Cuidados no planejamento de Sistemas de Transmissão e Distribuição em projetos fotovoltaicos

A expertise de profissionais capacitados é fundamental para o sucesso do investimento em médias e grandes usinas.

Texto publicado na Revista Fotovolt em 25/06/2021.

Para atingir todo o seu potencial, projetos de médio e grande porte de geração de energia demandam a implementação de sistemas de transmissão ou distribuição, fundamentais para garantir a exportação, qualidade e estabilidade da energia gerada.

A implementação desses sistemas, no entanto, pode ser mais complexa do que se imagina ― causando atrasos, problemas com a legislação vigente ou mesmo a inviabilidade do projeto. Portanto, o planejamento correto e o apoio de especialistas com capacidade técnica para indicar as melhores alternativas são essenciais.

Nós, da CPFL Soluções, contamos com a expertise de profissionais que há anos conduzem projetos em larga escala, auxiliando clientes na construção de sistemas energéticos mais eficientes e modernos.

Entendendo o planejamento

Para que haja a aprovação de um projeto de Transmissão ou Distribuição, há um primeiro pacote de responsabilidade que envolve diretamente o cliente. Ou seja, quem deseja ser o gerador de energia, deve solicitar à concessionária local essa permissão – que fará as devidas análises para aprovação.

Para que esse primeiro passo seja dado, é importante a contratação de uma empresa com um engenheiro especializado, para, posteriormente, haver o prosseguimento do projeto. Em posse de toda documentação necessária, o engenheiro terá que abrir um processo de aprovação junto à concessionária para que seja possível receber o Parecer de Acesso, documento que formaliza a relação entre os agentes, gerador e distribuidora de energia ou transmissora.

O que acontece depois do Parecer de Acesso?

O Parecer de Acesso, emitido após a aprovação do projeto, vai lhe informar que já é possível fazer as devidas conexões para a ligação do seu sistema gerador. E é nesse momento que seu empreendimento terá as maiores interações com a distribuidora de energia.

Neste momento, é fundamental entender que há importantes ritos legais, regulatórios e técnicos a serem cumpridos. Isso porque a implementação vai invariavelmente interferir na distribuidora de energia do local do seu empreendimento que, por sua vez, é obrigada por lei a manter os níveis de qualidade de energia de acordo com a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Para que haja essa conexão de forma que não interfira no fornecimento de energia aos moradores da região, serão solicitadas obras nos ativos da concessionária, além das obras que já estão sendo executadas no projeto do cliente, de forma a atender as exigências das normas e padrões, para garantir além a qualidade do fornecimento, a segurança das pessoas.

Chamadas de “obras de interesse restrito”, essas melhorias são solicitadas para garantir que haja estrutura suficiente para que a nova geração de energia (do cliente) não gere impactos para a rede de distribuição da região. Como a distribuidora tem obrigação legal de atender à sociedade, é preciso essa via de mão dupla para que ambos os lados não sintam impacto ao final do projeto.

Todo esse relacionamento é regulamentado pela ANEEL e, vale ressaltar, precisa ser realizado dentro de um prazo e fluxos determinados no Módulo 3 do PRODIST (Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional). Caso a empresa que deseja ser a geradora não cumprir esses prazos, ele é considerado inválido e o processo precisa ser repetido desde o início, impactando o projeto como um todo.

Como criar projetos fotovoltaicos com menos impactos

O diferencial para criar projetos eficientes está na presença de profissionais com expertise na relação com as distribuidoras desde o momento do planejamento. Na CPFL Soluções, temos especialistas em energia renovável preparados para liderar projetos de alta complexidade garantindo responsabilidades junto aos ativos da concessionária, sem que ocorram transtornos regulatórios.

Um exemplo é a UFV Americana, projeto que gera energia suficiente para abastecer cerca de 738 residências por meio de fontes renováveis. O empreendimento foi construído com 3.320 módulos de captação da luz do sol e tem potência instalada de 1,12 MW, com previsão de evitar a emissão de 131 toneladas de CO² na atmosfera.

Outro projeto é a UFV Capim Branco, que fornece energia para mais de 260 estações rádio base (ERBs) da Algar Telecom em Minas Gerais, gerando uma economia para a empresa estimada em cerca de 20% na conta de energia.

Consulte um de nossos especialistas no desenvolvimento do seu projeto fotovoltaico e atinja todo o seu potencial.

Usinas Híbridas devem gerar redução no preço da energia, por otimizar geração energética

Usinas híbridas são geradoras que combinam energia de diferentes fontes renováveis, e já existem há alguns anos no Brasil, porém voltaram ao centro dos debates pelo papel desempenhado no combate aos efeitos da crise hídrica de 2021 e também pelo alinhamento com o conceito de ESG.

