Impactos dos Riscos Climáticos no Setor de Energia, entenda!

Durante o ano de 2022 ocorreram diversos eventos climáticos extremos que causaram grandes impactos não só a população em geral, mas também a diversos setores, como o de energia elétrica, por exemplo. A maior ocorrência destes eventos climáticos extremos é evidenciado pelos relatórios do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) como uma das causas do aquecimento global e das mudanças climáticas.

Como alguns destes eventos, pode-se citar os altos acumulados de chuva em Petrópolis (RJ), Angra dos Reis (RJ), região metropolitana de Recife (PE), entre diversos outros. Em que, todos os eventos citados causaram o aumento das ocorrências de desligamento de energia e exigiram uma ação rápida por parte das distribuidoras de energia de cada localidade. Ou seja, é evidente que os riscos climáticos precisam ser considerados no dia a dia das empresas, de forma que as mesmas possam realizar ações e investimentos para se tornarem mais resilientes frente a tais riscos.

Quando se fala de riscos climáticos, especialmente relacionados às mudanças climáticas, pode-se dividir em riscos físicos ou de transição. Os riscos de transição estão relacionados aos riscos financeiros e de reputação relacionados à mudança da sociedade para uma economia mais sustentável e de baixo carbono, enquanto os riscos físicos podem ser classificados como riscos crônicos e agudos, onde são relacionados a mudanças nos padrões climáticos e aos eventos extremos, respectivamente. Portanto, é importante que as empresas tenham mapeado quais são os principais riscos que afetam as suas operações.

Uma vez mapeada a exposição do negócio aos riscos climáticos, pode-se começar a incluir em suas operações algumas ações para mapear a sensibilidade dos ativos com relação a tais riscos, ou seja, a que determinado limiar de chuva ou temperatura, por exemplo, os ativos começam a sofrer mais impacto? A partir disso, pode-se também avaliar a capacidade de adaptação da rede e possíveis novas tecnologias que podem ser utilizadas com foco na resiliência dos ativos.

A identificação e quantificação dos riscos desta maneira não se restringe apenas a investimentos estruturais, mas também para logística das equipes e da operação e manutenção da empresa. Em posse de uma inteligência de riscos climáticos adequada, a alocação de equipes se torna mais eficiente, o que permite uma resposta mais rápida a períodos de contingência e consequentemente uma melhora nos indicadores de duração e frequência das interrupções de energia.