Como comprar energia de curto prazo?

O Mercado de Curto Prazo é fundamental para garantir a contratação do volume de energia efetivamente consumido pela sua empresa que faz parte do Mercado Livre de Energia.

Em caso de déficit no seu contrato de energia, você tem entre o 1º e 4º dia útil de cada mês para comprar energia de curto prazo, garantindo as melhores oportunidades de negociação sem sofrer penalidades perante a CCEE.

Na loja online da CPFL Soluções você encontra as melhores opções para sua empresa economizar e adquirir a energia faltante. Você pode optar pela Energia Convencional ou Incentiva.

A Energia incentivada é aquela gerada por fontes renováveis, como por exemplo a solar, eólica, biomassa e hídrica, confira:

• Energia Incentivada 0% – não oferece descontos na Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) e na Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão de Energia Elétrica (TUST).

• Energia Incentivada 50% – oferece 50% de desconto na Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) e na Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão de Energia Elétrica (TUST).

• Energia Incentivada 100% – oferece 100% de desconto na Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) e na Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão de Energia Elétrica (TUST).

Também existe a opção de Energia Convencional, proveniente de fontes não renováveis, com grande participação na matriz energética brasileira, como por exemplo as hidrelétricas e as termelétricas.

Essa fonte de energia possui um ótimo custo x benefício, porém não oferece desconto na Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) e na Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão de Energia Elétrica (TUST).

Para comprar Energia de Curto Prazo é fácil, siga as orientações abaixo:

  1. Para adquirir você precisa acessar a loja.cpflsolucoes.com.br
  2. Em seguida, clique no botão entrar para acessar seu perfil. Caso ainda não tenha cadastro, clique na opção “Criar conta”.
  3. Depois, selecione a opção “Energia de Curto Prazo” no menu.
  4. Ao abrir a página, escolha a opção de fonte e o submercado.
  5. Em seguida selecione quantidade de energia em MWh que deseja adquirir.
  6. Clique em adicionar ao carrinho e depois preencha seus dados cadastrais e os dados para a elaboração do contrato.
  7. Feito isso, você receberá por e-mail o contrato para assinatura enviado pela Docusign.
  8. Aguarde a geração dos boletos, acesse aqui o Portal do Cliente para acompanhar e pagar compra.
  9. Após realizar o pagamento, acompanhe seu pedido na página do Portal do cliente.

Em caso de dúvidas, nosso time de especialistas está à disposição para te ajudar:
Você pode entrar em contato pelo e-mail: [email protected] ou pelo telefone (19) 3756-6000.

CPFL Soluções lança oficialmente sua loja online

A CPFL Soluções acaba de publicar sua plataforma digital para facilitar a compra de energia e produtos de descarbonização. A loja online chegou para proporcionar uma nova experiência na relação das empresas com energia.

Empresas que fazem parte do Mercado Livre de Energia ou desejam migrar podem acessar a loja online por meio de um simples cadastro.

A CCEE estima a migração de quase 24 mil unidades consumidores em 2024, e o lançamento da loja online da CPFL Soluções chega para simplificar o processo de migração e tornar a relação com energia de nossos clientes mais conveniente, inteligente, transparente e econômica. Além disso, o canal digital conta com equipe especializada para suporte, afirma Lucas Zajd, Diretor de Inteligência de Mercado e Assuntos Regulatórios da CPFL Soluções.

As ofertas disponíveis na plataforma são:

Conheça aqui a loja online da CPFL Soluções e faça parte da construção do futuro da energia, mais sustentável e próspero.

Imagem de uma mulher com tablet nas mãos e apoio de texto escrito: Chegou a loja Online da CPFL Soluções. Conheça.
Veja o que faz parte da nossa Gestão de Energia

Independente do porte ou do segmento de atuação, o uso da energia elétrica é fundamental para qualquer negócio. Por representar parte significativa dos custos de operação de uma empresa, ter uma boa gestão de energia se tornou um diferencial competitivo de mercado. 

A eficiência energética proporcionada por uma boa gestão de energia ainda contribui para o atingimento das metas ESG (Environmental, Social and Governance).

A gestão de energia é um conjunto de processos cujo objetivo é tornar o uso da eletricidade mais eficiente e evitar desperdício. Entre os resultados esperados estão a redução do custo da energia e um aumento da eficiência operacional, na medida em que a organização passa a produzir mais (ou a mesma quantidade) com menos recursos energéticos. 

A gestão de energia envolve o uso de tecnologias modernas para acompanhar o consumo de eletricidade de forma precisa, possibilitando a identificação rápida de desvios de produtividade ou qualquer outra anormalidade.

Na CPFL Soluções contamos com uma equipe e um pacote completo de serviços de gestão de energia para todos os tipos de empresa. Oferecemos soluções personalizadas para cada uma delas, afinal, cada negócio tem suas particularidades.

Nosso compromisso é apoiá-lo em todos os momentos para garantir que você tenha a economia que espera. Nosso time analisará todos os cenários possíveis para encontrar as melhores oportunidades.

O que faz parte da nossa gestão de energia:

– Assessoria para migração para o mercado livre;

– Atendimento personalizado com gestor dedicado;

– Representação na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE);

– Gestão de contratos;

– Mais de 10 relatórios de performance;

– Acompanhamento das obrigações financeiras;

– Apoio na contratação de energia;

– Treinamentos;

– Telemetria (smart energy);

– Materiais exclusivos;

Quer saber mais sobre como implementar a gestão de energia na sua empresa? Entre em contato com os nossos especialistas!

Saiba o que é o programa de descarbonização – Energias da Amazônia

Com o objetivo de reduzir a dependência dos combustíveis fósseis na matriz elétrica da Região Norte e promover a descarbonização da Amazônia, a Presidência da República publicou no dia 17 de agosto o Decreto nº 11.648/23 que instituiu o Programa Energias da Amazônia.

Com altos investimentos previstos, o programa de transição energética visa reduzir a utilização de combustíveis fósseis na produção de energia elétrica na Amazônia, substituindo-a por soluções tecnológicas que contribuam para redução das emissões de carbono.

O programa prevê investimentos em energias renováveis, como a solar fotovoltaica, e em soluções a partir de combustíveis de baixo carbono, como biomassa, biocombustíveis líquidos, biogás e aproveitamento energético de resíduos.

Também serão aceitas soluções híbridas em que a capacidade de geração com combustíveis fósseis seja tecnicamente recomendada para garantia da segurança do suprimento, bem como soluções de armazenamento de energia e importação de energia elétrica, desde que reduzam as emissões de gases de efeito estufa e dispêndios da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC).

Em parceria com universidades, terceiro setor e o setor privado, o programa também prevê o treinamento e a capacitação da população local sobre a instalação, operação e manutenção de usinas renováveis e armazenamento de energia.

Os resultados do programa serão divulgados anualmente pelo Ministério de Minas e Energia (MME), tendo como referência o consumo de combustível fóssil empregado na geração dos Sistemas Isolados para o ano de 2022.

A avaliação será realizada com base  nas informações fornecidas pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Agência Nacional de Energia Elétrica(ANEEL), Operador Nacional do Sistema Elétrico(ONS ) e Câmara de Comercialização de Energia Elétrica(CCEE), e a submeterá à ciência do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

O que é Sistema Isolado?

O Sistema Isolado são localidadades isoladas, sendo a maior parte localizada na região Norte, que não estão conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Portanto, o suprimento de energia é atendido essencialmente por meio de termelétricas a diesel e óleo combustível.

Além de poluente, esse tipo de geração é custosa. O recurso para o pagamento desses combustíveis fósseis vem da CCC, que neste ano representa um custo de R$ 12 bilhões. A CCC é um encargo setorial pago por todos os consumidores brasileiros na tarifa de energia.

Apesar do custo elevado, o Sistema Isolado representa apenas 0,6% do consumo nacional de energia e 1,4% da população. No total, são 211 comunidades fora do SIN e 3 milhões de pessoas atendidas.

Consumo nacional de energia elétrica cresce 1,4% no 1º semestre impulsinado pelo Mercado Livre de Energia

O Mercado Livre de Energia – ambiente comercial onde consumidores podem contratar e negociar energia –  vem desempenhando um papel fundamental no Brasil.

Segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE),No primeiro semestre de 2023, o consumo nacional de energia elétrica cresceu 1,4% na comparação com o mesmo período de 2022, alcançando a marca de 66.760 megawatts médios. O Mercado Livre respondeu por 37% do consumo nacional  no período: o ambiente apresentou alta de 5,2% no comparativo anual.

Para fins de comparação, o Mercado Regulado apresentou redução de 0,7% de janeiro a junho, motivado pela presença crescente da micro e minigeração distribuída, e pelo volume de agentes que deslocaram-se para o Mercado Livre.

O Ambiente de Contratação Livre bateu recorde de migrações no primeiro semestre: foram 3.330 empresas que optaram por escolher o próprio fornecedor de energia, alta de 52% na comparação com igual período do ano passado. São empresas dos setores de comércio, serviços, alimentícios, manufaturados, saneamento, minerais, transporte, entre outros.

Entre julho/22 e junho/23, o mercado livre cresceu 18%, com a adesão de 5.041 novas unidades consumidoras, aponta a Associação dos Comercializadores de Energia (ABRACEEL).

No total, 34,4 mil empresas de diversos segmentos já atuam no mercado livre. Esse número pode duplicar com a abertura do mercado livre para as empresas do Grupo A em 2024, quando entrarão em vigor as novas regras da Portaria 50/2022 do Ministério de Minas de Energia.

Outro dado importante é o papel do mercado livre como indutor do crescimento das fontes renováveis na matriz elétrica brasileira. A análise da ABRACEEL revela que o mercado livre absorve 76% da energia gerada por usinas a biomassa, 56% das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), 48% das eólicas e 55% da energia solar fotovoltaica centralizada.

Quer saber como migrar a sua empresa para o Mercado Livre? Entre em contato com o nosso time de especialistas, estamos preparados para esclarecer todas as dúvidas sobre as vantagens de ser um consumidor livre.

Quer um negócio mais econômico?

Atente-se a seu balanço energético e planejamento energético 2023/2024

O balanço energético em qualquer sistema é o resultado da diferença entre a energia absorvida e o gasto energético no mesmo período.

Similarmente, no mercado livre de energia o balanço energético é a diferença entre a energia consumida e a energia contratada num intervalo de tempo. Ou seja, quanto maior o consumo de energia de uma unidade consumidora, maior terá que ser o seu contrato de energia para atender esse consumo.

E o que acontece se o consumo aumentar e o contrato não conseguir cobrir esse aumento? Nesse caso, dever-se-á fazer uma contratação de energia adicional no longo ou no curto prazo. Mas e o oposto? E se o consumo diminuir para abaixo do montante de energia em contrato? Nesse caso, pode-se ceder ou vender essa energia a algum outro agente do mercado.

Independentemente de estar no mercado livre de energia ou não, conhecer o seu balanço energético é essencial para um planejamento energético seguro. Mas o que é planejamento energético? O planejamento energético é uma análise que avalia a projeção de consumo de energia visando garantir que essa energia que será necessária no futuro estará disponível, considerando as mais diversas fontes de energia.

Numa escala macro, o planejamento energético nacional, por exemplo, busca identificar quais fontes de energia deverão ser acionadas em cada época do ano para garantir o suprimento de energia nacional para todos nós durante o ano todo. Numa escala micro, o planejamento energético é uma maneira inteligente de olhar para o meu consumo, analisar se minhas fontes de energia são suficientes para suprir a minha necessidade de consumo seja pela disponibilidade ou pela viabilidade econômica. O planejamento energético, portanto, busca garantir a diversidade da matriz energética de suprimento pois isso dá a segurança de que haverá mais de uma fonte de energia capaz de suprir a necessidade de consumo com preço viável.

