Em 25 de outubro de 2021, com objetivo de garantir a segurança e a continuidade do suprimento eletroenergético no país, foi realizada contratação de energia elétrica por meio do Procedimento Competitivo Simplificado – PCS, com período de suprimento entre 2022 e 2025 e com a contratação de 775,8 MWméd para atendimento de maio de 2022 a dezembro de 2025.
A empresa Âmbar Energia, apresentou à ANEEL requerimento administrativo com pedido de substituição das obrigações assumidas pelos empreendimentos: UTEs EPP II, EPP IV, Rio de Janeiro I e Edlux X, para a operação da UTE Mário Covas.
Em maio, a diretoria da Agência concedeu medida cautelar permitindo a substituição das quatro usinas. Porém, a decisão provocou reações do setor, uma vez que a troca envolvia um empreendimento existente e acabou sendo suspensa pela diretora Camila Bomfim.
Essa ação foi realizada pelo fato de que há chances de os empreendimentos não conseguirem entrar em operação na data acordada no PCS (até agosto deste ano, o que resultaria numa quebra de contrato). Além disso, é discutido por agentes do setor que o leilão foi realizado em uma época de crise hídrica, porém no cenário atual já não há mais a necessidade dessas térmicas.
Assim, a área técnica da ANEEL defende que seja honrado o contrato. Caso a Âmbar não consiga entregar as usinas, estas não podem ser substituídas e, além da rescisão contratual, deverão pagar multa pelo atraso da entrada em operação, cujo valor se transformará em crédito no Encargo de Energia de Reserva (EER), porém se conseguirem entregar os projetos no prazo, ou a aprovação da ANEEL para substituição, gerarão efeito contrário, ou seja, um aumento na tarifa do consumidor, através da elevação do EER, que é cobrado mensalmente dos agentes no mercado livre.
ANEEL reajusta valores das bandeiras tarifáriasA diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou em 21 de junho novos valores para as bandeiras tarifárias, com vigência de julho de 2022 a junho de 2023.
O mecanismo foi criado em 2015, com o objetivo de sinalizar aos consumidores do mercado cativo, o aumento do custo de geração de eletricidade, tendo como base as condições hidrológicas do país.
Ou seja, em períodos menos chuvosos, para, além de evitar o consumo exagerado de energia elétrica e diminuir os níveis de reservatório, a ANEEL estipula bandeiras que trazem uma cobrança adicional aos consumidores, visando antecipar o impacto do custo adicional de geração que seria cobrado com incidência de juros no reajuste tarifário das distribuidoras.
As bandeiras possuem três cores, sendo a verde aquela que não possui cobrança adicional. Já a bandeira amarela, que foi reajustada em 59,5%, representa custo adicional de R$ 2,98 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos e a cor vermelha patamar 1 passou a ter a cobrança de R$ 6,50, com aumento de 63,7%; enquanto o patamar 2 sofreu reajuste de 3,2%, para R$ 9,79.
Segundo a ANEEL, contribuíram para a elevação dos adicionais das bandeiras tarifárias: a inclusão dos dados de 2021, período caracterizado por severa crise hidrológica; a elevação do custo do despacho das usinas termelétricas em razão da elevação dos custos dos combustíveis; e a correção monetária pelos índices inflacionários.
Mesmo com os reajustes, os valores ficaram abaixo da Bandeira Escassez Hídrica, criada em 2021 e que impunha um valor adicional de R$ 14,20.
Atualmente, a ANEEL tem definido mensalmente pela utilização da bandeira verde, assim, não ocorrendo cobrança adicional aos consumidores.
É importante lembrar que ao migrar para o mercado livre de energia, o cliente passa a não ter mais a cobrança de bandeira tarifária em suas faturas.
Governo conclui desestatização da EletrobrásO Governo concluiu o processo de capitalização da Eletrobrás, maior empresa de energia elétrica da América Latina. Com isso, a União reduzindo a sua participação de 72% para no máximo 45%.
Apesar do BNDES ter vendido a totalidade de suas ações, a diluição acionária ocorreu pela emissão de novos papéis. Porém, a União ainda possui direito a veto por possuir uma ação de classe especial (golden share).
Após a liquidação das ações, a Eletrobras realizou a assinatura de novos contratos de concessão de 22 hidrelétricas, que poderão negociar energia no Ambiente de Comercialização Livre (ACL). Essa energia deverá aumentar a oferta no mercado livre.
Conforme estabelecido na Resolução CNPE n° 15/2021, o valor adicionado pelos novos Contratos de Concessão foi de R$ 67 bilhões. Do total, R$ 25,3 bilhões serão pagos à União, a título de bonificação pela outorga dos novos contratos, com prazo de 30 anos.
A outra parcela será repassada aos consumidores atendidos no Ambiente de Contratação Regulado (ACR), por meio de aportes anuais na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo que concentra os encargos do setor elétrico. Os aportes deverão ocorrer nos meses de abril de cada ano, pelo período de 25 anos, com o primeiro aporte já em 2022.
O valor estipulado para o primeiro aporte para a CDE é de R$ 5 bilhões e deve ocorrer em até 30 (trinta) dias da data da assinatura dos novos contratos de concessão, que ocorreu em 17 de junho de 2022.
Em paralelo, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) abriu a Consulta Pública n° 34/2022, que tem como objetivo regulamentar a operacionalização dos aportes anuais a serem realizados a partir de 2023. A CP 34 receberá contribuições até 8 de agosto.
Em complemento, em 21 de junho, a ANEEL deliberou a aprovação dos reajustes tarifários das distribuidoras Cemig (MG), Copel (PR), RGE Sul (RS) e Energisa MG já com a antecipação do valor do aporte na CDE, de forma a aliviar o aumento da tarifa de energia para os consumidores do mercado cativo.
