Especialistas do Setor alertam para a amplitude da crise energética
Veículos de comunicação reportam que a demora no atual governo em reconhecer a magnitude da crise pode elevar riscos de apagões
A atual crise energética pela qual o Brasil enfrenta segue sendo manchete nos principais jornais e mídias especializadas. A grande crítica de especialistas ao Governo reside na falta de incentivos à redução do consumo. Isso pois, as ações federais em curso até o momento se concentram em esforços para tentar garantir a oferta, com a expansão de geradores fornecedores de energia existente, com foco em ampliar a oferta disponível.
Contudo, a contratação emergencial de termelétricas pode reduzir a pressão por ora, mas não proporciona uma recomposição de reservatórios para 2022, se o período seco reiterar. Além disso, o custo de tais medidas emergenciais será repassado ao consumidor. O Operador Nacional do Sistema já vê risco de esgotamento ainda em 2021.
Em paralelo, o MME se posicionou em nota afirmando que tem feito campanha pelo uso consciente da água e que não há qualquer indicativo de corte de carga.
Com as medidas de expansão da oferta, o governo tem a expectativa de ampliar a capacidade de geração atual em 8% e da malha de transmissão em 10%. O maior problema, porém, tem sido a expectativa de crescimento de consumo pautado no avanço da retomada econômica, além do fenômeno natural La Niña, que afeta drasticamente chuvas no Centro-Sul e no Nordeste e reduz a geração eólica.
Ademais, outras medidas esperadas para serem já implementadas no início de agosto, para auxílio no enfrentamento da crise, avançam de forma tímida. A remodelagem do Programa de Resposta da Demanda, conforme prometido aos grandes consumidores que voluntariamente reduzissem o consumo nos horários de pico, entrou em Consulta Pública divulgada pelo MME na última segunda feira (02/08), e ficará disponível para contribuições até dia 09/08.