O caminho da energia elétrica é feito por um sistema de transmissão que começa nas usinas e chega até os transformadores que regulam a tensão, abaixando ou aumentando as tensões e correntes elétricas dos circuitos. Nas empresas, uma subestação pode ser aliada importante nesse processo, uma vez que atua para que a energia chegue na tensão adequada, conforme a demanda e a necessidade energética dos equipamentos utilizados naquela atividade.
Com essa infraestrutura, indústrias e outras corporações ganham eficiência energética, segurança e, de quebra, há facilidade de expansão para um aumento de demanda futuro.
Entre os benefícios relatados por empresas que já contam com subestação, destacam-se a melhoria da qualidade de energia, tarifas de energia reduzidas, bem como a redução considerável de quedas de energia. Outro ponto positivo é a facilidade de manutenção, uma vez que os componentes das subestações são desenvolvidos para conter falhas e garantir o isolamento dos trechos onde um eventual problema ocorreu, o que significa mais agilidade na solução de qualquer falha, permitindo rápida retomada das atividades produtivas.
Para ter a resposta se sua empresa precisa de uma subestação de energia, a recomendação é contratar uma consultoria especializada, com ampla experiência em avaliações técnicas dos sistemas energéticos. Caso a solução seja, de fato, a implantação da infraestrutura, essa consultoria poderá ser parceira no planejamento, apoiando no dimensionamento de fatores como o local escolhido, a capacidade energética necessária, as possibilidades de expansão e o plano de manutenção na infraestrutura energética completa.
Tudo deve ser feito observando criteriosamente as normas e legislações específicas do setor elétrico, pois antes do início das obras, o projeto precisa receber autorização da concessionária de energia.
Quer saber mais? A CPFL Soluções conta com um time de especialistas pronto para trabalhar em conjunto com a sua empresa, entre em contato agora mesmo!
Manutenção 4.0: Principais desafios e tendências de inovação da manutenção dos sistemas elétricos de alta e média tensãoTexto publicado na Revista Manutenção em 04/10/2021.
Assim como os demais nichos do mercado, a área de distribuição de energia enfrenta cenários desafiadores no que tange à manutenção e operação dos ativos. Com a evolução da demanda de carga e as incertezas climáticas diante do aquecimento global, o modelo tradicional de manutenção nessas instalações tem sofrido grandes transformações.
Frente a esses novos cenários, manter-se inerte é assumir o risco de aumentar as falhas e consequentemente comprometer a qualidade do fornecimento de energia do seu empreendimento. É necessário inovar não só nos sistemas de gestão da manutenção e automação de processos, mas também na forma de realizar a manutenção.
Todo o sistema elétrico de potência mudou com o decorrer dos anos. Equipamentos de pátio, sistemas de proteção e controle, sistema de supervisão e telecontrole, protocolos de comunicação e demais sistemas foram modificados. Essa evolução obriga a pensar em novas maneiras de gerir a manutenção do sistema. Diante do cenário atual, permanecer com modelos convencionais de manutenção significa não se adaptar à nova realidade do sistema, que traz como desafios:
● Elevações e variações relevantes de temperatura e elevação do consumo de energia elétrica no Brasil;
● Impacto do aumento da demanda de energia e diversidade nos perfis do controle de tensão. Necessidade da implementação de novas tecnologias no sistema.
No cenário com elevações e variações relevantes de temperatura, o dia pode conter até 25º de variação de temperatura (∆T). Com altas temperaturas e tempo seco, além de fatores externos que agridem a rede elétrica, como as queimadas, o consumo de energia eleva-se exponencialmente, exigindo cada vez mais das instalações elétricas de alta e média tensão.
A CPFL Soluções oferece experiência e eficiência no cuidado com os ativos dos clientes. Com técnicas customizadas, está preparada para apoiar o cliente nos momentos mais adversos e com maiores desafios para a manutenção e operação. Como especialistas no assunto, utiliza técnicas específicas, como por exemplo a termografia, uma técnica muito utilizada no setor elétrico.
Importância e aplicações da termografia frente às elevações e variações relevantes de temperatura e aumento do consumo de energia elétrica no Brasil.