Está precisando olhar para o seu planejamento energético de 2024? Busca redução de custo e diversificação da sua matriz energética?

Fale com nosso consultor e descubra as soluções que temos a oferecer para você obter essa segurança!

Quais são os maiores consumidores do Mercado Livre de Energia?

O mercado livre de energia é o ambiente comercial onde indústrias e empresas podem escolher o seu supridor de energia. Criado há mais de 20 anos, pouco mais de 32 mil unidades consumidoras participam desse mercado, o que representa 0,04% dos 89 milhões de consumidores do Brasil. Porém, o consumo de eletricidade desses agentes representam 37% da carga nacional.

Três setores industriais consomem 42% do volume total de energia comercializada no Ambiente de Contratação Livre (ACL). São eles: metalurgia e produtos de metal, alimentício e químico. Nessas indústrias, a energia elétrica pode representar até 40% dos custos de produção.

Infelizmente o mercado livre não está disponível para todos os grupos de consumidores. Mas a partir de 2024, todas as empresas conectadas na alta tensão (Grupo A) poderão escolher o fornecedor de energia, se assim desejarem. Bastará procurar um comercializador varejista (representante) para realizar o processo de saída do mercado cativo e migração para o mercado livre de energia. E você já sabe que pode contar conosco nessa jornada.

Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), entidade responsável pela liquidação financeira e supervisão do mercado de energia, a partir do próximo ano até 72 mil novas unidades consumidoras estarão aptas a migrar para o ACL. São pequenas indústrias, empresas e redes de serviços de médio porte, normalmente com conta de luz superior a R$ 5 mil.

O principal benefício do mercado livre é economizar até 30% no valor da energia. Além de escolher o fornecedor, você pode escolher o tipo de energia, sendo elas renovável ou convencional e prazo de fornecimento. Outra vantagem é ficar livre das bandeiras tarifárias e dos reajustes anuais das tarifas das concessionárias de energia.

Muitas empresas estão migrando para o mercado livre. Em 12 meses encerrados em fevereiro, houve um crescimento de 17% no número de unidades consumidoras entrando no mercado livre, acumulando 4.609 novas unidades, segundo a Associação Brasileira de Comercializadores de Energia Elétrica (ABRACEEL). O consumo de eletricidade no mercado livre cresceu 10,7% em 12 meses encerrados em fevereiro de 2023. 

Clique aqui e saiba como aproveitar essas vantagens do mercado livre de energia.
Nosso time de especialistas está sempre à disposição para atender e encontrar a melhor solução em energia para sua empresa.

Cresce a participação das fontes eólica e solar nos países do G20

O carvão está sendo substituído pelas fontes eólica e solar nos países do G20. Isso é o que revelou a quarta edição do Global Electricity Review, publicado em maio pelo think tank de energia Ember, que analisa os dados globais do setor de energia.

O Grupo do G20 é composto por 19 nações e um bloco econômico: Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, República da Coreia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos e a União Europeia. 

As fontes renováveis atingiram a participação combinada de 13% da eletricidade em 2022, em comparação com 5% em 2015. Já o carvão caiu de 43% em 2015 para 39% em 2022.

Apesar do avanço, o relatório aponta que a transição energética não está ocorrendo com a rapidez necessária para cumprir as metas do Acordo de Paris de manter o aquecimento global abaixo de 1,5ºC.

As fontes renováveis são fundamentais para se alcançar as metas de emissões dos gases de efeito estufa pactuadas por 196 países no Acordo de Paris, que consiste em reduzir 37% das emissões até 2025 (comparados aos níveis de 2005), estendendo a meta para 43% até 2030. 

Os líderes em energia eólica e solar são a Alemanha, com 35% da matriz, seguida do Reino Unido (22%). Por outro lado, Rússia, Indonésia e Arábia Saudita não têm quase nada de energia eólica e solar em suas matrizes. A Arábia Saudita tem quase 100% da sua energia a partir de petróleo e gás. A África do Sul (85%), a Indonésia (82%) e a Índia (77%) completam o ranking dos mais dependentes dos combustíveis fósseis.

As energias eólica e solar combinadas somam 17% no Brasil, mas esse númeero vai chegar a 22,2% em 2027, segundo dados atuais do Operador Nacional do Sistema (ONS).

Declínio do Carvão

O sucesso da energia eólica e solar tem sido fundamental para o declínio do uso do carvão nas economias desenvolvidas do G20, que caiu 42% entre 2015 (2.624 TWh) e 2022 (1.855 TWh). O Reino Unido se destacou porque reduziu o uso do carvão em 93% desde a assinatura do Acordo de Paris. Itália reduziu pela metade, enquanto os Estados Unidos e a Alemanha reduziram um terço. A Austrália reduziu sua dependência do carvão de 63% (2015) para 47% (2022). No Brasil, a geração a carvão representa 1,5% e vai cair para 1,3% em 2027, segundo dados do ONS.

A transição energética é para todas as empresas?

A transição energética é o movimento global que representa uma mudança de paradigma em relação ao consumo de energia. O conceito é reduzir, no limite, eliminar o consumo de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão – passando a priorizar o consumo de energia renovável, como hídrica, eólica e solar, que causam menos impactos ao meio ambiente.

A transição energética, porém, se estende para gestão de resíduos, eficiência energética, digitalização e outros meios necessários para que atinjamos o objetivo comum de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e as suas consequentes influências nas mudanças climáticas.

Você pode se perguntar: o que a transição energética tem a ver com o meu negócio? Sabia que só de consumir energia o seu negócio já está causando impacto ao meio ambiente? Imagine a quantidade de dióxido de carbono que o transporte de seus produtos despeja na atmosfera?

Como meu negócio pode ajudar na transição energética? 

O primeiro passo é mapear o impacto de suas atividades (isso inclui terceiros) no meio ambiente. Em seguida, deve-se avaliar e buscar as soluções de descarbonização mais adequadas para cada elo da cadeia do seu negócio. Nossos especialistas estão sempre à disposição para atender e encontrar a melhor solução para sua empresa

Por exemplo, se o seu negócio consome muita energia elétrica, você pode implementar soluções de eficiência energética e passar a produzir mais com menos recursos. Você também pode optar pelo mercado livre de energia a fim de conseguir comprar eletricidade de fontes renováveis, como a hidrelétrica, a solar e a eólica.

Todas essas ações são importantes para colocar a sua empresa no caminho da transição energética. Porém, há outras medidas que vão além da energia. Como conduzir um projeto de gestão de resíduos, reduzir o consumo de papel e plástico, reaproveitar matérias primas, modernizar processos, digitalizar, automatizar, assim como estabelecer uma rede de fornecedores sustentáveis.

Além de investir em alternativas, como a eletromobilidade, as empresas têm um papel crucial na implementação da eletromobilidade e na transição para um futuro mais sustentável em termos de transporte. A eletromobilidade no mundo dos negócios ajuda na promoção de um futuro mais sustentável em termos de transporte, oferecendo benefícios ambientais e econômicos

Empresas que se preocupam com o meio ambiente ganham em sustentabilidade, eficiência, produtividade e reputação junto ao mercado. Segundo uma pesquisa realizada pela APAS (Associação Paulista de Supermercados), 95% dos brasileiros priorizam produtos e serviços de marcas que investem em sustentabilidade.

As empresas são fundamentais no sucesso da descarbonização da economia. Faça a sua parte e conte conosco para ajudar na transição energética do seu negócio.

Veja como é gerada a energia eólica

O Dia Mundial do Vento, comemorado em 15 de junho, é uma oportunidade para mostrar a importância da energia eólica para a transição energética global, bem como para destacar as inovações tecnológicas e os benefícios econômicos, sociais e ambientais que essa fonte de energia pode trazer para as comunidades e países que a adotam.

A energia eólica é a energia cinética do vento que é convertida em energia elétrica por meio de turbinas eólicas. As turbinas eólicas são equipamentos que possuem hélices, que quando giram com a força do vento, geram energia elétrica por meio de um gerador.

A energia eólica é considerada uma forma de energia renovável, pois é gerada a partir de uma fonte natural e inesgotável: o vento. Além disso, a energia eólica não emite gases poluentes ou de efeito estufa, contribuindo para a redução da emissão de gases causadores do aquecimento global e para a preservação do meio ambiente.

A energia eólica é utilizada em larga escala em diversos países como fonte de energia elétrica, sendo uma alternativa cada vez mais viável e competitiva em relação a outras fontes de energia. Segundo o Global Wind Energy Council (GWEC),  divulgado em março de 2022, a capacidade global de energia eólica é de até 837 gigawatts (GW), ajudando o mundo a evitar mais de 1,2 bilhão de toneladas de CO2 anualmente – o equivalente às emissões anuais de carbono da América do Sul.

A indústria eólica global teve seu segundo melhor ano em 2021, com quase 94 GW de expansão, perdendo apenas para o recorde de 2020 (97 GW). Para fins de comparação, somando os anos de 2020 e 2021, equivale a construir 13 usinas do tamanho da Binacional Itaipu (14 GW), segunda maior hidrelétrica do mundo, atrás apenas da chinesa Três Gargantas (22,5 GW).

No Brasil, a energia eólica vem crescendo desde 2005, impulsionada pelo Programa de Incentivo de Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), instituído pela Lei nº 10.438/2002. Em 2009, a fonte alternativa mostrou-se economicamente competitiva, provando sua viabilidade em leilões promovidos pelo Governo Federal.

Atualmente, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), temos 25.246 megawatts (MW) de potência em usinas eólicas, a maior parte concentrada nas regiões Nordeste e Sul do país. A fonte representa 13,7% do total da matriz elétrica e já é a terceira maior fonte do Brasil, atrás da solar fotovoltaica e das hidrelétricas. Temos 596 parques em operação e mais 927 em construção ou com construção não iniciada. Caso todos os parques sejam construídos, a potência da energia eólica vai dobrar.

Nós da CPFL nos empenhamos em investir em energias limpas: 96% do nosso portfólio de geração provém de fontes renováveis. De uma capacidade total de 4.411 megawatts (MW) que operamos, 1.390 MW são provenientes da fonte eólica. Em 2022, geramos 4.083 GWh de energia eólica, de um total de 13.488 GWh.

Veja como é a Logística Reversa no Setor Elétrico

O Brasil gera cerca de 80 milhões de toneladas de resíduos por ano, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelp). É pensando em reverter esse cenário catastrófico que a logística reversa está ganhando espaço entre empresas que buscam adotar modelos de negócio sustentáveis, considerando os impactos ambientais e sociais. Como não podia ser diferente, a logística reversa também está presente no setor elétrico brasileiro.

O sistema elétrico nacional é formado por cerca de 179.000 km de linhas de transmissão, muitas delas operando há dezenas de anos. Da mesma forma, a rede de distribuição de energia é formada por milhares de cabos, transformadores e postes. Esses equipamentos geram toneladas de resíduos que, se não fosse pela logística reversa, causariam um enorme impacto ao meio ambiente.

A logística reversa é o processo logístico que envolve o retorno de produtos, materiais ou embalagens do consumidor final de volta à cadeia de produção. O objetivo é recuperar produtos e materiais para reduzir os impactos ambientais. Na logística reversa é necessário planejar e coordenar toda a cadeia de suprimento, desde a coleta dos produtos ou materiais até a destinação final.

