Além de impactar negativamente o meio ambiente, os episódios de queimadas fazem parte do dia-a-dia das empresas do setor de energia no Brasil. Elas são responsáveis por causar, principalmente, interrupção nas redes de transmissão e distribuição de energia elétrica. Além disso, afetam indiretamente o setor de energia renovável ao aumentar a sujidade nos painéis fotovoltaicos através do depósito de material particulado, e ainda, podem influenciar na geração eólica afetando a rede de média tensão e da transmissão da energia gerada até a subestação.
No Brasil, as queimadas podem ocorrer ao longo de todo o ano, mas é principalmente entre os meses de julho a setembro que elas se intensificam quanto a frequência e magnitude dos focos de queimadas. Isto porque é um período em que a atmosfera está mais seca devido a falta de chuva e há uma baixa umidade do ar e do solo.
Durante este período, as empresas de transmissão de energia costumam fazer diversas campanhas de conscientização social para evitar queimadas provenientes de ações antrópicas próximas às linhas de transmissão, pois, dependendo da localização desta queimada, o real problema não é o fogo em si, mas sim o material particulado proveniente deste foco de queimada que poderá afetar as linhas causando pequenos curtos.
No ano de 2021 foram registrados mais de 130 mil focos de queimadas até o mês de setembro e este ano, até abril, haviam sido registrados 7.996 focos de queimada, o que posiciona o Brasil em 4° lugar no ranking de queimadas na América do Sul, ficando atrás apenas da Argentina com 12.749, da Colômbia com 12.908, e da líder Venezuela com 15.657 focos de queimadas.
Dito isto, a expectativa é que o número de focos se intensifiquem ainda mais com a entrada do período seco, podendo ultrapassar os valores registrados em 2021 caso medidas preventivas não sejam tomadas, como por exemplo manter a grama roçada (principalmente próximo à linhas de transmissão e distribuição), evitar jogar cigarro pela janela, trabalhar na conscientização local, entre outros.
Nossa dica é a iniciativa “Operação Queimada” da Climatempo e uma plataforma de monitoramento cada vez mais robusta que permite a visualização das queimadas em tempo real.
ESG é cuidar e investir em sustentabilidade!
Três letras que definem um olhar muito além do aspecto financeiro ganharam força no mundo corporativo nos últimos meses. A sigla ESG, originária da língua inglesa, surgiu como uma espécie de métrica para avaliar os esforços das empresas em três aspectos: Ambiental, por isso o “E”, de Environmental; Social (cuja grafia em inglês é a mesma do idioma português) e de Governança (Governance).
Investimentos nessa direção revelam a capacidade das companhias em acompanhar novas exigências do público, lidar com impactos socioambientais e enfrentar eventuais crises.
Em relação à Governança, empresas com bons níveis de ESG costumam apresentar pilares éticos bem-definidos e políticas transparentes anticorrupção, entre outros fatores.
No aspecto Social, tendem a valorizar a diversidade nas suas equipes e também nos cargos de liderança, as boas práticas de segurança no trabalho, uma relação saudável com colaboradores e com a comunidade.
Do ponto de vista Ambiental, a valorização do conceito de ESG envolve preocupação real com fatores como o consumo de recursos naturais, o correto descarte de resíduos sólidos e os níveis de emissão de gases de efeito estufa. Vale lembrar que, no Brasil, há diversas possibilidades de uso de energia limpa, o que traz resultados energéticos bem menos nocivos ao meio ambiente.
De acordo com especialistas no tema, as empresas com práticas consistentes de ESG sofreram menos com os impactos da pandemia em seus negócios. Entre as razões apontadas, estão o fato de terem governança consistente, mais cuidado com seus funcionários e parceiros, além de uma preocupação maior com a desigualdade na sociedade em que atuam.
Durante os próximos meses, vamos falar mais de ESG e mostrar como essa sigla pode gerar resultados positivos ao meio ambiente, à sociedade e também ao desempenho da sua empresa.