Com as altas concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera, o calor emitido pelo Sol é bloqueado, ficando preso na superfície terrestre, aumentando a temperatura média da Terra. O aquecimento global é uma realidade que se agrava anualmente, provocando alterações no clima e, consequentemente, no comportamento dos ativos, principalmente nos períodos de maior temperatura.
Contribuem para o aquecimento, a queima de combustíveis fósseis (derivados do petróleo, carvão mineral e gás natural) para geração de energia, atividades industriais e transportes, a conversão do uso do solo, entre outras aplicações. Por isso, é importante que toda a indústria entenda a importância da descarbonização, estimulando a utilização de equipamentos e veículos elétricos e, sobretudo, a utilização de energias renováveis.
Enquanto ainda possuímos a presença significativa desses combustíveis e convivemos com variações expressivas de temperatura, essa elevação contribui diretamente para o aumento do consumo de energia elétrica no Brasil.

O Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS) compartilha, no documento, “Previsão de Carga para o Planejamento Anual da Operação Energética ciclo 2021 (2021-2025)”, a previsão de carga de energia, superando 70.000 MWmédios, a partir de 2022, conforme apresentado no gráfico.
Diante deste cenário, é necessário traçar as melhores estratégias para atravessar períodos de demandas máximas de energia e grande exigência dos equipamentos. Técnicas preditivas de monitoramento de temperaturas, por exemplo, fazem-se necessárias nesses momentos.
Uma ferramenta importante para detecção das anomalias térmicas no sistema é a inspeção termográfica. A termografia é uma técnica preditiva, não invasiva e não destrutiva, de medição de temperatura e formação de imagem térmica de uma determinada instalação, que, por meio de representação gráfica, direciona as regiões que apresentam desequilíbrios e variações térmicas.

As diferentes condições operativas de cada subestação tornam necessária uma visão sistêmica sobre as periodicidades, com base em variáveis que coloquem o sistema e o cliente no centro do negócio.
Portanto, para traçar a estratégia ideal é necessário alcançar o ponto ótimo das priorizações e periodicidades das inspeções nas instalações de alta e média tensão. Algumas das variáveis que são consideradas pela CPFL Soluções são:
● Número de unidades consumidoras atendidas;
● Potência instalada;
● Nível de curto-circuito;
● Taxa de falhas;
● Agentes externos – maresia, nível de poeira e poluição local;
● Características e tempo de operação dos pontos de conexões externos – tipos de conectores, materiais e reações.
Essa técnica preditiva tem evoluído e inovado as aplicações no setor elétrico. Já existe, por exemplo, para algumas aplicações, o monitoramento local fixo, integrado ao sistema de supervisão, gerando alarmes remotos para os valores de temperatura e variação ajustados.
Outro grande avanço, também já aplicado nas redes de distribuição de energia da China – Rede do Noroeste, Rede do Nordeste, Rede do Norte da China, Rede do Centro da China, Rede do Leste da China e Rede do Sul –, é o Robô Inteligente de Inspeção de Componentes Elétricos da Launch, que realiza inspeções com frequências definidas e em grande escala, reduzindo, ao máximo, os erros humanos. O robô usa uma câmera termográfica e realiza a inspeção completa em subestações de alta tensão e é capaz, inclusive, de emitir alarmes.
A plataforma é conectada ao computador de controle do robô via Ethernet, enquanto a unidade de controle principal controla o gerador de imagens térmicas de alta definição e o movimento da plataforma pela rede. A câmera termográfica produz vídeo analógico CVBS e a câmera de alta definição produz vídeo de H265.
Os dados de medição de temperatura são enviados à unidade de controle principal via Ethernet e via quadro de compressão de vídeo, proporcionando dados e informações de medição de temperatura com vários quadros em tela cheia, referentes às temperaturas mais altas e mais baixas.