Ao contrário do modelo linear de extrair, produzir, consumir e descartar – a economia circular busca manter os materiais em ciclos de uso contínuo, evitando desperdício e minimizando o impacto ambiental.

Nós da CPFL não só praticamos a logística reversa como tornamos a prática em uma unidade de negócio sustentável. A Reformadora, foi inicialmente pensada para reformar equipamentos das empresas do grupo, mas em 2021 ampliou o seu escopo para atender a outras concessionárias.

A Reformadora é uma das nossas principais iniciativas para reduzir o impacto ambiental dos resíduos gerados no negócio de distribuição de energia elétrica e é muito importante do ponto de vista das práticas de ESG. Até 2024, temos a meta de reformar 40 mil equipamentos, entre eles transformadores, reguladores de tensão, religadores, cabos e postes. Os equipamentos serão desmontados e reciclados pela Reformadora, que é capaz de avaliar 1.290 transformadores por mês.

A Reformadora e os laboratórios associados possuem certificação ISO e Inmetro, garantindo a qualidade e a rastreabilidade total do processo. Também temos uma regeneradora com capacidade de 2 mil L/h, onde tiramos todas as impurezas ou contaminantes presentes no óleo mineral ou vegetal.

Conseguimos reformar transformadores de 5 kVA monofásico até 500 kVA trifásico. Isso permite abranger toda a gama de transformadores que tem no mercado. Em 2022, foram reformados mais de 11.565 transformadores e 312,5 toneladas de resíduos reciclados no processo de logística reversa.

Por que 2024 pode ser um “divisor de águas” para energia elétrica

O setor elétrico vem passando por muitas transformações que impactam positivamente os negócios. A novidade é que a partir de janeiro de 2024 empresários e gestores de empresas de pequeno e médio porte que possuem uma conta de energia a partir de R$ 5 mil por mês poderão escolher de quem comprar energia elétrica, o que resulta em uma economia de até 30% nos gastos com energia.

Apesar dessa mudança começar a valer apenas em 2024, estamos observando aqui na CPFL Soluções que o mercado já está se movimentando e as empresas já estão se estruturando para aproveitar essa economia no momento que a virada de chave acontecer.

Com isso, a relação do cliente com as empresas de energia passa a ser diferente. Cria-se maior proximidade. Entender as necessidades desse cliente torna ainda mais relevante para oferecer soluções sob medida e até regionalizadas. Grupos com solidez e abrangência nacional passam a ter ainda mais opções para oferecer aos clientes, além de ajudar na migração para o ambiente de livre comercialização e oferecer um amplo pacote de serviços que aliem eficiência e sustentabilidade.

Economia na contratação de energia

O custo com energia é expressivo no Brasil. Segundo estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), os gastos do setor industrial com energia elétrica podem representar mais de 40% de seus custos de produção. Liberdade no fornecimento pode representar economia.

Em 20 anos, o mercado livre de energia já propiciou ganhos acumulados de R$ 339 bilhões aos consumidores que têm autorização de participar desse ambiente de contratação, onde os preços para aquisição de energia elétrica foram, em média, 49% menores no ano passado em relação ao preço médio praticado no mercado cativo, de acordo com dados da Associação Brasileira de Comercializadores de Energia Elétrica (ABRACEEL).

Liberdade de escolha

Abrem-se ainda diversas oportunidades de oferta de um amplo pacote de soluções para os clientes: escolha de fontes renováveis para seu processo produtivo e serviços de eficiência energética, como por exemplo a substituição de motores ou melhorias em câmaras frias e sistemas de refrigeração.

Também é aberta a possibilidade de adoção de sistemas de Geração Distribuída Solar compartilhada em que o cliente pode reduzir ainda mais sua conta de luz produzindo sua própria energia com a gestão e investimento sendo feitos por nós da CPFL Soluções. Uma instalação fotovoltaica também é uma importante medida de eficiência energética, pois reduz a necessidade do consumo de energia elétrica da rede.

Case: Pacaembu

Exemplo dessas soluções está sendo implementado num dos símbolos da cidade de São Paulo, o antigo estádio do Pacaembu, que passa por uma modernização e terá investimento de quase R$ 70 milhões em solução de energia sustentável. Parceria entre a concessionária Allegra Pacaembu e CPFL Soluções prevê a instalação de painéis solares, cogeração, geradores de emergência e baterias – tecnologias aplicadas para a redução do consumo, geração própria e equipamentos preventivos para os casos de interrupção do fornecimento de energia e/ou picos de consumo.

Case: Cadeg

Outro exemplo é o Mercado Municipal do Rio de Janeiro (CADEG), que estava perdendo lojistas por conta de problemas no suprimento de energia. A subestação local estava no limite de carga e a luz faltava sempre que havia um consumo maior. Nós desenvolvemos uma solução que combinou autoprodução com geradores a gás natural e uma usina fotovoltaica. Juntas, as soluções vão promover a redução mensal de R$ 150 mil na conta de luz, bem como trazer mais conforto e segurança para os mais de seis mil trabalhadores do local.

A ampliação do mercado livre para toda a alta tensão a partir de janeiro de 2024 cria um novo paradigma para o setor elétrico, que terá de se adaptar aos anseios desses novos consumidores. Também irá pressionar as distribuidoras, que atendem o mercado cativo, a melhorar seus serviços, o que se configurará em uma relação de ganhos para toda a cadeia. Todos vão se beneficiar de mais liberdade.

Escrito por: Eduardo dos Santos Soares
Diretor Presidente de Serviços e Infraestrutura

Como as empresas estão implementando veículos elétricos aos negócios

As empresas têm um papel crucial na implementação da eletromobilidade e na transição para um futuro mais sustentável em termos de transporte. A adoção de veículos elétricos por empresas pode contribuir para reduzir as emissões de gases poluentes, melhorar a qualidade do ar nas cidades e reduzir a dependência dos combustíveis fósseis.

Além disso, o uso de veículos elétricos pode oferecer vantagens para as empresas, como redução dos custos operacionais, aumento da eficiência da frota e melhorias nas práticas ESG. A crescente conscientização sobre os impactos ambientais das atividades empresariais também pode ser um fator motivador para a adoção de veículos elétricos.

Para promover a adesão de veículos elétricos nas suas operações, as empresas podem buscar parcerias com fabricantes de veículos elétricos e fornecedores de infraestrutura de carregamento, o eletroposto, além de estabelecer metas de sustentabilidade e investir em tecnologias e soluções de gerenciamento de frota.

O cenário de expansão de interesse pelas empresas em carros elétricos está crescendo de forma significativa, isso é impulsionado por uma combinação de fatores, incluindo preocupações ambientais, economia de custos, avanços tecnológicos, mudanças regulatórias e mudanças nos hábitos de mobilidade.

É importante que as empresas avaliem suas necessidades de mobilidade e determinar quais veículos elétricos são mais adequados para suas operações. Isso pode incluir considerações como o tipo de trajeto percorrido, a quantidade de carga transportada e a distância percorrida.

Nessa avaliação de necessidades, é essencial que as empresas levem em consideração a instalação de eletropostos em suas dependências, para permitir que seus veículos elétricos sejam carregados facilmente. Isso pode incluir a instalação de eletropostos em locais estratégicos, como estacionamentos ou garagens.

As empresas devem planejar a implementação de veículos elétricos em suas operações, considerando suas necessidades específicas de mobilidade, a instalação de eletropostos e treinamento de funcionários. A eletromobilidade no mundo dos negócios ajuda na promoção de um futuro mais sustentável em termos de transporte, oferecendo benefícios ambientais e econômicos, além de melhorar a imagem da marca e contribuir para a criação de um futuro mais sustentável.

Veja como a CPFL Soluções pode ajudar na transição energética dos transportes da sua empresa, entre em contato com o nosso time de especialistas.

Conheça ainda mais o seu contrato de energia no mercado livre

No mês passado nós falamos sobre os tipos de energia do mercado livre de energia, seus respectivos descontos e a ferramenta de RETUSD, que protege o consumidor no caso da energia entregue não ser a mesma da energia comprada.

Este mês vamos continuar falando sobre as ferramentas contratuais, dessa vez falando sobre: unidade consumidora, volume contratado em MWm e percentual de carga contratado.

Unidades consumidoras: São as unidades consumidoras que serão atendidas pelo contrato. Para empresas que possuem mais de uma unidade consumidora, é comum que façam um único contrato que preveja o fornecimento de energia para as diferentes unidades. É uma ferramenta comum para contratos de fornecimento que atende uma rede de supermercados, por exemplo. Neste caso, todos os CNPJs atendidos devem estar mencionados no contrato.

Volume: Consiste na definição dos volumes de energia contratados, em MW médio, em uma determinada vigência (período de duração do contrato). A unidade de medida MWm (lê-se megawatt médio) nada mais é do que o MWh (megawatt hora) dividido pela quantidade de horas contidas no intervalo de consumo medido. Tomando como exemplo uma unidade consumidora que consumiu 24 MWh em um dia, ao transformar a unidade de medida para MWm nós tomamos o consumo e dividimos pela quantidade de horas no período. Um dia tem 24 horas portanto 24 MWh de consumo dividido por 24 horas corresponde à 1 MWm consumido naquele dia.

Percentual de Atendimento de Carga: Refere-se à quanto esse contrato atende o consumo do cliente em percentual. Isto é, caso o percentual de carga de um contrato seja 60% e o consumo do cliente em um determinado mês seja 300 MWh, o contrato irá olhar somente 60% do consumido, isto é, 300 MWh x 60% = 180 MWh. Nesse caso, o contrato irá olhar somente 180 MWh da unidade consumidora para fins de faturamento, sempre limitado ao volume contratado (b).

Esperamos ter esclarecido algumas dúvidas sobre o seu contrato de energia nesses últimos meses, você pode acessar os conteúdos anteriores no nosso Blog, e em caso de dúvidas e sugestões envie para nós através do e-mail: [email protected].

Brasil tem mais de 90% da geração de energia vinda de fontes renováveis no primeiro trimestre de 2023

Encerramos os primeiros três meses do ano com dados favoráveis na geração de energia renovável. Números fornecidos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostram que o Sistema Interligado Nacional (SIN) foi abastecido em sua maioria por fontes limpas, majoritariamente hidráulica, eólica e solar, sendo responsáveis por mais de 90% da energia elétrica usada por nós.

Trazendo um olhar mais focado nos meses, em janeiro, as três fontes somadas chegaram a 91,2%. Nos meses seguintes, esse os números se mantiveram acima dos 92%, em fevereiro foi registrado 92,6%, e em março, com base na apuração realizada até o dia 29 do mês, esses números chegaram a 92,4%.

Segundo o ONS, a participação de geração das fontes renováveis não superava 90% desde 2011, reflexo não só do bom aproveitamento de recursos, como também da ampliação do número de usinas. O Brasil segue sendo um dos líderes mundiais em energia renovável, especialmente em energia hidrelétrica.

Existem muitos benefícios na utilização de energia renovável, que incluem: a sustentabilidade ambiental, a segurança energética, a redução dos custos de energia e a criação de empregos, a transição para energia renovável pode gerar novos empregos em áreas como engenharia, instalação e manutenção de sistemas de energia renovável.