Quais os riscos meteorológicos associados ao setor de energia? Confira!A ocorrência de eventos climáticos extremos provocam diversos impactos no setor de energia, onde, de maneira geral, todos os segmentos do setor possuem algum tipo de impacto climático. O setor de distribuição e transmissão, por exemplo, é mais impactado pela ocorrência de raios, queimadas, chuvas e ventos fortes. Já a geração renovável, como eólica e hidrelétrica, são muito afetadas pelo regime de ventos e de chuvas nas regiões onde estão localizados. Desta maneira, é importante que todos estes setores possuam um bom gerenciamento de riscos climáticos, de forma que possam identificar os riscos e oportunidades no qual estão inseridos, para que tenham um maior suporte na tomada de decisões e consigam alocar capital de maneira eficiente, além de se tornarem mais resilientes frente às perturbações climáticas.
A temática de mudanças climáticas já é discutida há algumas décadas, mas nos últimos anos essas discussões vêm ganhando mais força, visto que os eventos extremos climáticos estão ocorrendo com mais intensidade e com mais frequência, é o que aponta o principal grupo de análise das mudanças climáticas, o IPCC (Painel intergovernamental sobre Mudanças Climáticas). Os primeiros relatórios do IPCC (década de 90), já apontavam que o aquecimento global causaria um aumento dos eventos extremos, e é justamente isso que temos notado atualmente.
O setor de energia é um dos principais emissores de gases do efeito estufa em escala global, sendo esses os responsáveis por intensificar o aquecimento global e, consequentemente, favorecer o aumento da frequência de eventos climáticos extremos. Por conta disso, o Brasil vive um momento de transição energética relacionado a um crescimento acelerado das energias renováveis e diversificação da matriz energética brasileira, crescimento este especialmente relacionado a energia eólica e solar. Em 2015, por exemplo, a geração eólica no Brasil estava em aproximadamente 2500 MWmed, enquanto que em 2021 foi batido o recorde de aproximadamente 8200 MWmed gerados, um crescimento de mais de 200% (dados do ONS). Muito desse crescimento está ocorrendo pela necessidade de uma transição para uma economia de baixo carbono devido aos impactos que as mudanças climáticas já estão causando e ainda podem causar na sociedade.
Os modelos de projeção climática mais recentes provenientes do CMIP6 (Coupled Model Intercomparison Project 6) continuam sinalizando mudanças mais significativas dos eventos de extremos climáticos até o final do século 21 em todo o globo. No Brasil, os modelos climáticos regionais mostram que a região da Amazônia é uma das áreas que podem ser mais impactadas por secas mais severas. Ao longo da parte mais tropical do Brasil (no norte das Regiões Norte e Nordeste) as projeções são de chuvas mais intensas, sinal projetado também para o Sul brasileiro. De forma geral, o padrão de precipitação pode oscilar mais, entre anos com chuvas excessivas e anos com secas prolongadas. Desta maneira, é importante entender os riscos no qual o seu negócio está inserido, de forma que se possa ter ações preventivas que tornam os impactos da sua empresa menores em relação aos riscos climáticos.
Conheça os benefícios de incluir telemetria na sua gestão de energiaA telemetria é uma tecnologia desenvolvida para monitorar o consumo da sua energia em tempo real, permitindo a gestão em uma plataforma Web com relatórios, gráficos e acesso rápido, prático e transparente. Ela oferece eficiência operacional para sua empresa, antecipando possíveis ajustes de comportamento ou de infraestrutura, a fim de reduzir ainda mais seus gastos com energia elétrica. Com a telemetria você terá todos os dados disponíveis de forma facilitada e organizada para realizar suas próprias análises e eventuais ajustes na produção e até mesmo solicitar ajustes junto à Distribuidora, se necessário.
De acordo com o nosso time de especialistas em gestão de energia da CPFL Soluções, com a telemetria é possível, além de ter acesso ao seu consumo em tempo real, acessar de forma simples e rápida o provisionamento do consumo para o mês, antecipar a necessidade de compra ou venda de energia, calcular a demanda de energia ideal, bem como a melhor modalidade tarifária, receber notificações de desvios de demanda e programar alertas para mitigar cobranças adicionais com ultrapassagem de demanda.
Também é possível prever de forma antecipada o impacto no fluxo de caixa, pois ela é capaz de provisionar os custos esperados com a energia e transmissão, além da possibilidade de realizar o gerenciamento centralizado de todas as unidades com capacidades de comparação e acompanhamento de KPIs.
Caso você queira, a telemetria pode ser instalada nas linhas de produção da sua fábrica, assim você terá acesso ao consumo por linha de produção, quantidade de peças produzidas, além da possibilidade de calcular o custo por peça, e antecipar a necessidade de manutenções.
Fale com o nosso time de especialistas em gestão de energia para conhecer mais sobre esse produto, gerando assim maior economia e produtividade para o seu negócio.
Eficiência energética na prática – Veja como economizar com energia elétrica e ainda ser sustentávelComo uma empresa que consome energia renovável pode ser ainda mais sustentável? A resposta é simples: investindo em eficiência energética. O conceito é amplo, mas na prática, consiste em fazer mais com menos recursos, mantendo a qualidade e segurança das instalações. Além dos benefícios econômicos, a utilização de menos recursos naturais está dentro das boas práticas de ESG, por contribuir com a preservação do meio ambiente.
Recentemente, o Mercado Municipal do Rio de Janeiro (CADEG) estava perdendo lojistas por conta de problemas no suprimento de energia. A subestação local estava no limite de carga e a luz faltava sempre que havia um consumo maior. A CPFL Soluções desenvolveu uma solução que combinou autoprodução com geradores a gás natural e uma usina fotovoltaica.
Foram instalados seis modernos grupos geradores de 400 kVA capazes de produzir 2,4 MWh, além da aplicação de 5.125 placas solares no telhado do edifício (1,7 MWp). Juntas, as soluções vão promover a redução mensal de R$ 150 mil na conta de luz, bem como trazer mais conforto e segurança para os mais de 6 mil trabalhadores do local.