O certo é que, precisa-se avançar com o modelo de inspeção, podendo ser aplicado, até mesmo, em circuitos de baixa tensão e circuitos de corrente. A CPFL Soluções, inclusive, tem, como experiência, situações em que, a partir de algumas ocorrências no sistema, houve elevação de temperatura em circuitos de corrente, com a detecção de folga na conexão do circuito com as novas chaves de correntes (bloco de testes). Um plano de ação de termografias e reaperto dos circuitos, que apresentavam variações de temperatura e de corrente, permitiu reduzir 90% das falhas no ano seguinte.

Nota-se que a técnica é aplicada, em grande parte dos processos, em uma subestação. Trata-se de uma importante ferramenta para detectar potenciais falhas no sistema e agir preventivamente. Tão importante quanto realizar a inspeção termográfica é saber tratar os dados, montar um plano de ação e priorizar os atendimentos com senso de urgência.
Destaca-se, ainda, a importância de se detectar a causa raiz do problema para que as ações previstas sejam aderentes à redução do que está provocando os problemas. Dentre alguns modos de falhas dessas anomalias temos:
● Reação do material, como exemplo: barramentos de alumínio com cordoalhas de cobre e conexões não bimetálicas;
● Conexões mal feitas – torque indevido nas conexões;
● Limalhas nas conexões;
● Baixo isolamento;
● Desgaste do material;
● Passagem de correntes de curto circuito elevados na conexão.
Identificar o modo de falha é essencial para a criação das ações e assertividade na resolução do problema.
Outro novo modelo de inspeções visuais e termográficas possível é a utilização de drones, técnica já empregada por concessionárias, especialmente, em linhas de distribuição de média e alta tensão.

O drone é um excelente recurso para áreas remotas e áreas que apresentem terrenos instáveis, como brejos e ambientes muito úmidos. Em parques com linhas extensas, esse tipo de aplicação pode reduzir custos e substituir métodos mais onerosos, como inspeções heliportadas.
Portanto, podemos observar avanços significativos nos modelos de inspeções termográficas nas redes de alta e média tensão. A termografia é uma das técnicas mais efetivas na detecção de anomalias e exige que os profissionais explorem, cada vez mais, as suas diversas aplicações no sistema. Seu cenário, aplicação e tecnologia inserida têm evoluído expressivamente.
Existem aplicações em estruturas fixas com mobilidade, que permitem conexão via GPRS com a rede e já geram alarmes a partir de temperaturas ajustadas. O monitoramento remoto, associado à supervisão e aos registros e armazenagem em nuvem (disponíveis em plataforma web), já representa o avanço significativo e destaca a aplicação em indústrias 4.0.
Com grande experiência no assunto, a CPFL oferece soluções customizadas para diversas aplicações da técnica no sistema elétrico. A aplicação abrange não só as ações em campo, mas a emissão e análise dos relatórios termográficos, que, além da formalização, são ferramentas importantes, inclusive, para fins de auditorias.
Impacto do aumento da demanda de energia e diversidade de perfis no controle de tensão. Necessidade da implementação de novas tecnologias no sistema.
A chegada dos diferentes níveis de tensão e aumento da potência do sistema interligado trouxe consigo a elevação dos níveis de curto-circuito e a necessidade de modelos inteligentes de proteção, controle e automação.
Com a crescente evolução da demanda energética no Brasil, um grande desafio das distribuidoras é controlar a tensão diante do elevado consumo de carga no sistema. Como sabemos, à medida que o consumo aumenta, a tendência é que os níveis de tensão sofram queda, pois são grandezas inversamente proporcionais. Além disso, a diversidade do perfil dos consumidores, torna diferente o consumo por conjunto, não permitindo à concessionária ter uma forma uniforme para tratar os equipamentos que são responsáveis pelo controle de tensão, principalmente em níveis de alta tensão, como os comutadores sobre carga (OLTC).
O comutador em carga, também conhecido como comutador, comutador de derivação em carga (CDC) ou OLTC (on load tap changer), é um equipamento utilizado em conjunto com transformadores de tensão para variar a relação de sua transformação, sem que seja necessário o seu desligamento.
Tradicionalmente, a periodicidade da manutenção desse equipamento baseia-se em tempo ou número de operações. Independente das condições às quais são submetidos, eles são tratados, em sua maioria, da mesma forma. Uma ocorrência num ativo desses, fatalmente, compromete a operação de um transformador de potência, tornando assim, grande, a responsabilidade em manter o ativo sem falhas.
