nessa MP determina que os consumidores cativos que optarem por migrar para o mercado livre após a efetivação dessas operações, levarão consigo a parcela do encargo tarifário do Fundo COVID, que comporá a CDE, provavelmente baseado na média de seu consumo.

Deputados e senadores apresentaram 180 emendas para a MP, que tramita em regime de urgência e aguarda a composição de uma comissão mista para ser apreciada no plenário da Câmara. O texto aprovado na Câmara será encaminhado ao Senado para apreciação e, caso seja aprovado sem alterações, seguirá para sanção presidencial.​

Em discussão

ANEEL – Audiências e Consultas Públicas

Projetos de Lei

Curtas Reforma do Setor Elétrico ainda no Senado

O projeto de lei que altera o modelo do setor ainda ‘empaca’ no Senado

No início de março de 2020, os agentes do setor elétrico receberam com grande otimismo a informação de que o PLS nº 232/2016, projeto de lei que abarca uma proposta ampla de revisão do modelo setorial vigente, havia sido aprovado na Comissão de Serviços de Infraestrutura – CI do Senado e que seguiria para a Câmara. Em 03 de março, o relator do projeto no Senado, Senador Marcos Rogério, apresentou o texto substitutivo na CI, que foi aprovado por todos os senadores da comissão e a previsão era de que poderia seguir direto para a Câmara dos Deputados, sem a necessidade de aprovação no plenário do Senado.

Ocorre que do dia 20 de março, o Senador Jean Paul Prates apresentou recurso, com a assinatura de mais dez senadores, para que o PLS seja mesmo deliberado no plenário do Senado, contrariando as expectativas dos agentes. Em sua justificativa, o Senador reconhece o trabalho desenvolvido na CI, mas entende como fundamental que todos os senadores tenham a oportunidade de conhecer melhor a matéria para encaminhar seu voto, não apenas pela complexidade da proposta, que altera profundamente o modelo do sistema elétrico, com riscos de provocar desequilíbrios imprevisíveis, mas também por ser uma proposição que se iniciou em outra legislatura, quando a maioria dos senadores atuais não estava na Casa.

Assim, a partir de agora, abre-se novo período para apresentação de emendas, com possibilidade de alteração no texto já aprovado na CI e, posteriormente, segue para deliberação no plenário do Senado, quando todos os 81 senadores participam da votação. Não há qualquer previsão de data para votação do projeto, considerando inclusive a crise do Coronavírus, que está dominando a agenda do Congresso Nacional.

Desde a sua aprovação na CI, o projeto vinha recebendo algumas críticas, por determinados agentes da cadeia do setor. Porém, esperava-se que as discussões poderiam ser endereçadas na Câmara dos Deputados. Conheçam algumas das críticas apresentadas: criação de novos encargos setoriais com a possibilidade de elevação da tarifa de energia e sem análise econômica dos impactos da criação desses encargos; ampliação da autoprodução e risco de isenção de ICMS; custos bilionários em razão da instalação de novos medidores sem análise de impacto econômico; risco de inviabilidade à geração distribuída; prejuízos incalculáveis a quem já está operando; insegurança jurídica e queda no investimento; inviabilização de novos projetos eólicos, de pequenas centrais hidrelétricas (PCH’s) e biomassa; falta de análise do impacto nas fontes alternativas (especialmente biomassa e PCHs).

A CPFL permanece acompanhando a movimentação da proposta, para informar seus clientes de forma tempestiva.

COLOCAMOS ENERGIA PARA FAZER NOSSA PARTE.

Prezados Clientes e Parceiros,

Segurança e Saúde são alguns dos valores mais importantes do Grupo CPFL Energia e não poderia ser diferente nesse momento que estamos passando juntos. Pensando na integridade de vocês, de nossos colaboradores e parceiros e em face ao crescimento dos casos do COVID-19 em nosso país, a CPFL Soluções adotou algumas medidas preventivas para reduzir a circulação de pessoas, seguindo, também, as recomendações gerais das autoridades públicas, em especial, do Ministério da Saúde. São elas:

1. O contato Comercial deve ser priorizado para que seja realizado por telefone ou videoconferência, sendo que as visitas devem ser evitadas;

2. A equipe de Gestão de Energia manterá a rotina de atendimento, porém, de maneira remota, por tele ou videoconferência, sem a possibilidade de visitas neste momento;

3. As equipes administrativas estarão trabalhando predominantemente em regime de home office, contando com todo o suporte da área de tecnologia da CPFL, buscando minimizar qualquer prejuízo aos serviços prestados;

4. Estamos priorizando as assinaturas de contrato de maneira digital. Se sua empresa não possuir os recursos necessários, não se preocupe, manteremos o envio e recebimento via correios e/ou outro meio que a CPFL entenda mais seguro e pertinente;

5. Se sua empresa tem alguma obra ou O&M conosco, neste primeiro momento, manteremos o cronograma de execuções das obras ou manutenções iniciadas e das programadas. Nos dois casos, avaliaremos em conjunto os riscos e, concluída esta avaliação, elaboraremos um plano de adequação para mitigar os efeitos oriundos dos fatores adversos que possam impactar a execução do contrato;

6. Além dos nossos contatos regulares, disponibilizaremos mais um canal de comunicação que funcionará das 8h às 17h de segunda à sexta-feira, através do número (19) 99946-5840, preferencialmente WhatsApp ou e-mail [email protected]. Lembramos que esses canais são exclusivos para os clientes com contratos com a CPFL Soluções no mercado livre e gestão de energia, O&M, obras relacionadas aos serviços de infraestrutura, segurança e eficiência energética, além de geração distribuída. Se sua necessidade está relacionada à qualquer assunto diferente desse, pedimos que acesse os canais específicos das distribuidoras da CPFL Energia através do site www.cpfl.com.br.

Essas medidas passam a valer a partir do envio deste comunicado e seguiremos acompanhando todo o cenário que nos direcionará em eventuais mudanças.

Contamos com sua compreensão na certeza que estamos fazendo todos os esforços para manter todos vocês informados, amparados e seguros.

Você conhece a CCEE? Entenda o que é como funciona esse órgão!

O mercado de energia elétrica é muito organizado e complexo. Há vários agentes responsáveis por fiscalizar e gerenciá-lo, buscando a eficiência e a produtividade de indústrias e empresas, que, por sua vez, garantem o desenvolvimento do país nas mais variadas esferas. Um dos órgãos envolvidos com essa questão é a CCEE. Mas afinal, você sabe do que se trata, para que serve, entre outras coisas?

Com o intuito de explorar esse tema, preparamos este artigo especialmente para você. Iniciaremos abordando sobre o que ele é, como ele foi criado e qual a sua importância. Posteriormente, destacaremos a sua função no mercado, a influência da CCEE na comercialização de energia e o que é o aporte de garantias financeiras. Por fim, destacaremos os principais números do órgão. Acompanhe!

O que é a CCEE?