Assim como o CADEG, sua empresa pode ser mais eficiente. Veja como a eficiência energética pode ser alcançada quando a empresa consome de fontes renováveis.
1. Manutenção de plantas fotovoltaicas
Uma instalação fotovoltaica é uma importante medida de eficiência energética, pois reduz a necessidade do consumo de energia elétrica da rede. No entanto, para o bom funcionamento da planta, é fundamental que se tenha bem definido um Plano de Manutenção. Contemplando as manutenções preventivas, corretivas e principalmente as preditivas. Além da remoção de poeira e folhas das placas, também são realizados reapertos nos terminais bem como as análises termográficas. Garantindo assim uma máxima performance de geração da usina.
2. Manutenção e Operação em sistemas de climatização
Os sistemas de climatização que utilizam os equipamentos denominados chillers são importantíssimos nas plantas industriais e comerciais. Uma falha pode deixar a planta totalmente indisponível, interrompendo a produção no caso da indústria ou fechando o estabelecimento no caso de shopping centers. Para que isso não ocorra é muito importante que possua uma operação assistida através de um operador acompanhando e visualizando o funcionamento do sistema e um plano de manutenção bem estruturado para as devidas intervenções preventivas, corretivas e preditivas necessárias no sistema. Alguns sistemas utilizam líquido refrigerante que se faz necessário um acompanhamento de análise físico-químico.
3. Operação de sistemas de armazenamento
As tecnologias de armazenamento de energia de grande porte (acima de 0,5MW), aos poucos, vêm ganhando adeptos. Sua principal função é guardar energia elétrica para o uso posterior. Porém, são equipamentos sensíveis, cuja manutenção e operação precisa ser realizada por profissionais altamente capacitados devido ser uma nova tecnologia e ainda não existe formação para capacitação de técnicos. São equipamentos que possui elevado valor agregado e a falta de manutenção e/ou o mau uso podem prejudicar o funcionamento comprometendo a vida útil do produto.
4. Manutenção e operação em motores elétricos
Na busca pela eficiência energética, empresas podem adotar medidas como a substituição de equipamentos antigos por modelos mais novos de alta performance ou até mesmo utilizar tecnologias mais avançadas a fim de melhorar o processo de operação, Considerando uma empresa com intenso emprego de motores, por exemplo, o uso de soft start pode ajudar a modular a partida do motor, obtendo melhor controle na aceleração e desaceleração. Medidas de retrofit também tornam o equipamento mais eficiente, portanto, com menor consumo de energia elétrica. Para motores de grande potência são utilizados sistemas de partidas instaladas em eletrocentros, que requer todo um plano de manutenção dedicado aos sistema.
É seguro comprar energia no mercado livre.Ainda mais quando se escolhe bons fornecedores e parceiros.
O mercado livre é um ambiente seguro de compra e venda de energia elétrica. É possível negociar muito mais que apenas preço de energia, mas outros componentes que agregam valor econômico e previsibilidade ao cliente livre, tais como, condições de suprimento, prazo, tipo de fonte: renovável ou convencional, além de flexibilidades extras de consumo para adequar cada cliente ao perfil mais vantajoso.
Por uma questão regulatória, apenas os consumidores com demanda acima de 500 kW podem participar desse tipo de negociação. Os principais benefícios são a redução em até 30% das despesas com energia elétrica, previsibilidade de custos e maior gestão do recurso energético.
O mercado livre é organizado e fiscalizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Essas entidades estão sempre monitorando o mercado, estudando e trabalhando para aplicar boas práticas a todos os agentes, e em casos extremos, punindo e expulsando empresas que deixam de honrar os seus compromissos. Como as operações no mercado livre não passam por uma garantidora de crédito, o risco de crédito é bilateral, isso é, o cliente final e as tradings devem escolher seus parceiros de negócios levando em consideração a capacidade financeira e experiência de mercado de cada uma. Feito essa diligência, o risco é mitigado e traz mais segurança ao mercado livre e seus participantes.
As negociações são chamadas de trading, a qual o objetivo é maximizar os recursos disponíveis, identificando oportunidades para se atingir o melhor custo-benefício para os clientes, porém sem abrir mão da garantia do fornecimento.
O trading do mercado livre é semelhante a compra e venda de contratos de commodities na bolsa de valores, porém com a exigência da entrega de um produto físico (energia) para um cliente específico (ex. consumidor). Para que esse processo ocorra, existe a figura dos agentes, que podem ser das classes de geração, comercialização, autoprodução ou consumidor de energia.
As comercializadoras têm um papel fundamental no trading, pois são elas que realizam as operações de compra e venda de energia elétrica e aumentam a liquidez entre comercializadores, geradores e consumidores. A comercializadora atua muitas vezes como um tomador de riscos entre o gerador e o cliente final, onde o primeiro deseja vender sua energia no atacado de forma mais previsível, e o segundo deseja comprar no varejo seu montante em forma de produtos customizados para melhor atender suas demandas. Essa diferença de produtos criam um risco de mercado que deve ser calculado e suportado pelas comercializadoras, cobrando um prêmio mínimo para atender as duas pontas do negócio e cobrir essa parcela de risco de flutuações de preços e liquidez. Grandes players como nós, contam com uma expressiva geração de energia própria, e conseguem mitigar esses riscos, tornando as operações ainda mais seguras. Segundo a CCEE, existem 470 comercializadoras registradas no Brasil.
A CPFL Brasil é a comercializadora da CPFL Soluções e atua em todo território nacional. O conhecimento adquirido nesses mais de 100 anos de setor elétrico traz a experiência para poder oferecer a melhor solução em energia para seu negócio, dispondo também da vantagem de fazer parte de um grupo sólido, cuja matriz de geração está voltada, basicamente, para investimentos em fontes limpas e renováveis.