Recentemente foi lançado, em um lote pioneiro, o projeto da CGTI (Centro de Gestão de Tecnologia e Inovação), em parceria com algumas concessionárias, o SMC, sistema de monitoramento de comutadores.

Esse equipamento cria uma “assinatura elétrica”, ativada a partir do acionamento do motor, criando um diagnóstico por meio de formas de onda do comportamento elétrico do equipamento, sendo capaz de antecipar grande parte dos problemas relacionados à comutação (momento em que o transformador altera o tap automaticamente em carga).
Assim, tem capacidade de antecipar falhas, gerar alarmes remotos, criar registros em memória, comunicar com o centro de operações por meio de diversos protocolos de comunicação, monitoramento remoto e online das grandezas elétricas e comportamento do equipamento, permitindo evolução no modelo de manutenção desses equipamentos, deixando de ser por tempo e operação para condição.
A CGTI cita algumas vantagens na utilização do equipamento, como:
● Assertividade na programação e data da intervenção da manutenção;
● Evita paradas desnecessárias ou não programadas em comutadores;
● Maior eficiência operacional dos transformadores de potência;
● Monitoramento remoto e online do funcionamento dos comutadores;
● Reduz custos de manutenção;
● Ganho de eficiência na definição de investimentos no ativo;
● Redução das manutenções corretivas e falhas;
Pensar diferente tem sido uma necessidade para quem atua na área de manutenção de sistemas de distribuição. Para estimular novas técnicas de manutenção, é importante a busca de parcerias com players que detêm know-how no assunto. A CPFL Soluções pode apoiar a indústria com uma revolução na manutenção, com a aplicação de técnicas e modelos inovadores.
Não há atividade de manutenção tão tradicional que não possa ser repensada. Técnicas eficientes e conhecidas têm sido principais alvos das revoluções na manutenção do setor elétrico.
Referência:
Site da Flir Systems
Site da CGTI
Texto publicado na Revista Manutenção em 25/08/2021.
A automação industrial
Por definição, a automação é caracterizada por sistemas que integram máquinas mecânicas, pneumáticas, hidráulicas, elétricas ou eletrônicas, que permitem o controle de seu próprio funcionamento, sem a necessidade da utilização de trabalho humano, proporcionando, assim, segurança às pessoas, maior qualidade aos produtos, rapidez no processo de produção e redução de custos.
O objetivo central da automação é criar instrumentos e sistemas que possibilitem um melhor desempenho em relação ao tempo, agregado a um baixo custo e a uma elevada qualidade de produção.
Melhorar as condições de trabalho dos envolvidos no processo, evitando o acesso em situações de risco, e realizar operações que seriam impossíveis de serem realizadas pelas pessoas também são objetivos da automação industrial. Esses processos acabam simplificando as atividades e a necessidade de operadores.
Automação no sistema elétrico de potência
Assim como vários segmentos do mercado, com o avanço das tecnologias e das possibilidades, a distribuição de energia em média e alta tensão também passou por transformações. A possibilidade dos equipamentos de uma subestação comunicarem-se trouxe ganhos significativos ao sistema.
Em sua maioria, as subestações eletromecânicas, que contam com equipamentos mais antigos, compostos por tecnologias descontinuadas, além de grande limitação de supervisão e comando remoto, oneram muito o processo de manutenção e operação do sistema.
Para a operação isso representa:
- Maior número de ações humanas com intervenção direta ao equipamento;
- Maior tempo de atendimento – Manobras telecomandadas;
- Custos diretos e indiretos operacionais;
- Maior exposição ao equipamento, face à necessidade de leituras e inspeções periódicas;
- Menor autonomia em manobras devido à limitação da supervisão.
- Maior exposição humana em riscos operacionais.
Para a manutenção:
- Maior periodicidade de visita;
- Manutenções mais caras – necessidade de maior recurso;
- Maior tempo de reparo (MTTR) devido à limitação de informações;
- Maior taxa de falhas;
- Homem-hora aplicado em equipamento com baixo ou sem valor contábil.