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, mais conhecida por sua sigla, CCEE, é um órgão e uma entidade sem fins lucrativos, criada mediante lei federal nº 10.848 de 15 de março de 2004. Ela foi regulamentada pelo decreto nº 5.177 de 12 de agosto de 2004. Este órgão tem como finalidade tornar viável o comércio de energia elétrica no mercado livre de energia.

Seu Conselho Administrativo é constituído por 5 profissionais executivos, que são eleitos por assembleia geral. Eles possuem um mandato de 4 anos, não coincidente e dá os executivos o direito de apenas uma recondução.

É um órgão técnico que faz a compensação entre o que foi feito e o que está programado. Por exemplo, quando uma distribuidora utiliza a energia do sistema integrado, ela não sabe quem está fornecendo-a, podendo ser hidrelétricas, em períodos normais, ou termelétricas, em períodos de seca. Nesse segundo caso, o valor da energia se torna mais caro.

Cabe à CCEE apurar essas questões, além da compra e venda de energia. Outro ponto que é responsabilidade da CCEE é determinar os créditos e débitos dos agentes envolvidos no mercado livre de energia. Por fim, a CCEE promove leilões de compra e venda, gerenciando os seus contratos.

Como ela foi criada?

A CCEE não foi criada do nada, mas foi resultado de um processo iniciado ainda na década de 1990, com a alteração do mercado de energia elétrica no Brasil, possível graças às reformas que ocorreram naquele contexto, durante a década de 1990, que entre outras coisas, permitiu a criação da ANEEL e facilitou o mercado livre de energia elétrica, ajudando na entrada de empresas privadas no setor.

Entretanto, ela só iniciou a sua prática em meados da primeira década do século XXI, quando se estabeleceu a lei e o decreto, institucionalizando o órgão.

Qual é a sua importância?

A importância da CCEE se dá como um órgão de controle, que atua fazendo a gestão adequada do mercado livre de energia elétrica. Por sua vez, o mercado de energia é um setor da iniciativa privada, que dá a oportunidade às unidades consumidoras de comprarem energia elétrica diretamente das empresas comercializadoras, o que é conhecido como ambiente livre de contratação.

Entretanto, para evitar fraudes no setor, além de desgastes desnecessários entre cliente e empresa, a CCEE age de forma regular e estabelece critérios e diretrizes básicas no setor, tornando-o mais eficiente.

Qual é a sua função no mercado?

A principal função da CCEE se dá no mercado livre de energia, atuando como uma entidade idônea que fiscaliza e gerencia o setor. Além disso, atua como divulgadora e realizadora dos leilões, redigindo os contratos.

Qual a influência da CCEE na comercialização de energia?

A CCEE tem grande impacto no mercado de energia elétrica, especialmente no mercado livre de energia, de forma que essa parcela do setor elétrico brasileiro não seria possível no contexto atual sem este órgão, pois ele que é o inteiro responsável por sua fiscalização, gestão e até mesmo na realização dos leilões.

Dessa forma, a influência da CCEE se dá na regulação e controle do mercado livre de energia, atuando como um órgão independente que tem como função resguardar todos os agentes envolvidos nas negociações, sejam eles consumidores ou prestadores de serviços no mercado livre de energia elétrica.

O que é o aporte de garantias financeiras CCEE?

O calendário operacional da CCEE aponta, de forma clara e objetiva, para todos os meses do ano, quais são as datas em que a posição credora ou devedora de energia será informada para todos os agentes envolvidos no mercado. Para os consumidores especiais e livres, é necessário verificar a posição entre 12º e 15º dia útil do mês seguinte ao consumo, quando está estabelecida a data limite de aporte das garantias.

Nesse dia é necessário realizar todas as consultas à CCEE, para certificar-se do valor a ser depositado em conta-corrente e assim garantir financeiramente a liquidação. Caso o consumido falhe neste quesito, fica sujeito a penalidades que variam de acordo com cada caso, mas que podem ser bastante rigorosas. Além disso, corre-se o risco de ser desligado da CCEE.

Dessa forma, a operacionalização correta de todos os processos de aporte de garantias financeiras e da liquidação da CCEE é vital para o bom encaminhamento da gestão no mercado livre de energia elétrica.

Quais são os principais números e fatos da CCEE?

Agora destacaremos os principais números do CCEE. No ano de 2017, este órgão contabilizou no mercado livre de energia mais de 6 mil agentes com 74% de consumidores. No ano de 2016, a CCEE certificou os primeiros comercializadores varejistas no mercado livre de energia.

Sendo assim, é extremamente importante para as empresas atuantes no mercado livre de energia, assim como os seus clientes, que conheçam a CCEE e suas principais atribuições. Ao longo deste texto, destacamos as principais informações que você deve conhecer sobre o assunto.

Gostou deste artigo em que abordamos as principais informações relevantes sobre a CCEE? Então, deixe um comentário neste artigo com a sua dúvida ou sugestão sobre o tema!

Afinal, como migrar para o mercado livre de energia? Nós explicamos

Você sabe o que é e como funciona o mercado livre de energia no Brasil? Essa nova modalidade de contrato permite que as operações de compra e venda de energia elétrica sejam reguladas por acordos firmados diretamente entre o consumidor e o fornecedor do serviço.

Em outras palavras, isso significa que o consumidor tem liberdade para escolher seu fornecedor, conforme seus critérios, conveniência e interesse. Com essa possibilidade, o custo do fornecimento de energia elétrica tende a diminuir, além de algumas cláusulas contratuais se tornarem mais flexíveis.

Atualmente, consumidores com demanda de energia entre 500 kW e 1.500 kW podem contratar fornecedores que produzam energia a partir de fontes que recebam estímulos, como solar, eólica, pequenas centrais hidrelétricas ou com geração a partir de biomassa. Já os consumidores com demanda igual ou superior a 1.500 kW são livres para contratar o fornecimento a partir de qualquer fonte.

Quer saber mais sobre o mercado livre de energia, as vantagens e os pré-requisitos para fazer a migração? Continue a leitura e fique por dentro de toda a regulamentação do setor!

Como funciona o mercado livre de energia?

O mercado livre de energia foi instituído no mandato do então presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1995. Na época, a intenção já era promover a abertura do setor, com estímulos à concorrência. A iniciativa foi regulamentada pelo decreto 5.163, de 30 de julho de 2004.

Mais de duas décadas depois, conforme um levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o mercado livre de energia, ou Ambiente de Contratação Livre (ACL), já representa 30% de toda a carga do setor elétrico nacional. De acordo com dados de dezembro de 2020, mais de 8.300 consumidores em todo o Brasil já integram o mercado livre de energia.

Na comparação com 2019, a base de usuários cresceu 22%. A maior parte dos clientes está localizada nos estados de São Paulo, Pará, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, mas a CCEE registrou ampliação do uso em todas as regiões do país.

Como o próprio nome indica, nesse mercado, o consumidor é livre para comprar energia do fornecedor que julgar mais interessante, levando em consideração desde o preço praticado até detalhes como a segurança no fornecimento e a fonte geradora. A ideia é que o cliente exerça seu direito de portabilidade, à semelhança do que ocorre no setor de telefonia.