Nossos clientes podem contar também com a assessoria de nossas soluções, capaz de apresentar todas opções e cenários possíveis para otimizar a gestão da sua energia, maximizando esse importante insumo e visando economia.
Comprar energia segura garante maior produtividade, pois terá a certeza que foi pensada a melhor estratégia para esse cliente. No mercado livre, vamos te apoiar desde o processo de migração até a gestão das operações diárias.
Conheça as soluções de descarbonização para sua empresa colocar o ESG na práticaO conceito de ESG para as empresas consiste em adotar práticas que promovam o desenvolvimento econômico sustentável. A descarbonização da economia, portanto, é uma pauta da sociedade mundial e uma emergência ambiental. Ao adotar ações para neutralizar ou reduzir as emissões de carbono do seu negócio, você está fazendo a sua parte em relação ao seu impacto com o mundo, sociedade e ambiente.
Aqui na CPFL, por exemplo, estamos investindo em mobilidade elétrica. São R$ 20 milhões para a criação de um Laboratório de Mobilidade Elétrica em Indaiatuba (SP), com previsão de substituir toda a frota operacional à combustão por elétricos. Com isso, conseguimos reduzir a nossa emissão de carbono no ar em parte da nossa frota de veículos.
Uma empresa pode adotar várias iniciativas de redução de CO2, mas ainda assim, suas operações poderão emitir gases, que contribuem para o efeito estufa. Essa emissão inevitável pode ser compensada com os créditos de carbono. Portanto, ao adquirir créditos de carbono você pode reduzir ou zerar as suas emissões de CO2 provenientes de suas operações diretas ou indiretas. Tornando a sua empresa neutra em carbono, seu negócio reforça o compromisso com ações eficazes ao meio ambiente.
Você também pode comprar certificados de energia renovável (I-REC) para comprovar que a energia é adquirida de fontes renováveis. Cada I-REC equivale a 1 megawatt-hora (MWh) de energia renovável.
Qualquer empresa pode obter I-REC’s e incentivar o uso de energia limpa, mesmo que seu contrato no ACL seja de Energia Convencional. Está no mercado cativo de energia? Não tem problema, ainda assim você pode adquirir REC’s e adotar uma gestão responsável e consciente. Seja tornando a operação do seu negócio menos poluente, seja adquirindo créditos de carbono para compensar as suas emissões, empresas que adotam práticas ESG são mais competitivas e sustentáveis no longo prazo.
Quer saber mais? Temos um time de especialistas prontos para tirar todas as dúvidas sobre soluções de descarbonização.
Saiba porque a mobilidade elétrica já é uma realidade no mundo, inclusive no BrasilA mobilidade elétrica é uma expressão para definir um conjunto de modais de transporte que utilizam a eletricidade como combustível, ou seja, dispensado o uso de gasolina, etanol ou óleo diesel. Os modais elétricos verdes vão desde patinetes, motos, triciclos, carros de passeio, até vans, ônibus e caminhões.
Pode parecer utopia, mas a mobilidade elétrica sustentável já é uma realidade no mundo, inclusive no Brasil. Faz parte do processo global de transição energética, em que se busca reduzir o uso de combustíveis fósseis e a dependência de derivados do petróleo no segmento de transportes – este um dos principais emissões de poluentes na atmosfera (25% das emissões mundiais de C02).
Segundo relatório da BloombergNEF (BNEF), as vendas de veículos elétricos no mundo vão triplicar para 21 milhões por ano em 2025, quando comparadas com o volume de emplacamentos globais no ano passado (6,6 milhões.). A previsão é que a frota mundial vai passar de 16 milhões (2021) para 229 milhões em 2030. A China e a Europa irão responder por quase 80% das vendas em 2025.
No Brasil, as vendas de veículos elétricos cresceram 77% em 2021 na comparação com o ano anterior, com 34.990 unidades emplacadas no ano, segundo a Associação Brasileiro do Veículo Elétrico (ABVE), com base em dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). A conta inclui automóveis e comerciais leves elétricos híbridos (HEV), plug in (PHEV) e a bateria (BEV). Conforme a entidade, a frota brasileira eletrificada chegou a 77.259 ao final de 2021.
Diversas empresas estão abraçando a mobilidade elétrica. Recentemente, o IFood anunciou uma parceria com a Voltz e banco BV para incentivar os entregadores a aderirem às motos elétricas. Nós, como grupo CPFL Energia, estamos investindo R$ 20 milhões para a criação de um Laboratório de Mobilidade Elétrica em Indaiatuba (SP), com previsão de substituir toda a frota operacional a combustão por elétricos.
“O projeto em Indaiatuba é apenas o começo de uma grande transformação e engloba uma série de ações estruturantes no âmbito da mobilidade elétrica. Estamos trabalhando com visão de longo prazo, a fim de identificar tendências e caminhos para novos negócios em um cenário de mudanças do mercado”, afirma Renato Povia, diretor de Estratégia e Inovação da CPFL.
Além da eletrificação de frota de Indaiatuba, a empresa mantém o projeto de P&D Plataforma de Eletromobilidade, que tem como objetivo desenvolver um sistema para soluções com monitoramento dos dados dos usuários para avaliar o comportamento em cada local.
Outras ações da empresa incluem programas como Eletroposto Sustentável, que trata do desenvolvimento de eletropostos associados a bateria e painel fotovoltaico para menor impacto na rede, e Second Life, responsável pela criação de uma metodologia para reaplicação de baterias usadas de veículos elétricos como baterias estacionárias.
Além disso, no projeto Campus Sustentável, realizado em parceria com a Universidade Estadual de Campinas, a CPFL deu início ao projeto de P&D Ônibus Elétrico. O ônibus piloto, que conta com um sistema de monitoramento, entrou em circulação em 2020.