O consumo de energia renovável também pode fortalecer o mercado de I-RECs

O consumo de energia renovável pode incentivar a compra de I-REC de várias maneiras. I-REC é um certificado que comprova a origem renovável da energia elétrica consumida, o que significa que a eletricidade foi gerada a partir de fontes renováveis, como solar, eólica, hidrelétrica, entre outras. A compra de I-REC ajuda a fomentar a geração de energia renovável e incentivar o desenvolvimento de projetos sustentáveis.

Ao optar por consumir energia renovável, as empresas podem mostrar seu compromisso com a sustentabilidade e redução de emissões de gases de efeito estufa. A compra de I-REC é uma maneira de garantir a origem renovável da eletricidade adquirida, o que pode ser um diferencial para empresas que desejam reduzir sua pegada de carbono e contribuir para a luta contra as mudanças climáticas.

Portanto, o consumo de energia renovável pode incentivar a compra de I-REC, que por sua vez, ajuda a impulsionar a geração de energia renovável e promover a sustentabilidade em todo o mundo.

Ao olharmos para o segmento de geração da CPFL, temos como objetivo aumentar a disponibilidade de energia renovável aos nossos clientes, e estamos crescendo nessa frente. Tais avanços reforçam nosso compromisso com uma geração de energia mais sustentável, acessível e confiável a todos, com 96% do portfólio da CPFL provenientes de fontes renováveis.

Você pode ser mais sustentável com a CPFL Soluções, clique aqui para saber como.

Sua empresa tem um planejamento de manutenção elétrica?

As manutenções em instalações elétricas são essenciais para garantir a segurança e o bom funcionamento dos equipamentos e sistemas elétricos de um negócio. A falha ou mau funcionamento de um componente elétrico pode causar danos graves ao processo produtivo, colocar em risco a segurança dos funcionários e clientes, e até mesmo interromper a produção ou prestação de serviços, resultando em perda financeira significativa.

Com a manutenção preventiva podemos encontrar possíveis defeitos antes mesmo que eles causem qualquer conflito maior. Nós verificamos desde o funcionamento dos equipamentos instalados, bem como os desgastes relacionados ao uso recorrente.

Além disso, a manutenção corretiva também é importante em casos de falhas ou interrupções não planejadas, sendo necessário realizar reparos imediatos para minimizar as perdas e evitar problemas maiores.

As empresas devem se organizar para ter um plano de manutenção de longo prazo porque ele permite um gerenciamento adequado das instalações, equipamentos e sistemas, garantindo sua operação contínua, confiabilidade, segurança e eficiência. Ter um plano de manutenção de longo prazo pode oferecer benefícios como redução de custos, aumento da vida útil de equipamentos e instalações, melhoria na segurança das operações, conformidade com normas e regulamentações e melhora a eficiência energética do negócio.

Nós, da CPFL Soluções, realizamos manutenções preventivas, preditivas e corretivas, realizadas também em linha viva, ou seja, sem interrupção nos processos produtivos do seu negócio.

Tenha um plano de manutenção customizado de acordo com as necessidades do seu negócio incluindo manutenção preventiva e atendimento emergencial. As manutenções são essenciais para garantir um bom funcionamento das instalações elétricas, evitando paradas inesperadas em sua operação.

Nosso time próprio está preparado para operar e cuidar de qualquer tipo de instalação elétrica. Oferecemos opções flexíveis que garantem a viabilidade do empreendimento, com contrato pontual ou plurianual (2 ou 4 anos) para atender melhor às necessidades dos clientes.

Entre em contato e conheça todas as formas que a sua empresa pode melhor planejar suas operações.

56% das indústrias querem migrar do mercado cativo para o livre, segundo o CNI

Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que 56% das indústrias que estão no mercado cativo têm interesse em migrar para o mercado livre de energia, a partir de 2024. E o interesse principal a migração para o mercado livre se dá diretamente com a garantia de economia com a conta de energia elétrica, já que, o estudo também aponta que a energia elétrica é a fonte usada por 78% das indústrias brasileiras.

As indústrias que estão no mercado cativo, são aquelas que ainda seguem comprando energia elétrica de uma única distribuidora, que é responsável pela entrega e cobrança da energia elétrica consumida, sem a possibilidade de escolha de fornecedor. Esse mercado é regulado e controlado, com regras de tarifação, contratação e qualidade do serviço prestado.

Já as que estão o mercado livre de energia, são aquelas indústrias que têm liberdade para escolher seu fornecedor de energia elétrica, podendo negociar livremente as condições contratuais, como preço, prazo e qualidade do serviço. Nesse mercado, os consumidores podem contratar diretamente com geradoras ou comercializadoras de energia elétrica, que são empresas especializadas nesse tipo de serviço.

Atualmente, cerca de 10,5 mil empresas industriais já estão usufruindo dos benefícios de estar no mercado livre de energia, que inclui a liberdade de escolha do fornecedor, preços mais competitivos, personalização dos contratos, controle do consumo, estímulo à eficiência energética e maior qualidade do serviço, o que permite maior autonomia e um maior poder de negociação.

Sua empresa ainda está no mercado cativo? Fale com nossos especialistas e veja como migrar para o mercado livre.

Cuidados com as redes e equipamentos no período das tempestades

O final do verão é conhecido pelas tempestades com chuvas volumosas e descargas elétricas, o Brasil é o país com maior incidência de raios em todo o planeta, e com isso devemos redobrar alguns cuidados com as redes elétricas e os equipamentos.

Um raio é uma descarga elétrica de grande intensidade. Essas descargas podem ter até 30 mil amperes, mil vezes mais do que um chuveiro elétrico. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em média, são registradas mais de 70 milhões de descargas elétricas por ano no país.

Esses fenômenos podem ter sérias consequências para os negócios, podem causar incêndios, blackouts, interromper a produção, comprometer o funcionamento de máquinas, equipamentos, sistemas de comunicação e refrigeração e dependendo do caso, ser até fatal.

Para evitar sérios prejuízos causados por raios, existem um conjunto de ações que podem ser tomadas pelas empresas. A principal é a instalação de sistemas de proteção para descargas atmosféricas (SPDA), conhecido popularmente como para-raio. Os para-raios são hastes de metal posicionadas em lugares elevados e conectados à terra por fios condutores. O objetivo dos para-raios é oferecer um caminho pelo qual os raios podem atravessar, de modo a produzir a menor quantidade de danos possível.

A norma vigente que rege o SPDA é a NBR 5419 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) publicada em 22 de maio de 2015. Essa norma tem como objetivo maior elevar o nível de proteção do patrimônio, pessoas e equipamentos elétricos contra os efeitos das descargas atmosféricas nas edificações.

É de extrema importância as empresas e indústrias estarem alinhados conforme a norma, para garantir que as proteções estão adequadas e confiáveis, minimizando os riscos estruturais e às pessoas. Além disso, é importante verificar a legislação local, cada município ou estado, pode contar com leis específicas que regulam a proteção contra descargas elétricas.

Se a sua empresa precisar de ajuda com a infraestrutura energética, que é o que garante o funcionamento de todas as suas instalações elétricas, conte com a CPFL Soluções. Fornecemos serviços como a construção de subestações, redes de distribuição e linhas de transmissão, somos responsáveis por toda a gestão da obra, fornecendo assessoria para cumprimento das obrigações legais, comissionamento e energização.

Além de tudo isso, realizamos manutenções de acordo com as necessidades do seu negócio incluindo manutenção preventiva, preditivas, corretivas, realizadas também em linha viva, e atendimento emergencial. As manutenções são essenciais para garantir um bom funcionamento das instalações elétricas, evitando paradas inesperadas em sua operação.

OFFSHORE: O potencial brasileiro será realidade em breve?

As usinas eólicas offshore vem se destacando dentro dos principais debates internacionais sobre transição energética, sendo uma fonte com grande potencial para acelerar o desenvolvimento mundial de matrizes elétricas mais renováveis e para auxiliar no atingimento de metas de redução de gases de efeito estufa. Fato é que a tecnologia foi diversas vezes mencionada na COP 27, realizada no mês de novembro de 2022 na cidade de Sharm El-Sheikh, no Egito.

O crescente interesse mundial por este tipo de tecnologia surge de alguns fatores cruciais, sendo os principais:

– O amadurecimento da cadeia produtiva e da própria tecnologia eólica.
– A escassez de áreas com viabilidade de construção de novas usinas, como pode ser visto na Europa e em outras localidades.
– O potencial energético offshore se mostrando mais atrativo do que o potencial observado nas usinas onshore, visto que a velocidade dos ventos nos oceanos é consideravelmente mais forte e constante, sendo possível produzir uma maior quantidade de energia com um mesmo MW instalado.

A partir disso que o Brasil surge como um dos principais países em termos de potencial energético para desenvolvimento da fonte, já que consegue trazer ótimas soluções para os 3 pontos anteriormente elencados:  

– Tecnologia onshore madura e em ampla expansão, fortalecendo o mercado e investidores no segmento;
– Possui vasta área disponível de exploração costeira com mais de 7.400 km de extensão.
De acordo com estudos realizados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Brasil possui mais de 700 GW de potencial de exploração em locais com profundidade de até 50 m.

Com o rápido desenvolvimento tecnológico e considerando o enorme potencial brasileiro, é fundamental que o mercado nacional se desenvolva e modernize com leis e regulamentações claras, que demarquem as principais atribuições, deveres e obrigações de cada órgão ou entidade. Somente com um ambiente com segurança jurídica e regulatória que será possível estimular o mercado com novos investidores e desenvolvedores de projetos, estabelecendo um mercado com justa competição, sem distorções e sem subsídios.

Para tanto, estão sendo realizadas discussões para o amadurecimento técnico e legal deste segmento no Brasil. No âmbito federal, o principal Projeto de Lei em tramitação é o PL n° 576 de 2021 que deve regulamentar toda a exploração offshore brasileira. Já de forma infralegal os principais marcos se deram através das publicações do Decreto nº 10.946/2022 e das Portarias nº 52/GM/MME/2022 e Portaria Interministerial nº 03/MME/MMA/2022. Dessa forma, o arcabouço necessário para a exploração offshore no Brasil vem sendo construído pouco a pouco.

Em que pese tenham ocorridos significativos avanços nos últimos meses, o setor ainda carece de uma regulamentação com maior detalhamento, robustez e clareza, principalmente levando-se em conta a grande complexidade natural de desenvolvimento do segmento offshore, visto existe uma ampla interligação entre diversas entidades, dos grandes desafios de engenharia e dos seus elevados custos de construção que chegam a ser 4 vezes maiores que de uma usina eólica convencional.

Não há dúvidas que o Brasil possui um enorme potencial a ser explorado, mas o elevado custo de investimento ainda surge como principal empecilho para o desenvolvimento desse tipo de tecnologia, principalmente quando comparado com o potencial onshore ainda não explorado.

Por fim, acreditamos que a associação da exploração de usinas eólicas offshore em conjunto com outras tecnologias, como o Hidrogênio Verde, pode vir a acelerar a viabilidade desses projetos no mercado nacional, colocando o Brasil de vez como um grande produtor dessa fonte tão requisitada mundo a fora.

Escrito por: Henrique Travalini
Analista de Regulação da Geração
CPFL Renováveis

Conheça o portfólio de geração de energia da CPFL

A CPFL Energia atua em todos os segmentos do setor elétrico brasileiro, com negócios em geração, transmissão, distribuição, comercialização e serviços. Notadamente no que se refere a geração, a empresa se destaca por ter uma matriz energética com 96% proveniente de fontes renováveis. Até 2030, a meta é atingir 100%.