A modalidade faz parte do programa de modernização do setor elétrico nacional, ação fundamental para garantir o fornecimento de energia a todo o território. A compra de energia elétrica pode ser feita diretamente das empresas geradoras (as usinas) ou das comercializadoras, mediante contrato negociado entre as partes.

Para receber essa energia, no entanto, é necessário que o consumidor esteja conectado a uma rede de distribuição. Por isso, mesmo que adquira energia de outro fornecedor, é necessário pagar também pelo serviço da distribuidora, referente ao uso da rede (conta que ficou conhecida no mercado como “tarifa-fio”).

Quais são as novas regras do setor?

Esse setor ainda é bastante restrito. Por enquanto, apenas clientes que consomem acima de 500 kW podem entrar para o mercado livre. Para efeitos de comparação, um transformador de rua comum, que abastece várias residências, tem capacidade de 75 kW. Ou seja, apenas grandes consumidores podem comprar energia livremente.

Como já explicado, no caso de clientes que consomem entre 500 kW e 1.500 kW, é permitido comprar energia de fornecedores cuja geração seja a partir de fontes alternativas, como solar, eólica, biomassa, ou, ainda, de usinas com potência entre 1 MW e 30 MW, denominadas pequenas centrais hidrelétricas.

Já os clientes com consumo igual ou superior a 1.500 kW estão liberados para comprar de qualquer fornecedor. Esse cenário passa a valer com a entrada em vigor da Portaria 465/2019 do Ministério de Minas e Energia (MME), ampliando o acesso ao mercado livre de energia.

Segundo a nova regra, publicada pelo governo federal no dia 12 de dezembro de 2019, clientes com carga igual ou superior a 1,5 MW também poderão comprar energia produzida a partir de qualquer tipo de fonte. Em 2022, a potência mínima será reduzida para 1 MW.

Com a permissão de ingresso de mais agentes no mercado livre de energia, o setor deve ganhar competitividade, proporcionando ainda mais benefícios aos usuários.

Como está organizado o mercado de energia no Brasil?

Atualmente, o setor se divide em dois segmentos, denominados Ambiente de Contratação Regulada e Ambiente de Contratação Livre.

O Ambiente de Contratação Regulada representa a maior parte (70%) da energia comercializada no país, e inclui os consumidores de baixa tensão de energia, que são as residências, comércio em geral e empresas com consumo inferior a 500 kW, além dos clientes de alta tensão que não fizeram a migração para o mercado livre.

Esses consumidores só têm autorização de comprar energia de uma concessionária permissionária que atue em sua região geográfica. A compra de energia dessa empresa é compulsória e, nesse caso, a negociação de preços não é possível.

Já no Ambiente de Contratação Livre, ou mercado livre de energia, o cliente pode comprar diretamente dos geradores ou de agentes comercializadores, sem a intermediação das distribuidoras, por meio de contratos bilaterais, com valores negociados individualmente, assim como prazos e volumes.

Normalmente, os contratos de fornecimento de energia estabelecem períodos de, no máximo, cinco anos. No ambiente regulado, os prazos podem alcançar até 30 anos. Confira agora quem são os principais players do mercado de energia, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.

Geradores

São empresas que comercializam energia tanto no Ambiente de Contratação Regulada quanto no Ambiente de Contratação Livre. Podem ser concessionárias de serviço público de geração, produtores independentes, individuais ou não, e autoprodutores, ou seja, agentes que produzem energia destinada para seu uso exclusivo, podendo comercializar excedentes com autorização da ANEEL.

Comercializadores

São agentes que compram e vendem a energia elétrica no mercado livre. O termo engloba as empresas importadoras e exportadoras, além dos consumidores livres e consumidores especiais.

Distribuidores

Categoria que inclui as empresas concessionárias distribuidoras de energia elétrica, que operam com tarifas e condições de fornecimento reguladas pela ANEEL.

Quais as vantagens do mercado livre de energia?

O mercado livre de energia oferece várias vantagens aos consumidores. A principal delas é a redução de preços. No mercado tradicional, também chamado mercado cativo, o cliente faz a contratação compulsória da empresa que atua em sua região, sem a possibilidade de negociar o contrato, detalhes de fornecimento e as tarifas.

Com o mercado livre, os clientes passam a ter vários benefícios. Veja a seguir quais são eles!

Energia mais barata

Em função da possibilidade de negociar a compra de energia diretamente com o fornecedor, os preços de energia elétrica tendem a ficar menores. A maior competitividade do mercado também contribui para que os fornecedores ofereçam melhores condições aos clientes, na tentativa de conquistar fatias maiores do mercado.

A estimativa é de que a economia proporcionada fique em torno de 10% a 30% na tarifa de energia elétrica.

Desconto na TUSD e TUST

Para promover a expansão do uso de fontes alternativas de geração de energia, foram criados incentivos legais tanto para fornecedores quanto para consumidores.

Assim, de acordo com a Lei 9.427, de 26 de dezembro de 1996, alguns empreendimentos podem ser beneficiados com a redução de, no mínimo, 50% (podendo chegar a 100%) nas Tarifas de Uso dos Sistemas de Transmissão (TUST) e de Distribuição (TUSD).

De acordo com o § 1º do artigo 26 dessa lei, o direito ao desconto vale para os empreendimentos caracterizados como pequenas centrais hidrelétricas, que são usinas hidrelétricas com potência igual ou inferior a 1.000 kW, e outros agentes que produzem energia a partir de fonte solar, eólica, biomassa e cogeração qualificada, com potência injetada menor ou igual a 30.000 kW.

Vale explicar que as duas tarifas são encargos legais que incidem sobre os consumidores, com o objetivo de remunerar os sistemas de distribuição (TUSD) e transmissão (TUST). O desconto só ocorre quando a energia comprada vem de fontes renováveis, que recebem o incentivo.

Previsibilidade nos gastos

Além da redução na conta de energia elétrica, a previsibilidade é um fator importante para o planejamento financeiro das empresas. Ao negociarem diretamente com o fornecedor, os consumidores não ficam sujeitos às variações tarifárias previstas em lei e conseguem prever os valores futuros. Os preços são definidos pelo período de vigência do contrato.

Ausência de bandeiras tarifárias

As bandeiras tarifárias foram criadas para indicar os custos de geração aos consumidores. Elas podem ser verde, amarela ou vermelha, sendo essa última a que determina a tarifa mais elevada, acionada nos meses em que o Custo Variável Unitário (CVU) atinge patamares maiores.

As bandeiras são acionadas pela ANEEL, de acordo com cálculos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). As principais usinas de geração de energia e os consumidores são integrados pelo Sistema Interligado Nacional (SIN), que viabiliza intercâmbios de energia entre as diferentes regiões.

Porém, no mercado livre de energia, os contratos são negociados diretamente com o gerador. No caso, os consumidores e os geradores não estão integrados pelo SIN e, portanto, não estão sujeitos às bandeiras tarifárias.

Possibilidade de venda da energia não utilizada

O consumidor do mercado livre de energia tem o direito de comercializar seus excedentes de energia, com autorização da ANEEL, que prevê essa possibilidade na Resolução Normativa 611, de 2014. A energia não utilizada pode ser comercializada com outros agentes do mercado livre.