No entanto, ainda há muitos desafios a serem superados para que a mobilidade elétrica tenha presença massiva no nosso país. Uma das principais preocupações é com a matriz de energia que vai abastecer esses veículos, a qual precisa ser cada vez mais limpa e renovável. Também há desafios do ponto de vista de infraestrutura elétrica, instalação de carregadores de alta velocidade, bem como a necessidade de ganho de escala na fabricação de baterias, item de maior custo de um veículo elétrico.
Acompanhe a nomeação dos novos diretores da ANEELO Mercado Regulatório do setor elétrico continua aquecido, e para te manter informado sobre as principais mudanças em pauta, nossos especialistas montaram esse resumo bastante explicativo. Também é importante lembrar que você pode nos consultar para qualquer dúvida! Vamos lá:
No dia 04/04, o Presidente da República encaminhou para o Senado, indicações para a diretoria da ANEEL, no qual tinham como indicados os seguintes nomes:
- Sandoval de Araújo Feitosa Neto, para o cargo de Diretor-Geral, na vaga decorrente do término do mandato de André Pepitone. Indicado pelo Ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, após acordo com senadores e empresários.
- Hélvio Neves Guerra, para ser reconduzido ao cargo de Diretor. Indicado pelo Ministério de Minas e Energia.
- Ricardo Lavorato Tili, para o cargo de Diretor, indicado pelo Senador Marcos Rogério na vaga decorrente do término do mandato de Sandoval de Araújo. Atualmente é o Diretor de Regulação e Comercialização da Eletronorte.
- Fernando Luiz da Silva, para o cargo de Diretor, indicado pelo Senador Marcos Rogério na vaga decorrente do término do mandato de Efrain Pereira. Atualmente Assessor do Senador Marcos Rogério.
- Agnes da Costa, para o cargo de Diretora, indicada pelo Ministério de Minas e Energia na vaga decorrente do término do mandato de Elisa Bastos. Atualmente Chefe da Assessoria Especial de Assuntos Regulatórios no MME.
Após as indicações realizadas pelo Presidente, foi realizado um esforço concentrado no Senado, para à apreciação das indicações em plenário. Dessa forma, na mesma semana das indicações, o Senado aprovou todas as 5 indicações.
Em regra, as alterações nos cargos devem ocorrer após o término do mandato daqueles que atualmente ocupam a cadeira. Porém, no dia 17/05 foi publicado no Diário Oficial da União, o comunicado sobre a exoneração de André Pepitone do cargo de Diretor Geral da Aneel, sendo nomeado logo em seguida como Diretor Financeiro Executivo da Itaipu Binacional, com mandato até 16 de maio de 2027.
Com a saída antecipada de André Pepitone do cargo, foi convocada a Superintendente de Fiscalização Econômica e Financeira, Camila Figueiredo Bomfim Lopes, para exercer o cargo de Substituta do Diretor Geral, até a posse de Sandoval Feitosa.
Na mesma ocasião, foi exonerada Elisa Bastos do cargo de Diretora da Aneel, para ocupar o cargo de diretoria de Assuntos Corporativos no ONS. Sendo convocado o Superintendente de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade, Giácomo Francisco Bassi Almeida, para exercer o cargo de Substituto de Diretor, até a posse de Agnes da Costa.
A diretoria da ANEEL tem por função administrar os temas em debate em cada uma das 17 Superintendências da agência, além disso, o colegiado diretor, tem por responsabilidade a deliberação dos processos submetidos ao regulador, em reuniões públicas ordinárias, que ocorrem todas as terças feiras, ou em reuniões extraordinárias, conforme necessidade.
Para lembrar qual o papel da ANEEL no setor energético, e assim, se aprofundar nos impactos dessa mudança, acompanhe este artigo:
Conheça algumas das principais entidades do setor elétrico e entenda suas atribuições.
Além de impactar negativamente o meio ambiente, os episódios de queimadas fazem parte do dia-a-dia das empresas do setor de energia no Brasil. Elas são responsáveis por causar, principalmente, interrupção nas redes de transmissão e distribuição de energia elétrica. Além disso, afetam indiretamente o setor de energia renovável ao aumentar a sujidade nos painéis fotovoltaicos através do depósito de material particulado, e ainda, podem influenciar na geração eólica afetando a rede de média tensão e da transmissão da energia gerada até a subestação.
No Brasil, as queimadas podem ocorrer ao longo de todo o ano, mas é principalmente entre os meses de julho a setembro que elas se intensificam quanto a frequência e magnitude dos focos de queimadas. Isto porque é um período em que a atmosfera está mais seca devido a falta de chuva e há uma baixa umidade do ar e do solo.
Durante este período, as empresas de transmissão de energia costumam fazer diversas campanhas de conscientização social para evitar queimadas provenientes de ações antrópicas próximas às linhas de transmissão, pois, dependendo da localização desta queimada, o real problema não é o fogo em si, mas sim o material particulado proveniente deste foco de queimada que poderá afetar as linhas causando pequenos curtos.
No ano de 2021 foram registrados mais de 130 mil focos de queimadas até o mês de setembro e este ano, até abril, haviam sido registrados 7.996 focos de queimada, o que posiciona o Brasil em 4° lugar no ranking de queimadas na América do Sul, ficando atrás apenas da Argentina com 12.749, da Colômbia com 12.908, e da líder Venezuela com 15.657 focos de queimadas.
Dito isto, a expectativa é que o número de focos se intensifiquem ainda mais com a entrada do período seco, podendo ultrapassar os valores registrados em 2021 caso medidas preventivas não sejam tomadas, como por exemplo manter a grama roçada (principalmente próximo à linhas de transmissão e distribuição), evitar jogar cigarro pela janela, trabalhar na conscientização local, entre outros.
Nossa dica é a iniciativa “Operação Queimada” da Climatempo e uma plataforma de monitoramento cada vez mais robusta que permite a visualização das queimadas em tempo real.
ESG é cuidar e investir em sustentabilidade!