Para se ter ideia, existem fabricantes que sugerem manutenções preventivas anuais, independente de quantas vezes o equipamento foi submetido à interrupção em carga e/ou manobras e de sua carga de operação. Além disso, os equipamentos antigos oferecem maior periculosidade na sua operação, submetendo o operador à exposição, no caso de retirada e inserção na barra, em caso de conjuntos blindados, por exemplo.
A capacidade dos equipamentos se comunicarem permitiu que as subestações sofressem processos de digitalização e automação. Embora se assemelhem as definições, uma subestação digitalizada não conta com os mesmos recursos para a automatização.
Desde a pré-história, o homem já tentava mecanizar as suas atividades. Não é por acaso que, ao longo da história, inventaram a roda, os moinhos movidos por vento ou força animal e as rodas d’água. Essas invenções representam as principais tentativas do homem de poupar esforço para realização de seus trabalhos. Hoje os computadores podem ser considerados a principal base da automação industrial contemporânea. Podemos começar a considerar que o desenvolvimento da tecnologia da automação industrial está diretamente ligado com a evolução dos computadores de um modo geral. Além disso, as redes industriais surgiram quando houve a necessidade de comunicação entre equipamentos e sistemas distintos (OLIVEIRA, 2012, p. 01).
Subestações automatizadas: uma revolução para o sistema e para sociedade
Resumidamente falando, as subestações digitalizadas apresentam dispositivos digitais em proteção, mas não contam com a comunicação desses dispositivos, limitando-se à aquisição de informações remotas.
Já as subestações automatizadas, contam com protocolos e normas de comunicação que permitam não só a comunicação entre si, mas também a leitura e supervisão de todos os valores analógicos e digitais que constam no projeto de automação de uma subestação.
Em ambos os casos, é importante que o processo seja conduzido ou implementado por empresas com know-how, não somente, em prestação de serviços, mas também no desenvolvimento de soluções em distribuição de energia em média e alta tensão, como a CPFL Soluções, conforme evidenciaremos ao longo deste artigo.
Portanto, a automação do sistema distribuição de energia representa um grande avanço tanto para o processo, como para a sociedade.
Uma das normas mais utilizadas no processo de automação de subestações é a norma IEC 61850. Por definição, a norma é um Padrão de Comunicação entre dispositivos de um Sistema Elétrico, que suportam diversos protocolos e podem ser executados em redes TCP/IP (Ethernet), trabalham com mapeamentos padrões MMS (Manufacturing Message Specification), GOOSE (Generic Object Oriented Substation Event), SV (Sampled Variables) e WebSevices.
A norma permite que os relés de proteção da subestação se comuniquem com os sistemas supervisórios que, por sua vez, comunicam-se com os centros de operações ou de monitoramento, estabelecendo a possibilidade de supervisão e contato remoto.
A norma IEC 61850 distingue as aplicações em três níveis hierárquicos:
Nível de estação: definido pelo capítulo 8-1 da norma, com o mapeamento das camadas de comunicação (TCP/IP), mensagens goose (evento genérico de subestação orientado a objeto – mensagens ágeis ópticas) e sincronização de tempo SNTP (protocolo de tempo de rede simples – GPS).
Nível de vão: definido pelo modelo de dados e aplicações das funções do sistema, concordante com o capítulo 7 da norma.
Nível de processo: é definido no capítulo 9 da norma, com os valores analógicos de tensão e corrente amostrados, trafegando pela rede. Essa separação em níveis é somente hierárquica. Na subestação tem-se apenas um enlace físico, onde as informações são trafegadas.