O excedente de energia ocorre porque, durante o processo de compra de energia elétrica, muitas vezes, o consumidor livre faz estimativas de seu mercado para determinar o montante de energia a ser comprado. Essas previsões incluem projeções de venda e de produção, que podem ou não se concretizar, dependendo de inúmeras variáveis.

Além das instabilidades do mercado, problemas como paradas de equipamentos para manutenção podem afetar o consumo de energia. Como os contratos são negociados com antecedência e o cliente não consegue prever tais oscilações, com frequência, sobra um excedente, que a legislação permite que seja comercializado.

Vale destacar que os contratos no mercado livre de energia são formalizados por tempo limitado. Além disso, o consumidor pode comprar volumes maiores ou menores, de acordo com a época do ano ou suas projeções específicas.

Economia com baixo investimento

É importante ressaltar que o mercado livre de energia demanda baixo investimento para a substituição de equipamentos. Além da redução das contas de energia, quando uma empresa migra para o mercado livre de energia, ela reduz seu impacto ambiental, uma vez que são priorizadas fontes geradoras mais sustentáveis.

Mercado regulamentado e seguro

Conforme já explicado, o mercado livre de energia é totalmente regulado e conta com a supervisão da ANEEL. A comercialização de energia é regulamentada pela Resolução Normativa nº 678 da agência reguladora, de 1º de setembro de 2015.

Os agentes podem comprar energia diretamente dos comercializadores, que, mesmo que não tenham ativos de geração, operam sob forte regulação. Para conseguirem autorização da ANEEL, os comercializadores precisam possuir capital social de, no mínimo, R$ 1 milhão, além de comprovar seu know-how para a atividade.

O comercializador tem a função de gerenciar os riscos de volume e preço, tanto para os geradores quanto para os consumidores do mercado livre.

Como migrar para o mercado livre de energia?

Para fazer a migração para o mercado livre de energia, alguns requisitos são necessários. É essencial uma análise prévia da viabilidade estrutural e contratual, além do estudo da viabilidade econômica, com a comparação das previsões de custo, utilizando tanto a energia do mercado cativo quanto do livre.

Além disso, é importante seguir alguns passos:

É importante destacar que, caso um consumidor livre queira retornar ao mercado cativo, a concessionária deve ser informada com cinco anos de antecedência. Esse prazo de retorno do cliente pode ser menor, a critério da empresa fornecedora.

Como negociar e assinar os contratos de energia elétrica no mercado livre?

É necessário assinar um contrato com o gerador ou comercializador de energia, para o fornecimento, e outro de conexão, com o sistema de distribuição. Ambos precisam ser registrados na CCEE, e servem de base para a contabilização e liquidação das diferenças. Confira os detalhes:

Os contratos formalizam todos os acordos comerciais de compra e venda de energia e não se limitam a regiões geográficas. Dessa forma, um agente localizado na região Sul pode vender energia para outro no Sudeste ou no Nordeste, por exemplo.

A administração e o registro de todos os contratos são feitos pela CCEE, que disponibiliza uma plataforma online para que o vendedor registre o documento e o consumidor faça a validação das informações. Esse procedimento normalmente ocorre entre o primeiro e o sétimo dia útil posteriores ao registro de consumo.

Perfil do consumidor

No mercado livre, o consumidor toma suas decisões de compra e define suas estratégias, de acordo com seu perfil. No caso de clientes mais conservadores, a estratégia normalmente inclui contratos de longo prazo, garantindo à empresa maior previsibilidade, uma vez que os custos são negociados com antecedência, por todo o período contratado.

Já os consumidores com perfil mais arrojado têm oportunidades diferenciadas de compra, com valores mais atrativos. Uma possibilidade, por exemplo, é a contratação de volumes menores do que a necessidade real, na modalidade de longo prazo, com os complementos necessários contratados no curto prazo.

Existem ainda alternativas que permitem que o consumidor utilize mecanismos derivativos de compra futura, opções de compra, ou, ainda, contratos de compra de energia com desconto ou consumo flexível, que estabelece uma espécie de margem, para mais ou para menos, reduzindo os riscos do contratante.

Como adequar seu sistema de medição de consumo?

A adequação do sistema de medição é uma etapa fundamental para a migração para o mercado livre de energia, e deve obedecer a algumas especificações técnicas para atingir os padrões necessários para a migração.

O ajuste é fundamental, já que o medidor padrão utilizado no mercado cativo é diferente do usado no ambiente de comercialização livre de energia. Em alguns casos, também é necessário adequar outros equipamentos, como estruturas de eletrodutos e cabeamento.

Depois de encaminhar a carta-denúncia à atual fornecedora do serviço, alguns passos devem ser seguidos:

Por que é importante se associar à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica?

Embora, para alguns agentes, a participação seja facultativa, para aqueles que geram ou comercializam energia acima de um determinado montante, a adesão é obrigatória. Mas, independentemente da obrigatoriedade, participar da CCEE é fundamental para que sua empresa se desenvolva no mercado livre de energia elétrica.

Quem participa da Câmara garante uma série de direitos, como:

Entre as vantagens de participar da Câmara, destaca-se o fato de que ela faz a gestão dos ambientes de comercialização de energia elétrica, registrando todos os contratos. Por essa razão, a entidade procura sempre se antecipar às necessidades do mercado, propondo soluções mais interessantes aos seus associados. A CCEE também:

Como você pode perceber, o mercado livre de energia tem tudo para crescer no Brasil, mas é necessário que exista um ambiente forte e regulado para evitar inseguranças, seja por parte dos fornecedores, seja do lado dos clientes.

Como se trata de um setor ainda novo no país, é importante que todos os players se unam em torno de regras que garantam a competitividade sadia, com benefícios para todos os agentes envolvidos. Esse fato é ainda mais importante agora, com a abertura maior do mercado livre de energia a clientes de menor porte.

As novas regras, que entraram em vigor a partir de janeiro, permitem o aumento do número de agentes no mercado livre de energia, possibilitado a entrada de pequenas e médias empresas no setor, como shoppings, hospitais e, até mesmo, condomínios. Com o aumento no número de agentes, dificuldades podem surgir e a fiscalização será mais complexa.

Fique atento às novas regras. A contratação de energia por meio de contratos negociados no ambiente livre de comercialização pode ser uma alternativa bastante vantajosa para sua empresa. Para conhecer mais detalhes sobre esse modelo de negócios e analisar seus diferenciais, entre em contato conosco agora mesmo!

O que é tarifa de energia e como ela é calculada na conta de luz?

Com o intuito de esclarecer como é feito o cálculo da tarifa de energia elétrica, do que ela é composta e quem regula o valor da tarifa, preparamos este artigo. Continue lendo e saiba muito mais sobre o assunto!

O que é tarifa de energia elétrica?

A tarifa de energia corresponde ao valor necessário para cobrir as operações técnicas e investimentos realizados pelos agentes da cadeia produtiva do setor de energia elétrica, além da estrutura necessária para viabilização da produção e entrega para o consumidor final.