No segmento de geração de energia elétrica, atuamos com o objetivo de aumentar a disponibilidade de energia renovável, atuando com segurança e excelência na gestão de ativos. No total são 119 ativos em operação, somando 4.385 MW de capacidade instalada, com potencial de gerar 13.319,5 GWh por ano. Há também uma pequena central hidrelétrica em construção, com previsão de conclusão no primeiro trimestre de 2024: a usina Cherobim fica no Rio Iguaçu, no estado do Paraná, e terá a capacidade instalada de 28 MW.

A matriz elétrica da CPFL é composta por 8 usinas hidrelétricas (44,83%), 49 parques eólicos (31,72%), 6 centrais geradoras hidrelétricas (CGHs), 46 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) – que juntas representam 10,83% da geração, 8 usinas movidas a biomassa (8,43%), uma usina solar fotovoltaica (0,04%) e duas termelétricas (4,15%).

Além da forte presença de energia renovável, nosso portfólio de geração tem baixa exposição ao risco hidrológico, também conhecido pela sigla GSF (Generation Scalling Factor). Todos os projetos de hidrelétricas têm contrato de hedge, caso a geração hidráulica seja menor que as garantias físicas em decorrência da falta de chuvas.

Olhando para o futuro, o nosso Plano ESG 2030 traz novas diretrizes e estratégias para que possamos fornecer energia sustentável, acessível e confiável, tornando a vida das pessoas mais segura, saudável e próspera nas regiões onde operamos. Nosso objetivo é impulsionar a transição de forma sustentável, segura e inteligente para produzir e consumir energia, maximizando os nossos impactos positivos na sociedade.

Um dos nossos compromissos é que até 2030, 100% do nosso portfólio de geração de energia seja renovável. No segmento, este já é nosso foco exclusivo de investimentos desde 2010, e seguimos avançando rumo à economia de baixo carbono.

Complexo Pacaembu terá soluções de energia de ponta

Uma das principais arenas esportivas do país, o Estádio do Pacaembu, passará por um processo inovador de restauração e modernização. A concessionária Allegra Pacaembu, que assumiu a gestão do complexo esportivo por 35 anos. Além do estádio, o novo Pacaembu terá centro de eventos, arena de jogos, restaurantes, mercado gastronômico, hotel, centro de reabilitação esportiva, galeria de arte, hub de inovação, centro de eventos, boulevard, ginásio esportivo, piscina olímpica e centro de tênis. As obras começaram em junho de 2021 e devem ir até o final de 2023. 

Para levar a energia que vai fazer tudo isso funcionar com eficiência, a CPFL Soluções firmou uma parceria com a Allegra Pacaembu para instalar um novo sistema elétrico e garantir segurança energética ao complexo multiesportivo. Com investimento de aproximadamente de R$ 70 milhões, o projeto terá tecnologias aplicadas para a redução do consumo, geração própria e equipamentos preventivos para os casos de interrupção do fornecimento de energia e/ou picos de consumo.

As soluções vão desde revitalização elétrica, passando por melhorias da infraestrutura elétrica, construção de usinas, implantação de geradores, baterias até carregadores para veículos elétricos. “Somos a única empresa do País capaz de fornecer as soluções em energia que o Pacaembu espera há anos. O Complexo já nasce novo e moderno”, diz Flávio Souza, diretor comercial da CPFL Soluções.

O projeto prevê a instalação de duas usinas fotovoltaicas e uma usina de mini cogeração a gás natural, que juntas serão capazes de gerar 1.670 MWh no ano. Energia essa proveniente de fontes limpas e que vai evitar a emissão de 210 ton.CO2/ano.

Para garantir o fornecimento em caso de falha na rede elétrica serão instalados quatro geradores e dois bancos de baterias. Esses equipamentos também vão suportar picos de consumo e evitar oscilações.

O projeto da CPFL Soluções prevê ainda um sistema de monitoramento inteligente com alarmes remotos, painéis de visualização, ar-condicionado central de alta eficiência e dez carregadores para veículos elétricos.

Veja a lista dos soluções que serão implementadas no Complexo Pacaembu:

– Duas usinas solares fotovoltaicas, de 250kWp no total, para gerar aproximadamente 270 MWh/ano.
– Uma usina de cogeração, que irá aquecer a piscina olímpica e fornecer água quente ao EDM, gerando ainda 1.400 MWh por ano.
_ Dois bancos de baterias com um total de 1.000 MVA para evitar oscilações de energia e prover em caso de emergência.
– Central de climatização de 1.850 TR, sendo como um ar-condicionado central para o todo o complexo.
– Quatro geradores de emergência com potência total de 4,7 MVA, para gerar a própria energia em caso de falta da rede externa.
– 47 painéis de média tensão, com 19 transformadores, para receber energia da rede e distribuir para todo complexo.
– Sistema de Monitoramento Inteligente de todas as soluções acima, com alarmes remotos e painéis de visualização
– Dez carregadores de veículos elétricos

Apostamos cada vez mais em soluções integradas e alinhadas em minimizar os impactos no meio ambiente, construindo um mundo mais responsável e mantendo a competitividade no mercado.

Entenda a importância da Gestão de Energia para o seu negócio

Quem já está no Mercado Livre de Energia, sabe que o papel de uma gestora é garantir a operacionalização dos seus contratos de energia na CCEE, mas além disso, ela é responsável por auxiliar a sua empresa a fazer uma contratação de energia eficiente, com segurança e visando redução de custos. Entretanto, esses não são os únicos meios que podem garantir redução, previsibilidade de custos e cumprimento integral das obrigações regulatórias para o seu negócio.

Uma gestora eficiente deve sempre acompanhar os movimentos regulatórios visando não só o cumprimento das obrigações de seus clientes, mas também aproveitar essas mudanças para otimizar os resultados, com operações de SWAP, por exemplo. Além disso, ela pode auxiliar a sua empresa a se tornar sustentável, atráves de selos de sustentabilidade já disponiveis no mercado.

Ela ainda, pode lhe oferecer sistemas para acompanhamento da sua energia em tempo real, evitando consumo reativo e ultrapassagens de demanda, proporcionando também o controle de peças produzidas por minuto. São muitas opções que podem otimizar o seu negócio, contudo, só uma gestora que se mantem atualizada com as tendências de mercado e que possui um vasto conhecimento em energia poderá lhe oferecer soluções diferenciadas.

A CPFL Soluções possui mais de 20 anos de mercado e pertence ao maior grupo de energia do mundo, a State Grid, com negócios em comercialização, distribuição, geração de energia e eficiência energética, isso garante uma visão 360 graus do mercado, e por isso nos tornamos especialistas no assunto.

Contamos com profissionais qualificados que analisarão todas as particularidades da sua empresa, e assim poderão sugerir as melhores opções em energia, eficiência energética e soluções em sustentabilidade.

Com toda a volatilidade dos mercados nacionais e mundiais é fato que independente do tamanho do seu negócio, se faz cada vez mais imprescindível o entendimento a respeito das possibilidades de maximização de custos e aumento de previsibilidade dos insumos energéticos. A atenção as adequações regulatórias podem gerar oportunidades e são fundamentais, a nossa gestão tem todo o know-how necessário para fazer isso por você.

Cuide do seu negócio que nós cuidamos da sua energia!

Escrito por:
Nayara Naves
Coordenadora da área de Gestão de Energia da CPFL Soluções

Impactos dos Riscos Climáticos no Setor de Energia, entenda!

Durante o ano de 2022 ocorreram diversos eventos climáticos extremos que causaram grandes impactos não só a população em geral, mas também a diversos setores, como o de energia elétrica, por exemplo. A maior ocorrência destes eventos climáticos extremos é evidenciado pelos relatórios do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) como uma das causas do aquecimento global e das mudanças climáticas.

Como alguns destes eventos, pode-se citar os altos acumulados de chuva em Petrópolis (RJ), Angra dos Reis (RJ), região metropolitana de Recife (PE), entre diversos outros. Em que, todos os eventos citados causaram o aumento das ocorrências de desligamento de energia e exigiram uma ação rápida por parte das distribuidoras de energia de cada localidade. Ou seja, é evidente que os riscos climáticos precisam ser considerados no dia a dia das empresas, de forma que as mesmas possam realizar ações e investimentos para se tornarem mais resilientes frente a tais riscos.

Quando se fala de riscos climáticos, especialmente relacionados às mudanças climáticas, pode-se dividir em riscos físicos ou de transição. Os riscos de transição estão relacionados aos riscos financeiros e de reputação relacionados à mudança da sociedade para uma economia mais sustentável e de baixo carbono, enquanto os riscos físicos podem ser classificados como riscos crônicos e agudos, onde são relacionados a mudanças nos padrões climáticos e aos eventos extremos, respectivamente. Portanto, é importante que as empresas tenham mapeado quais são os principais riscos que afetam as suas operações.

Uma vez mapeada a exposição do negócio aos riscos climáticos, pode-se começar a incluir em suas operações algumas ações para mapear a sensibilidade dos ativos com relação a tais riscos, ou seja, a que determinado limiar de chuva ou temperatura, por exemplo, os ativos começam a sofrer mais impacto? A partir disso, pode-se também avaliar a capacidade de adaptação da rede e possíveis novas tecnologias que podem ser utilizadas com foco na resiliência dos ativos.

A identificação e quantificação dos riscos desta maneira não se restringe apenas a investimentos estruturais, mas também para logística das equipes e da operação e manutenção da empresa. Em posse de uma inteligência de riscos climáticos adequada, a alocação de equipes se torna mais eficiente, o que permite uma resposta mais rápida a períodos de contingência e consequentemente uma melhora nos indicadores de duração e frequência das interrupções de energia.

Meteorologia e o setor de Comercialização

A energia que chega na casa das pessoas passa por diversos processos, dentre eles: geração, transmissão e distribuição. Entretanto, além dos processos físicos e de transporte, essa energia é comercializada através do chamado: Mercado de Comercialização de Energia.

O mercado de comercialização é o ambiente de compra e venda de energia, dividido em duas subcategorias: o Ambiente de Contratação Regulada (ACR) – operam as geradoras e distribuidoras, onde a compra e a venda de energia funciona por meio de leilões – e o Ambiente de Contratação Livre (ACL) – em que também atuam as comercializadoras, os consumidores livres e os importadores e exportadores de energia, com negociações diretas entre os participantes.

Dentro deste mercado existem os geradores, que buscam maximizar o preço de venda e o volume vendido; os consumidores, que buscam minimizar o preço de compra e a segurança no atendimento; e as comercializadoras, que compram e vendem energia de consumidores livres, atuando de maneira a reduzir os custos de transação, proporcionando um balanço entre geradores e consumidores.

As empresas de comercialização de energia assumem o risco de crédito do consumidor e o risco de performance do produto, oferecendo liquidez ao mercado e viabilizando a competição. Portanto, as comercializadoras são empresas que atuam como mediadoras entre o produtor de energia e o consumidor final.

E como a meteorologia colabora neste mercado? As condições meteorológicas, hidrológicas e o nível dos reservatórios são as variáveis que mais influenciam no comportamento do PLD (Preço da Liquidação das Diferenças). Por exemplo, os volumes de chuva impactam nas vazões das bacias que influenciam na geração de energia a partir das usinas hidrelétricas e, consequentemente, nos níveis dos reservatórios. Para a formação dos preços de energia, as previsões meteorológicas são determinantes para as simulações dos modelos que calculam os preços para todos os horizontes de tempo (curto, médio e longo prazos).