A arquitetura de uma subestação compatível com a norma IEC61850 é composta por:
Equipamentos de painel:
- Switch gerenciável
- Fibras ópticas
- Relés de proteção inteligentes (IED’s)
- Roteadores
- Controladores (CLPs)
- Gateway
- GPS
- Sistemas de supervisão e controle (SCADA)
- Interface homem máquina (IHM)
Equipamentos de pátio:
- Transformadores de corrente (TC’s)
- Transformadores de potencial (TP’s)
- Transformadores de força
- Disjuntores
- Banco de capacitores
- Chaves seccionadoras
- Chaves isoladas
Para ilustrar, trazemos a arquitetura de uma subestação compatível com a norma IEC61850, onde os barramentos de processo estão representados e os de estação estão destacados em vermelho e azul respectivamente:

Como citado, a automação traz grandes benefícios para o processo de produção e para a sociedade. No mercado de distribuição de energia, tratando-se de benefícios para o processo, podemos destacar:
Eficiência operacional: A partir dos prognósticos que se fazem praticáveis com a automação, é possível elaborar planos de manutenção voltados aos equipamentos que apresentam comportamentos indevidos nos registros de operação.
Com os registros é possível identificar defeitos que ainda não geraram uma falha, sendo possível, assim, direcionar a manutenção. A automação de subestação permite que o processo se aproxime, cada vez mais, da manutenção centrada em confiabilidade, atuando da forma certa, no equipamento certo, no momento necessário.
Segurança: A automação garante novos pontos de monitoramento para o sistema, permitindo assim, além da supervisão de grandezas elétricas, monitorar a saúde dos ativos de proteção, a partir de entradas digitais que sinalizam falhas internas, defeitos em sistemas de proteção e controle. A recusa de uma proteção por falha interna pode ser antecipada a partir de sinais de monitoramento no sistema supervisório, preservando a integridade dos equipamentos, sistema e instalações (clientes ou cargas).
Supervisão e telecomando: Esse é o fator primordial para a automação em subestações. Promover a supervisão remota em subestações para múltiplos pontos significa conhecer, em tempo real, toda condição operativa dos equipamentos, medição de grandezas elétricas, registros de eventos, videomonitoramento (permitindo ver condições físicas). Isso significa permitir uma resposta rápida para qualquer evento, sobretudo os que resultam em interrupções.
Isso é tão importante que a supervisão é o telecomando (Para alinhamento de conceito, o Telecomando não seria uma ação remota de comando ou controle após um evento e uma decisão em função da/s variável ou variáveis supervisionadas?). Para que as manobras remotas sejam possíveis é preciso que o sistema de tele controle esteja íntegro. Isso passa pela comunicação do centro de operações com a unidade supervisória da subestação, da unidade supervisória com os dispositivos de proteção e controle
Prognósticos: A possibilidade de análises prévias em eventos no sistema permite maior agilidade na pesquisa do problema, no atendimento e, consequentemente, no tempo médio de reparo no circuito defeituoso (MTBF).
Na prática, a capacidade de analisar eventos no sistema, a partir de seus valores analógicos e digitais, contribui diretamente para a agilidade no atendimento, consequentemente maior disponibilidade no fornecimento.
Características como, proteção atuada, valores medidos, magnitude da corrente de defeito, fase do defeito, comportamento do circuito no momento do problema são informações que podem ser exploradas, em subestações automatizadas, e permitem um melhor direcionamento para a pesquisa e menor tempo de reparo.
Não podemos deixar de abordar os benefícios que uma automação de subestações traz para a sociedade, uma vez que os equipamentos estão sendo supervisionados e telecomandados.
Confiabilidade no fornecimento de energia: A possibilidade do restabelecimento de energia remoto permite que todos os desarmes, oriundos de defeitos transitórios, sejam restabelecidos. Isso representa, em algumas regiões, mais de 70% dos desarmes.
Além disso, a capacidade de saber exatamente as condições do sistema permite à concessionária se preparar melhor para os atendimentos aos clientes críticos, como: Hospitais, Postos de saúde, Postos de vacinação, clientes que utilizam aparelhos médicos em casa e demais casos.
Segurança nas instalações: As instalações elétricas, por sua natureza, oferecem risco à população, uma vez que são expostas e conduzem energia em baixa, média e alta tensão. Os dispositivos de proteção, alocados nas subestações, garantem que os circuitos, uma vez submetidos a um defeito externo, sejam desligados no tempo correto.
Na prática, eles atuam desligando circuitos defeituosos, como por exemplo: um cabo partido tocando o solo na calçada.