Dessa forma, a tarifa representa a soma dos componentes referentes a geração, transmissão e distribuição de energia. Ao final da conta, são acrescidos encargos e impostos para a viabilização de políticas públicas.

O que compõe essa tarifa?

A Tarifa de energia é composta por custos de aquisição de energia, custos relativos ao sistema de transmissão, distribuição, perdas elétricas e encargos/ impostos. Os encargos setoriais e os impostos não são criados pela ANEEL, mas sim instituídos por leis. Eles podem incidir sobre o custo da distribuição ou ficarem embutidos nos custos de geração e de transmissão.

Já os impostos, os Governos Federal, Estadual e Municipal cobram na conta de luz o Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) a nível federal, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) a nível estadual e a Contribuição para Iluminação Pública (COSIP) a nível municipal.

Como é calculado o valor da tarifa de energia elétrica na conta de luz?

O consumo mensal é calculado pela diferença entre leitura do mês atual e a leitura do mês anterior, usando o KWh como base de medida.

Dessa forma, o valor do consumo é calculado com base no registro do medidor de energia elétrica (relógio), durante o período de leitura da concessionária da cidade em que a unidade consumidora está localizada, que pode variar de 27 a 33 dias.

Por exemplo, se a sua empresa consumir 1000kWh, esse valor deve ser multiplicado pelo valor da tarifa de energia por kWh, estabelecida pela ANEEL para a sua Distribuidora local, com base na sua classe de consumo.

Em um exemplo prático, se o seu consumo medido no mês for de 1000 kWh e a tarifa da sua Distribuidora local para a sua classe de consumo for de R$/kWh 0,621, logo 1000 kWh x R$kWh 0,621= R$ 621, este será o valor da sua conta de energia no mês.

Por fim, é necessário ficar atento quanto às bandeiras tarifárias, criadas em 2015 pela ANEEL com o intuito de solucionar a crise energética no País. São quatro bandeiras oficiais: verde, amarela, vermelha patamar 1 e vermelha patamar 2 em valores crescentes nesta mesma ordem. Em 2021, também tivemos a criação de uma bandeira excepcional por nome de Bandeira Escassez Hídrica, devido ao cenário de crise hídrica que o país viveu na época.

A bandeira verde serve para indicar que as condições de geração estão favoráveis e que, portanto, não haverá acréscimo na conta de energia. A bandeira amarela cria um sinal de alerta e inclui um adicional por MWh na conta de energia. Já as bandeiras vermelhas mostram que as condições de geração estão ainda mais críticas e que, portanto, um adicional de valor mais elevado precisa ser aplicado por MWh na conta de energia conforme patamar de acionamento da bandeira, sendo o patamar 2 o de valor maior.

Quem determina o valor da tarifa de energia elétrica a ser cobrada?

Os valores da tarifa de energia são determinados pela ANEEL, sendo um valor específico para cada Distribuidora. Estes valores são definidos em revisões tarifárias que variam em média de 4 anos e são reajustados anualmente também pela ANEEL até a próxima revisão. Elas podem ser calculadas tanto para uma distribuidora ou para uma concessionária de transmissão. A tarifa calculada para as distribuidoras são as tarifas de distribuição, valor que representa o preço cobrado da unidade consumidora pelo consumo de energia e pelo uso da rede, conforme composição já explanada neste artigo.

Ao longo deste texto abordamos as principais informações sobre o assunto para que você entenda tudo sobre o cálculo de tarifa de energia! Sendo assim, entender o que compõe a tarifa de energia e saber como calculá-la é fundamental para compreender o seu funcionamento.

5 equipamentos que mais consomem energia elétrica na empresa

Cada vez mais a questão energética deixa de ser algo a mais a ser considerado no cálculo de despesas de um negócio e passa a ser encarada como um elemento prioritário para se fazer o planejamento financeiro de uma empresa, especialmente em tempos de bandeiras tarifárias. Dessa forma, vale destacar a importância da eficiência dos equipamentos. Mas, afinal, você sabe quais são os equipamentos que mais consomem energia elétrica?

Com o intuito de esclarecer essa questão, fizemos este artigo especialmente para você. Iniciaremos abordando a importância de ficar atento quanto a eficiência dos equipamentos elétricos do seu negócio. Em seguida, listaremos os principais equipamentos que mais consomem energia elétrica. Por fim, falaremos das alternativas que você pode adotar.

Saiba por que é importante se preocupar com a eficiência dos equipamentos que demandam energia dentro da sua empresa

A energia elétrica é fundamental para o funcionamento de quase todos os tipos de negócios existentes. Sem ela é impossível manter as máquinas funcionando. Essa necessidade gera gastos. Entretanto, apesar dos gastos serem obrigatórios, não significa que você tenha que desperdiçar dinheiro com a conta de energia.

Exatamente por conta disso é necessário colocar um freio nos gastos com energia. Há várias formas de fazer isso, conforme falaremos de maneira mais profunda ao longo do texto. Entretanto, inicialmente, vale a pena mencionar a importância de se preocupar com a eficiência dos equipamentos que utilizam energia dentro do negócio.

Dependendo da tecnologia implantada em cada elemento, ele pode gastar mais ou menos energia para realizar a mesma atividade. Vamos usar o exemplo das lâmpadas incandescentes e lâmpadas de LED. A primeira gera luz, mas também gera muito calor, de forma a precisar de mais energia para iluminar o mesmo espaço que a lâmpada de LED, pois essa última não gera calor, o que a torna mais eficiente.

Confira agora 5 exemplos dos equipamentos mais comuns e que mais consomem energia elétrica dentro de uma empresa:

  1. Sistema de refrigeração

O sistema de refrigeração foi criado em meados do Século XX e logo passou a se popularizar nos ambientes corporativos, como escritórios, por exemplo. Entretanto, engana-se quem pensa que o sistema de refrigeração está restrito aos ares-condicionados. Ele está também relacionado aos aquecedores e congeladores, assim como refrigeradores de matérias primas, de produtos perecíveis e câmeras frigoríferas.

Entre os locais que mais necessitam de um sistema de refrigeração eficiente, podemos citar os açougues, supermercados, indústrias farmacêuticas, frigoríferos e qualquer outro empreendimento que precise manter os ambientes climatizados para maior conforto dos clientes, como hotéis, por exemplo.

  1. Sistema de Iluminação

Thomas Alva Edison inventou a lâmpada incandescente em meados da segunda metade do Século XX e logo a invenção se mostrou muito prestativa, sendo largamente utilizada em espaços públicos e privados. Dominou o mercado das luminárias por quase um século, até surgirem as lâmpadas fluorescentes e LEDs — essa última mais recentemente.

A iluminação é uma estratégia utilizada nos mais diversos tipos de negócios, ainda que de forma diferente. Por exemplo, em uma loja de roupas, o objetivo da iluminação deve ser apresentar os produtos, enquanto em um escritório de arquitetura ela deve servir para criar um ambiente adequado para o trabalho.