Dito isto, o ano de 2021 foi marcado por uma das maiores crises hídricas que o Brasil já enfrentou neste século. O período chuvoso de 2020/2021 teve pouca chuva nas bacias dos principais reservatórios de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN), que somado há anos seguidos com chuvas inferiores à média histórica provocam uma situação crítica em que chegamos em 2021. Os valores comercializados de energia oscilaram muito ao longo de todo o outono e inverno, atingindo valores que chegaram ao teto por conta dos reservatórios baixos, da falta de chuva no horizonte e das usinas termelétricas acionadas, gerando uma energia mais cara.

Esse padrão só foi alterado a partir do início da primavera, em outubro de 2021, quando grandes volumes de chuva retornaram para as principais bacias hidrográficas, gerando energia hidráulica de forma barata e fazendo com que o preço da energia comercializada caísse para valores próximos ao piso. Após o outubro chuvoso, toda a primavera e verão que se seguiram acumularam volumes de chuva bem superiores à média histórica, recuperando os níveis dos reservatórios de energia e garantindo uma robustez do sistema.

Já para os próximos meses de 2022, as águas superficiais no Pacífico Equatorial estão mais frias em relação à média histórica, caracterizando uma condição de La Niña. Esse fenômeno favorece a ocorrência de chuvas sobre as regiões Norte e Nordeste do Brasil. Por outro lado, há uma tendência de redução das chuvas para a Região Sul. Dessa forma, a previsão é de um subsistema Sul com chuvas abaixo da média para o próximo trimestre (outubro, novembro e dezembro). Por outro lado, a partir do mês de outubro, as chuvas retornam para as bacias dos subsistemas Centro-Oeste/Sudeste e Nordeste, com a formação de corredores de umidade provenientes da Amazônia em direção à região Sudeste, que são conhecidos como Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS).

A previsão é de grandes acumulados de chuva para o próximo trimestre sobre os submercados Centro-Oeste/Sudeste e Nordeste o que impactará em um aumento das afluências e na manutenção de preços baixos. 

Entenda o que é energia reativa excedente

A distribuição de energia acontece com o funcionamento de dois componentes que se complementam: a energia reativa e a energia ativa. Ambas sempre vão existir, mas é necessário que haja um equilíbrio entre elas, a fim de se evitar perdas .

A energia  ativa, medida em KWh, é aquela que realmente executa o trabalho, ou seja, no caso dos motores é a energia responsável pelo movimento de rotação. A energia reativa, medida em kVArh, é a componente da energia elétrica que não realiza trabalho, mas é consumida pelos equipamentos com a finalidade de formar os campos eletromagnéticos necessários para o funcionamento.

– Para se aumentar a quantidade de líquido (kW), para o mesmo copo de chopp, deve-se reduzir a quantidade de espuma (kVArh). Assim acontecendo, melhora-se a utilização do copo (sistema elétrico);
– Nessa analogia, o aumento da quantidade de líquido, para o mesmo copo de chopp (transformador, condutores, etc), está associado à entrada de novas cargas elétricas, sem necessidade de alteração da capacidade desse copo.

Para entendermos o que é energia excedente, antes precisamos conhecer o que é fator de potência (FP). É um índice que relaciona a energia ativa e reativa de uma instalação elétrica, sendo um dos principais indicadores de eficiência energética.

O fator de potência pode variar entre 0 e 1, mas o ideal é 1. Quanto mais baixo for esse número, menor a eficiência e rendimento do equipamento, e você pode ser cobrado se o FP ficar abaixo de 0,92.

O fator de potência próximo de 1 indica pouco consumo de energia reativa em relação à energia ativa. Uma vez que a energia ativa é aquela que efetivamente executa as tarefas. Quanto mais próximo da unidade for o fator de potência, maior é a eficiência da instalação elétrica.

Os montantes de energia elétrica e demanda de potência reativas que deixarem o limite do fator de potência inferior a 0,92, serão adicionados ao faturamento regular com a nomenclatura de energia reativa excedente.

Como lidar com a energia reativa excedente para evitar gastos desnecessários para sua empresa?

As providências básicas para evitar o desperdício de dinheiro e de energia e também riscos eventuais decorrentes do baixo fator de potência podem ser as seguintes:

– Dimensionar corretamente motores e equipamentos;
– Utilizar e operar convenientemente os equipamentos;
– Elevar o consumo de energia ativa (kWh) se for conveniente à unidade consumidora;
– Instalar banco de capacitores onde for necessário;
– Corrigir o baixo fator de potência por meio da utilização do serviço de técnicos habilitados.

Para identificação de energia reativa excedente com rapidez, a CPFL Soluções possui o serviço de telemetria, que disponibiliza informações em tempo real de consumo, demanda e fator de potência. Esse equipamento envia alertas para as pessoas cadastradas no sistema quando os níveis estipulados forem ultrapassados, dando agilidade no processo de correção. Vale ressaltar que o sistema tem caráter informativo e não corretivo.

Para a correção do fator de potência, podemos adotar algumas ações sendo a instalação do banco de capacitores a mais comum e eficiente, bem como instalação de soft starter e inversores de frequência. 

Consulte um dos nossos especialistas para saber mais sobre como evitar energia reativa excedente.

Qual a relação entre mudanças climáticas e transição energética?

Conceitualmente, transição energética a nível mundial trata-se de uma mudança estrutural nas matrizes energéticas dos países, em que o modelo baseado em combustíveis fósseis (carvão mineral, gás natural e petróleo) gradualmente caminha para uma matriz focada na geração a partir de fontes mais limpas e renováveis, tais como: eólica, fotovoltaica, biomassa e outros. No caso do Brasil, o forte crescimento da energia eólica e solar está muito relacionado também a uma maior diversificação da matriz energética, diminuindo a dependência das hidrelétricas – que hoje representam mais de 60% da energia gerada.

Dentre os fatores impulsionadores para o atual cenário de transição energética global, destacam-se as mudanças climáticas. Isto porque, as mudanças climáticas são respostas ao constante aumento de Gases de Efeito Estufa (GEE) na atmosfera, e o setor de energia é um dos responsáveis por essa elevada emissão em escala global devido a queima de combustíveis fósseis.

Dito isto, a principal consequência imediata é o aumento da temperatura média do planeta, que por sua vez, a médio-longo prazo, tende a alterar toda dinâmica da atmosfera ocasionando:

– Eventos extremos mais frequentes, exemplo: furacões;
– Períodos de seca mais extremos podendo alterar irreversivelmente o clima local (desertificação);
– Maior ocorrência de tempestades severas causadoras de alagamentos, inundações e enchentes;
– Derretimento das calotas polares;
– Aumento do nível do mar;
– Alteração das características climáticas do globo;

Visto o grande impacto das mudanças climáticas e a colaboração do setor, o mesmo, assumiu o desafio de diminuir sua participação no aumento dos GEE através da transição energética utilizando matrizes renováveis que, de acordo com a International Renewable Energy Agency (IRENA), espera-se um aumento da participação das energias renováveis na demanda energética global de 17% até 2030 e 25% até 2050.

Assim, essa temática tem promovido o acelerado aumento no desenvolvimento de novas tecnologias sustentáveis (descarbonização, hidrogênio verde, armazenamento de energia, etc), e consequentemente, vem ganhando muito destaque, como por exemplo na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP27), que ocorrerá em novembro deste ano no Egito, em que os temas de transição energética, energias renováveis e novas tecnologias associadas foram levantados como um dos principais focos de discussão.

O que esperar para a geração eólica nacional?

A diversidade na matriz energética de um país é um fator fundamental para a garantia da segurança energética, assegurando a disponibilidade de energia contínua, em quantidade suficiente e a preços acessíveis.

Desta forma, ao diversificar a matriz, são evitados episódios de crise energética, como o ocorrido no Brasil em 2001, por exemplo, período em que as hidrelétricas eram responsáveis por praticamente toda a geração de energia nacional, entretanto os reservatórios encontravam-se com níveis reduzidos.

Episódios como o destacado acima, junto ao incentivo às fontes alternativas de energia ajudaram a iniciar a história da geração eólica no Brasil, em que no ano de 2001, a capacidade eólica instalada representava somente 0,1% de toda energia gerada no país e, atualmente já encontra-se próxima aos 10%, com perspectiva de chegar a 14,7% segundo estimativa do ONS.

Destes 10%, a grande maioria e as principais instalações eólicas se concentram na região Nordeste, devido aos ventos regulares e intensos na região tropical, o que possibilita uma boa geração de energia eólica durante a maior parte do ano. Do ponto de vista meteorológico, o período com maior intensidade dos ventos está associado ao período com menores volumes de chuva na região, o que compreende os meses de julho a novembro, com pico entre agosto e setembro. Nessa época, os ventos tendem a se intensificar, possibilitando recordes de geração eólica.

Além da sazonalidade (época do ano), alguns fatores meteorológicos externos são determinantes no regime de ventos e de chuva de uma região, como a temperatura do oceano Atlântico e fenômenos de teleconexão, como por exemplo o El Niño e La Niña.

Durante o mês de julho de 2022, a temperatura da superfície do mar no litoral da região Nordeste esteve mais aquecida em relação à média histórica, o que favoreceu a formação de nebulosidade e precipitação nas áreas litorâneas e enfraqueceu o vento na região. Por outro lado, no interior da Região Nordeste os ventos se intensificaram ao longo das últimas semanas, fator que acarretou uma geração acima da média para a época do ano e bateu recordes de geração instantânea ainda na segunda semana do mês.

A previsão para os meses de agosto, setembro e outubro, aponta para uma tendência de ventos mais intensos para o Nordeste do país, favorecendo o aumento da geração de energia eólica na região. Apesar do aumento da velocidade do vento, essa intensificação irá ocorrer em uma proporção menor do que é esperado para esta época do ano.

Desta maneira, é importante levar em consideração o impacto das condições de tempo e clima para o planejamento da geração de energia eólica, e fazer uso das principais tecnologias com meteorologistas especializados à disposição.

Mercado Livre e Eficiência energética para setor supermercadista

O setor de varejo foi bastante afetado com a pandemia devido às medidas de restrições de circulação. Estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostrou que o segmento perdeu 75,2 mil pontos de venda em 2020. Passado o período mais crítico da pandemia, muitos lojistas tentam retomar a sua competitividade, de preferência com soluções que tornem suas operações mais eficientes.

O setor supermercadista tem aproveitado as oportunidades de economia e da geração distribuída, para migrar suas lojas para o mercado livre, não só pelo viés econômico como também pelo viés da sustentabilidade. Afinal, além de previsibilidade de custo, o mercado livre permite que essas empresas adquiram energia limpa e renovável – uma forma de colocar o ESG na prática.

Para migrar para o mercado livre, a unidade precisa ter uma carga mínima de 500 kW. Para atingir essa carga é possível reunir as cargas de mais de uma loja. O principal benefício é poder negociar preços e condições de contrato que resultem em um ganho econômico na conta de energia.

Um estudo inédito realizado pela Câmara de Comercialização de Energia (CCEE) apontou que os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul concentram o maior número de empresas que já poderiam fazer parte do mercado livre. São 17,5 mil empresas paulistas, 10,3 mil mineiras e 5 mil gaúchas

Segundo a CCEE, “os consumidores identificados são empresas de grande e médio porte, como indústrias, shoppings ou redes de supermercados que, sozinhos ou em comunhão, alcançam carga acima de 500 kW, a demanda mínima exigida atualmente para operar no segmento.”