Em novembro de 2021 foi realizada a COP 26, que teve como objetivo que os países assumissem compromissos ambientais, de forma a reduzir gradualmente o uso de combustíveis fósseis, assim como a criação de regras para o mercado de carbono. Como resultado, o Brasil deu um grande passo, por meio do Decreto nº 11.075/2022,que visa a criação de um de mercado regulado de carbono no Brasil.
O decreto tem como base o dispositivo da Lei nº 12.187/2009, que instituiu a Política Nacional Sobre Mudança do Clima, com objetivo de atender as metas de redução dos gases causadores do efeito estufa em decorrência da atividade humana.
A medida estabelece competência ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) e da Economia (ME), para propor os Planos Setoriais de Mitigação das Mudanças Climáticas. Os setores envolvidos são energia elétrica, transporte público urbano, indústrias químicas, indústria de papel e celulose, mineração, indústria de construção civil, serviços de saúde e agropecuária, entre outros. Tais setores terão prazo de 6 meses após a publicação do Decreto para apresentarem suas propostas de meta para redução de emissão de gases de efeito estufa, considerando o plano de descarbonização nacional assumido pelo Brasil na COP 26.
Transformar a descarbonização das economias em créditos é mais um incentivo para que todas as nações consigam aderir e atingir a meta global, estabelecida no Acordo de Paris (2015), de limitar o aquecimento do planeta em 1,5ºC, em relação aos níveis pré-industriais.
Para comercialização dos créditos de carbono e metano neste novo mercado, o agente deverá aderir, de forma voluntária, ao Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SINARE). Os ministérios da Economia e Meio Ambiente estabelecerão regras a respeito do funcionamento do SINARE e de sua compatibilização com os sistemas de comercialização atuais.
Capitalização da Eletrobrás avança nos moldes propostos pelo Governo FederalNo dia 18 de maio, os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) aprovaram a proposta do Governo Federal para a capitalização da Eletrobrás – maior companhia de energia elétrica do Brasil, dona de 43% da rede de transmissão e 29% da capacidade de produção de eletricidade do país.
A votação foi formada por 8 votos, sendo apenas 1 voto contra, do ministro Vital do Rêgo, responsável pelo pedido de vista em abril. O magistrado abriu divergência com os seus pares alegando que o processo apresentava falhas e subavaliação da companhia no valor de R$ 40 bilhões.
Em nota, o Ministério de Minas e Energia (MME) disse ter “convicção de que o processo foi extremamente escrutinado, culminando com a decisão mais fundamentada e ponderada entre os processos de privatização do país”.
Com o aval do TCU, o processo da Eletrobrás dá um passo importante em direção a pulverização do controle da estatal com objetivo de captar recursos por meio da venda de novas ações nos mercados de capitais brasileiro e norte-americano.
A expectativa do Governo é reduzir a participação da União na Estatal de 62% para 45% e captar R$ 67 bilhões. Deste total, R$ 32 bilhões serão destinados para reduzir a tarifa de energia ao longo de 25 anos, sendo o primeiro aporte ainda em 2022 com R$ 5 bilhões. A estimativa do MME é alcançar uma redução média de 7,36% na tarifa. Ainda conforme consta na lei 14.182/2021, estes aportes, serão considerados apenas aos consumidores que estão debaixo das Distribuidoras, no ambiente regulado. Os consumidores que estão no mercado livre não farão parte desta redução.
Outros R$ 25,3 bilhões vão para o caixa do Tesouro e serão destinados ao custeio da reversão do modelo de venda de energia de 22 usinas hidrelétricas da Eletrobrás. Também está previsto o investimento de R$ 9,7 bilhões para recuperar bacias hidrográficas, e a contratação de 8 gigawatts de energia termelétrica a gás.
Os novos acionistas poderão ter uma participação de até 10% na Eletrobrás. A União terá uma ação preferencial (golden share) que dará poder de veto nas deliberações sobre alterações no estatuto social da empresa – mesmo formato utilizado na Embraer.
Estão fora da capitalização as empresas Itaipu Binacional e a Eletronuclear. Essas empresas serão controladas pela União através da estatal criada em setembro de 2021, a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBpar).
Os próximos passos envolvem a resolução de procedimentos burocráticos na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e na Securities and Exchange Commission (SEC), equivalente à CVM nos Estados Unidos. Isso ocorre porque a Eletrobras tem ações negociadas na bolsa de valores norte-americana.
Em seguida, será iniciada a etapa de apresentações da Eletrobrás para potenciais investidores, chamada road-show e, por fim, o leilão da companhia será realizado na Bolsa de Valores brasileira (B3), ainda sem data prevista.
Segundo Adolfo Sachsida, ministro de Minas e Energia, caso o aval da CVM e SEC saiam como planejado, a liquidação das ações da Eletrobrás ocorrerá até 9 de junho.
Você sabe como o storage de energia te ajuda a ser mais verde?O Storage é uma forma de armazenamento de energia que abre portas para a diversificação da matriz energética, e consequentemente, nos possibilita cumprir com os compromissos firmados na COP-26.
Existem diversas formas de guardar energia. No Brasil, 60% da nossa capacidade de geração é proveniente de hidrelétricas. Algumas dessas usinas possuem reservatórios que operam como grandes sistemas de armazenamento de energia renovável, acumulando água no período chuvoso (nov/abril) para gerar eletricidade no período seco (maio/out).
Enquanto consumidores, podemos constatar a evolução das tecnologias de armazenamento por baterias em nosso smartphones e notebooks. Afinal, hoje nossos celulares e computadores portáteis conseguem operar por mais tempo entre uma carga e outra. O conceito de energy storage é tão simples quanto os exemplos acima. No entanto, as diferenças estão na escala dos projetos e nas aplicações.
A demanda por sistema de armazenamento surge à medida que precisamos aproveitar ao máximo os recursos energéticos, principalmente quando se trata das novas renováveis, como eólica e solar. Como podemos ver, com as tecnologias de armazenamento será possível estocar vento e sol, aumentar a eficiência da operação da rede e melhorar o aproveitamento dos recursos naturais.