  1. Caldeiras

As caldeiras são elementos utilizados nos mais diferentes tipos de indústria, mas elas são mais comuns nas metalúrgicas, indústrias de papéis, alimentos, onde o calor das caldeiras é usado para preparar e dar forma ao aço, de forma que possa ser utilizado na construção civil, fabricação de peças e materiais nos mais diferentes tipos de ambientes, como hospitais, oficinas mecânicas, entre outros.

Dessa forma, quanto maior a eficiência da caldeira, mais calor ela conseguirá gerar com menos energia, o que é bom para a produção de peças de qualidade.

  1. Equipamentos Hospitalares

Hospitais são empreendimentos que precisam constantemente da energia elétrica para manter o seu funcionamento, especialmente por conta das operações que ocorrem neles, que vão desde exames importantes até cirurgias, além da manutenção de aparelhos ligados durante a maior parte do dia.

Ao comprar cada equipamento do sistema de climatização, por exemplo, e aqui podemos citar as centrais de água gelada ou até mesmo geradores de emergência, é importante verificar qual a taxa de consumo e questionar quais são as alternativas para que o consumo não seja tão alto, sem que para isso os pacientes sejam prejudicados, evidentemente.

  1. Máquinas industriais

As indústrias necessitam de muita energia para manter todos os seus equipamentos funcionando. Algumas precisam de mais energia que as outras, como é o caso da indústria automobilista, considerada por diversos estudos como a que mais consome entre os exemplos pesquisados. Os grandes motores, chillers, compressores, inversores, fornos entre outros, são grandes vilões do consumo de energia na indústria.

Algumas estratégias podem e devem ser adotadas para mitigar esse alto consumo, como iluminação zenital, que reduz a necessidade da artificial, além de manter sempre equipamentos modernos na fábrica, pois eles tendem a consumir menos energia.

Veja quais são as alternativas que você pode adotar para reduzir o consumo de energia no seu negócio

Agora que você já sabe quais são os equipamentos que mais consomem energia, é importante saber quais devem ser as estratégias a se adotar para diminuir o consumo. Ao longo do artigo, citamos alguns exemplos, mas aqui explicaremos de forma mais completa sobre o assunto.

Em primeiro lugar, é necessário fazer a consulta quanto ao equipamento, isto é, exigir que sejam adquiridas máquinas com boa relação de consumo.

Outras ações que você deve tomar estão ligadas diretamente com o projeto de arquitetura e o local em que o negócio ficará instalado. Deve-se privilegiar soluções de iluminação e ventilação natural, pois isso diminui a necessidade do uso de refrigeração e iluminação artificial.

Por fim, pode-se adotar medidas de automatização e gerenciamento, ajudando a economizar com energia elétrica.

Sendo assim, agora que você conhece os equipamentos que mais consomem energia elétrica, assim como sabe a importância da eficiência dos equipamentos, busque realizar as medidas para amenizar o consumo, além de verificar se os aparelhos estão funcionando de forma eficiente.

Nós, da CPFL Soluções, desenvolvemos e implementamos medidas de eficiência energética focadas na redução de perdas de energia, além de soluções de autoprodução, projetos customizados de climatização, cogeração, iluminação e storage. Entre em contato conosco e saiba como podemos te ajudar a utilizar a energia de forma inteligente, otimizando recursos e performance.

Como economizar energia elétrica: 7 dicas de eficiência energética

São tantas as atividades para realizar dentro de uma empresa que fica difícil focar na gestão da energia, certo? Apesar disso, é fundamental se preocupar com o bom uso desse recurso, principalmente se você pretende reduzir custos e melhorar o desempenho dos equipamentos. Você sabe como economizar energia elétrica sem comprometer o conforto e a qualidade do ambiente de trabalho?

Neste artigo vamos mostrar que é possível cortar gastos a partir de simples mudanças. Acompanhe e confira 7 dicas de eficiência energética para aplicar na sua empresa!

1. Priorizar lâmpadas econômicas

A simples substituição de lâmpadas fluorescentes por modelos de LED pode impactar positivamente na redução do consumo de energia. Embora o custo de aquisição das versões em LED seja mais alto, trata-se de um investimento que compensa em longo prazo.

Isso acontece por vários motivos: as lâmpadas LED gastam menos quando comparadas às tradicionais, têm durabilidade maior e clareiam os ambientes com a mesma eficiência — a iluminação é homogênea e pode ser refletida em diferentes tonalidades.

Também é interessante aliar o uso desse tipo de lâmpada ao melhor aproveitamento da luz natural durante o dia. Para isso, vale planejar a disposição dos móveis de maneira estratégica, a fim de eliminar bloqueios em janelas e permitir que o sol ilumine diferentes recintos.

2. Modernizar os equipamentos

Em muitas empresas e indústrias, parte da energia consumida é utilizada para operar motores. Logo, é fundamental modernizar os equipamentos para buscar o máximo desempenho sem que isso represente aumento de custos.

Aparelhos e equipamentos antigos, geralmente com mais de 25 anos, gastam mais energia do que seus modelos mais novos. Isso vale para monitores de computador, refrigeradores, ar-condicionado e outras máquinas comumente usadas nas empresas.

Assim como no caso das lâmpadas, a substituição de recursos antigos por aparatos atuais representa um ótimo custo-benefício no longo prazo — e o primeiro sinal tende a aparecer na redução da conta de energia. É claro que a manutenção periódica de cada equipamento se faz necessária para colher bons resultados.

3. Reestruturar o sistema de refrigeração

O ar-condicionado se torna uma preocupação quando a dúvida é como economizar energia elétrica. Afinal de contas, em muitas cidades a presença do aparelho é crucial para proporcionar conforto aos trabalhadores dentro de ambientes industriais ou corporativos.

Felizmente, já existem modelos desenvolvidos de modo a reduzir o consumo diário. Por isso, quando você precisar trocar algum equipamento ou adquirir novos, dê preferência àqueles que apresentam os melhores índices de eficiência energética.

Outro cuidado tem a ver com o projeto do sistema de refrigeração, que deve estar adequado ao tamanho do ambiente e ao número de pessoas que utilizam o espaço. Para dimensioná-lo, procure um profissional capacitado e faça valer o investimento em seu projeto de climatização.

4. Instalar sensores de presença

Esses equipamentos são muito utilizados em condomínios comerciais e residenciais, mas podem ser ótimos aliados das empresas que buscam economia. Eles funcionam a partir da identificação de movimentos em lugares específicos — corredores, halls de acesso, banheiros etc.

São ideais para ambientes nos quais as pessoas costumam permanecer por curtos períodos, já que mantêm a luz acesa por tempo determinado. Ao instalá-los, você terá a certeza de que as lâmpadas serão ativadas apenas quando for necessário.

5. Orientar e conscientizar pessoas

Envolver os funcionários no desafio de como economizar energia elétrica também é importante. Quanto mais pessoas engajadas, mais chances você terá de otimizar o uso de um recurso crucial para a empresa. Para isso, o gestor pode reunir os colaboradores e conduzir uma conversa que promova bons hábitos.