O setor supermercadista também está aproveitando os vastos telhados das lojas para instalar placas fotovoltaicas. A geração solar e o consumo no mesmo ponto traz mais eficiência para as unidades e ainda reduz parte da demanda que o cliente precisará comprar no mercado livre. O cliente ainda tem a opção de acumular créditos de energia, que podem ser compensados nas tarifas futuras em até 60 meses.

Os supermercados também estão investindo em eficiência energética, instalando sistemas de monitoramento de temperatura das ilhas refrigeradas para garantir os níveis recomendados pela vigilância sanitária, o que evita desperdício de alimentos.

Em resumo, o varejista encontra no mercado livre de energia possibilidades para obter uma gestão mais eficiente dos custos de eletricidade. Tem liberdade para escolher livremente os fornecedores de energia elétrica e negociar volume, preço, prazo e indexação nos seus contratos de compra de energia.

Com o valor economizado, elas conseguem recursos para investir no core business, seja na compra de mercadorias, na contratação de funcionários, atendimento a clientes, reforma e abertura de lojas.

GTD: o caminho da energia verde

As vezes a rotina diária nos leva a normalizar alguns serviços e, por isso, não paramos para refletir sobre o como eles funcionam. Esse é o caso da nossa energia elétrica,  que percorre um longo caminho (geração, transmissão e distribuição – GTD) antes de chegar a nossa casa ou empresa. 

A energia elétrica percorre três etapas: produção, transporte e distribuição. Em todas elas, é possível adotar práticas que garantem uma operação mais sustentável, inclusive do ponto de vista financeiro. A CPFL Energia, corporação verticalizada com mais de 110 anos atuando em infraestrutura elétrica no Brasil, participa de todas as fases, conferindo maior segurança e eficiência.

O caminho da energia verde começa na escolha do tipo de fornecimento. Com o mercado livre, os consumidores com mais de 500 kV de demanda podem tomar decisões mais adequadas às necessidades de acordo com o perfil de consumo. No futuro, todos os consumidores de baixa tensão também terão esse poder de escolha. 

Uma decisão sustentável é comprar energia de usinas hidrelétricas, eólicas, solar fotovoltaica e térmicas a biomassa. A CPFL é o terceiro maior gerador de energia elétrica e está entre os líderes em energia renovável. Através da nossa comercializadora, fornecemos opções customizadas para todos os perfis de consumo, incluindo autoprodução.

A energia verde, porém, não é apenas aquela proveniente de tecnologias renováveis, mas aquela que confere eficiência e segurança desde a geração até o consumo. Dessa forma, não basta comprar energia limpa: é preciso cuidar dos ativos para que não haja desperdícios ou falhas no fornecimento. Com mais de 30 anos de experiência no setor elétrico, Eduardo Soares, diretor-presidente da CPFL Serviços, dá dicas para garantir o máximo de eficiência operacional. “Não olhe para manutenção como um custo, ela é uma parte importante, dá segurança ao processo produtivo e vida mais longa aos ativos”.

De acordo Cyro Vicente Boccuzzi, sócio-diretor da ECOEE, a utilização de sensores e inteligência artificial ajudam a prevenir problemas que são imperceptíveis ao olhar humano. “Atue com prevenção e segurança, pois a ocorrência mais cara é a corretiva, normalmente é a que estraga mais o equipamento.” 

Em todas as fases, é importante contar com equipes especializadas e times treinados para operar essas tecnologias. “Cada vez mais a gestão dos ativos de energia elétrica vão demandar conhecimento especializado. Não dá pra deixar um sistema digital na mão do eletricista de antigamente”, alertou Boccuzi, que participou como convidado do podcast C-Liga, cujo tema foi “como garantir a segurança energética nas empresas”. 

Soares também destaca o papel do planejamento, seja para garantir a correta manutenção dos ativos, seja para preparar o negócio para o crescimento. “Durante o período mais crítico da pandemia, algumas manutenções foram colocadas de lado. Hoje a economia tem uma boa oportunidade de retomada. Por isso, chequem seus equipamentos, veja se sua  infraestrutura energética está em condições de atender os pedidos que estão chegando.”

Você sabe como o storage de energia te ajuda a ser mais verde?

O Storage é uma forma de armazenamento de energia que abre portas para a diversificação da matriz energética, e consequentemente, nos possibilita cumprir com os compromissos firmados na COP-26

Existem diversas formas de guardar energia. No Brasil, 60% da nossa capacidade de geração é proveniente de hidrelétricas. Algumas dessas usinas possuem reservatórios que operam como grandes sistemas de armazenamento de energia renovável, acumulando água no período chuvoso (nov/abril) para gerar eletricidade no período seco (maio/out).

Enquanto consumidores, podemos constatar a evolução das tecnologias de armazenamento por baterias em nosso smartphones e notebooks. Afinal, hoje nossos celulares e computadores portáteis conseguem operar por mais tempo entre uma carga e outra. O conceito de energy storage é tão simples quanto os exemplos acima. No entanto, as diferenças estão na escala dos projetos e nas aplicações. 

A demanda por sistema de armazenamento surge à medida que precisamos aproveitar ao máximo os recursos energéticos, principalmente quando se trata das novas renováveis, como eólica e solar. Como podemos ver, com as tecnologias de armazenamento será possível estocar vento e sol, aumentar a eficiência da operação da rede e melhorar o aproveitamento dos recursos naturais.

Atualmente, a bateria de íon-lítio é a tecnologia mais promissora para armazenamento em larga, representando 93% dos 5 GW adicionados no mundo em 2020, de acordo com o último relatório (nov/2021) divulgado pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). 

No Brasil, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) lançou em 2017 P&D Estratégico nº 21/2016 – Arranjos Técnicos e Comerciais para a Inserção de Sistemas de Armazenamento de Energia no Setor Elétrico Brasileiro, cujo resultados deverão ser apresentados ainda este ano. 

Storage na prática: 

A CPFL Energia está tocando três projetos de pesquisa em armazenamento, com investimento total de R$ 66 milhões, dos quais R$ 27 milhões foram feitos pela própria companhia e o restante é proveniente de recursos do Programa de P&D da ANEEL. As iniciativas têm como objetivo avaliar os impactos da utilização de baterias no sistema elétrico, da geração até o cliente final.

Foram instalados sistemas de energy storage em cinco unidades da Rede Graal, dois em condomínios residências, em uma subestação de energia e em uma usina do Complexo Eólico Campos dos Ventos, no Rio Grande do Norte, da CPFL Renováveis. A potência dos sistemas varia entre 100 kW a 1 MW. 

O alto custo ainda é um grande desafio para o storage, porém a evolução tecnológica tem proporcionado uma importante redução de custos nos últimos 9 anos. 

Usinas Híbridas devem gerar redução no preço da energia, por otimizar geração energética

Usinas híbridas são geradoras que combinam energia de diferentes fontes renováveis, e já existem há alguns anos no Brasil, porém voltaram ao centro dos debates pelo papel desempenhado no combate aos efeitos da crise hídrica de 2021 e também pelo alinhamento com o conceito de ESG.

A sigla que, em inglês significa “environmental, social, governance“, refere-se ao conjunto de práticas ambientais, sociais e de governança adotadas pelas empresas e cada vez mais exigidas por consumidores, acionistas e investidores.

Mas, em que momento as Usinas Híbridas se encontram com o ESG?

Na verdade, essa relação é bem próxima. Afinal, as usinas híbridas permitem ganhos em competitividade na produção de energia de fontes limpas e renováveis como a eólica e a solar, uma vez que ambas são complementares e para cada megawatt (MW) instalado de energia eólica é possível alocar até 35% de capacidade solar, conforme o cálculo de analistas especializados. A utilização mais recorrente dessas usinas representa, portanto, uma ótima notícia no aspecto ambiental.

Em relação à governança, também há vantagens bem claras, uma vez que ajudam a solucionar situações que demandam respostas rápidas. À exemplo disso, é possível citar a crise hídrica enfrentada pelo Brasil em 2021, em que as usinas garantiram produção energética em grande parte do cenário.

Por fim, o benefício social: além do maior acesso a um recurso fundamental que é a energia elétrica, as usinas híbridas aparecem também na geração de empregos nas regiões em que são instaladas, além da redução do preço da energia repassado aos consumidores, uma vez que este tipo de geração otimiza a eficiência energética.

Nas últimas semanas de 2021, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) regulamentou o funcionamento das usinas híbridas “A regulamentação constitui uma alternativa para o uso eficiente dos recursos disponíveis. A inserção desses empreendimentos no sistema elétrico pode reduzir custos e postergar novos investimentos em expansão, especialmente nos pontos de conexão com a Rede Básica”, declarou Elisa Bastos, Diretora da ANEEL.

Quer saber mais sobre medidas relacionadas ao ESG?
Seguem nossas sugestões abaixo:

Venha saber como funciona o setor elétrico no Brasil

O setor elétrico pode ser referido como algo complexo, mas por estar presente diretamente no nosso cotidiano, precisamos entender como funciona ao menos de forma geral. Essa informação será útil ao realizar o planejamento energético da sua empresa, assim como para entender quais serviços serão imprescindíveis para alcançar a eficiência energética necessária para o seu sucesso,

Basicamente, a energia passa por três etapas: a geração, transmissão e distribuição. A matriz de geração energética brasileira é, em sua maioria, de fonte hidrelétrica, mas também pode ocorrer por meio de outras fontes, a exemplo da solar, eólica e térmica.

Das usinas até as distribuidoras, a energia é levada pelas malhas de transmissão que se espalham por todo o país e formam o Sistema Interligado Nacional (SIN). É esse conjunto de equipamentos e instalações o responsável por suprir todas as regiões com energia elétrica, garantindo também a estabilidade da rede.

A última etapa é a distribuição. Até chegar nas empresas de distribuição, a energia percorre todo o caminho em alta tensão. Tudo para evitar perdas e permitir a chegada aos centros urbanos. Cabe às distribuidoras, em suas subestações, rebaixar a tensão da energia elétrica conforme o nível indicado para cada cliente: nas residências e pequenos estabelecimentos comerciais a tensão é baixa, enquanto as empresas/indústrias de porte médio e grande recebem a energia em média tensão. A transmissão aos clientes finais é feita por fios condutores, transformadores, postes de energia e redes subterrâneas. 

Toda essa jornada, resumida nos parágrafos anteriores, envolve uma estrutura complexa e passa pelo trabalho de milhares de profissionais com diversas especializações. Para entender mais sobre o fascinante cenário do setor elétrico brasileiro, convidamos você a ouvir o primeiro episódio do nosso Podcast “C LIGA” – O SEU PODCAST SOBRE ENERGIA NA POTÊNCIA MÁXIMA”.

Sempre com convidados especiais, essa iniciativa da CPFL Soluções, promete tratar dos principais assuntos relacionados ao setor de energia, tirar dúvidas, abordar questões técnicas e curiosidades, quinzenalmente com convidados especializados no setor, a fim de aproximar a teoria com a prática da sua empresa.

Neste episódio recebemos a participação de Newton Duarte, Engenheiro eletricista, ganhador do prêmio 100 Mais Influentes da Energia da Década, promovido pelo Grupo Mídia – junho/2021), com mais de 40 anos de experiência no setor elétrico, passando por diversos setores nas empresas Siemens e General Electric.

Para completar este time de especialistas, contamos com a participação de Jairo Eduardo de Barros Alvares, Gerente de Regulação da CPFL Soluções. Você não vai querer ficar de fora desta conversa repleta de informações importantes. C Liga nessa novidade!