Atualmente, a bateria de íon-lítio é a tecnologia mais promissora para armazenamento em larga, representando 93% dos 5 GW adicionados no mundo em 2020, de acordo com o último relatório (nov/2021) divulgado pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).
No Brasil, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) lançou em 2017 P&D Estratégico nº 21/2016 – Arranjos Técnicos e Comerciais para a Inserção de Sistemas de Armazenamento de Energia no Setor Elétrico Brasileiro, cujo resultados deverão ser apresentados ainda este ano.
Storage na prática:
A CPFL Energia está tocando três projetos de pesquisa em armazenamento, com investimento total de R$ 66 milhões, dos quais R$ 27 milhões foram feitos pela própria companhia e o restante é proveniente de recursos do Programa de P&D da ANEEL. As iniciativas têm como objetivo avaliar os impactos da utilização de baterias no sistema elétrico, da geração até o cliente final.
Foram instalados sistemas de energy storage em cinco unidades da Rede Graal, dois em condomínios residências, em uma subestação de energia e em uma usina do Complexo Eólico Campos dos Ventos, no Rio Grande do Norte, da CPFL Renováveis. A potência dos sistemas varia entre 100 kW a 1 MW.
O alto custo ainda é um grande desafio para o storage, porém a evolução tecnológica tem proporcionado uma importante redução de custos nos últimos 9 anos.
Desafios do descarte de equipamentos na cadeia fotovoltaicaAs novas tecnologias de produção de energia vieram para revolucionar o mundo. Uma delas é o painel fotovoltaico. Sua praticidade de uso permitiu a conversão da luz solar em eletricidade, possibilitando que os consumidores gerem a própria energia em casas, empresas, fazendas e prédios públicos.
No Brasil, são mais de 15 GW em usinas fotovoltaicas em operação, potência esta que supera a da maior hidrelétrica do país, Itaipu (14 GW). A fonte já representa 7,6% da matriz elétrica brasileira, segundo dados divulgados em maio pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Já em cenário mundial, em abril foi alcançado o marco de mais de 1.000 GW em capacidade de energia solar, de acordo com relatório da SolarPower Europe.
Mas, para onde vão todos esses painéis fotovoltaicos ao final da vida útil?
Os painéis fotovoltaicos são constituídos, principalmente, por vidro, alumínio, silício, fósforo, arsenieto de gálio, plástico, cobre e outros condutores metálicos que, se descartados de forma inadequada, podem afetar o meio ambiente. Por isso, o descarte e a reciclagem precisam ser feitos corretamente e por empresas homologadas.
A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) estimou que 78 milhões de toneladas de resíduos de painéis solares serão descartadas em todo o mundo até 2050. A reciclagem desses componentes, que pode chegar a 90% de reaproveitamento, pode movimentar uma indústria de mais de US$ 15 bilhões.
Na Europa, a primeira fábrica de reciclagem de plantas fotovoltaicas foi inaugurada em 2018, em Rousset, sul da França. A empresa fechou um contrato com a organização francesa sem fins lucrativos PV Cycle, com previsão de reciclar 4 mil toneladas de resíduos por ano.
No Brasil ainda não é comum o descarte de placas fotovoltaicas, principalmente por ser uma tecnologia nova no mercado. Esses equipamentos foram projetados para durar 25 anos. No entanto, algumas empresas pioneiras já começam a oferecer esse serviço no país.
Ao contrário de outros materiais condutores de energia, a reciclagem de painéis fotovoltaicos não possui uma lei específica no Brasil. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS – Lei nº 12.305/2010) define procedimentos para destinar a coleta e restituição de resíduos ao setor empresarial. Já o decreto 10.240/2020, regulamenta o Acordo Setorial para a Logística Reversa de Eletroeletrônicos, incluindo, por sua vez, os painéis fotovoltaicos residenciais/comerciais, deixando de fora as grandes usinas.
Aqui na CPFL Soluções, temos a preocupação com o descarte sustentável de equipamentos com uma visão 360º, porém, algumas manutenções ainda são novas no mercado, o que torna o processo desafiador. Temos a preocupação em andar junto às tecnologias de mercado e assim, sermos competitivos, sustentáveis e seguros. Vamos juntos.
Como saber se um investimento é realmente ESG?O mundo dos negócios está passando por uma grande transformação, saindo de uma visão de lucro a qualquer custo para adotar o princípio ético de gerar resultados financeiros e impactos positivos ao meio ambiente e à sociedade. Não se trata de algo local. É um movimento global puxado pelo desejo da sociedade de preservar os recursos naturais e melhorar a vida na terra.
O novo conceito de sustentabilidade, conscientemente resumido na sigla ESG, coloca a responsabilidade ambiental no indivíduo, tangibilizando e valorizando até as mais singelas ações.
Como um consumidor ESG, você pode evitar o consumo ou preferir tecnologias e práticas que gerem menor impacto ao meio ambiente. Você pode deixar de comprar itens de uma empresa que trate os funcionários com desrespeito ou em regime de exploração.
Como empresa, deve-se reduzir a produção de lixo e dar o destino correto aos resíduos, separando-os e reciclando tudo que for possível. Como gestor público, cuidar para que os meios de transportes continuem evoluindo, porém substituindo o uso de tecnologias a combustão por modelos com motor elétrico.
Tudo isso são práticas Environmental, Social e and Corporate Governance – ESG. Portanto, quando falamos em investimentos em práticas ESG, o que se procura é dar vida longa ao negócio, alinhando práticas corporativas, produtos e serviços aos desejos da sociedade de hoje e do futuro.