Entre as atitudes que contribuem para a economia energética está o desligamento dos monitores durante os intervalos do trabalho — inclusive, é possível programar a máquina para que desligue automaticamente após alguns minutos sem utilização. Em pausas prolongadas, como feriados e finais de semana, o ideal é desligar totalmente os aparelhos (estabilizadores, impressoras e caixas de som) e desconectá-los da tomada.

Se na empresa houver geladeira, peça aos funcionários que evitem o abre e fecha a todo momento. Também mantenha o eletrodoméstico distante da parede para que o ar circule na parte de trás e certifique-se de que a borracha da porta está funcionando corretamente.

6. Adequar a decoração e mobília

O layout do ambiente, assim como o design aplicado aos recintos, também pode trabalhar a favor da economia de energia. Um dos truques mais simples é aplicar revestimentos de cores claras nas principais superfícies (pisos, paredes, forros), que refletem melhor a luz e evitam a necessidade de lâmpadas extras.

Para potencializar os reflexos e melhorar a distribuição da claridade, aposte em móveis com acabamento em tons neutros (branco, bege, cinza ou madeira clara). Nas janelas, as cortinas e persianas com tecidos leves são ideais por permitirem a entrada da luz e a ventilação cruzada.

Se você acredita que a iluminação de algum espaço é ineficiente, procure um profissional para revisar o projeto luminotécnico e prever novos pontos de luz. Essa mudança na posição das lâmpadas fará toda a diferença na percepção dos ambientes, sejam eles de produção, sejam de administração.

7. Implementar sistemas de automação

A automação veio para auxiliar gestores no acompanhamento de diversos processos organizacionais. A vantagem é que essa tecnologia também pode ser empregada no controle do consumo de energia, na regulação da temperatura do ambiente e na otimização do uso do ar-condicionado, por exemplo.

Para isso, basta adotar softwares específicos que possam atender às suas necessidades. Entre os recursos disponíveis estão os sistemas de acionamento eletrônico, detectores de presença e outras funcionalidades.

diversas soluções no mercado capazes de beneficiar a sua empresa. Portanto, sempre que pensar sobre como economizar energia elétrica, faça uma pesquisa e confira todas as possibilidades disponíveis. Uma assessoria especializada também se torna útil no momento de buscar maneiras de diminuir custos e deve estar na lista de serviços contratados.

Gostou das informações sobre como economizar energia elétrica que listamos neste artigo? Então aproveite para seguir o nosso perfil no LinkedIn e acompanhar de perto todas as nossas próximas publicações!

ANEEL: entenda o que é e o que ela faz

O setor elétrico de um país é um dos mais importantes para determinar o seu crescimento e a qualidade de vida de seus habitantes. Para tornar esse objetivo possível, o Brasil conta com a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.

Mas você sabe o que é a ANEEL, para que ela serve e quais são as suas atribuições? Com o intuito de responder a essa questão, preparamos este post. Confira!

O que é a ANEEL e quando ela foi criada?

As agências reguladoras dos serviços públicos nacionais foram criadas na década de 90, com o objetivo de regulamentar setores estratégicos e essenciais da economia, como telefonia e energia elétrica, por exemplo. A ANEEL foi criada neste ambiente e atua no setor de energia elétrica.

Qual é o papel da ANEEL?

A ANEEL tem como principal objetivo fiscalizar e regular a produção, transmissão, comercialização e distribuição de energia elétrica no território nacional. Outra atribuição da Aneel é conceder, autorizar ou permitir instalações e serviços de energia elétrica.

Além disso, a ANEEL tem o papel de implementar políticas no setor, realizar leilões e concessões, fazer a gestão de contratos, estabelecer regras para o serviço de energia, criar metodologia para o cálculo de tarifas, fiscalizar o fornecimento da energia e mediar conflitos.

Na sequência detalhamos as principais atribuições da agência:

Fiscalizar

A fiscalização ocorre em toda a cadeia do setor elétrico, desde a produção, passando pela transmissão, distribuição, comercialização e consumo de energia pela sociedade. Seu objetivo é o de regular o funcionamento dos serviços pelos concessionários com qualidade e segurança de fornecimento, com o foco de propiciar tarifas justas.

O âmbito de atuação da ANEEL é nacional, mas ela conta com o auxílio de agências estaduais, que atuam na fiscalização da atuação dos concessionários de serviços de energia, de forma a garantir que a política definida para a energia elétrica seja cumprida.

Definir direitos e concessões

Os serviços de produção, transmissão e distribuição de energia elétrica no Brasil são concedidos a agentes privados, por meio de processos licitatórios, na modalidade de leilões, promovidos pela ANEEL. Esses certames levam em conta aspectos formais que garantem a isonomia entre os investidores interessados no setor, de forma a não privilegiar determinadas empresas.

Definir tarifas

Outra atribuição importante da ANEEL é a definição das tarifas que serão aplicadas nas contas de energia, visando sua modicidade.

A tarifa de energia elétrica é composta por diversos componentes, dentre eles: custos dos encargos setoriais, da compra de energia, da transmissão e distribuição, uso da rede de distribuição, dentre outros. Anualmente, a ANEEL promove o reposicionamento dos valores das tarifas de cada distribuidora do país, levando em conta regras definidas nos contratos de concessão assinados.

Importante salientar que, sobre as tarifas aplicadas nas contas de energia incidem os impostos federais (PIS e COFINS), estaduais (ICMS) e municipais (contribuição para iluminação pública).

Regulamentar a geração de energia, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica

Uma das funções mais importantes da agência é regulamentar a utilização e exploração dos serviços de energia elétrica pelos agentes do setor, pelos consumidores cativos e livres, pelos produtores independentes e pelos autoprodutores, de acordo com as políticas do Governo Federal.

É sua função também definir os padrões de qualidade do atendimento e segurança de abastecimento, levando em conta as diferenças entre as diversas regiões do nosso país, promovendo o bom uso da energia elétrica e fomentando a livre competição no mercado livre de energia.

Agora que você entende melhor as funções e tem uma visão mais detalhada da ANEEL, compartilhe este artigo em suas redes sociais para que mais pessoas conheçam o papel da Agência!

A gestão de energia e a geração distribuída no Brasil

O setor energético brasileiro tem passado por diversas mudanças. Muitas delas fundamentais dada às dimensões territoriais do Brasil, outras delas necessárias para manter a segurança do suprimento de energia, já que os regimes de chuvas têm sido cada vez mais imprevisíveis, atrelado aos compromissos firmados em acordos internacionais para aumentar a participação de energia renovável na matriz elétrica brasileira.

Diante deste contexto, novas opções de suprimento e economia de energia despontam no mercado, como a geração distribuída, principalmente a solar. Com isso, a gestão da energia para as empresas fica mais complexa uma vez que as opções crescem e identificar as vantagens de cada uma delas requer alto conhecimento e capacitação constantes.

Para o varejista, seja ele de pequeno, médio ou grande porte, é preciso assegurar o uso eficiente e responsável dos recursos naturais, o que deve ser combinado com sistemas cada vez mais inteligentes que possam suprir as demandas por energia, sem aumentar os custos com o insumo.