Especialistas do Setor alertam para a amplitude da crise energética

Veículos de comunicação reportam que a demora no atual governo em reconhecer a magnitude da crise pode elevar riscos de apagões

A atual crise energética pela qual o Brasil enfrenta segue sendo manchete nos principais jornais e mídias especializadas. A grande crítica de especialistas ao Governo reside na falta de incentivos à redução do consumo. Isso pois, as ações federais em curso até o momento se concentram em esforços para tentar garantir a oferta, com a expansão de geradores fornecedores de energia existente, com foco em ampliar a oferta disponível.

Contudo, a contratação emergencial de termelétricas pode reduzir a pressão por ora, mas não proporciona uma recomposição de reservatórios para 2022, se o período seco reiterar. Além disso, o custo de tais medidas emergenciais será repassado ao consumidor. O Operador Nacional do Sistema já vê risco de esgotamento ainda em 2021.

Em paralelo, o MME se posicionou em nota afirmando que tem feito campanha pelo uso consciente da água e que não há qualquer indicativo de corte de carga.

Com as medidas de expansão da oferta, o governo tem a expectativa de ampliar a capacidade de geração atual em 8% e da malha de transmissão em 10%. O maior problema, porém, tem sido a expectativa de crescimento de consumo pautado no avanço da retomada econômica, além do fenômeno natural La Niña, que afeta drasticamente chuvas no Centro-Sul e no Nordeste e reduz a geração eólica.

Ademais, outras medidas esperadas para serem já implementadas no início de agosto, para auxílio no enfrentamento da crise, avançam de forma tímida. A remodelagem do Programa de Resposta da Demanda, conforme prometido aos grandes consumidores que voluntariamente reduzissem o consumo nos horários de pico, entrou em Consulta Pública divulgada pelo MME na última segunda feira (02/08), e ficará disponível para contribuições até dia 09/08.

Entenda o que é Energia de Reserva

A Energia de Reserva foi criada pela Lei nº 10.848/2004 e regulamentada pelo Decreto nº 6.353/2008 e pela Resolução Normativa ANEEL nº 337/2008 e se destina a aumentar a segurança no fornecimento de energia elétrica ao Sistema Interligado Nacional -SIN.

Essa energia é produzida por usinas especialmente contratadas para esse fim e a sua contratação se dá mediante os Leilões de Energia de Reserva -LER promovidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica -ANEEL, direta ou indiretamente, conforme diretrizes do Ministério de Minas e Energia -MME.

Esses contratos são formalizados mediante a celebração do Contrato de Energia de Reserva -CER entre os agentes vendedores nos leilões e a CCEE, que é a contratante e gestora da Conta de Energia de Reserva –CONER, além de representante dos agentes de consumo, usuários de energia: distribuidoras; consumidores livres e especiais; autoprodutor na parcela da energia adquirida; produtor de geração com perfil de consumo; ou agente de exportação.

O valor da energia de Reserva é assegurado no Preço da Liquidação das Diferenças –PLD. Em situações em que o PLD está baixo e omontante arrecadado não é o suficiente para cobrir todas as despesas de operação e manter o equilíbrio da CONER, a dinâmica de contratação sofre a cobrança do Encargo de Energia de Reserva –EER, pago por todos os consumidores integrantes do SIN.

O cálculo do montante de encargo de energia de reserva a ser aportado por cada agente é feito pela CCEE, com base no histórico de consumo dos últimos 12 meses de cada agente, ou seja, quanto maior o consumo maior é a parcela de EER.

A Energia de Reserva e sua importância para o setor elétrico

Além de garantir o fornecimento de energia para todo o SIN, a Energia de Reserva, proporciona um mercado com maior diversidade nas fontes, com a possibilidade de construção de usinas renováveis advindas da energia solar, eólica e biomassa, que complementam a geração das usinas hidrelétricas.

Nesse contexto, o risco do sistema sofrer um déficit de fornecimento caso haja escassez de água, é mitigado pela Energia de Reserva.

O que é tarifa de energia e como ela é calculada na conta de luz?

Com o intuito de esclarecer como é feito o cálculo da tarifa de energia elétrica, do que ela é composta e quem regula o valor da tarifa, preparamos este artigo. Continue lendo e saiba muito mais sobre o assunto!

O que é tarifa de energia elétrica?

A tarifa de energia corresponde ao valor necessário para cobrir as operações técnicas e investimentos realizados pelos agentes da cadeia produtiva do setor de energia elétrica, além da estrutura necessária para viabilização da produção e entrega para o consumidor final.

Dessa forma, a tarifa representa a soma dos componentes referentes a geração, transmissão e distribuição de energia. Ao final da conta, são acrescidos encargos e impostos para a viabilização de políticas públicas.

O que compõe essa tarifa?

A Tarifa de energia é composta por custos de aquisição de energia, custos relativos ao sistema de transmissão, distribuição, perdas elétricas e encargos/ impostos. Os encargos setoriais e os impostos não são criados pela ANEEL, mas sim instituídos por leis. Eles podem incidir sobre o custo da distribuição ou ficarem embutidos nos custos de geração e de transmissão.

Já os impostos, os Governos Federal, Estadual e Municipal cobram na conta de luz o Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) a nível federal, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) a nível estadual e a Contribuição para Iluminação Pública (COSIP) a nível municipal.

Como é calculado o valor da tarifa de energia elétrica na conta de luz?

O consumo mensal é calculado pela diferença entre leitura do mês atual e a leitura do mês anterior, usando o KWh como base de medida.

Dessa forma, o valor do consumo é calculado com base no registro do medidor de energia elétrica (relógio), durante o período de leitura da concessionária da cidade em que a unidade consumidora está localizada, que pode variar de 27 a 33 dias.

Por exemplo, se a sua empresa consumir 1000kWh, esse valor deve ser multiplicado pelo valor da tarifa de energia por kWh, estabelecida pela ANEEL para a sua Distribuidora local, com base na sua classe de consumo.

Em um exemplo prático, se o seu consumo medido no mês for de 1000 kWh e a tarifa da sua Distribuidora local para a sua classe de consumo for de R$/kWh 0,621, logo 1000 kWh x R$kWh 0,621= R$ 621, este será o valor da sua conta de energia no mês.

Por fim, é necessário ficar atento quanto às bandeiras tarifárias, criadas em 2015 pela ANEEL com o intuito de solucionar a crise energética no País. São quatro bandeiras oficiais: verde, amarela, vermelha patamar 1 e vermelha patamar 2 em valores crescentes nesta mesma ordem. Em 2021, também tivemos a criação de uma bandeira excepcional por nome de Bandeira Escassez Hídrica, devido ao cenário de crise hídrica que o país viveu na época.

A bandeira verde serve para indicar que as condições de geração estão favoráveis e que, portanto, não haverá acréscimo na conta de energia. A bandeira amarela cria um sinal de alerta e inclui um adicional por MWh na conta de energia. Já as bandeiras vermelhas mostram que as condições de geração estão ainda mais críticas e que, portanto, um adicional de valor mais elevado precisa ser aplicado por MWh na conta de energia conforme patamar de acionamento da bandeira, sendo o patamar 2 o de valor maior.

Quem determina o valor da tarifa de energia elétrica a ser cobrada?

Os valores da tarifa de energia são determinados pela ANEEL, sendo um valor específico para cada Distribuidora. Estes valores são definidos em revisões tarifárias que variam em média de 4 anos e são reajustados anualmente também pela ANEEL até a próxima revisão. Elas podem ser calculadas tanto para uma distribuidora ou para uma concessionária de transmissão. A tarifa calculada para as distribuidoras são as tarifas de distribuição, valor que representa o preço cobrado da unidade consumidora pelo consumo de energia e pelo uso da rede, conforme composição já explanada neste artigo.

Ao longo deste texto abordamos as principais informações sobre o assunto para que você entenda tudo sobre o cálculo de tarifa de energia! Sendo assim, entender o que compõe a tarifa de energia e saber como calculá-la é fundamental para compreender o seu funcionamento.

ANEEL: entenda o que é e o que ela faz

O setor elétrico de um país é um dos mais importantes para determinar o seu crescimento e a qualidade de vida de seus habitantes. Para tornar esse objetivo possível, o Brasil conta com a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.

Mas você sabe o que é a ANEEL, para que ela serve e quais são as suas atribuições? Com o intuito de responder a essa questão, preparamos este post. Confira!

O que é a ANEEL e quando ela foi criada?

As agências reguladoras dos serviços públicos nacionais foram criadas na década de 90, com o objetivo de regulamentar setores estratégicos e essenciais da economia, como telefonia e energia elétrica, por exemplo. A ANEEL foi criada neste ambiente e atua no setor de energia elétrica.

Qual é o papel da ANEEL?

A ANEEL tem como principal objetivo fiscalizar e regular a produção, transmissão, comercialização e distribuição de energia elétrica no território nacional. Outra atribuição da Aneel é conceder, autorizar ou permitir instalações e serviços de energia elétrica.

Além disso, a ANEEL tem o papel de implementar políticas no setor, realizar leilões e concessões, fazer a gestão de contratos, estabelecer regras para o serviço de energia, criar metodologia para o cálculo de tarifas, fiscalizar o fornecimento da energia e mediar conflitos.

Na sequência detalhamos as principais atribuições da agência:

Fiscalizar

A fiscalização ocorre em toda a cadeia do setor elétrico, desde a produção, passando pela transmissão, distribuição, comercialização e consumo de energia pela sociedade. Seu objetivo é o de regular o funcionamento dos serviços pelos concessionários com qualidade e segurança de fornecimento, com o foco de propiciar tarifas justas.

O âmbito de atuação da ANEEL é nacional, mas ela conta com o auxílio de agências estaduais, que atuam na fiscalização da atuação dos concessionários de serviços de energia, de forma a garantir que a política definida para a energia elétrica seja cumprida.

Definir direitos e concessões

Os serviços de produção, transmissão e distribuição de energia elétrica no Brasil são concedidos a agentes privados, por meio de processos licitatórios, na modalidade de leilões, promovidos pela ANEEL. Esses certames levam em conta aspectos formais que garantem a isonomia entre os investidores interessados no setor, de forma a não privilegiar determinadas empresas.

Definir tarifas

Outra atribuição importante da ANEEL é a definição das tarifas que serão aplicadas nas contas de energia, visando sua modicidade.

A tarifa de energia elétrica é composta por diversos componentes, dentre eles: custos dos encargos setoriais, da compra de energia, da transmissão e distribuição, uso da rede de distribuição, dentre outros. Anualmente, a ANEEL promove o reposicionamento dos valores das tarifas de cada distribuidora do país, levando em conta regras definidas nos contratos de concessão assinados.

Importante salientar que, sobre as tarifas aplicadas nas contas de energia incidem os impostos federais (PIS e COFINS), estaduais (ICMS) e municipais (contribuição para iluminação pública).

Regulamentar a geração de energia, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica

Uma das funções mais importantes da agência é regulamentar a utilização e exploração dos serviços de energia elétrica pelos agentes do setor, pelos consumidores cativos e livres, pelos produtores independentes e pelos autoprodutores, de acordo com as políticas do Governo Federal.

É sua função também definir os padrões de qualidade do atendimento e segurança de abastecimento, levando em conta as diferenças entre as diversas regiões do nosso país, promovendo o bom uso da energia elétrica e fomentando a livre competição no mercado livre de energia.

Agora que você entende melhor as funções e tem uma visão mais detalhada da ANEEL, compartilhe este artigo em suas redes sociais para que mais pessoas conheçam o papel da Agência!