A sigla que, em inglês significa “environmental, social, governance“, refere-se ao conjunto de práticas ambientais, sociais e de governança adotadas pelas empresas e cada vez mais exigidas por consumidores, acionistas e investidores.

Mas, em que momento as Usinas Híbridas se encontram com o ESG?

Na verdade, essa relação é bem próxima. Afinal, as usinas híbridas permitem ganhos em competitividade na produção de energia de fontes limpas e renováveis como a eólica e a solar, uma vez que ambas são complementares e para cada megawatt (MW) instalado de energia eólica é possível alocar até 35% de capacidade solar, conforme o cálculo de analistas especializados. A utilização mais recorrente dessas usinas representa, portanto, uma ótima notícia no aspecto ambiental.

Em relação à governança, também há vantagens bem claras, uma vez que ajudam a solucionar situações que demandam respostas rápidas. À exemplo disso, é possível citar a crise hídrica enfrentada pelo Brasil em 2021, em que as usinas garantiram produção energética em grande parte do cenário.

Por fim, o benefício social: além do maior acesso a um recurso fundamental que é a energia elétrica, as usinas híbridas aparecem também na geração de empregos nas regiões em que são instaladas, além da redução do preço da energia repassado aos consumidores, uma vez que este tipo de geração otimiza a eficiência energética.

Nas últimas semanas de 2021, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) regulamentou o funcionamento das usinas híbridas “A regulamentação constitui uma alternativa para o uso eficiente dos recursos disponíveis. A inserção desses empreendimentos no sistema elétrico pode reduzir custos e postergar novos investimentos em expansão, especialmente nos pontos de conexão com a Rede Básica”, declarou Elisa Bastos, Diretora da ANEEL.

Quer saber mais sobre medidas relacionadas ao ESG?
Seguem nossas sugestões abaixo:

Parque do Peão deixa de emitir mais de 100 toneladas de CO2 por ano com usina fotovoltaica

Usina solar construída pela CPFL Soluções tem potência de 986 kWp, o suficiente para suprir toda necessidade do complexo.

A busca pela energia limpa tem sido uma constante, não somente no dia a dia da população como também na rotina das grandes empresas. O compartilhamento de bicicletas, patinetes e até aplicativos de caronas corporativas fazem parte deste movimento que tem como foco principal a redução da emissão de gás carbônico no meio ambiente.

Barretos, cidade com aproximadamente 120 mil habitantes localizada no interior de São Paulo, também entra nesta rota. O Parque do Peão é um complexo com 2 milhões de metros quadrados construído para sediar a Festa do Peão de Barretos, evento considerado o maior do gênero na América Latina. É o principal ponto turístico da cidade e por isso aberto à visitação todos os dias o ano inteiro.

Através de um acordo firmado com a CPFL Soluções, empresa do grupo CPFL Energia, o complexo recebeu uma Usina Fotovoltaica com potência instalada de 986 kWp de energia solar, mais que o suficiente para abastecer todo o Parque do Peão. Segundo o Consultor Comercial da CPFL Soluções, Fabrício Gonçalves Moisés, o sistema foi projetado para que a energia excedente, que ocorre na maioria dos meses, fique como um crédito para os meses de maior consumo. “Fizemos os cálculos do consumo anual e os meses de baixa utilização compensarão o mês de agosto, por exemplo, quando acontece a Festa do Peão de Barretos”, declarou.

parque do peao

Foram instaladas 2.908 placas em uma área de 10,5 mil metros quadrados. As obras duraram cerca de 4 meses e a usina já está gerando energia limpa para o complexo. Com isso, o Parque do Peão deixará de emitir para o meio ambiente mais de 100 toneladas de CO2 por ano. “A energia solar vem crescendo no país. Com o desenvolvimento da tecnologia, as usinas fotovoltaicas se tornaram competitivas e colaboram para uma matriz energética mais limpa e sustentável”, complementa o diretor comercial da CPFL Soluções, Flavio Souza.

Segundo o diretor financeiro da Associação Os Independentes, realizadora da Festa do Peão e mantenedora do Parque, Jeronimo Muzeti, a natureza e as futuras gerações são os maiores beneficiados. “Para termos resultados efetivos em relação à qualidade do ar e aos efeitos que nós mesmos temos provocado em todo mundo precisamos começar logo e nós estamos fazendo nossa parte, com a esperança de que seja o início de uma grande onda que vai alcançar empresas e gestores de Barretos, da região e de todo o país”, afirmou.