I-REC: novo conceito ou uma nova prioridade do mercado?
Imagine se o seu negócio pudesse compensar 100% das emissões de carbono ou pudesse consumir e comprovar que a sua empresa só utiliza energia renovável e limpa? Agora imagine se os clientes topassem pagar um valor maior pelo seu produto e que investidores estão direcionando recursos para corporações com impacto ambiental positivo? Imaginou? Pois tudo isso é possível com o certificado de energia renovável (I-REC).
O I-REC é um sistema global de rastreamento de atributos ambientais de energia, presente no Brasil desde 2016. Através dele, empresas podem certificar a origem da energia elétrica que utilizam. Podem emitir I-REC empresas homologadas e que gerem energia de fontes hidrelétrica, eólica, solar fotovoltaica e biomassa.
Por aqui, o Instituto Totum é responsável tanto por certificar as usinas como por emitir os certificados. Em 2021, foram emitidos 9,2 milhões de I-RECs no país, um crescimento de 268% em relação a 2019. Para 2022, a expectativa do instituto é chegar a 15 milhões, o que corresponderá a um crescimento de 60% em relação ao ano passado.
A procura por I-REC tem aumentado por vários motivos. Cada vez mais geradores de energia, como nós, procuram habilitar usinas para emitir os certificados. A oferta também cresce junto com a demanda, com empresas de diversos portes buscando reduzir e até neutralizar as suas emissões de carbono. Cada I-REC equivale a 1 megawatt-hora (MWh) de energia renovável.
Inicialmente, apenas consumidores eletrointensivos buscavam esse tipo de produto. Porém, por força de mercado, fornecedores e empresas de menor porte estão buscando o I-REC.
Para falar mais sobre esse assunto, o sétimo episódio do nosso podcast C-Liga convidou Luciano Figueredo, gerente de projetos do Instituto Totum de Desenvolvimento e Gestão Empresarial, e Rodolfo Sirol, Diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CPFL Energia.
Neste episódio, nossos convidados explicam o que é I-REC, quem pode comprar, quais os benefícios, além de como funciona o processo de rastreabilidade. “A gente costuma dizer que o mercado se direciona para onde o dinheiro está. Esse apoio do mercado financeiro tem sido decisivo para manter a agenda de baixas emissões”, afirmou Sirol. Segundo Figueredo, há mais de 300 usinas certificadas pelo instituto. Quer saber mais? Então C-Liga!