O ESG não é só investimento em inovação. É um investimento feito de forma consciente, consistente, robusto e seguro. Por exemplo, consumir energia renovável é uma boa prática ESG, mas, você também pode promover um bom plano de manutenção e modernização de máquinas e equipamentos, ou mesmo investir em processos e tecnologias com objetivo de tornar a sua operação mais eficiente. Todas essas ações contribuem para reduzir as emissões de carbono da sua atividade, e na parte em que a emissão é inevitável, que tal comprar créditos de carbono, ou até mesmo negociar I-RECs?
Esse olhar mais atento às causas ambientais e sociais simboliza um comportamento ético e empático em relação a todos os stakeholders, que de algum modo, são impactados pelas atividades da sua empresa. Os benefícios, porém, vão além, impactando positivamente os resultados econômicos e financeiros do seu negócio.
Conheça a nossa Reformadora de Transformadores e equipamentos de distribuição de energia – Uma iniciativa para cuidar e reduzir impactos no meio ambienteO conceito de economia circular está ganhando força no mundo dos negócios e no setor elétrico não é diferente. Já não basta ter uma matriz elétrica renovável. É preciso modernizar as redes, que em alguns casos já têm muitos anos de operação. Porém, além de substituir os equipamentos, deve-se dar um destino correto aos resíduos para evitar ao máximo os impactos ao meio ambiente.
A CPFL tem como meta reformar em sua malha de operação 40 mil equipamentos até 2024. Entre eles estão transformadores, reguladores de tensão, religadores, cabos e postes. Os equipamentos velhos serão desmontados e reciclados pela Reformadora, que por sua vez, faz parte do portfólio da CPFL Soluções.
Inicialmente, a Reformadora foi pensada apenas para atender os equipamentos das empresas do grupo, mas em 2021 ampliou seu escopo para atender outras concessionárias. Com isso, a capacidade de produção foi ampliada para avaliar 1.290 equipamentos por mês.
“Cem por cento dos componentes que sairão da rede vão retornar para cadeia com o máximo de reciclagem desde postes, cabos e transformadores”, afirmou Rodolfo Sirol, diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CPFL Energia, durante a participação do 6# episódio do podcast C-Liga.
A Reformadora possui certificações ISO 9001 e ISO 14001, garantindo a qualidade e rastreabilidade total do processo de reforma e Selo Inmetro. Temos um laboratório de análise para verificar as impurezas ou contaminantes presentes no óleo mineral ou vegetal. Recentemente, o nosso laboratório conquistou a certificação ISO 17025, para realização de ensaio de Bifenilas policloradas (PCB). Agora estamos certificados em duas frentes laboratoriais, que são: ensaio e amostragem seguida de ensaio.
Temos uma regeneradora própria com capacidade de 2 mil l/h, onde tiramos todas as impurezas do óleo, deixando-o perante a norma e com todos os indicadores positivos. Conseguimos reformar transformadores de 5 kVA monofásico até 500 kVA trifásico. Isso permite abranger toda a gama de transformadores que tem no mercado.
A Reformadora é uma das principais iniciativas com objetivo de diminuir a quantidade de material descartado e muito importante do ponto de vista da sustentabilidade e das práticas ESG. Garantimos a destinação correta e uma solução mais eficiente para o tratamento dos resíduos gerados, mensalmente, pelas nossas distribuidoras e clientes, além de uma grande economia na reutilização desses equipamentos. Quer saber mais sobre esse serviço? Nossos especialistas estão sempre à disposição para atender e encontrar a melhor solução para sua empresa. Gostou de saber dessa informação? Quer saber mais das nossas ações ligadas à sustentabilidade, veja nosso plano ESG 2024-2030.
Como o mercado livre pode ajudar sua empresa a colocar o ESG na prática?O Mercado Livre de Energia pode gerar muitas dúvidas para os gestores de empresas cujo fornecimento energético ainda é feito no formato tradicional, caracterizado pelo atendimento exclusivo da concessionária local. Mas afinal, como o mercado livre pode ajudar sua empresa a colocar o ESG na prática? A resposta é flexibilidade.
O mercado livre é o oposto do mercado cativo. O Ambiente de Contratação Livre, com o próprio nome já pressupõe, permite que as empresas sejam mais eficientes e sustentáveis no consumo de energia elétrica.
Isso é alcançado pela competitividade proporcionada pela livre negociação de compra de energia entre produtores, comercializadores e consumidores de energia. Os players podem negociar com autonomia contratos com melhores condições comerciais, gerando economia financeira e previsibilidade de custos.
O cliente livre pode fechar contratos customizados conforme o perfil de consumo e comprar energia elétrica provenientes de fontes limpas e renováveis, como as tecnologias eólica, solar fotovoltaica, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
Mas será que a sua empresa pode comprar energia incentivada?
Fabiana de Cillo Carvalho, gerente de Planejamento e Regulação de Mercado da CPFL Soluções, explica que existem dois tipos de consumidores no mercado livre: os clientes livres e especiais.
O cliente livre precisa ter uma demanda mínima de 1.000 kW, equivalente a uma conta de luz média de R$100 mil. Ele pode comprar energia de qualquer fonte de geração, fóssil ou renovável.
Já o cliente especial, pela regra vigente, precisa ter uma demanda mínima de 500 kW, equivalente a uma conta de luz média de R$60 mil. No entanto, a energia contratada precisa ser exclusivamente de fontes renováveis.
Essas fontes renováveis são classificadas como “incentivadas”, pois oferecem ao comprador o benefício socioambiental, portanto, eles recebem descontos nas tarifas de uso do sistema de transmissão e distribuição.
Por isso, quando pensamos nos conceitos de governança, meio ambiente e social (ESG, na sigla em inglês), o mercado livre é o caminho certo para ter um consumo energético com menor impacto socioambiental, com o benefício adicional de reduzir gastos desnecessários, uma vez que o cliente só paga pelo que consome.
Quer saber mais sobre como o mercado livre ajuda a colocar o ESG na prática? Nossos especialistas estão sempre à disposição para atender e encontrar a melhor solução para sua empresa.