Os circuitos de proteção e controle das subestações automatizadas contam com relés de proteção digital, mais sofisticados e eficazes, quando comparados aos antigos relés eletromecânicos.
Soluções para melhor atender o sistema
Para que haja sucesso na automação de uma subestação, é essencial que as atividades ocorram com qualidade e segurança. Ter qualidade no serviço passa por:
- Análise da demanda;
Entender a demanda do cliente para oferecer a solução mais bem customizada para a sua necessidade.
- Estudo da viabilidade técnica e financeira;
A transparência para com o cliente é essencial, por isso a CPFL Soluções oferece um serviço de estudo qualitativo da viabilidade técnica, buscando oferecer a solução mais eficaz, atender a saúde financeira do projeto e trazer benefícios ao cliente final.
- Elaboração de projetos civil, elétrico e eletromecânico;
Processo essencial para o sucesso do projeto, onde o know-how na área de manutenção da contratada faz toda a diferença para o cliente. Conhecer como o equipamento será mantido depois é imprescindível para projetar a modernização.
Por isso, para quem contrata, é uma grande vantagem competitiva trazer soluções customizadas, por uma empresa com 108 anos no mercado. A CPFL Soluções conta com profissionais com anos de experiência em manutenção.
“Um grande diferencial do serviço oferecido é que a mesma empresa que projeta também faz manutenção e é referência no setor elétrico”
- Estudos de curto-circuito e coordenação de seletividade;
Entender para melhor atender. Saber não só o nível de curto-circuito para elaborar ajustes, mas também a capacidade e as principais características dos equipamentos e sistemas para projetar um esquema de proteção ágil, seletivo e robusto, de forma a desligar o menor trecho defeituoso possível e permitir a reenergização rápida do sistema. Com foco em segurança e qualidade, a CPFL Soluções é referência no assunto.
- Obras civis, montagem eletromecânica e comissionamento
A execução da obra é um dos momentos mais complexos de um processo de automação. É nesse momento que se apresentam os riscos de segurança e qualidade envolvidos no processo. Nessa fase, a experiência no negócio é primordial para que não haja nenhum tipo de evento envolvendo segurança do trabalho e desligamentos indevidos nos sistemas distribuição.
Tratando-se de segurança, dispor de profissionais experientes na área e dedicados na supervisão das atividades contribui diretamente para o sucesso.
No que diz respeito à qualidade, é inadmissível que em qualquer processo de melhoria do cliente haja prejuízo para a sua produção. Nos comissionamentos, a transposição de circuitos de disparos e novas ligações de proteção e controle oferecem grande potencial de desligamentos indevidos, para isso a CPFL Soluções, além de contar com avaliação periódica do time, conta com treinamentos e acompanhamentos dos profissionais e dos tempos e movimentos do comissionamento. (Entendo não ser necessário)
- Testes finais, treinamentos técnicos operacionais e energização;
Os testes finais são os momentos mais críticos do processo de automação, uma vez que todo o circuito, alterações e sistemas são testados em tempo real. Momento em que são identificados e tratados os principais defeitos dos circuitos.
Tanto para os testes quanto para o treinamento, a CPFL Soluções dispõe da mais qualificada mão de obra, com profissionais de proteção e controle de referência, no setor elétrico brasileiro, e modelos intensivos de treinamento e prática em campo. (Entendo não ser necessário)
- Databook com fornecimento de toda a documentação relacionada;
Databook é o agrupamento de informações documentais relacionadas à fabricação, inspeção e testes de equipamentos e processos. Em um processo de automação, onde toda a configuração da instalação é alterada, ter diagramas atualizados e bem elaborados é essencial para o cliente. A CPFL Soluções conta com uma equipe de projetos, focada no cliente, que busca, além de atender os requisitos, oferecer cadernos customizados, facilitando toda atuação pós-automação. (Entendo não ser necessário)
A CPFL Soluções sabe da importância de um pós-venda acessível e disponível e, por isso, disponibiliza canais diretos com profissionais que, inclusive, participam ativamente dos serviços.
Para CPFL Soluções a maior conquista de um negócio é a satisfação do cliente. Por isso busca entender as reais necessidades para desenvolver as soluções customizadas que agreguem valor e tragam mais economia, eficiência e segurança energética para os negócios..