A Gestão de Energia

A Gestão de Energia é um serviço de extrema relevância às empresas, uma vez que a partir dele é possível identificar as principais oportunidades de otimização do uso da energia, bem como a solução mais adequada para trazer competitividade aos diferentes negócios.

Para a CPFL Soluções, marca que surgiu com a união da CPFL Brasil, Eficiência e Serviços, a Gestão de Energia adequada colabora para o sucesso das empresas. Ao contratar os serviços da companhia, é possível contar com diferentes recursos. São eles:

– Consultoria: suporte para identificar se há necessidade de adequações nas instalações e receber orientações jurídicas, fiscais ou regulatórias;

– Relatórios: a empresa gerencia todas as informações relevantes para acompanhar a economia e desempenho energético da empresa, o que contribui para a tomada de decisões futuras;

– Representação na CCEE: as empresas que fazem parte do mercado livre de energia fazem parte da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, à qual a CPFL Soluções integra, que é responsável pelas operações financeiras e contratuais do mercado de energia, gerenciando volumes e prazos negociados nos contratos.

Isso tudo ajuda tanto a dar uma melhor visibilidade na forma de consumo da energia, quanto no acompanhamento do desempenho, com regularidade, contribuindo para que o cliente possa investir seu tempo no seu negócio.

A Geração Distribuída

Atualmente, as empresas podem, no Brasil, gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada – inclusive fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade. Esse é o conceito da micro e da minigeração distribuídas de energia elétrica, inovações que podem aliar economia financeira, consciência socioambiental e autossustentabilidade.

O processo da geração ocorre por meio da produção de energia pela própria empresa. A partir daí, é gerado crédito do que é produzido. O que não é utilizado fica de saldo em uma espécie de conta corrente, considerando que esse crédito tem validade de cinco anos.

A Geração Solar tem crescido cada vez mais rápido no Brasil e, hoje, tornou-se uma possibilidade economicamente viável para pequenos e médios negócios, a exemplo do setor supermercadista, de produzir a própria energia elétrica a partir de fontes renováveis.

Para obter tal recurso é preciso adquirir um sistema de geração solar, composto, principalmente, pelos painéis solares e pelo inversor. São esses equipamentos que transformam o sol na energia que será utilizada.

Com isso, o estabelecimento é visto como colaborador de um mundo mais responsável com o meio ambiente, além de ter expressiva economia na conta de energia.

Transformar o sol em fonte de energia elétrica sustentável é uma das grandes especialidades da CPFL Soluções, um investimento que pode reduzir a conta em até 95% do valor. Em outras palavras, o foco é alinhar a economia com o menor impacto ao meio ambiente. Assim, não importa o porte da sua empresa, uma vez que economia, competitividade e sustentabilidade são temas que devem sempre fazer parte da estratégia de qualquer negócio. Por isso é importante para empresários e executivos saberem que existem empresas capazes de entregar soluções e ajudar o seu negócio a alcançar essas metas, garantindo que seus investimentos tenham o retorno esperado.

CPFL reúne jornalistas para apresentar a CPFL Soluções

Revista Full Energy

A Revista Full Energy participou de um jantar para a imprensa em São Paulo, em que a companhia apresentou a CPFL Soluções, que traz ao mercado um novo posicionamento no mercado. Na ocasião, a empresa também destacou seu foco no setor de energias renováveis.

Confira entrevista com André Dorf, CEO da companhia, e também com Karin Luchesi, vice-presidente de Operações de Mercado, e Fabiana Avellar, diretora de Regulação e Inteligência de Mercado da CPFL Energia.

Manutenção Elétrica: Avanços e benefícios para as empresas

Com o mercado cada vez mais aberto e disputado, não basta que as empresas se foquem nos preços de seus produtos e serviços. A velha estratégia de aumentar o volume de produção e reduzir custos deixou de ser uma ferramenta de competitividade.

Atingir novos mercados e conservar os já conquistados exige conciliar produtividade e qualidade. Nesse cenário, a manutenção elétrica tem um papel estratégico. Quando há uma política de manutenção alinhada com os objetivos organizacionais, os resultados são evidentes:

  1. Antecipação e solução de falhas;
  2. Alto grau de funcionalidade;
  3. otimização do custo global.

Tipos de manutenção

Há quatro tipos ou políticas básicas de manutenção:

Manutenção Corretiva – Pode ser planejada ou não. No primeiro caso, o equipamento apresenta um problema operacional, que depende de decisão gerencial para ser corrigido. Já a manutenção corretiva não planejada é a correção aleatória de uma falha, para evitar possíveis problemas – sem preparar componentes nem planejar o serviço. É recomendada para equipamentos sem influência no processo produtivo, pois sua aplicação isolada exige grandes estoques de peças.

Manutenção Preventiva – É feita para evitar ou ao menos reduzir a falha ou queda no desempenho do equipamento, seguindo um plano previamente elaborado. Em função disso, é o tipo de manutenção mais indicado para peças e equipamentos que sofrem constante desgaste.

Manutenção Preditiva – Também conhecida como manutenção sob condição ou manutenção com base no estado do equipamento. Usando dados coletados ao longo do tempo com instrumentos específicos, é verificada e analisada a tendência de variáveis de um sistema ou máquina, para definir seu estado de funcionamento futuro. Seu maior benefício é realizar a manutenção antes que a falha surja, evitando os prejuízos decorrentes.

Manutenção Detectiva (Pró-ativa) – É realizada em sistemas de proteção ou comando. Seu objetivo é detectar falhas que não são percebidas pelos profissionais de operação e manutenção. Esse é o tipo de manutenção mais recente, ainda pouco conhecido no Brasil. Em função dos benefícios que proporciona, tende a ocupar uma importância crescente nas empresas.

Novas tecnologias para manutenções cada vez mais precisas

É claro que diagnosticar e solucionar falhas antecipadamente economiza tempo e dinheiro para as empresas. Nesse sentido, alguns conceitos já começam a definir as tendências futuras da manutenção elétrica.

IoT: integrando informações para multiplicar resultados.

A IoT ou internet das coisas tem incorporado um número crescente de equipamentos. E quanto mais eles são integrados, maior a transmissão e o cruzamento de dados sobre o seu desempenho, o ciclo de vida de suas peças,
etc.

Essas informações são valiosas para que os profissionais de manutenção preditiva prevejam possíveis falhas, com precisão muito maior. Assim, a aquisição de peças e a substituição de itens podem ser programadas, evitando
paradas e gastos com estoque desnecessários.

Indústria 4.0: manutenção detectiva com máquinas inteligentes.

O conceito da indústria 4.0 permite utilizar a inteligência artificial para a manutenção detectiva em vários tipos de empresas – e não apenas em indústrias. Sensores no equipamento fazem inspeções automáticas, avaliando fatores geradores de falhas em potencial, como contaminação ou temperatura anormal. Essas irregularidades são identificadas e informadas, permitindo identificar possíveis falhas muito antes que aconteçam.