O processo industrial que é submetido a um processo de automação está exposto a problemas relacionados à produção. Na distribuição de energia, por exemplo, assim como em outros processos produtivos, não é possível parar o processo para realizar a automação da instalação, sendo necessário que a obra seja executada com a cadeia produtiva em funcionamento. Isso aumenta, ainda mais, a responsabilidade de quem oferece os serviços, exigindo grande expertise no assunto.
Uma falha no processo de automação de uma subestação pode acarretar milhares de clientes sem energia ou parada de produção por muitas horas. Ter procedimentos claros, profissionais de ponta, acompanhamento e report on time e ferramentas preliminares de prevenção de desarmes são alguns dos recursos fundamentais. com os quais a CPFL Soluções conta para garantir o sucesso no serviço prestado. (Entendo não ser necessário)
Por isso, o grande compromisso da CPFL Soluções é a qualidade e a segurança no planejamento e execução de um processo, focando sempre no maior bem, a Segurança e o Cliente.
Webinar CPFL Soluções Experts: A importância das manutenções em subestações de alta tensãoCPFL Soluções EXPERTS
CPFL Soluções EXPERTS é uma série de webinars exclusivos com o objetivo de compartilhar conteúdos técnicos em energia relevantes para os negócios. No dia 03 de setembro aconteceu o primeiro evento online em parceria com a revista O Setor Elétrico sobre a importância das manutenções em subestações de alta tensão de 69 a 138kV.
O webinar contou com a presença especial do Adolfo Vaiser, Diretor da revista O Setor Elétrico & Evento Cinase, Claudio Rancoleta e Claudio Madergan, Especialistas e parceiros da revista O Setor Elétrico & Cinase e Eberson Muniz, Consultor Técnico da CPFL Soluções.
Durante o webinar os especialistas debateram sobre o planejamento das atividades e controle da manutenção da subestações de alta tensão, evidenciando a importância de adotar uma estratégia pra garantir a disponibilidade e a redução dos desperdícios de materiais, tempo e custos.
Também levantaram questões importantes sobre a periodicidade da manutenção preditiva que depende de uma série de fatores, como por exemplo o local da subestação, sua exposição, a criticidade do negócio que ela abastece e dos tipos de equipamentos.
Ficou interessado? Clique na imagem abaixo para assistir ao webinar completo.

Marco histórico de entregas é resultado do aumento na produtividade e melhorias no processo de planejamento interno da companhia.
Comemoramos o marco histórico de 100 obras entregues em 2019. O número é quase o dobro de trabalhos concluídos em 2018, resultado do aumento na produtividade e melhorias no processo de planejamento interno. Além disso, no último ano ainda realizamos 17 mil obras no setor de distribuição e reformamos mais de 9,5 mil equipamentos.
Das 100 obras entregues, 69 foram realizadas em subestações de energia – sendo quatro novas construções, uma obra para o cliente EDP em Suzano e outras três para distribuidoras do Grupo CPFL além de outras ampliações em subestações com a instalação de novos transformadores de potência, construção de novos bays de 138kV, entre outros.
As outras 31 obras têm relação com a construção de linhas de transmissão, sendo 7 novas linhas e ramais além de substituição e modernização de estruturas nos estados do Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais e em São Paulo.
Do total, 65 projetos foram executados pela própria equipe da CPFL Soluções e 35 por meio de parcerias, sendo 86 projetos destinados às distribuidoras do grupo e 14 realizados para clientes externos.
A otimização dos trabalhos é reflexo da implantação do Planejamento Integrado de Obras realizado no final do ano passado, criando maior sinergia no Grupo CPFL entre as áreas de Operações e Engenharia das Distribuidoras dos Grupo, Suprimentos Corporativos e CPFL Soluções”. Eduardo dos Santos Soares, presidente da CPFL Soluções.

O aumento na produtividade dos times da empresa, as melhorias no processo de planejamento interno, reduzindo prazos de mobilização, e o recebimento de novos equipamentos também colaboraram para esta marca expressiva.